O Sangue Black (REESCREVENDO / HIATUS) escrita por Bonin


Capítulo 21
Confusão ambulante.


Notas iniciais do capítulo

HEY YA MAH DARLINGS!
Só eu que estou P I R A D A com as divulgações de cast de #ShadowHunters? Pra quem não sabe, é que Os Intrumentos Mortais vai virar série e tal. Enfim. Amanhã eu tenho prova de Português, blé. Acho que vou tentar estudar um pouco antes de dormir, ainda hj. Mas sei lá, é português!
Comentários Favoritos: Andrômeda Black Malfoy, fernandagabrielly00080 e Layla Black Potter Lupin.



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Quadribol, quadribol, quadribol! Sábado, dia de algumas voltas no campo de quadribol.

Como tinha ido dormir excessivamente cedo, já estava de pé antes mesmo das outras meninas do meu dormitório. Graças à Morgana, imagina ter que encarar a cara da Louise após a ceninha na biblioteca na outra noite? Merlin!

Assim que cheguei no campo com a Tchutchuca, subi com ela para o ar. Voar numa vassoura é espetacular, quase como se eu voasse por mim mesma. Podia sentir o gostinho de liberdade e falta de preocupações mesclado com a sensação do vento acariciando meu rosto – Mentira, o vento era cortante mesmo. Mas isso não importava.

Levantei os braços da vassoura e fechei os olhos, como se no meu pensamento eu pudesse tocar o céu, e gritei. Gritei bastante, como se estivesse no momento mais empolgante de uma montanha-russa. Gargalhei e segurei no cabo da minha Arrow 307 novamente, ficando feliz por ter lembrado de por a luva de proteção.

Enquanto eu voava por volta de toda a escola, me distrai quando me vi ponderando mandar a carta. A curiosidade matou o gato, não é mesmo? Mas, por conta de minha distração, acabei não vendo uma coisa no meu caminho: O salgueiro lutador. Merda.

É preciso dizer que a árvore me usou de brinquedinho? Eu me sentia a luz vermelha de um gatinho qualquer. Um dos troncos já havia acertado meu ombro fortemente quando um outro veio e me jogou diretamente para o chão – e um pouco longe.

– Se me ama tanto, deveria me pedir em casamento, chão. – Resmunguei, praguejando de dor internamente. O sangue que saia dos meus ralados se misturava com uma papa de abóbora que tinha por ali antes de eu acerta-las em cheio. Ou melhor, ser acertada.

– Quem está ai? – Gritou uma voz grave, que reconheci ser Hagrid. Minha cara estava virada pro chão, por isso eu não o via.

Fiz algum som que provavelmente não significa nada (ou talvez algo em arábico, sei lá), chamando a atenção do meio gigante.

– Oh, Lynx do céu! – Senti algo me pegar delicadamente, era ele, me tirando dos escombros das abóboras.

– Oi. – Sorri amarelo, com muita dor. – Por favor, me diz que minha vassoura ainda está inteira.

– Você não está. Estamos indo pra enfermaria agora. – Gemi em protesto, mas não pude lutar contra aquilo.

– Mas pode pegar minha vassoura?

Hagrid me encaixou em seus braços, como se fazem com bebês, e pegou a vassoura ainda inteira no chão. OBRIGADA SANTO MERLIN DAS MENINAS QUEBRADAS POR ÁRVORES! Por sorte, a enfermaria não era longe e não havia ninguém nos corredores ainda. A enfermeira, da qual eu não sei o nome, não nos recebeu com surpresa.

– Lynx Black, não é? – Ela perguntou e eu assenti. Hagrid havia me deixado num dos leitos e saído da enfermaria. – Até que demorou para me visitar de novo. Eu lembro... Há. A minha tia me contava muitas histórias de um Black e um Potter que viviam aqui. Agora vejamos... Você está bem mal, não é?

Eu ri enquanto ela me examinava.

– Acho que sim. – Meu estômago doeu com isso. – Fui atingida pelo Salgueiro.

– Aquela árvore honra o “lutador”. Seu ombro e braço direito estão quebrados, você fraturou duas costelas e torceu a perna esquerda, além dos arranhões. Vou buscar as poções para você, mas receio que terá de perder o passeio à Hogsmead esse fim de semana.

Eu dei de ombros.

– Tudo bem. Ah, a senhora poderia mandar essa carta pra mim? Ia enviá-la assim que pousasse, mas acho que não vou poder sair daqui hoje.

A enfermeira assentiu e sumiu por entre umas salinhas. Eu vi ela pouco, só quando ela viera trazer as poções que eu precisava e nos checkups ocasionais de hora em hora. Minha surpresa real foi quando Rose Weasley cruzou a enfermaria até onde eu estava.

– Lynx! – Ela gritou ao me ver. – Eu ia te chamar pra ir à Hogsmead comigo e com as meninas, já que o Scorp passará o dia com os meninos em alguma reunião ou sei lá, mas ai Hagrid me disse que você está aqui... O que houve?

– Bem, digamos que o Salgueiro Lutador sabe mais dos Paranauê que eu. Mas como vai você e o pessoal?

– Estamos bem, apesar do Fred e James estarem estranhos, igual você. Estranhos, mas bem. Você? Uma estranho totalmente estranho. Não me parece bem. E eu não ‘tô falando pelos seus múltiplos curativos.

– Naaah. – Fiz um gesto como se aquilo não fosse nada demais. – Tô bem sim.

