Misguided Ghosts-Thalico escrita por Tia Ally Valdez


Capítulo 13
Um Morcego Gigante Tenta me Matar num Sonho


Notas iniciais do capítulo

Oie, meus lindos diwos!
Eu atendi aos desejos de quem pediu e a one-shot está aí!
http://fanfiction.com.br/historia/521596/O_Resgate_de_Calipso/
Leiam as duas, meus lindos!
Estou aqui com um P.O.V do nosso Gostosura di Ângelo.
Enjoy!



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Nico's P.O.V

– Vocês três estão muito encrencados! - Repreendi as três crianças na minha frente. De cabeça baixa. - E têm muito o que explicar!

– Mas... - Começou Bia.

– Sem mas, Bia! Depois de tudo que eu tive passar para cuidar de vocês três, ainda querem nos acompanhar?

– É que estávamos nos escondendo... A gente não percebeu que o navio ia subir...

Bia estava gaguejando. Eu soube na hora que não era verdade.

– Bia. Quero a verdade! Você não tem nada para esconder de mim!

– Eu... Eu não queria ficar sozinha sem você... Eu tenho medo de ficar sozinha... E eu não quero... - Ela soluçou baixinho. - Não quero ficar sem família de novo...

Bia começou a chorar. Thalia se apoiou em Jason e me olhou. Eu me abaixei e abri os braços. Ela correu até eles e começou a soluçar abraçada à mim.

Ninguém falou nada no momento. Anna e Tobias estavam ainda de cabeça baixa. o silêncio era constrangedor. Leo pigarreou.

– Já que temos mais passageiros, temos que arranjar mais quartos, não é?

Anna e Tobias sorriram para Leo. Bia ainda me abraçava chorando.

– Eles podem ficar com a minha cabine... - Disse Thalia.

– E onde a senhorita vai ficar? - Perguntou Jason.

– Vou ficar com Nico até Leo arranjar uma outra cabine para mim...

Afaguei os longos cabelos negros de Bia. Depois de todo esse tempo, ela pareceu me ver mais do que como um anjo da guarda... Parecia me ver como um pai... Ou um irmão mais velho. Sendo que eu realmente era esse irmão mais velho.

– Quer ir deitar?

– A Anna e o Tobias vão ficar comigo?

Eu sorri e beijei o topo de sua cabeça.

– Vão... Leo vai arrumar uma caminha para você também.

Ela correu até Leo e se juntou às outras crianças.

– Agora a missão ficou mais complicada... - Suspirei. - Se alguma coisa acontecer com essas crianças, vou invocar o Mundo Inferior inteiro de uma só vez.

Thalia riu e se ajoelhou ao meu lado. Depois, abraçou meu braço direito e deitou a cabeça em meu ombro. Acariciei seus cabelos e lhe dei um beijo.

– Quer ficar acordado?

– Quer deitar?

– Sim.

– Vamos então.

Eu a carreguei até minha cabine e a deitei em minha cama.

– Ainda bem que é de casal. - Falei ficando sobre ela...

– Que bom mesmo... - Thalia agarrou a gola de minha jaqueta e me puxou para um beijo. Minhas mão vaguearam por seus braços e subiram para o cabelo.

– Tenho a impressão de que essa blusa é meio grande para você, senhorita.

Ela riu entre os beijos e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço enquanto acariciava meus cabelos suavemente.

Eu a abracei com força. Seus beijos voltaram para meus lábios. E o sabor doce de morangos invadiu minha boca.

– Eu te amo. - Falei entre os beijos. - Te amo mais do que tudo.

– Eu te amo mais...

– Não mais do que eu te amo.

– Não... Eu te amo mais.

– Não, eu te amo mais.

– Onde você pretende chegar?

Eu sorri...

– Eu quero ter certeza de que te amo mais, mia bella...

Ela riu. Me deitei ao seu lado. Ela me abraçou e deitou sua cabeça sobre meu peito.

– Seu coração bate de um jeito tão suave... Eu gosto de ouvi-lo.

– Nossos corações batem em um mesmo ritmo, principessa....

– Eu sei...

Thalia deitou-se sobre mim... Mas não adormeceu.

– Tudo bem?

– Não consigo dormir... Canta alguma coisa pra mim... - Ela me olhou e fez um bico. - por favor...

– Seu desejo é uma ordem, amore mio...

Limpei a garganta antes de começar.

