The best you ever had. escrita por niiizu


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era de noite no meio da floresta, e música alta tocava numa clareira. Várias lanternas de papel penduradas entre os galhos das árvores iluminavam os arredores. Além disso, havia uma caixa de som antiga, mas grande e potente em um canto, ligada a um toca-fitas, tocando músicas de gosto duvidoso; e uma mesa com alguns comes e bebes. Um grupo de ursos festeiros criou uma rodinha à sua volta e usavam passos de break para dançar qualquer música que tocasse, enquanto outras pessoas normais dançavam do seu próprio jeito. Marceline Abadeer, a rainha dos vampiros, bebia vinho num copo de plástico encostada a uma árvore, enquanto observava a estranha festa que LSP tinha criado. A princesa era famosa por fazer festas meio escondidas e capengas nos finais de semana em que não havia nenhum lugar decente para passar a noite no reino de Ooo, e Marceline, apesar de saber exatamente como elas eram, acabava indo por não ter muito que fazer para aproveitar a noite.

Tree Trunks e Mr Pig faziam algum tipo de dança de acasalamento típica deles bem na frente de Marceline, que olhou para qualquer outro lugar onde as pessoas não estivessem tão íntimas e encontrou Finn e Jake a alguns metros de distância. A vampira sorriu aliviada e tirou os pés do chão, flutuando calmamente até a sua dupla de aventureiros preferidos (coincidentemente, eram os únicos que ela conhecia) e desviando agilmente dos corpos rodopiantes que se colocavam na sua frente.

- Ei Finn, Jake! E aí?

- Ei, Marceline – sorriu Finn. Ela não demorou a perceber que algo faltava em Finn, assim que ele virou-se para ela.

- Cara, cadê seu braço? – ela ficou realmente assustada. Vira criaturas de todos os tipos perderem membros durante sua longa vida, mas Finn era um dos poucos que ela conhecia de fato a passar por isso.

-Ah, já era. Longa história. – ele disse um pouco desanimado.

- Pois é, estamos tentando achar um braço novo para o meu irmãozinho aqui – sorriu Jake, abraçando Finn pelos ombros para tentar animá-lo.

-Ah, ok. Se eu lembrar de alguém que possa ter te aviso. – Marceline estava um pouco receosa com o garoto. Não sabia como era perder um membro do corpo, mas sabia que perder coisas muito importantes era horrível, então não podia agir com Finn como nada tivesse acontecido.

-Jake! 달밤에체조! – [finalmente vocês chegaram!] Lady apareceu de perto da rodinha dos ursos, com uma amiga do reino doce ao seu lado, ambas com copos na mão. Jake deixou Finn com Marceline e foi pegar algo para beber também.

- Bom, acho que já sei por que vocês estão sumidos. – Marceline comentou.

- Como assim?

- Ah, é que faz um tempo que vocês não vêm casa tocar alguma coisa. Achei que estivesse viajando pra Bonnibel ou algo parecido, mas acho que me enganei.

- É.

Um silêncio estranho ficou no ar.

- Ei, Finn. Porque você não vem pra minha casa comer alguma coisa e, sei lá, assistir uns filmes, sair pra alguma aventura ou coisa do tipo?

- Agora? – Finn ficou surpreso.

- É, o Jake não vai dar muita atenção pra você com a Lady por perto, você sabe. E talvez alguém tente te empurrar pra aquela dentadura doce.

- Ah, droga, você tem razão. Não tô com saco pra isso hoje.

- Então vamos?

Finn sorriu e acenou com a cabeça, e foi avisar Jake rapidamente antes de os dois saírem da clareira e entrarem na floresta. Era fácil de achar o caminho porque a noite estava bem clara e as lanternas de LSP iluminavam até que muito bem, mesmo quando estavam longe do lugar. Eles passaram rapidamente na casa da árvore para pegar algumas roupas, já que estavam combinando de dormir na casa de Marceline juntos, e uma espada, porque a meio-demônia pediu emprestado (Finn não acreditou muito nisso, mas deixou de qualquer forma). Também passaram em um mercadinho 24h para levar algum que Finn comesse para a caverna. Quando chegaram já estava quase amanhecendo, então decidiram procurar o que fazer na noite seguinte.

Marceline aproveitou que Finn estava tomando banho para subir até o sótão e revirar algumas caixas, mas mesmo depois do chuveiro ser desligado e Finn subir para ver o que estava acontecendo, ela não achou o que queria. Já havia amanhecido há algum tempo quando ela desceu meio suja e cansada, e encontrou o humano deitado na sua cama numa posição estranha, como quem quer ficar acordado a qualquer custo, sem os seus pijamas velhos e sim com um short e camiseta azuis um pouco batidos. Ela tomou um banho rápido e se deitou também, nem um pouco incomodada de dormir ao lado dele. Na verdade, até o acordou de leve dizendo que se ajeitasse na cama e colocasse um travesseiro sob a cabeça, e em seguida cobriu ambos com o mesmo edredom, deitada sobre o colchão sem flutuar.