– Lynx, eu vi você dormindo abraçada à um hipogrifo de pelúcia e uma garrafa de álcool ontem a noite. Se isso é estar bem, eu não sei o que estar mal pode ser. – Ela disse seriamente. - E eu sei que isso tem a ver com Fred e James. Sei que eu não ajudei nem um pouco estando tão distante, desculpa mesmo por –

– Não, não! – Eu a interrompi. – Eu fico feliz por você e o Scorpius. Muito tempo se odiando, não é mesmo? Tem que compensar sendo esse casal meloso. Mas não se preocupa, daqui uns 2 meses vocês vão voltar a ser chatinhos um com outro. Os conheço.

Rose sorriu.

– Até mais então. Prometa que irá falar comigo.

Eu assenti.

~*~

Segunda feira de manhã, durante o café, eu recebi a minha resposta. O pacote era grande, e cheio de blá-blá-blá. Tive que passar no dormitório para largar a maioria dos papéis, sendo 80% daquilo coisas sobre a família da minha mãe, e o resto era uma carta dos meus pais me atualizando da vida deles e outra que fora deixada com meu pai quando o entregaram para a adoção.

Por ter tido que desviar do meu caminho, eu cheguei atrasada à aula de DCAT. O professor, Alec, que sempre me fitava como se estivesse tentando me testar, me olhou com curiosidade, mas me liberou para sentar numa das últimas carteiras da sala.

Nem prestei atenção na sua aula, puxei a carta e a coloquei entre meus livros.

Querido filho,

Eu não pude não o criar por um mero capricho meu, acredite. Estou destinada à morrer, assim como todos nessa louca guerra. Nunca quis que fosse assim. Bom, eu nunca pensei em ter um filho também, você foi fruto de um descuido meu, mas eu não poderia lhe amar menos.

Quero que você tenha uma chance de viver em um ambiente calmo, mesmo que tenha de ficar nesse orfanato trouxa do outro lado do mundo. Se no dia que a Guerra acabar e todos estivermos sãos e salvos, nós estaremos juntos.

Estarei pensando em você. Seu pai não sabe que você existe, e se só ele lhe restar, procure-o no Largo Grimmauld, em Londres. Ou procure os Potter. Souber que eles também terão um filho, Harry. Lily é muito amiga minha, ela cuidará de você se mostrar essa carta para ela e James, bom, James o reconhecerá de cara. Ele conhece seu pai.

Com amor,

Marlene McKinnon

Ps.: Sinto muito em lhe dar esse nome, Orion. Mas é uma tradição da família Black, todos precisam ter nomes derivados de estrelas/constelações ou animais. Mesmo.

Eu sentia como se a sala rodasse ao meu redor, e tudo que eu quis fazer foi rir, enquanto minha mente conectava todas as pontas soltas. Largo Grimmauld. Potter. Lily e James Potter, Harry Potter. Segurei um grito de empolgação dentro de mim.

Felizmente, naquele momento, a aula acabara.

– Todos estão liberados, menos a Lynx. – Eu estanquei na minha mesa, preocupada que ele tenha notado minha total falta de atenção.

Esperei até todos saíssem da sala para me levantar e me encaminhar até a mesa do professor Harkiss.

– Você nem fez questão de fingir prestar atenção na aula, o que há de errado? – Ele perguntou, cruzando os braços e se apoiando na mesa de uma maneira bem estilosa. Cof, foco.

– Nada, professor.

– Que papel é esse? – Ele perguntou, erguendo os olhos para a carta da Marlene.

– A chave para minha existência, literalmente. – Resmunguei ironicamente.

Alec arqueou a sobrancelha. O analisei minuciosamente, como ele fazia comigo. Suspirei.

– Acho que você é confiável, ao menos para saber disso. Mas olha, um professor não é minha primeira opção pra falar da minha vida, ok? – Ele parecia querer rir. – Certo.

Bufei e ajeitei minha postura, começando a contar uma história editada de como eu peguei o livro sobre Famílias Nobres do Século XVII e então como eu descobri todo o resto. Ele respirou fundo, parecendo compreensivo mas nada surpreso.

– Eu suspeitava disso.

Dessa vez, eu mesma arqueei a sobrancelha.

– Oh, você investiga pessoas sem pais e mães? – Falei um pouco sarcástica.

– Eu tenho um projeto... Nada de trabalho, é algo mais voluntário. – Ele disse. – Procuro pessoas de sangue puro e suas peculiaridades, digamos assim.

Quando eu já estava indo comentar alguma coisa, ele falou de novo.

– Deveríamos falar o que você sabe para a diretora.

– Ah, claro. – Eu ri.

Imaginei a cena completa na minha cabeça: eu chegando à diretoria meio “EAI TIA MINNIE! E AE BANDO DE QUADROS?”, a Minerva iria me chamar de louca, eu iria sentar na cadeira na frente da dela e dizer, numa voz como a do Darth Vader: Sirius Black é meu avô. E então, pausa para aquela respiração sinistra dele.


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Notas finais do capítulo

O dia tá friozinho, tá tão bom! Aaah, pessoas, eu já falei q a fic vai ter duas temporadas/ talvez três? Tô com o nome da segunda, mas tem spoiler nela, n posso dizer. Esclarecimentos: a Lynx virou chatinha, mas ela vai voltar a ser legal logo, keep calm. Tava aqui pensando... Seeeerá que eu mereço um recomendação? Vaaaai! Pleaaaase, fofurinhaaas. Okay.. Mas eu ficaria taaao feliz. (Sim, chantagem queen)
Vou confessar uma coisa p vcs: Sou gamadona nesse Alec Harkiss. Mesmo. Ele é tipo... Aght! Kakopskaopskaposk
Okay, vejo vocês no próximo cap!
BJUUUUUUUUUUUUX.