A Nova Era dos Heróis escrita por Ernesto Loaiza


Capítulo 16
Capítulo 16-O Lado Negro da Lua


Notas iniciais do capítulo

Vanessa descobre seus poderes e Ernesto descobre que também tem esses poderes. Coincidência?



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Estranho, ontem a Marina não me ligou. Ela não deve ter pintado nada. Estou aqui no colégio, pensando na pintura da Vanessa. Ela estava, na pintura, morta? Ou desmaiada? Ela estava sentada com uma faca presa no braço esquerdo e na mão direita, o símbolo estranho feito com cortes. Ela estava correndo perigo. Passei o domingo inteiro estudando as batidas de corações, quando está calmo, com medo, angustiado, apaixonado... Infelizmente a maioria dos psicopatas não se abalam com as coisas que fazem, então se o homem caído no chão for um psicopata, eu não poderei saber quem ele é.

A Marina também não veio hoje, isso era ruim, ela me deu a missão de proteger a Vanessa, mas não sabe o dia e nem a hora. Mas investiguei o batimento cardíaco de todos da sala, nenhum exageradamente alterado. Estavam todos calmos. Isso era ruim.

Agora eu tinha que controlar minha audição. Ela atrapalhava meus pensamentos. Fiquei a aula inteira tentando controlá-la, mas nenhum progresso, até o fim da aula. A Vanessa estava tranquila, graças a Deus. Conversei com ela no intervalo normalmente. Parece que ela não sabe de nada. Ótimo.

Fiquei vendo as notícias no canto da sala que tinha wi-fi. Ontem um cinegrafista amador gravou um cara gigante batendo nas árvores da quinta da boa vista, mas parecia que alguém estava saindo das sombras, não entendi direito, mas ninguém está botando fé nesse vídeo, até porque ele está num blog de humor.

Eu não sei mais no que acreditar com tudo que me vem acontecido.

O sinal da saída bateu, e fui atrás da Vanessa. Não a encontrei na saída. Comecei a usar minha visão raio-x, não a encontrava em nenhum lugar. Fui indo até a saída da Educação Física, tentando usar minha super-audição, e finalmente consegui!

Minha audição ficou estável, parei um pouco porque isso era diferente e minha cabeça começou a doer um pouco. Eu focava em quem eu quisesse e ouvia apenas essa pessoa, focava em mais, e ouvia, ficava normal e minha visão voltava, forçava pra ouvir aleatoriamente mais longe e ouvia! Agora eu controlava esse poder! Perfeito!

Fui correndo até a saída, mas não havia ninguém. A Vanessa não estava lá e nenhum homem desesperado ou suspeito. Voltei ao colégio. A rua estava vazia e a Vanessa estava saindo do colégio nesse instante.

– Fala Vanessa! – Dei um oi e uma mexida em seu cabelo, estranhamente eu fiquei meio arrepiado quando o fiz e a Vanessa também se assustou.

– Fala Ernesto! To atrasada, eu tenho que ir, até!

– Ah, eu também to, vou contigo.

– Mas você tava voltando...

– Achei que tinham me chamado.

Saímos e fomos andando pela calçada.

– Você quer falar algo pra mim?

– Não, só tenho que ir pra esse lado mesmo.

– Ah, é que o metrô fica pra lá...

– Tenho curso. – mentira.

– Ah... – Ela me olhou duvidosamente. Ótimo, sabia, agora ela acha que eu estou afim dela.

Estávamos quase chegando na esquina da pintura. Eu estava já com a minha visão de raio-x. Não havia ninguém lá. Enfim passamos pela esquina. Nada aconteceu. Pelo visto não era hoje e... Senti um murro na minha barriga me empurrando pra parede da educação física!

– ERNESTO! – Gritou a Vanessa, olhei e vi que foi um cara com olhar psicótico que me havia lançado, mas de repente minha visão mudou e agora eu estava dentro da quadra! Bati a cabeça no chão e fiquei imobilizado! Droga isso era hora de não me mexer? Maldito! Eu atravessei a parede?!

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O Ernesto foi simplesmente lançado pra parede da Quadra, mas ele a atravessou! O quê houve?! O homem agora tinha se virado pra mim, pegou uma faca e tentou me acertar! Droga!

Ele não dizia nada, só tentava me acertar! Eu consegui segurar seu punho, mas ele era muito forte! Dei um chute nas partes baixas dele e ele recuou um pouco. Ele tinha pegado uma garrafa de vidro quebrado agora! Ele me chutou e eu caí no chão. Ele levantou seu braço pra me matar quando eu impulsivamente fiz ele se afastar! Ele voou pra parede. Eu jogado ele pra parede, com a mente!