~~

Na noite seguinte, Marceline arrumou a mesa de “café da manhã” e chamou Finn para comer. Eles haviam comprado um hambúrguer e fritas na noite anterior, e esse era o café da manhã de Finn, enquanto o de Marceline eram algumas framboesas. Durante o café, Finn lhe contou tudo sobre como perdeu seu braço e encontrou seu pai, e Marceline sentiu-se realmente mal pelo garoto.

- Finn, acho que sei onde achar um braço pra você. Vem comigo. – eles terminaram de comer e foram até o castelo do reino doce. Marceline carregou o garoto pelo braço para deixar a viagem mais rápida, já que eles perderam um bom tempo andando na noite passada.

Eles chegaram e nem sequer subiram até o laboratório de Bubblegum, como Finn pensou que Marceline faria para pedir ajuda. Ao contrário, eles contornaram o castelo e entraram por uma pequena, porém pesada porta de madeira destrancada escondida atrás de alguns arbustos.

- É claro que Bonnibel tem outras formas de te dar um braço, como com doces e aquelas nojeiras, mas eu conheço um método mais limpo aqui em baixo.

Eles passaram um corredor razoavelmente longo com as costas inclinadas, depois desceram alguns lances de escada com a ajuda da lanterna que Finn ganhara de Prismo, e chegaram a um porão gigantesco, fedorento e escuro. Marceline achou um interruptor e todas as luzes do local se acenderam. Várias criaturas horrorosas entraram por buracos feitos nas paredes de bolo e pasta americana. Alguns pareciam parentes distantes e medonhos de ratazanas, outros pareciam baratas super crescidas. Marceline jogou um objeto de metal qualquer no chão para fazer barulho e afastar os últimos bichos restantes.

- Tem certeza que é limpo, Marceline? - disse Finn. Ele estava acostumado a lugares empoeirados e cheios de teias de aranhas, mas aquela sala parecia exceder o limite do aceitável, com toneladas de metal empilhado pelos cantos e artefatos dos mais estranhos enchendo mesas de madeira enormes, um cheiro de podre misturado a coisa guardada e o cheiro de açúcar característico do castelo de Bubblegum.

- Com certeza. Relaxa, Finn, você já esteve em lugares mais nojentos que eu sei.

- Mas em nenhum deles eu tinha um braço a menos.

Marceline ignorou as palavras depressivas e procurou animar o garoto: - Então quando te arranjarmos um braço vamos a um desses lugares nojentos pra você ver se não é tudo a mesma coisa – sorriu – Olha! – puxou um pedaço de braço de metal de dentro de uma pilha de escombros – está um pouco enferrujado, mas podemos pedir pra Bonnie fazer outro.

O braço mecânico era simples e leve, com uma pinça no lugar das mãos. Realmente estava bem enferrujado e empoeirado.

- E como eu vou segurar a espada com essa pinça? – Finn disse pensativo. Marceline o observou incrédula.

- Cara, como assim você só sabe usar a espada com a mão direita?

- Como eu ia saber que deveria ter aprendido com as duas?! – Ele começou a perder a calma. Ficava com raiva muito rapidamente, também ficava depressivo e triste com a mesma facilidade depois que descobriu que seu pai era um imbecil e perdeu seu braço.

- Ok, ok, sem brigar, tudo bem. Nós podemos adaptar a mão, ou você pode começar a ser canhoto agora! – sorriu. Finn ainda estava mal humorado e incrédulo, mas imitou a vampira quando ela pegou um pedaço de metal velho do chão e apontou para ele como uma espada, usando a mão esquerda.

Finn bloqueava os golpes com dificuldade, mas parecia bem mais à vontade do que imaginou que estaria. Quando ele ganhou confiança, rapidamente conseguiu apontar o metal para a garganta de Marceline, fingindo fazer um corte horizontal no seu pescoço.

- Não vale Marcy! Você facilitou!

- Foi só pra te dar confiança, mas nem precisava tanto. Você é bom, Finn, deveria ser canhoto desde o começo. – ela estava sendo sincera, mas Finn ainda parecia sentir muita falta das suas habilidades de destro. Ele não falou nada, mas olhava para ela com incredulidade, pra variar. - Ok, vamos continuar.


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Notas finais do capítulo

Caso estejam se perguntando a fala da Lady é o título de um a música do PSY, porque coreano não é meu forte.

Eu já tenho uma parte da fic pronta, mas me cobrem pra postar, por favor, porque eu sou ruim de lembrar dessas coisas. O que já estiver escrito pretendo postar semanalmente.



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