Ciladas do Destino escrita por Brubs Somerholic


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

oi oi, estou de volta.
Espero que vocês gostem e não me matem.
Demorei bastante pra fazer esse capítulo porque eu não estava com muitas ideias.
Mas creio que no próximo capítulo eu comece com o "mistério" da fic, ok?
Boa leitura (:



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Uma semana se passou.

A nossa apresentação do trabalho foi ótima.

Mas desde o dia em que eu e Damon saímos para o Vale, ele tem estado estranho.

Desde o nosso quase beijo.

Ele conversa comigo, mas não é como nossas conversas fáceis de antes.

Hoje é sexta-feira, e Caroline vem dormir aqui em casa.

Será a noite das garotas.

Ela vai trazer sua prima Rebekah que passará o fim de semana na casa de sua família.

São nove horas. Ouço a campainha tocar.

Abro a porta e vejo as duas segurando vários tipos de doces e salgados.

Caroline corre para dentro e coloca as coisas em cima da mesa, me dá um abraço e me apresenta Rebekah logo depois.

Rebekah é realmente bonita. Ela não é muita alta, mas tem uma ótima forma física, tem cabelos loiros e lindos olhos azuis.

Nós subimos com todos os alimentos para o meu quarto e colocamos nossos pijamas.

Minha mãe está no restaurante, então a casa é toda nossa.

Eu levo meu pequeno rádio para o quarto e coloco a música “Put your records on - Corinne Bailey Rae” para tocar.

Caroline solta um gritinho. E sobe em cima da cama.

— Eu amo essa música.

Vejo que Rebekah também está animada.

Nós três estamos em cima da cama agora. E então começamos a cantar.

— Three little birds, sat on my window. And they told me I don't need to worry. — Estamos cada uma com uma escova de cabelo nas mãos para fingir ser um microfone. — Summer came like cinnamon, so sweet, little girls double-dutch on the concrete.

Nós estamos fazendo mimicas e caretas, e eu estou com dor na barriga de tanto rir.

— Girl, put your records on, tell me your favorite song. You go ahead, let your hair down. Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams, just go ahead, let your hair down.

A música acaba e nós voltamos a sentar na cama.

— Amanhã é a Festa do Dia dos Fundadores, — eu digo enquanto pego alguns doces para comer.

— Eu e Caroline já alugamos nossos vestidos. E você?

— Minha mãe deixou um alugado para mim.

— Eu adoro essas festas. — Caroline disse com toda a sua empolgação. — Roupas, maquiagem, acessórios. No fim da noite fugir para a casa do namorado e...

— Ok. Já entendemos. — Eu estava rindo e preferi cortar a frase antes que ela desse detalhes minuciosos sobre seu relacionamento sexual com Klaus. Fazer o que? Essa é a Caroline.

Após conversamos bastante, nós fomos dormir.

Acordo com o som do despertador.

As meninas me deram tchau mais cedo e foram embora porque precisavam se organizar para o evento.

Me levanto e vou ao banheiro.

Escovo os dentes e me abaixo para enxaguar a boca, porém quando olho novamente para o espelho vejo meu pai atrás de mim.

Ele está pálido, está com a mesma roupa de quando o vi pela última vez, seu olhar é tão frio.

Não. Não. Não

Não é o meu pai. Ele se foi.

Me viro para olhar melhor, mas ele não estão mais lá.

Me sento encostada na parede. Sinto as lágrimas descerem pelo meu rosto.

O que está acontecendo comigo?

Eu estou ficando louca?

Depois de muitos minutos — horas, não sei — eu me levanto e descido me arrumar. Eu não quero perder a Festa. Eu não posso ficar em casa sozinha.

Não sei o porquê minha mãe passa tanto tempo fora de casa. Entendo que ela tem o restaurante, mas sinto que ela sempre evita estar em casa, estar comigo. Acho que ela esconde alguma coisa. Não sei bem ao certo o que.

**

Estou quase pronta e escuto o toque do meu celular.

É uma mensagem de texto.

“Precisando de uma carona?

Damon”

“É... Acho que sim. Obrigada.”

“Acho melhor não demorar, lindinha. Estou a cinco minutos da sua casa.”

Bom, meu cabelo já esta enrolado em cachos. Minha maquiagem está feita. Estou com todos os acessórios e só faltam o vestido e os sapatos.

Estou terminando de colocar os sapatos quando escuto o carro de Damon parando em frente minha casa.

Quando abro a porta e encaro ele, sua expressão é um pouco engraçada.

Ele parece...impressionado...talvez.

— Devo admitir que você está deslumbrante. — Ele diz enquanto me oferece um lindo sorriso.

— E você não está nada mal, Sr. Salvatore. — Ele usava as mesmas roupas de sempre, blusa branca em gola “V”, sua jaqueta de couro preta, calças cor carvão que se adequavam perfeitamente ao seu corpo e as botas pretas. E ainda assim, ele parecia mais lindo que nunca. Seus cabelos estavam uma linda bagunça.

