Meu Melhor Amigo escrita por Jake J


Capítulo 8
Acho que vamos dar uma de espiões


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas que amo, adoro, gosto... Enfim, estou aqui com mais um capítulo novinho. Para aqueles que queriam um salvamento super louco, não vai ter. Pois é kk Mas tirem suas próprias conclusões, porque novidades chegam e o Dale também huehue Espero que gostem.



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O vento é forte e o tempo ainda não abriu completamente. Meus passos parecem ecoar ao andar pelas calçadas até a casa do Eduardo. Estou um pouco apreensivo, estava indo direto para o fogo e acho que não tinha como eu não me queimar. Com sorte, eu teria o apoio de duas pessoas para enfrentar Wayne.

Antes de sair de casa, havia ligado para Lilly e perguntado por Dale. Ele havia dito que queria ajudar Eduardo, então achei justo chamá-lo, mesmo com “aquilo” tendo acontecido. Claro que eu tive que contar para Lilly do que se tratava e ela não ficaria parada enquanto soubesse que eu estava lá. Logo, era eu, Dale e Lilly contra um pai/homem que não sabíamos do que era capaz.

Eu chego na frente da casa dele e espero os dois chegarem. O clima parece estar contra nós e ouço alguns trovões fortes seguidos por relâmpagos de arrepiar. Eu me alivio um pouco ao ver Dale e Lilly correndo na minha direção. Eles parecem cansados quando chegam à minha frente.

–Chegamos. –diz Lilly pondo as mãos nos joelhos. Dale me olha cauteloso, como se não soubesse o que eu falaria depois do que aconteceu.

–Eu e Dale vamos tentar conversar com Wayne pacificamente. Vamos bater na porta e esperar que ele atenda. –digo e eles concordam. –Lilly, você espera no jardim atrás de alguns arbustos. Se algo ruim acontecer, eu te mando uma mensagem e você dá um jeito de nos tirar de lá.

–Ok. –ela fala e andamos até a porta.

Lilly se esconde e Dale fica do meu lado.

–Olha, eu queria me explicar pelo o que aconteceu antes. –Dale fala.

–Dale. Eu acho que temos algo com mais urgência agora. –eu digo e ele parece envergonhado. –Mas claro que vamos conversar depois.

Eu bato na porta e espero alguém atender. Passos podem ser ouvidos de dentro. Aguardamos mais um pouco até eu perceber que tem alguém do outro lado da porta.

–Quem é?-pergunta e reconheço a voz de Wayne.

–Sou eu, Luke. –respondo. Não pensei em mais nada para falar, mas Dale me olha com cara de quem achava que eu estava louco.

–O que você quer?-ele pergunta abrindo a porta. Seu cabelo é moreno e seus olhos castanho-escuros, ele aparenta ter mais de quarenta anos e é bem alto. Para resumir, ele me assustava.

–Eduardo está aí?

–Não. Ele não está. E disse que não queria mais ver você com o meu filho, então, saia daqui. –ele responde e parece que está com pressa para fechar logo a porta.

–Mas eu acho que ele está aí e que quer sair. –digo e espero que não morra nesse momento, agora não.

–É mesmo?-ele me olha dos pés a cabeça e seus olhos castanhos parecem se preencher de um ódio repentino. –Pois eu acho que não. Agora saiam daqui antes que eu chame a policia.

–Pode chamar. Se chamar, ela irá revistar a sua casa antes de nos prender. –diz Dale, participando da discussão e Wayne parece se irritar cada vez mais.

–Eu vou chamá-lo, mas se ele não quiser vir, não vou obrigá-lo. –fala Wayne e tenta fechar a porta, mas Dale põe seu pé no caminho.

–Então não se importaria se entrássemos, certo?-pergunta Dale e o Sr.Collins parece ficar vermelho de ódio.

–Não. Claro que não. –ele responde e reluta em abrir a porta para passarmos.

A casa é grande tendo dois andares. Ao entrarmos vemos uma escada na nossa frente que leva para dois corredores opostos, um pra esquerda, o outro para a direita. Do lado esquerdo há uma sala de estar com estantes cheias de livros e uma mesa com um computador moderno. Do lado direito havia uma porta que deveria levar para a cozinha e para a sala de jantar. Tapetes de vários tons de marrom rodeiam a casa, dando-a um aspecto ancestral.

–Podem esperar ali?-ele pergunta apontando para a sala de estar.

–Claro. –respondo e nos dirigimos para lá enquanto ele sobe as escadas.

–Sabe, eu posso fazer isso. –diz Dale sentando na mesa do computador, quando Wayne já está fora de vista.

–Pode o quê?-pergunto ficando do lado dele. Ele digita no teclado como um louco, pelo jeito o computador já estava ligado.

