Happy tem que parar com esse negócio de me dar notícias bombásticas primeiro me diz que ela vai casar, depois que ela não casou, mas que ela tem filhos e que provavelmente eu sou o pai, fiquei pensando naquilo fazendo as contas e até que ele tinha razão quando eu finalmente decidi confronta-la percebo que ele parou o carro na frente do hotel, nós entramos e a subida para o elevador foi tão rápido quanto o caminho feito pra cá, eu entrei no quarto e fui diretamente para o banheiro tomar uma ducha gelada na intenção de me livrar do calor e dos pensamentos, é, e eu consegui me livrar de um deles, mas o outro ainda persistia fiquei andando de toalha de um lado pro outro sem saber o qual o próximo passo que eu ia dar.

— Rhodey.
— Jim! Telefone, é o seu amigo playboy — para a minha surpresa a voz era de uma mulher e essa voz não me era estranha.
— Tony...
— Quem é essa?
— Você me ligou pra saber quem é?
— Não, te liguei por que tô numa enrascada.
— O que foi?
— Há uma grande chance de eu ser pai — ele ficou em silêncio por alguns segundos e eu até pensei que a ligação tinha caído.
— Sempre esperei por isso, mas confesso que estou surpreso. Pra quando é?
— Pra quando é o que?
— O bebê.
— Já nasceu.
— Nossa! É menino ou menina?
— É menino e menina — ele suspirou e eu percebi que ele sabia de alguma coisa - Rhodey, o que você sabe?
— O casal de gêmeos que você está falando por algum acaso são filhos da Pepper?
— Você sabia sobre isso?! Por que não me contou?! Você...
— Tony! Se acalma, eu vou te contar tudo só espera um pouco — ele ficou em silêncio novamente e eu andava ainda mais nervoso pelo quarto do hotel - Não, eu não sabia que eles eram seus filhos, mas eu suspeitava e antes que você pergunte como eu sei é que eu estou namorando a Cassie que é irmã da Pepper.
— Há quanto tempo você sabe disso?
— Algumas semanas, eu sei que não devia ter ficado calado, mas eu não podia chegar e te dizer que a Pepper tem um casal de filhos que tem uns traços iguais ao seu isso ia acabar com o casamento...
— Ela não casou.
— Cassie disse que ela casou.
— Me responde uma coisa ela é uma loira que tem um cabelo que bate na bunda?
— É, você a conhece?
— Se não fosse por ela e pela a mãe, Pepper estaria comigo agora.
— Como você sabe que ela não casou?
— Ela disse ao Happy. Sua namorada sabia que você ia me contar então te disse isso.
— E agora o que você vai fazer?
— Não sei, te liguei em busca de conselho. O que eu faço?
— Você tem duas opções ou vai lá e acaba com isso ou enterra essa história e perde ela e seus prováveis filhos. E ai, Tony, qual dos dois?
— Não sei.
— Pense rápido, pois 2 anos se passaram e pra passar mais dois basta um estalar de dedos. Tenho que ir eu vou sair com a Cassie, mas por favor enquanto pensa não beba.
— Tá certo — desliguei a chamada voltei a pensar no assunto.

Pesquisei sobre a família dela e apesar de ter pesquisado sobre ela há 10 anos só agora eu me importei com a família, para a minha não tão surpresa o conselheiro do prefeito era o pai dela, segundo minhas pesquisas ele é um dos maiores magnatas de Chicago eu sempre soube que os pais dela eram ricos, mas não sabia que eram tanto assim, a mãe dela que agora eu sei que se chama Isabella é uma psicologa conceituada e uma das mais requisitadas do estado de Illinois, Cassie a namorada do Rhodes é uma médica pediatra, Ethan segue os passos do pai, Ashley trabalha no laboratório da criminalística de Chicago e Pepper apesar de já ser formada em contabilidade e administração retomou o seu curso de direito e está prestes a se formar, ela é a mais velha de 4 irmãos e é a única que tem filhos, procurei seu endereço e descobri que ela mora na 626 W. Fullerton que fica no centro do Lincoln Park perto do local onde Happy e eu a vimos, com endereço em mãos eu fiquei sei lá quanto tempo pensando se mexia naquele vespeiro ou se deixava ele quieto, a noite caiu e eu sabia que não ia conseguir dormir se não tirasse a limpo essa história eu então peguei as chaves com Hogan e quando dei por mim já estava na tocando a campainha da porta dela.