Já eu estava com meu vestido dourado, com enchimento na saia que carregava uma faixa verde na altura da cintura e quase chegava até meus pés.

Ele fez um breve reverencia pegando minha mão e me levando em direção ao carro, abrindo a porta para que eu pudesse entrar.

O caminho todo ele foi como ele mesmo. O Damon que eu conheço. Brincalhão, irônico, que me faz rir.

Quando chegamos encontramos com Caroline, Rebekah, Tyler e um outro cara que eu não conhecia.

— Elena, que bom que chegou. Falei de você para meu irmão. Ele queria muito te conhecer.

— Meu nome é Elijah. É um prazer conhecer você — Ele segurou minha mão e deixou um beijo ali.

— O prazer é meu. — Minhas bochechas estavam queimando. Ele era muito bonito, elegante, charmoso...Seus olhos eram castanhos, ele era alto e estava de terno.

— Minha irmã não me disse que era tão bonita. — Ele olhava tão diretamente em meus olhos que eu ficava totalmente desconcertada.

Eu agradeci e sorri.

— Sou Damon, a propósito. — Damon praticamente entrou em minha frente, dando um firme aperto de mão com Elijah.

Percebi que Rebekah olhava pra ele como se ela fosse um gato e Damon um rato que ela estava pronta pra atacar. Mas com certeza não seria pra matar. Com certeza não.

— Nunca vi você por aqui. Sou Rebekah. — Ela estendeu sua mão para ele e ele beijou.

— Eu só me mudei faz três meses. — Ele deu um sorriso de lado tão sedutor, e eu não estava gostando daquilo por algum motivo que não sei. Damon olhou ao redor parecendo procurar alguém. — Com licença a todos, meu tio está me esperando. — E então ele foi para perto de um homem, muito bonito por sinal, que aparentava ter seus 37 anos.

Toda a festa ocorreu muito bem. Muita conversa jogada fora, bebidas e comidas típicas, música.

Vi Katherine se jogando pra cima do Matt. Coitado.

Eu estava olhando a multidão quando vi um pequeno movimento atrás de uma das árvores e me aproximei.

— Gostou da festa? — Eu decidi falar pra alertar sobre a minha chegada.

— É... lá em Nova York não costuma ter esses eventos. — Ele se levanta. — Mas então, pronta para ir pra casa?

— Sim, vou me despedir do pessoal e te encontro no carro, pode ser?

— Claro.

Eu me despedi de todos — Elijah me passou o seu número de telefone e eu lhe dei o meu, não que eu esteja interessada, claro, foi pura educação— e fui encontrar o Damon para irmos embora.

Ele estava silencioso o caminho todo, parecia imerso em pensamentos.

Quando paramos em frente minha casa não notei nenhuma luz acesa, então minha mãe provavelmente não havia chegado.

Fui até a porta e quando me virei para dar tchau percebi que ele estava bem próximo de mim.

Realmente próximo.

Eu quase podia contar os centímetros entre os nossos corpos.

Minha respiração começou a ficar acelerada.

Seu perfume era tão bom.

Ele apoiou uma mão na porta e se inclinou, ficando ainda mais próximo.

Seus lábios estavam na altura da minha orelha.

— Você vai ficar bem?

— Sim — tentei manter minha voz estável. — Minha mãe vai chegar logo. Acho que você deveria ir.

— Para cá? — A boca dele estava no meu ombro. — Ou para cá? — Dirigiu-se para o meu pescoço.

Minhas pernas estavam tão bambas. Eu não conseguia nem ao menos raciocinar direito.

Sua boca estava pressionada suavemente em minha mandíbula.

Eu só sabia de uma coisa.

Eu queria beijá-lo. Ali mesmo. Naquele momento.

Mas de repente a porta abriu e nós dois quase caímos.

Eu estava assustada olhando para minha mãe parada em minha frente.

— Eu escutei um barulho, resolvi descer para dar uma olhada. —Então ela olhou para o Damon. — E você é...?

— Damon. É um prazer conhece-la.

Minha mãe fazia uma cara de quem não estava gostando nem um pouco daquilo.

Realmente o Damon tem cara de encrenca. E que bela encrenca.

— Ele já estava indo embora. Ele precisa resolver algumas coisas. — Resolvi quebrar o clima. — Não é, Damon?

— Claro. — Ele deu um pequeno sorriso. — Tenham uma boa noite.

E então ele entrou no carro e foi embora.

— Posso saber o que estava acontecendo? — Minha mãe fechou a porta após nós entrarmos e estava com uma sobrancelha erguida.

— Nada, mãe. Ele só me deu uma carona e já estava indo embora. — Dei um beijo em sua bochecha e disse “boa noite”.

Após entrar no meu quarto e tirar o vestido, fui direto para o banheiro.

Eu precisava de um banho. Tanto pra tirar o cansaço do dia como pra acabar com o calor por todo o meu corpo.

Ele estava me levando a loucura.


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Notas finais do capítulo

:)



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