A Nova Era dos Heróis escrita por Ernesto Loaiza


Capítulo 4
Capítulo 4-A Usina Secreta


Notas iniciais do capítulo

Já podemos esperar algo desse cenário para o pobre Breno...



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Eu mal posso esperar chegar em casa. Depois de um longo dia de colégio eu vou jogar vídeo game até meus olhos sangrarem. Já não tenho como me salvar da recuperação mesmo. Hoje foi um dia muito chato e cansativo, como quase todos os outros dias. Mas o Ernesto tava meio doidão correndo pelos corredores. Eu não fui me meter, vai que ele estava fugindo do Giovanni.

Meu nome é Breno. Eu sou um pouco baixo, tenho cabelos longos e encaracolados. Eu só quero chegar em casa. A aula de geografia de hoje foi simplesmente entediante. Estou aqui, no carro do meu pai. Ele é alto, careca, de barba mal feita e um pouco de bigode. Ele ta me levando pra casa, mas ele tava meio estranho quando falou comigo. Ele disse que eu ia ir pra outro lugar antes da minha casa. Ah, por favor, eu não quero enrolações...

– Filho, nós vamos passar em um lugar que ainda não te levei.

– Um puteiro?

– Engraçado você. Eu nunca te contei, estava esperando o dia que me autorizassem para te levar. Eu trabalho em outra área.

– Além de controlar os sistemas do aeroporto?

– Sim, esse é o meu trabalho secundário. Vou te levar pra meu trabalho principal hoje.

– Porque só hoje?

– Porque estava esperando a autorização. Não podia te levar outro dia.

Ótimo, agora eu estou indo para outro lugar, um trabalho secreto do meu pai, que deve ficar longe de casa. Mas que droga. Nunca pensei que meu pai fosse ter um trabalho mais importante que ajustar programas de decolagem. Que tipo de trabalho ele poderia ter além desse? Não consigo imaginar.

Estava quase dormindo quando vi o aeroporto no horizonte.

– Pai, você falou que ia me levar pro seu outro trabalho...

– E é lá que se encontra. Você vai ver filho, guarde seu ânimo.

To animadíssimo... Piloto ele não pode ser. Ele trabalha vendendo sucos e doces? Ele trabalha balançando aquelas coisas laranjas pro avião se localizar? Sinceramente, eu nem queria pensar nisso, só queria dormir.

Chegamos no estacionamento especial, tinha uma porta enorme de aço que meu pai tinha que colocar o crachá para abrir. Fomos até o final numa vaga particular do meu pai, os funcionários têm essa área. Meu pai pegou seu crachá de analista de sistema e saiu do carro.

– Ótimo, não saia ainda. – Ele pôs o crachá na primeira “a” de “vaga reservada” e aguardou. Uma barreira enorme desceu do teto rapidamente deixando-nos escondidos. Um feixe de luz vermelho saiu das duas pontas do primeiro “v” e foram ao olho do meu pai. Reconhecimento ocular! As letras se iluminaram de vermelho. – Sr. Marco Cabral e Breno Cabral, convidado. – Elas ficaram verdes e o chão começou a descer. Estávamos num elevador escondido!

–Ainda desanimado filho?

O Elevador parou e a porta se abriu. Estávamos num corredor totalmente branco com armários brancos, num estilo bem futurista. Ele abriu um armário e pegou dois casacos brancos e dois óculos escuros bem grossos.

– Que lugar é esse pai? Que porra é essa?

– Apenas se vista, já, já vai saber.

Coloquei o conjunto de roupa, era confortável. O casaco era grosso, mas como tinha ar condicionado não tinha muito problema. Meu pai pôs sua mão na parede oposta e vi que estavam analisando-a. Suas digitais apareciam logo acima, e seu rosto em seguida. “Passe livre” Disse uma voz robótica. Ele pegou um envelope laranja de seu bolso e tirou um crachá com meu rosto.

– Apenas coloque o crachá na parede. É a única vez até você completar dezoito anos que poderá vir aqui, aproveite bem.

– Aproveitar o quê?

Ele apontou para a parede como se estivesse com pressa. Eu coloquei o crachá e apenas apareceu “Convidado, passe livre sob comando de Sr. Marco Cabral”. A Parede se abriu e eu vi algo muito, muito doido!

Era uma espécie de usina gigante! Tonéis de ferro soltando vapor no fundo, várias pessoas vestindo as mesmas roupas caminhando de um lado pro outro, tanques de líquidos de várias cores no canto, incontáveis mesas com tubos de ensaios e computadores! Uma verdadeira usina nuclear! Vi o símbolo de tóxico em vários cubos transparentes com tonéis dentro, uma espécie de proteção para os que não usavam máscara.

– E aí, filhão? Haha! Comecei a trabalhar aqui faz um tempo, a pedido do governo, ele viu minhas altas notas e méritos em química quântica e...

– Você teve méritos em física quântica?

– Sou doutor em física quântica, assim como em análise de sistemas. Mas o governo me proibiu de contar a existência dessa área. Por isso, nada de contar a seus amigos tudo bem?

– Tudo bem!

– Então... Vá! Ande por aí, se tiver alguma dúvida fale com qualquer um que ele saberá te responder. Temos duas horas.

– Já é!


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Notas finais do capítulo

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