— Sr. Stark, o que faz aqui? — me perguntou a irmã dela.
— Pepper está? — eu perguntei entrando e vi o quão luxuosa era a casa que ela vivia.
— Não, ela não es...— fomos interrompidos pelo o choro de uma criança que vinha acompanhada pela outra os dois estavam sem camisa, o menino tem os cabelos pretos iguais aos meus, os olhos azuis e se parece comigo ele usava uma cueca box cinza que tinha alguns desenhos de carrinhos da Hot Wheels e a menina tem os cabelos em um tom de castanho, liso com cachos nas pontas que chegam aos seus ombros, ela se parece com a Pepper e também tem os olhos azuis, usava uma calcinha branca cheia de babados, ela pulou nos braços da tia e ele ficou olhando de baixo.
— O que foi Alie? — a menina mostrou o dedo indicador que estava vermelho e tinha um pequeno corte - Foi o Nick que fez isso?
— Foi — ela disse entre os soluços.
— A titia vai dar um jeito nisso. Sr. Stark, segura ela aqui.
— O que? — não tive tempo nem de protestar ela colocou a menina nos meus braços e foi num sei pra onde, eu a mantinha longe segurava ela com os braços esticados, mas depois de um tempo meus braços cansaram e eu a trouxe para mais perto do meu corpo, os olhos dela estavam vermelhos, mas ela não chorava tanto encostou a cabeça no meu peito e eu senti algo estranho, eu a balancei e aos poucos ela foi se calando.
— Já se bandeou para o lado do teu pai? — ela viu a minha expressão que provavelmente era de pânico e riu a pegou do meu colo, passou algo no dedo dela e em seguida colocou um band aid com desenhos.
— Pronto, parou a dor? — ela assentiu - Nick, peça... ué, cadê ele?
— Não sei, pensei que tivesse ido com você.
— Dominic Jensen Potts! Venha aqui seu menino sapeca— ele voltou correndo segundos depois e trazia consigo uma flor.
— Siculpa, Alie — ele lhe entregou a flor o que fez a menina sorrir e ela tinha o sorriso igual ao da Pepper - Tá?
— Tá — ela abraçou a irmão e eu deixei uma risada escapar.
— Vocês dois são tão fofos — ela puxou as bochechas dos dois que reclamaram - Acabei de lembrar que eu tô devendo um presente a vocês, eu vou buscar — ela abriu uma porta que fica embaixo da escada pegou um sobretudo e o vestiu - Sr. Stark, fique de olho neles eu volto já.
— O que? Não, você não pode deixar eles com um desconhecido...
— Tem razão e pra minha sorte você não é desconhecido é o pai deles.
— Eu... eu... sou o pai deles?
— É claro, Dominic é a sua cara, mas tem o gênio da Ginny e a Alice é a cara da mãe, mas segundo a Ginny, ela tem o seu gênio. Mas se tem dúvidas faça um teste de DNA, e ai vai querer os fios de cabelos deles agora ou depois? — eu fiquei calado os olhando e só me dei conta de que ela estava prestes a sair por que senti a brisa que passou pela porta - Crianças, a tia Ash vai sair, mas vocês vão ficar com o papai...
— Como você sabe que eu não vou fazer mal a eles?
— Você é o pai deles.
— Tem pais que fazem mal aos filhos.
— Tem, mas você não é um deles — ela fechou a porta e me deixou com aqueles dois pingos de gente e eu não fazia minima ideia do que fazer com eles que me encaravam com aqueles lindos olhos azuis.
— O que, nunca viram um homem na vida de vocês? Por que vocês estão me olhando desse jeito? Eu sou um homem e não um E.T — o menino levantou e saiu correndo subiu as escadas agarrado nos paus que davam suporte ao corrimão e eu fiquei com a garotinha de novo - Alice... é um nome legal, o meu nome é Tony— a menina continuou a me encarar e aquilo ficou desconfortável - Hm... cadê o seu irmão? — ela fez que ia subir, mas eu não deixei - Fica aqui— quando eu cheguei nas escadas ele vinha descendo era engraçado por que ele sentava pra descer e como ele trazia uma caixa e um boneco ai era que ficava complicado, mas ele era esperto descia um degrau e pegava a caixa e o boneco que ele havia deixado no degrau anterior e ele fez isso até chegar nos meus pés - Que boneco é esse? — ele me entregou um hot toy do Homem de Ferro que usava a Mark 5 - Salvei a sua mãe usando essa armadura, quer dizer a minha é maior e eu entro nela — ele apertou um botão que acendeu o reator da armadura e eu ri - Você gosta do Homem de Ferro?
— Uhum.
— Vou te contar uma coisa, eu sou o Homem de Ferro — os olhos dele brilharam, levantei a camisa mostrando o reator que eu tinha ai pisquei o olho e pedi segredo ele tentou piscar também e sorriu, voltamos para perto da Alice e ela abriu a caixa despejando as peças de um quebra cabeça e enquanto eles brincavam eu tinha cada vez mais certeza de que eu não poderia ser o pai dessas crianças quer dizer eu tenho chance de ser pai geneticamente, mas emocionalmente eu não poderia e nem posso.
— Nick, Alie — a voz da tia deles nos chamou a atenção e quando olhei o relógio percebi que tinha se passado mais de 30 minutos desde a sua saída - Não vale abrir os olhos e nem ter medo — eles ficaram de pé e fizeram o que ela mandou.
— Tá — eles falaram e ela colocou um filhote de rottweiler no chão que foi exatamente na direção deles que ao perceber que era um cachorro ficaram alegres e saltitantes.
— É uma menina e o nome dela é Pérola, mas fica mais fácil chama-lá de Pel— eles começaram a brincar com a cadela e eu fui até a porta.
— Eu preciso de algo que...
— Que lhe dê a certeza de que eles são seus filhos — ela completou e eu assenti - Pode ficar com eles mais um pouco né? — ela foi lá dentro e voltou minutos depois com dois sacos plásticos lacrados e cada um deles com alguns fios de cabelo e me entregou - Acredito que meu supervisor não vá se chatear se eu usar esses saquinhos de evidência, eu já sei do resultado, mas... seja feliz na sua descoberta.
— Não conte a ela que eu estive aqui.
— Não vai se despedir deles?
— Não tem precisão amanhã eles não vão nem lembrar de mim — ela abriu a porta e eu saí, antes de chegar no hotel eu parei em um bar e depois de muitas doses voltei ao hotel e graças ao álcool eu consegui dormir.