–Eu sou técnico em informática. –ele diz pegando um dispositivo pequeno do bolso e conectando-o ao computador. Nunca vi alguém digitando tão rápido. Palavras aleatórias apareceram na tela e de repente havia uma pasta sendo transferida para algum lugar. –Eu estou pegando todos os arquivos daqui e passando para o meu computador através desse aparelho. Se o pai dele estiver fazendo alguma coisa de errado, podemos saber e chantageá-lo.

–Ok. Isso soa terrivelmente maligno. Mas quem se importa? –falo e ele sorri. Lembro que Wayne pode chegar a qualquer momento e vou checar a escada.

Ouço alguns barulhos estranho vindos lá de cima e faço um sinal com as mãos para Dale dizendo que vou subir. Ele faz um ok com as mãose eu subo silenciosamente. Dobro no corredor da esquerda e me dirijo ao quarto do Eduardo. Achava que Wayne estaria no corredor, mas ele deve estar dentro de um dos quartos. Ando até o quarto e sem pensar deito no chão para espiar pelo vago debaixo da porta. Eu parecia um ladrão nesse momento.

Vejo que não tem ninguém em pé e bato na porta. Alguém levanta da cama e vem até a porta, eu consigo ver os sapatos e percebo que são do Eduardo. Passasse alguns momentos e ele não fala nada. Não posso falar nada também, se ele descobrisse que eu estava aqui... Mas onde Wayne estava então? E a Sra.Collins? Eu levanto e quando vou me afastar da porta, vejo algumas sombras vindas do quarto ao lado. Minha curiosidade ganha e vou ver quem é.

Ando até o quarto e vejo que a porta está entreaberta. Lá dentro vejo Wayne sentado na cama falando no telefone com alguém, ele não parece muito feliz.

“Não se preocupe. Eu cuidei para que Giulia não estivesse aqui. Ela foi fazer compras.”, ele diz.

“O quê?”, ele pergunta.

“Não. Não pode ser. Eu paguei pela segurança daquele computador. Você está dizendo que ele acaba de ser invadido?”, ele pergunta para seja lá quem esteja no outro lado da linha.

“Não. Tudo bem. Eu posso ver nas câmeras depois quem esteve lá. Mas quando eu descobrir, você terá que se certificar de que essa pessoa receba o que merece.”, ele diz. Eu deveria correr até Dale nesse momento, mas eu preciso descobrir mais.

“Como assim receber o quê? É claro que estou falando para você matar o filho da mãe.“, ele diz e minhas pernas quase cedem com o meu peso nesse momento. Que tipo de pessoa Wayne era? Eu é que não queria descobrir ficando ali. Corro e passo pelo quarto do Eduardo, mas não posso parar agora.

Quando chego até Dale, vejo que ele está sentado em uma poltrona lendo um livro.

–Nós temos um problema. –eu digo chegando mais perto dele. Falo no ouvido dele: -Temos câmeras aqui.

Ele vira repentinamente sem medo de estar perto demais e sorri com cara de quem está pensando em algo um pouco sujo, para não dizer outra coisa.

–Eu sei. –ele fala no meu ouvido. –Eu já resolvi isso. Agora aja normalmente, porque elas já estão funcionando.

Levanto rapidamente e meio desajeitado. Ouço passos na escada e meu coração dá uma pulsada forte ao ver Eduardo do lado do pai. Ele parecia até bem, seu cabelo estava bagunçado, mas só fazia parecer que ele não saía do quarto há horas.

–Bem, aqui está ele. –fala Wayne de uma forma natural, mas ele não podia ter mudado tão rápido. –Já viram, certo? Então podem ir. Eu não sou obrigado a deixar o meu filho ir com vocês. Afinal, ele mora na minha casa e ainda não tem idade suficiente para cuidar de si mesmo.

–Tudo bem?-pergunto para Eduardo.

–Claro. –ele parece um pouco irritado, provavelmente com a minha presença.

–Tenho trabalho para fazer, então vocês devem ir, pirralhos. –diz Wayne. –Ele é meu filho e eu decido o que é melhor para ele.

–Mas isso não lhe dá o direito de trancafiá-lo em um quarto. –eu digo, Eduardo sorri. Ele parece feliz em ver, mas triste com toda essa situação.

–Eu posso sim. Ele está de castigo. Que pai não faz isso?-ele pergunta e sinto que ele me pegou com essa.

–É verdade, Sr.Wayne. Não podemos fazer nada quanto a isso. Nos desculpe pelo incômodo. –fala Dale e segura a minha mão. –Vamos, Luke.

–Acho melhor assim. –fala Wayne e nos acompanha até a porta.

Eu olho para Eduardo uma última vez, ele não olhava para mim, parecia olhar para baixo. Oh, não! Ele olhava para a minha mão que estava sendo segurada por Dale. Ele não podia... Não havia mais nada a fazer, já estávamos do lado de fora da casa, e aquela reação doida de Dale me irritou.

–O que você está fazendo?-pergunto entredentes.

