Ciladas do Destino escrita por Brubs Somerholic


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

oooi
Bom, eu percebi que tem leitores fantasmas haha então por favor apareçam e comentem pra eu saber se vocês estão gostando ou não.
Boa leitura (;



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Decido começar minha pesquisa para o trabalho. Meia hora depois Caroline manda uma mensagem.

CASA DO TYLER. FESTA. TE PEGO EM 20 MINUTOS. NÃO ACEITO NÃO COMO RESPOSTA.

Faz tempo que não vou a festas. Então decido ir. Não tenho nada a perder mesmo.

Tomo um rápido banho, coloco uma calça jeans, uma botinha de cano baixo, uma blusa e minha nova jaqueta de couro por cima. Já que a festa foi de última hora creio que não seja grande coisa.

Então eu percebo que estou completamente enganada. Quando chegamos, a minha impressão foi de que a escola inteira estivesse dentro da casa dele.

Parece que seus pais tiverem que fazer uma viagem às pressas e ele aproveitou. Caroline veio com Klaus, e eu não pretendo ficar de vela.

A música está alta demais, então pego um copo de refrigerante e vou para os fundos da casa onde tem um pequeno jardim.

Estou sentada em um banquinho quando Katherine aparece e se senta ao meu lado. Não podia ser outra pessoa? Katherine Pierce parece que vive para me atormentar. Desde que cheguei na cidade há dois anos. Não sei o motivo de tanto ódio.

— Olha só quem está aqui. São horas de uma menina santinha estar em festas? É hora de papai por criança na cama. Ah meu Deus, sinto muito. Esqueci que você não tem pai.

É inexplicável a dor que senti quando ela me lembrou do meu pai. Eu tento por diversas vezes afastá-lo de meus pensamentos, pra tentar fazer a dor diminuir. Fingir que ela não existe.

— Qual o motivo de tanto ódio? — Tento segurar minha lágrimas. Não vou dar a ela o gostinho de me ver chorar por algo que disse.

— Você nasceu, e resolveu aparecer na minha vida.

Eu me levanto e vou embora. Não ia mais aguentar escutar ela falando.

A dor que eu estou sentindo é tão horrível.

As pessoas passam como um borrão na minha frente, o barulho da música não ajuda em nada. Logo vejo uma mesa com várias garrafas de bebida e penso “Por que não?”.

Pego uma garrafa de vodca e sento no primeiro degrau da escada.

Caroline sumiu, deve estar em algum canto tentando engolir o Klaus.

No primeiro gole a bebida desce queimando, mas eu nem consigo sentir mais nada nos goles seguintes.

Eu descido me levantar, quase não sinto minhas pernas. Consigo perceber que está tocando “Feel so close”. Eu começo a dançar. Vejo uma mesa sem nada em cima logo em minha frente e consigo subir sem cair. As pessoas, principalmente os homens, estão gritando por cima da música. Eu não entendo muito bem, mas parece que eles estão pedindo pra que eu tire a roupa. Eu acho muito engraçado e começo pela minha jaqueta. Quando vou tirar minha blusa, sinto que estou caindo. Caindo não. Estou no colo do Damon. O que ele está fazendo aqui?

— O que você estava fazendo? Ficou louca? Tem um monte de homens bêbados e você decide simplesmente tirar a roupa e acha que eles vão ficar só olhando?

— O que? — Eu estou rindo. Nem ao menos sei o motivo, mas a situação me parece engraçada no momento.

— Para de rir. Isso não é engraçado.

— Pra onde você está me levando? — Quase não reconheço minha voz. Acho que realmente passei dos limites com a bebida.

— Pra sua casa, é claro. — Minha cabeça está doendo tanto que a encosto em seu peito.

Devo ter adormecido no caminho, porque nós já estamos em frente minha casa e ele está pedindo pelas chaves.

— Embaixo do vaso de plantas ao lado da porta.

Ele abre a porta do carro pra mim.

— Já consegue andar?

—Sim.

Eu movimento minhas pernas para fora do carro e me parece que está tudo bem, mas no momento em que tento ficar em pé, elas resolvem não me segurar. Felizmente Damon está lá para me ajudar. Rapidamente ele me pega em seu colo novamente e caminha para a entrada da minha casa.

Eu estou no sofá e Damon já está me trazendo um comprimido e um copo de água.

— Tentando me drogar? — Eu falo de forma brincalhona.

— Mais? — Ele ri, e então fica sério novamente. — Não precisa ter medo, Elena. Se eu quisesse fazer algo com você, eu já teria feito. É só um remédio pra dor de cabeça. O que no caso, você vai ter muito. Vem, é melhor você deitar na sua cama. Onde fica seu quarto?

E então eu já estou em meu quarto, na minha cama, com os cobertores que parecem ser a melhor coisa no momento, porque o frio estava acabando comigo.

Eu estou com os olhos fechados faz uns quinze minutos e acho que o Damon já se foi, quando eu o sinto acariciar meu rosto. Ele deve pensar que eu já estou dormindo. E a sensação é tão boa que decido continuar com os olhos fechados. Mas então ele para, e eu escuto a porta bater. Agora ele se foi.

***

A dor em minha cabeça é tão forte quando escuto o som do meu despertador que tenho vontade de joga-lo na parede.

Aparentemente não vou conseguir ir para a escola.