No dia seguinte nós voltamos para Malibu, Happy não me perguntou nada e assim que pousamos eu mandei ele me levar para a empresa, desci ao laboratório e isolei uma área só pra mim e usando o material fornecido eu fiz o teste.

— Os alelos tem praticamente 100% de compatibilidade, parabéns o senhor é o pai — a certeza do óbvio me deixou mais estarrecido do que eu pensava e depois de quase arrancar meus cabelos decidi que a melhor coisa que eu podia fazer era enterrar essa história.

(...)

Se passou um pouco mais de um mês desde o meu encontro com Happy e descobri através de meu pai que Tony estava na cidade naquele dia e que os dois estão fazendo negócios e que provavelmente ele estaria no carro quando Happy me abordou, no começo eu fiquei receosa pois eu sabia que ele ia dizer ao Tony que eu não casei e que agora eu era mãe de duas maravilhosas crianças, na melhor das hipóteses ele ia ignorar tudo isso e na pior ele viria atrás de mim e lá no fundo eu queria isso, mas ele não veio e eu continuei a tocar minha vida. Em um tipico almoço de domingo Cassie trouxe Rhodes para almoçar conosco e ele finalmente conheceu meus filhos que até então ele só tinha visto por foto.

— É ainda mais chocante ver ele pessoalmente — ele me disse ao ver Nick brincando com Alie e nossa cadela Pérola - Talvez o Tony fosse gostar de saber que é pai.
— Algo me diz que ele sabe, se Happy falou pra ele tudo o que eu lhe disse ele deve saber da verdade, mas vamos deixar isso pra lá ele está bem lá em Malibu e eu estou bem com os meus filhos.
— Pepper, posso te fazer uma pergunta? — eu assenti - Por que você não casou?
— Eu contei a Patrick que tinha dormido com Tony e ele obviamente ficou furioso e adiou o casamento semanas depois ele disse que perdoaria a traição, e foi justamente nessa semana que eu descobri que estava grávida ele me disse que perdoar a traição era fácil, mas conviver com o fruto dela era algo que ia além do seu limite ai nós cancelamos tudo e desde então eu não soube mais dele.
— E como é que você sabe que Tony é o pai? Quer dizer...
— Patrick estava na Alemanha há um mês, íamos nos casar quando ele voltasse.
— E por que você não foi falar com o Tony quando esse Patrick acabou o casamento?
— Por que eu estava grávida e em pânico e me convenci de que o melhor era esconder a verdade.
— Vocês precisam ver isso! — Ethan chegou no quintal da casa dos nossos pais e a sua cara era de total espanto ao entrarmos em casa e olharmos a tevê vimos algo que parecia ser cena de filme, no meio de Manhattan estava acontecendo uma guerra alienígena e pra acabar de completar Tony estava no meio daquela guerra, eu passei a frente dos outros e praticamente topei o volume da tevê.
— O bilionário Tony Stark e algumas pessoas desconhecidas estão tentando conter uma invasão alienígena que se iniciou há alguns minutos em Manhattan — nós continuamos a acompanhar as noticias e tudo parecia tão surreal alienígenas saindo por um buraco que tinha no meio do céu, um monstro verde pulando de prédio em prédio a tela se dividindo pra mostrar os repórteres, a batalha que era travada no céu e vídeos de pessoas que estavam naquele caos... foi a coisa mais maluca que eu já vi na minha vida e pensei que não teria mais surpresa, até que Tony me aparece carregando um míssil e entrando no buraco após uma breve comemoração fez se um silêncio esmagador ninguém dizia uma palavra se quer e de repente eu me peguei chorando, abraçada aos meus filhos e pedindo a Deus pra que ele voltasse.

(...)