Your hand fits in mine
Like it's made just for me
But bear this in mind
It was meant to be
And I'm joining up the dots
With the freckles on your cheeks
And it all makes sense to me

I know you've never loved
The crinkles by your eyes
When you smile
You've never loved
Your stomach or your thighs
The dimples in your back
At the bottom of your spine
But I'll love them endlessly

I won't let these little things
Slip out of my mouth
But if I do
It's you
Oh, it's you
They add up to
I'm in love with you
And all these little things

You can't go to bed
Without a cup of tea
And maybe that's the reason
That you talk in your sleep
And all those conversations
Are the secrets that I keep
Though it makes no sense to me

I know you've never loved
The sound of your voice on tape
You never want to know how much you weigh
You still love to squeeze into your jeans
But you're perfect to me

I won't let these little things
Slip out of my mouth
But if it's true
It's you
It's you
They add up to
I'm in love with you
And all these little things

Cantei essa música porque desde a primeira vez que a ouvi, pensei em Thalia. Realmente... Eu amava cada pequeno detalhe de seu corpo... Tudo fazia parte dela. E tudo que fazia parte dela era amado por mim...

– Sua voz rouca me deixa doida... - Sussurrou antes de cair no sono.

Caí no sono segundos depois. Mas não me agradei muito com o que vi...

Eu parecia estar no meio de uma praça pública. E conhecia aquele lugar...

Era uma praça em Veneza. Eu sabia porque minha mãe me levava lá para passear. Olhei em volta e encontrei o velho banco onde eu e Bianca nos sentávamos no fim da tarde. Ela tomava um sorvete de creme e eu tomava um de chocolate. E depois ela contava inúmeras histórias para mim. E eu ouvia tudo com atenção.

Olhei melhor aquele banco e meus olhos brilharam de alegria ao reconhecer a garota sentada nele.

– Hazel! - Corri até ela. Ela me viu e correu até mim. Eu a abracei com força.

– Ai... - Reclamou sorrindo. - Você está me amassando.

– O que você está fazendo aqui? - Eu a coloquei no chão.

– Vamos tomar um sorvete?

– Claro!

Compramos dois sorvetes. Eu peguei um de chocolate e ela pegou um de creme. Depois, sentou-se no banco e afastou-se para que eu me sentasse ao seu lado.

– Preciso falar com você... - Ela falou depois de um tempo. Eu já havia terminado meu sorvete e ela estava acabando o dela.

– Diga. - Pedi. Ela terminou seu sorvete e me olhou com certa tristeza.

– Eu... Sei que você está em uma busca... Sei sobre a pedra negra.

– O que é que tem?

– Eu não quero que você a use para me trazer de volta.

Congelei e a encarei, incrédulo.

– O... o quê? Por quê?

– Eu sei... Que a pedra traz uma grande tentação de trazer seus entes queridos de volta... Mas não quero que você a use, Nico. Quero que você a destrua.

– Eu... Não! Eu quero te trazer de volta, Hazel! Você não devia ter morrido!

– Sim, Nico... Mas o... O ser que a roubou depende dela para viver. Se você tentar me trazer de volta com a pedra, ele vai tirar outra pessoa de você!

– Q... Quem?

– Você sabe de quem estou falando.

Me levantei com raiva.

– Que droga de pedra é essa?! Porque para trazer uma pessoa que eu amo, tenho que perder outra que também amo?! Isso é injusto! Eu quero você de volta! Mas não quero perder ninguém por causa disso!

– É a regra da pedra... Depois que o vampiro a roubou, ele causou isso... Destrua a pedra. Ou use-a para trazer de volta quem se sacrificar! Não tente me trazer ou...

Sua fala foi cortada quando o céu escureceu por um breve momento. Uma sombra voou sobre o parque.

– Ele o encontrou! Nico, fuja!

– Quem... - Olhei para cima. Uma criatura metade homem, metade morcego voou em minha direção. Desviei a tempo. - Hazel, vem!

Tentei segurar sua mão, mas a atravessei, como se fosse feita de ar.

– Vá Nico! Não posso ir com você!

Senti lágrimas abrirem caminho.

– Não quero deixar você!

– Você tem que deixar...

Hazel sumiu de repente. E tudo que pude fazer foi virar e correr. Minha espada havia sumido. O monstro voou atrás de mim.

– Ela será minha! - Ele gritou. - Você não pode protegê-la para sempre! Eu te matarei!

Continuei correndo. Sabia de quem ele falava.

Ele queria Thalia. Não para matá-la... Queria que ela fosse sua.

Cara, que coisa mais antiquada!

Olha só quem fala... O vovô Nico.

Continuei correndo, mas parei. Era um sonho... Eu tinha que acordar, não? E o único jeito de acordar seria deixar que ele me pegasse. Eu nem sentiria nada!

Errado!

Ele agarrou meu tornozelo e cravou fundo suas garras. Eu senti a dor descomunal. Vendo que eu sentia dor, a criatura sorriu diabolicamente e lambeu os dedos, se deliciando com meu sangue.

– Bom... Muito bom... Não vou te matar agora, mas posso feri-lo, não é?

Ele viu que eu tentava me levantar e pulou sobre mim. Depois arranhou minhas costas sem dó. Eu gritei de novo. Ele arranhou novamente no mesmo lugar. Eu sabia que havia ficado profundo.

