Lupin escrita por Spooky Nurse
– pelo mesmo motivo que os garotos me chamam de mãe, por respeito, carinho, amor e devoção. – disse ela se voltando a Remo. - Ele fez por mim algo que ninguém nunca fez. Deu-me uma casa, uma família, um sobrenome, e alguém para chamar de pai. - disse Lupin olhando para ele e tentando demonstrar todo o carinho que ela sempre sentiu. - e me deu meu bem mais precioso, e que tenho tanto orgulho, minha Licantropia.
– ele te transformou? – perguntou Gui fazendo eles quebrarem o contato visual.
– sim, - respondeu ela. - eu sai da escola de magia do Brasil em uma madrugada de lua cheia, havia perdido uma aposta e tinha que encontrar um Lobisomem, acabei sendo mordida no ombro. No dia seguinte Remo foi ao meu encontro e ficou comigo, nos aproximamos, e fomos juntos ate a floresta para minha primeira lua cheia. – contou ela.
– achei que ela não sobreviveria. – confessou Remo. - mas me enganei, ela foi forte e eu admirei isso. Tinha perdido tudo, meus amigos e irmãos e me apeguei àquela garotinha. – dizia Remo.
– ele se tornou minha família, mais ai depois de quatro anos eu acordei e ele não estava mais lá. – disse ela.
– foi o ano em que vim a Hogwarts por causa de Sirius. –explicou Remo. Ela já tinha ouvido o pai falar desse Sirius, e naquele momento entendeu o motivo dele ter vindo parar naquele lugar.
– o procurei por anos. – resmungou ela.
– então ele é seu pai adotivo? – perguntou Tonks com os olhos brilhando em admiração para o marido, e se repreendendo mentalmente pelo ciúme que sentia.
– sim, e meu pai por transformação. Hoje eu posso agradecê-lo por isso. – afirmou Lupin.
– fico feliz em saber que não me odeia, mas ainda não entendo. – disse Remo rindo.
– eu sei, ate hoje não entendo o amor que Damon tem por mim. – disse Lupin dando de ombros e fazendo a matilha rir.
– você o transformou? – perguntou Remo com um tom de desaprovação na voz.
– sim, no fim da lua cheia o encontrei quase morto na mata, cuidei dele e o salvei. Depois da primeira transformação achei que ele me odiaria. – começou Lupin.
– mas assim como ela, eu resolvi ver o lado positivo de tudo, e passei a gostar da minha condição. – disse Damon.
– então não se preocupe Ninphadora, você é única, acredite vocês tem um vinculo alem do amor... – começou Lupin.
– é de companheirismo. – terminou Jack abraçando Leah e a enchendo de pequenos beijos.
Ninguém notou, mas nesse momento Lupin olhou de relance para Carlinhos que não havia se pronunciado um momento, mas a olhava desde que seus olhos se encontraram pela primeira vez.
Ela sabia o que o sentimento dela queria dizer, só não conseguia acreditar nele. Tantos anos fugindo de encontrar seu companheiro, e de repente lá estava ele. Tão lindo forte... As cicatrizes o deixavam com um aspecto bruto e destemido, e isso deixava o lobo dentro dela atiçado para tocá-lo em prazer, e ao mesmo tempo irritado em querer ferir quem fez aquilo a ele.
Antes que fizesse algo resolveu que era hora de se deitar.
– bom. – começou ela saindo de seus devaneios. – o tempo voa quando a conversa ta boa, fiquem a vontade estou indo dormir. - disse ela se levantando - e vocês, terão aula amanha então não demorem.
– sim mamãe. - responderam juntos.
– espera. Eu não vou estudar nem dar aula aqui. - disse Damon.
– não, mas vai me ajudar nas minhas aulas. Não preparei nada e vou confiar na nossa memória fotográfica lupina. – ralhou ela.
– tudo bem. – concordou ele sabendo que não seria bom discutir agora.
– nos vemos em breve. Boa noite. – disse ela se dirigindo aos outros.
– eu te acompanho. – disse Carlinhos.
– não precisa... – começou ela mais foi interrompida.
– faço questão, também vou me deitar. Minha viagem foi longa e é caminho. – discordou o ruivo.
A matilha olhava aquilo rindo.
– claro Carlinhos leve-a, e cuide bem da minha filhote. – disse Remo que já não segurava mais o riso e gargalhavam junto com o restante da matilha, os outros na mesa olhavam aquilo com expressões confusas.
Lupin encarou o pai que lhe piscou. Maldito seja a ligação entre lobisomens.
Ela suspirou rendida.
– tudo bem, vamos.
E assim saíram do salão, sob olhares curiosos.
Eles andavam juntos pelos mais variados corredores de pedra frios e úmidos, e subiam vários lances de escada. Eles não sabiam o que dizer, mas queriam que o silencio fosse quebrado de alguma forma, aceitando a coragem grifinoria, o silencio foi quebrado por Carlinhos.
– você foi incrível lá, a admirei pela coragem de dizer o que era e que tinha orgulho disso.
– obrigada. Mas tenho que ter, somos superiores de mais para bancarmos os sujos perto dos bruxos. – disse ela.
– você é diferente. – disse ele, ela arqueou a sobrancelha. - fala o que pensa.
– bem, fazer parte do clã mais conhecido do mundo bruxo tem suas vantagens, ninguém liga muito quando você diz o que pensa.
– porque não abaixa a guarda. – perguntou ele.
– porque não tenho motivos, conheço a historia do mundo bruxo da Grã Bretanha e sei como eles vêem a nós, Lobisomens.
– você fala como se vocês não fossem bruxos. – notou ele.
– se eu chegar ao salão e disser o que eu sou eles mudaram o "a bruxa que chegou hoje" para a "lobisomem que chegou hoje", eles me vêem como ser inferior e lobisomem, não como bruxa. Então... – começou ela.
– você os vê como seres inferiores e como simples bruxos. – terminou ele.
– exatamente. – concordou ela. – Bom é aqui. – disse ela se virando para a onde antes tinha uma entrada que agora era guardada por um enorme urso de pedra.
– senha. - rugiu a estatua.
– Sangue de Lobo.
A porta se abriu revelando a grande sala.
– nos vemos amanha. - disse ele.
– ate. – ela já ia entrando quando se virou. – vou tentar abaixar a guarda. – ele a olhou. – por você.
Ele deu um sorriso radiante e isso a deixou feliz. Ela entrou e fechou a entrada escorando na parede e se sentando no chão, ela não podia acreditar, depois de tantos anos, ele estava ali, seu companheiro.
Carlinhos suspirou e voltou pelas escadas ate seus aposentos, onde entrou e foi direto se jogar na cama, o que estava acontecendo, ele não conseguia tira-la da cabeça.
Mas ela era tão linda, forte... E por mais que tentasse esquecê-la não conseguia, mas nem queria. Ele já havia ficado sozinho por tanto tempo, só ele e seus dragões, talvez fosse hora de se aproximar de uma loba. Ele riu com isso.
E com esse pensamento ele dormiu, sonhando com os olhos irreverentes de certa mulher e ela sonhando com o sorriso radiante de certo ruivo.
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