Com certeza esse era o dia mais maluco da minha vida, pois se alguém chegasse e me dissesse que eu ia entrar em uma guerra contra alienígenas eu ia ligar para um manicômio e dizer que um paciente fugiu, antes de entrar naquele buraco eu tentei ligar para a Pepper, mas ela não me atendeu e eu até poderia tentar de novo, mas perdi a consciência e a comunicação enquanto estava ali dentro, quando acordei e vi que ainda tinha um mundo pra viver senti que um peso tinha sido tirado das minhas costas e agora eu estava com os meus novos companheiros voltando para a torre afim de ter de um descanso, afinal cumprimos nossas obrigações detemos Loki e sua invasão.

— Olá, senhor — me saudou JARVIS.
— JARVIS, eu já lhe disse o quanto é bom ouvir a sua voz depois de uma missão suicida?
— Não senhor.
— Pois estou lhe dizendo agora.
— O senhor tem várias ligações e uma delas é da Srta. Potts e ela deixou recado, deseja ouvir?
— Claro.
— Anthony Edward Strak! — a voz dela estava embargada, mas eu podia perceber raiva e preocupação, Thor, Banner, Rogers, Natasha e Barton olharam para mim com curiosidade eu fui me servir de uma bebida - Por que você fez isso, Tony?! Você sente prazer em quase morrer ou em quase me matar? Eu... eu fiquei preocupada e quando eu vi sua ligação perdida... eu fiquei sem saber o que fazer, eu posso estar do outro lado do mundo, mas se eu tiver uma noticia ruim sobre você eu vou ficar aflita sei que você ainda deve estar com raiva, mas me ligue, mande uma mensagem, sinal de fumaça, qualquer coisa que me permita saber que você está bem — ela ficou em silêncio por alguns segundos e no fundo eu ouvi uma voz que pareceu ser a do Rhodes - Tony, eu te... Nick, amor não faz isso — a ligação ficou muda e depois foi finalizada.
— Achei que vocês iam se acertar depois daquela confusão com o Vanko.
— É, parece que o Nick estragou os planos — Barton falou com graça e eu cai na risada - Isso, a negação é a melhor saída pra o que aconteceu.
— O que ele tem, será o demônio do riso? — Thor perguntou e isso fez todos os outros rirem também.
— Esse deve ser o modo do gênio, bilionário, playboy, filantropo de lhe dar com a rejeição.
— Você quer dizer alguma coisa também, Banner?
— Não, prefiro que você diga.
— Primeiro de tudo, cachinhos dourados não existe esse negócio de demônio do riso e segundo Nick é filho dela comigo — Natasha que estava tomando um drinque o cuspiu e começou a tossir.
— O que? — os 4 perguntaram surpresos enquanto Natasha ainda se recuperava da tosse.
— Pois é pessoal que coisa maluca não? Eu sou pai de um casal de gêmeos.
— Você é pai de um menino e uma menina? — Steve perguntou e eu rolei os olhos.
— Não, sou pai de um andrógino — ele franziu o cenho confuso por que provavelmente não sabe o significado e mais uma vez eu rolei os olhos - É Rogers, o menino se chama Dominic e a menina Alice e como a sua mente inteligente já deve ter percebido eles moram com a mãe e por falar nela. JARVIS, podemos nos comunicar?
— Senhor, linha telefônicas e torres de celular estão com problemas, mas é possível mandar uma mensagem usando a internet da mansão de Malibu.
— Ótimo, mande uma mensagem pra ela dizendo que eu estou bem e que não liguei por conta dos problemas com as torres de comunicação, mas que assim que eu puder eu ligo.
— Sim senhor.
— Agora que vocês já engoliram o que disseram, por que não falamos da ida do Thor e do Loki pra o mundo deles? — eles se juntaram a mim na discussão e acertamos tudo, no dia seguinte nos despedimos de Thor que levou seu irmão problemático para o planeta deles, Steve saiu por ai querendo desbravar os Estados Unidos de moto, Barton e Natasha foram pra SHIELD e eu dei uma carona para o Banner até o aeroporto e depois de fazer isso voltei para a minha vida, reconstruí a torre que agora será a sede dos Vingadores e voltei a ter contato com Pepper falávamos ao telefone quase todos os dias ela não me disse nada sobre as crianças, mas me falou que não casou e eu fingi surpresa ao saber e ela pareceu acreditar.