Usando os pés, ele agarrou meus ombros e me lançou contra uma fileira de árvores. Eu atravessei três de uma vez e bati com força na quarta. Pensei ter ouvido um "crec", mas talvez fossem só as minhas costelas se partindo... Ele estava vindo velozmente em minha direção.

– Nico... Acorda! - A voz de Thalia ecoou. Uma parte minha a ouviu.

A criatura veio velozmente em minha direção, mas me atravessou como se eu fosse feito de ar e meteu a cara na árvore. Depois berrou de frustração e sumiu.

Eu sentia a dor... Mesmo que estivesse próximo de acordar.

– Nico!

Acordei num pulo. Estava dolorido... Mesmo que tenha sido em um sonho.

Toquei em um dos meus braços. Haviam lascas de madeira em minha camiseta e cravadas sobre minha pele.

Aconteceu... Ele me feriu mesmo... Como?

Thalia chorava enquanto me observava...

– Você... Está ferido... Estava gritando... - Ela soluçou. - Os ferimentos apareciam do nada... Eu me apavorava toda vez que te ouvia gritar. Você... Não acordava... Pensei que fosse... - Ela não completou a frase. Apenas soluçou alto.

Gemi de dor. Ela se assustou e correu para pegar sua mochila. Tirou um pano e néctar de lá.

– Shh... - Tentou dizer. - Vai passar...

Thalia me levantou e levou a mão à boca.

– Está... Muito profundo... o que fez isso com você?

– Não sei... - Gemi. - Foi... Aquele bicho estranho...

– Drácula? - Perguntou. Eu assenti fracamente. - Como?

– N... Não sei...

Ela aplicou o pano de néctar no meu tornozelo. Gritei e deixei escapar uns dois palavrões em italiano.

– C... - Thalia soluçou. - Calma, Nico... Por favor...

Ouvi batidas insistentes na porta. Thalia deixou que entrasse e Annabeth e Percy quase arrombaram a porta quando entraram.

– O que houve? Como isso aconteceu? - Percy parecia tão louco quanto Annabeth.

Thalia explicou tudo aos prantos enquanto limpava meus braços, tirando as lascas de madeira cravadas na pele com uma pinça.

– Ele... Pode machucar você? - Perguntou Annabeth.

– Pode... - Falei. Minha voz estava fraca. - Se você estiver totalmente mergulhado no sono... - Gemi quando Thalia tocou o arranhão em minhas costas. Ela riu entre suas lágrimas.

– Agora você tem uma cicatriz no peito e outra nas costas... A ironia é que elas se unem em seu ombro... Parece que é contínua...

Eu tentei rir... Mas saiu um riso sufocado. E minhas costelas doeram com isso.

– Tente não fazer esforço... Eu sei que dói... Eu vou tentar não te machucar. Prometo.

– Deixa comigo, Thalia. - Percy abriu uma garrafa d'água. A água saiu e molhou meu arranhão. Eu gritei no começo, porque ardeu pra caramba. Deixei escapar palavras nada belas de minha boca. - Nossa... Quer um pouco de sabão pra lavar a boca, Nico?

– Vai... Se ferrar... - Murmurei.

Percy riu... Depois, assumiu um olhar confuso. Senti a água molhar minhas costas mais três vezes.

– Legal. - Percy ficou frustrado. - Não consegui fazer sumir! Aquele bicho fez macumba! Agora tem uma cicatriz!

– Tem?

– Sim... -Disse Thalia.- Linhas brancas... Elas se unem com as outras linhas da sua cicatriz no peito. - Ela contornou minhas costas e foi até o peito. Depois parou e ficou estática...

– A vista é boa? - Perguntei fracamente. Ela me olhou e me deu um beijo.

– Maravilhosa... Quantas costelas quebradas?

– Acho que umas três ou quatro...

– Tome...

Thalia pingou algumas gotas de néctar em minha boca. Tinha gosto de morangos... Sorri com a ironia. Os lábios de Thalia tinham sabor de morango...

– Estamos saindo... - Disse Percy. - Qualquer coisa gritem.

– Pode deixar...

Thalia voltou a se deitar sobre mim...

– Tudo bem mesmo?

– Agora que você está aqui, estou ótimo.

Eu a beijei intensamente. Ela retribuiu do mesmo jeito...

– Não me deixe... Jamais.

Eu a beijei mais uma vez...

– Nunca...

Ela sorriu e, juntos, adormecemos... Caindo em um sono sem sonhos...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? No próximo capítulo, acho que vou postar um P.O.V do Leo... O que vocês acham?
E a música? Gostaram? Estou pensando em ir adicionando mais músicas que não estão na trilha sonora oficial. Aí, no último capítulo, eu vou escrever a playlist completa... Caso vocês queiram saber...
E eu sei que é muito cedo para dizer isso, mas estou pensando em começar uma segunda temporada quando acabar essa... Vai ser sobre. Tipo. Os filhos deles... O que acham da ideia?
O link tá aí de novo, para quem pulou as notas iniciais...
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Bjs, meus lindos!



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