–Você vai querer saber o que descobri. E eu falei a verdade, não podemos fazer nada. –ele fala e olho para trás. A porta já estava fechada.

–Se não for algo importante. –digo encarando aqueles malditos olhos azuis.

–Claro que é importante. Você terá que ir na minha casa para descobrir. –ele fala. –E Eduardo está bem, você viu.

Decido não discutir mais. Eduardo parecia triste por eu estar com Dale e isso estava me matando. Mas qualquer coisa que possa tirá-lo dessa situação é importante, e se for Dale quem tem que me ajudar, será ele mesmo.

–Lilly!-grito sussurrando (é uma coisa difícil de fazer, mas foi exatamente isso que fiz).

Encontro-a sentada atrás de um arbusto brincando com algumas folhas.

–Conseguiram?-ela fala quase gritando e eu tapo a boca dela com a mão.

–Não, mas precisamos ir. –digo puxando-a pelo braço.

–Não acredito que fizeram eu ficar no meio do mato por nada. –ela reclama quando já estamos andando até a minha casa. –E desde quando vocês se conhecem?

–Longa história. –respondo simplesmente e quando chegamos na frente da minha casa, eu praticamente empurro Lilly para dentro. –Agora, eu tenho que ver uma coisa muito importante. Então, diga para mamãe que vou almoçar com um amigo para estudar depois.

–Mas... –ela tenta e parece realmente estressada.

–Lilly, isso é realmente importante e prometo que te explico tudo depois, mas pode me ajudar?-eu pergunto. Eu parecia um bebê fazendo carinha de pidão.

–Ok. Mas se você, seu estúpido idiota, não me contar o que está realmente fazendo... Tenho pena do que pode acontecer com você. –ela fala isso sorrindo como se fosse algo lindo de dizer e fecha a porta.

–Então, acho que vamos dar uma de espiões. –diz Dale e estar indo para a casa dele não me agradava muito.

–É. Ou quase isso. –falo e começamos a andar.

–Sobre o que houve hoje mais cedo... –ele começa. –Eu queria realmente me desculpar.

–Se desculpar por me beijar, sendo que nós praticamente nem nos conhecemos?-pergunto ironicamente e ele ri.

–Sim, exatamente disso. –ele responde. –Eu sei que posso parecer um idiota, mas posso explicar exatamente o porquê eu fiz aquilo.

–Então, você vai explicar muito bem. Porque eu não quero ter fama de que beijo qualquer um. –falo e ele sorri.

–Claro que não. –ele fala sério. –Porque eu não sou qualquer um.

–Oh-oh. Senhor Convencido chegou?-pergunto sorrindo e ele olha para frente, ele parece tão alto para mim, ele passava de 1,70m, e eu com míseros 1,65. Dois anos de diferença podiam fazer isso, eu acho.

–Claro que não, de novo. –ele responde e parece que fará outra piada. –Ele não chegou. Ele já estava aqui.

Eu rio disso e andamos calados no resto do caminho. Eu estava ficando com medo, porque eu estava realmente adorando esses momentos com Dale e a minha cabeça vai começar a ficar confusa novamente. Eu não quero me relacionar com ninguém ainda, tudo era muito recente, mas Eduardo e Dale chegam e... Eu não sei o que fazer! Eu passei por tanto tempo com Eduardo que não tem nem como compará-lo a Dale. Mas Dale tinha esse, esse“ar”, engraçado e divertido que eu gostava tanto. E ainda havia aquela atração... Física que não saía da minha cabeça nem por um minuto quando eu estava ao lado dele.

–Luke?!-ele fala e desperto dos meus devaneios. Vejo que já estamos na frente da casa dele. Ele abre o portão. –Chegamos.

–Ah, claro!-respondo e ele sorri. Seus olhos azuis me fitam e não tenho como não ficar hipnotizado por aqueles pequenos oceanos atrativos.

–Você. Vai. Entrar?-ele pergunta meio envergonhado.

–Sim. Sim. –respondo e, para o bem ou para o mal, eu entro na casa de um completo desconhecido que poderia a qualquer momento me agarrar de novo e eu não tinha a mínima ideia se poderia resistir a isso, para investigar a vida do pai do meu melhor amigo. Soa engraçado.


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Notas finais do capítulo

OK. Definitivamente, não me matem kk Sério,eu amo Duke e posso estar deixando eles de lado (claro que não. O Luke foi enfrentar o pai sem pensar duas vezes. Se isso não é amor... kk) Mas não pensem que todo esse negócio com o Dale é por acaso huehue Se existe alguém nesse universo que shippe Dake (gostei desse que criei, é estranho, assim como o casal kk) aproveite enquanto pode, porque quando Eduardo sair de casa... Ok, estou falando demais. Muito mesmo. k Mas se quiserem me ouvir falar mais, comentem. huehue Porque the chantagem never ends também. kk Obrigado por me aguentarem *--*