Com o passar das semanas eu comecei a ter uns pesadelos, não me lembro bem como é, mas me acordo todo suado, ofegante e assustado às vezes passo tantos dias sem ter pesadelos que até me esqueço que de vez em quando eu tenho, me convenci de que era a minha consciência me mandando rever a minha vida e tomei uma decisão importante.

(...)

Saber que Tony estava bem depois de toda aquela maluquice em Nova Iorque me deu um imenso alivio a grande ironia é que a quase morte dele foi o que fez nós voltarmos a nos falar, eu ainda não lhe disse sobre nossos filhos pois toda vez que eu achava que tinha achado o momento certo eu percebia que ele estava aflito mesmo que fosse por telefone dava pra perceber a inquietude dele, há duas semanas que não nos falamos segundo JARVIS ele estava em muitas missões e agora que teve uma folga resolveu viajar, mas ele não sabia (ou não podia me informar), durante boa parte desse dia frio e chuvoso eu fiquei segurando a minha vontade de ligar pra ele sempre fazendo alguma coisa cozinhando, limpando, brincando com as crianças e a Pel, assistindo, enfim eu tentava me distrair de todos os jeitos e eu consegui isso até mais ou menos às 18:00 horas da tarde que foi quando eles dormiram por conta do clima frio e depois de coloca-los na cama, eu liguei pra ele seu celular chamou, chamou e caiu na caixa postal, eu perdi as contas de quantas vezes eu tentei enquanto eu andava de um lado para o outro eu vi através da janela que na frente da minha casa tinha um Audi estacionado e no impulso abri a porta e encontrei um homem de costas pra mim sentado nos degraus do pequeno lance de escadas recebendo toda aquela chuva.

— Tony? — o homem se virou e era mesmo ele quando me viu sorriu e ao tentar se levantar quase caiu eu sai sem me importar com a chuva e o ajudei ele estava incrivelmente bêbado o arrastei pra dentro de casa e o coloquei perto da lareira - Você quer pegar um resfriado?
— Não, quero pegar você — eu rolei os olhos e fui procurar umas toalhas para ele quando voltei ele estava fitando o fogo.
— Vem, deixa eu te ajudar — o ajudei a se enxugar e o levei para o meu quarto procurei no quarto que geralmente o meu irmão fica algumas roupas, mas não achei e quando voltei o encontrei dormindo com um pouco de dificuldade eu consegui tirar aquelas roupas encharcadas e o enrolei o deixei dormindo no meu quarto e fui para o de hospedes e antes de adormecer me dei conta de que pela manhã ele ia descobrir a verdade.