Eu tentei mexer um tijolo com a mente de novo, e funcionou! Eu arremessei um tijolo em sua cara! Ele estava sangrando, mas não desistiu me deu outro chute. Eu fui jogada pra trás, mas minha visão mudou! Eu tinha atravessado a parede! Como o Ernesto! O que estava acontecendo?!

Eu avancei, concentrando-me na parede e a atravessei! Mas o homem estava lá e encravou meu braço na parede antes que eu pudesse pensar! Ele segurou minha mão e começou a cortá-la! Estava doendo muito e eu o afastei de mim. Peguei a garrafa de vidro com a mente, a quebrei em pedaços e os lancei em sua direção.

Um dos pedaços caiu em sua cabeça, jorrou muito sangue de onde eu o havia acertado. Ele estava agonizando, quando vi que a íris laranja de seus olhos, foi ficando cada vez mais escura e ficou preta. Ele caiu agonizando e morreu na minha frente.

Eu havia matado alguém! O quê eu fiz?! Muito sangue saia do meu braço e fiquei paralisada por um tempo, eu controlava as coisas com a mente e atravessava paredes sem me machucar. O quê estava acontecendo comigo?!

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Eu estava recuperando meus movimentos após a pancada na cabeça, olhei através das paredes e vi a Vanessa caída, exatamente como na pintura. Andei até a parede e encostei nela. Me concentrei e a atravessei! Como se não houvesse nada lá!

Eu atravessava paredes! Como? Como isso é possível! Agora não dava pra pensar nisso e fui ajudar a Vanessa, mas ela estendeu a mão e seu braço começou a atravessar a faca, como se não houvesse faca nenhuma!

– O quê é isso? Você também pode atravessar paredes! – Vanessa disse.

– Eu só descobri isso hoje! Eu não sabia que poderia fazer isso. – Me agachei e olhei pro homem que atacou a Vanessa.

– Ele estava estranho, não dizia nada e a íris de seus olhos mudou de cor quando morreu.

– Mudou de cor? Que estranho.

– Você sabia que isso ia acontecer e por isso me acompanhou?

– Não vou mentir agora. A Marina é especial, como nós, ela pinta o futuro, involuntariamente. Ela tinha de pintado exatamente do jeito que você estava. Vi a pintura ontem, mas a Marina não sabe quando a pintura vai acontecer, por isso eu, pensei, que devia te acompanhar, pra não ser atacada. Mas pelo visto, você soube se defender.

– Eu não sabia que podia fazer essas coisas! Mas eu consigo! Atravessar paredes e controlar coisas com a mente...

– Controlar coisas com a mente? – Olhei pro homem caído e tentei fazê-lo levantar. E ele se levantou! Eu também podia! – Eu também! Eu não podia fazer isso!

– Você tem os mesmos poderes que eu!

– Não, eu tenho visão de raio-x e super audição, você não tem isso tem?

– Super Audição?! O Luiz tinha! Ele me contou antes de ter desaparecido.

– Luiz?! – Isso significa que pessoas diferentes podem ter o mesmo poder! – Nossa! Mas... Como eu tenho esses poderes de duas pessoas diferentes?! Espera... Antes de desaparecer?

– Sim, ele me contou, isso estava afetando muito a sua atenção.

– Eu quase nunca falo com ele, a última vez que falei com ele foi quando eu dei um tapa na cabeça dele porque perdi uma aposta. Isso foi a uns meses, quando ele veio pro colégio como ex-aluno.

– Ele desapareceu a uns três meses, ninguém sabe pra onde ele foi.

– Isso é muito estranho. – Mais estranho ainda era que meu poder de super audição começou a aparecer a uns três meses! E esses poderes de atravessar paredes e levitar coisas, só apareceram hoje, quando eu estava com a Vanessa! Será que... Eu pego os poderes de outras pessoas? Não... Não fazia sentido! E a minha visão de Raio-X? Eu não sei... Mas agora eu tinha de me preocupar com outra coisa.

– Esse símbolo... Sabe o quê significa? – Apontei pra mão dela.

– Não faço a menor idéia. Ele deve ser de alguma religião satânica.

– Pode ser. Vem, vou te levar até uma farmácia.

Atravessar paredes, levitar coisas... Que surpresas virão ainda? A Vanessa estava sendo seguida por alguém, essa coisa da íris mudar de cor é muito suspeito. Isso tudo estava me deixando preocupado.

Era hora de a Marina me dar outra pista, porque eu não estou entendendo muita coisa agora.


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Notas finais do capítulo

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