Durmo por mais algumas horas e então levanto, vou ao banheiro tomar um banho, desço para comer algo e tomar mais um remédio para as dores que parece que vão durar o dia inteiro.

Após mais ou menos uma hora escuto a campainha tocar.

Com grande relutância eu desço para atender.

— Pelo visto você teve uma péssima noite de sono. Sua cara está horrível. — Ele ri.

— Muito engraçado.

— Vai me deixar entrar? Temos um trabalho a terminar.

— Damon minha cabeça está explodindo, acho que não é um bom dia pra isso.

— Ai é que vem a melhor parte. — Ele diz já entrando em minha casa. — Eu adiantei boa parte quando cheguei em casa ontem. E hoje depois da escola também. — Ele está olhando para mim, sem dizer nada. — Vamos, Elena. Essa é a parte em que você diz que sou o melhor parceiro de trabalho de todos os tempos. — Eu dou um leve soco em seu braço enquanto nós dois rimos.

— Sobre ontem à noite... Eu quero te agradecer. Eu lembro em partes o que aconteceu e sei que você me ajudou muito. Obrigada.

— Tudo bem, sem problemas. — Ele diz suavemente. — Mas você vai ter que ir comigo até o Vale de Shenandoah. É um lugar lindo, você vai adorar.

— Amanhã? Tudo certo. — Eu sorrio.

— Amanhã? Agora. Já está pronta?

— O que? Não, Damon. Minha cabeça...

— Vai melhorar quando você estiver ao ar livre. Nós compramos um café extra forte no caminho e vai dar tudo certo. — Ele dá uma piscadinha para mim.

— Vai fazer alguma diferença se eu disser que não?

— Ah. — Ele faz uma cara de quem está pensando. — Não.

Antes de me arrumar corto um pedaço do nosso bolo do dia anterior e dou para ele comer.

— Elena. Meu Deus. Está realmente ótimo. — Ele dizia enquanto eu subia as escadas.

Vinte minutos depois estou dentro do carro dele.

Ele para em um Starbucks e compra um copo de café para mim, e alguns pães de queijo para nós dois.

Quando ele volta para continuar a dirigir, coloca “Happy - Pharrell Williams” pra tocar bem baixinho enquanto ele canta e bate os dedos no volante no ritmo da música.

Estou olhando pra ele e sorrindo enquanto bebo meu café.

Ele percebe e vira a cabeça para olhar para mim rapidamente.

— O que foi? — Ele sorri e já está olhando para a estrada.

— Nada. — Eu digo um pouco sem graça. — E obrigada pelo café.

Quando chegamos ao Vale, eu percebo que ele tinha razão. Eu adorei. É um lugar realmente lindo. O sol ainda está brilhando iluminando cada canto. O som dos animais. O cheiro. É tudo tão maravilhoso.

— Pela sua cara eu acertei. — Ele brinca.

— Acertou mesmo. É lindo, eu adorei. — Eu falo enquanto olho ao redor.

Nós estamos caminhando até chegar em uma ponte com um pequeno rio logo abaixo.

— Sabe... eu gosto de observar a natureza. Meu pai era biólogo. Sempre amou animais, natureza. Como eu era muito apegada a ele, acabei me apaixonando por tudo isso também. — Nós estávamos um ao lado do outro, olhando para a paisagem em nossa frente.

— Eu soube do que aconteceu. Sinto muito. — Eu olho para ele e sorrio em forma de agradecimento.

— Me fala um pouco sobre você, Damon.

— Não tem muito o que falar de mim. — Pode ter sido impressão minha, mas ele parecia desconfortável. — Eu sou de Nova York, vim morar aqui na Virgínia há três meses. Moro com meu tio, Alaric. E trabalho no pequeno restaurante dele alguns dias para ter uma graninha extra.

— Minha mãe também trabalha em um restaurante. Qual o nome do dele? Talvez eu conheça.

— Acho que não. Ele não é muito frequentado por pessoas como você. Quem frequenta são homens, que gostam de beber, jogar. O nome é Boo.

— Boo. — Ecoo, tentando me lembrar se já ouvi esse nome. — Realmente não me lembro de conhecer um lugar chamado Boo.

— Como eu disse... Agora me fale sobre você.

Solto um suspiro.

— Me mudei para a Virgínia faz dois anos. Moro só com a minha mãe há três meses. Passo a maior parte do tempo sozinha, já que o restaurante dela é fora da cidade. Não sou de beber, como pode ter parecido na noite anterior. — Ele dá uma risadinha. — Minha melhor amiga é a Caroline. Amo a natureza... É isso. Nada espetacular. — O vento fica bem forte e acaba colocando alguns fios de cabelo em meu rosto. Damon tira-os delicadamente e diz:

— Eu acho você encantadora.

Não sei por que meu coração está tão agitado.

O rosto dele está tão perto do meu. Sua boca parece tão macia e a intensidade dos seus olhos me diz que ele também quer isso.

Nossas bocas estão muito próximas.

Ele vai me beijar.

Então sinto a ponte tremer e o gritos de várias crianças correndo por ela.

Olho para frente e tento controlar minha respiração para acalmar meu coração.

Estávamos tão perto.

Conto 60 segundos até que ele fala.

— Está ficando bem frio. Acho que devemos voltar.

— Claro. — Mal consigo olhar para ele.


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Notas finais do capítulo

comentem pfvr c: