Anna estava estonteante essa noite. Estava tão animada que, por um momento, esqueceu-se da irmã.

– ela está bem. – dizia. – está com Jack.

Mas mesmo assim, batia a curiosidade de saber o que havia acontecido com Elsa.

– sabe Kris, eu sei que ela está com o Jackson... mas ela já teria vindo aqui me ver...

– ela deve estar aproveitando o momento. – Kristoff disse enquanto dançavam uma música lenta.

– então eu acho melhor a gente ir vê-la.

– podemos apenas terminar a dança?

– claro. – Anna sorriu para seu par, que a girou no ritmo da música.

Eles aproveitaram mais um pouco o momento, e saíram à procura da irmã. Andando mais um pouco pelo salão, encontraram Rapunzel sentada em uma mesa junto a Bonnie e
Suzanne.

– oi! Vocês já dançaram?

– eu e Suzan sim. Mas a bonnie ainda está esperando o Hugo.

– onde ele está?

– foi ao banheiro. – Bonnie respondeu. – acho que ele tomou suco de abóbora demais.

Elas riram.

– e qual é o seu par Suzan?

– Jhonn. Ele estuda em Drumstrang, e está junto a Flynn, por aí.

– certo...

Kristoff cochichou ao ouvido de Anna:

– a gente não ia atrás de Elsa?

– é verdade! Alguma de vocês viu Elsa por aí?

– não. Mas provavelmente ela está no centro do salão com Jack.

– obrigada gente!

Os dois foram até o centro, onde estava uma multidão dançando.

– não sei se encontraremos Elsa. Aqui está muito cheio! – Kristoff disse à Anna.

– olha a Cat ali! talvez ela saiba onde está minha irmã.

– oi, para vocês dois! Aproveitando a noite?

– sim, mas aproveitaria ainda mais se encontrasse Elsa... você a viu por aí?

– estava conversando com ela agora. Ela deve estar por...

Catherine foi interrompida por Anna, que viu algo no fundo das calotas de gelo artificiais, dos enfeites.

– ei... você viu...

Ela foi surpreendida por um vulto encapuzado que a derrubou no chão.

– AAAAAAAH!

Todos voltaram as atenções nela, que estava caída, sendo salva por Kristoff dos dementadores.

– expecto patronum! – ele disse, em proteção de Anna.

Uma enorme rena, criada por um feixe de luz pela varinha de Kristoff, atacava o dementador enquanto outros se espalhavam pelo baile.

– DEMENTADORES! – ouviu-se gritar.

– expecto patronum! – dessa vez foi Anna.

A princesa formou uma fênix branco-prateada, que afugentou as sombras encapuzadas.

– vem Anna! Corre! – ela seguiu Kristoff até atrás de uma mesa, que ficava longe da confusão.

– fui atingida. – Anna pôs a mão sobre um corte, feito pelas fractais de gelo que se soltavam do teto.

O machucado sangrava e ela estava suja e fraca. Seu vestido verde com o corpete preto estava rasgado, e imundo.

– eu te ajudo com isso. – Kristoff disse.

Ele pegou sua varinha e conjurou um feitiço de cura. O feitiço não funcionara, pois o machucado era enorme.

Os enfeites da mesa no qual se escondiam, foram derrubados sobre Anna por um dementador, causando mais ferimentos sobre seu corpo.

– calma, você vai ficar bem. – disse Kristoff retirando o gelo de sua namorada.

– eu quero ver Elsa... – ela estava fraca, e não conseguia se levantar.

– nós vamos vê-la, só espere a confusão diminuir.

– eu quero vê-la agora... – ela gemia de dor, por causa dos cortes.

Ensangüentada, se levantou e cambaleou até a porta, na tentativa de subir as escadas.

– ei! Onde vai? – Kristoff corria atrás dela. – dementadores estão espalhados pelo castelo.

– vou à casa comunal da Corvinal. Conheço minha irmã, eu me esconderia lá também.

– você deveria ir à enfermaria, antes.

– eu estou bem. Só quero ver minha irmã.

– tem certeza?

– nunca tive mais.

Kristoff a ajudou a subir as escadas e a fugir dos dementadores que os cercavam. Chegando à porta da casa, viram Rapunzel indo entrar.

– espere! – Anna disse em uma voz rouca. – eu vou com você!

Ela se virou, e se indignou com a imagem de sua prima completamente ferida.

– Anna! O que faz aqui? Você não está nada bem!

– eu... eu quero ver Elsa...

– como sabe que ela está aqui?

– eu a conheço.

– vai arriscar a vida, apostando no seu conhecimento sobre sua irmã?

– se for por Elsa, sim. Ela tentou me proteger todo esse tempo, ela esteve ao meu lado, me ajudando, e eu nunca fiz isso por ela. Eu sempre a questionei por seus atos. Perguntava-me por que ela me deixava sozinha, e descobri que ela queria me proteger. Ela sempre arriscou a vida por mim, e se for para eu fazer isso por ela, eu aceito.

– certo... ela estaria orgulhosa de você agora!

– obrigada... como se abre a porta?

A águia fez uma charada que, apenas Rapunzel soube responder. Anna entrou cambaleando, e se escorou em um banco, por perto.

– eu vou com você. – disse Kristoff.

– quero ficar sozinha com minha irmã.

– e se você se machucar?

– Elsa é minha irmã! Nunca me machucaria. E também... eu sei me cuidar sozinha.