A Nova Era dos Heróis escrita por Ernesto Loaiza


Capítulo 13
Capítulo 13-Esquadrão dos Presos


Notas iniciais do capítulo

Miguel conhece novos amigos, os quais o ajudarão em seu novo plano de limpar seu nome.



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Depois daquela magnífica explosão na prisão, eu, Guilherme e outros três prisioneiros fomos andando pela estrada até vermos um jipe de polícia que ia indo pra prisão. Fomos até o meio da estrada e dei tiros da testa dos dois policiais que estavam na frente. Era bala de borracha, poucos tiros na testa bastavam para fazê-los desmaiar. Tiramos suas roupas e nos disfarçamos de policiais, eles tinham armas de verdade, o que era ótimo. Entramos no jipe e fomos com pressa, em busca da Snake.

– Posso fazer uma pergunta aos senhores? – Perguntei aos meus novos colegas que estavam no banco de trás.

– Pode. Sim. – Respondeu o grandalhão que interrogou o policial na sala das câmeras. Ele era realmente grande, tinha músculos muito grandes, seria de ótima ajuda pra qualquer coisa.

– Porque vocês decidiram vir conosco? Quer dizer, vocês deviam ter outros amigos na prisão, não?

– Nós vamo pra onde tu for. – Disse um magricela. Ele parecia desnutrido de tão magro que era. Tinha uma barba loira e só tinha um olho. Em sua cara tinha uma cicatriz grande que cortava desde a testa até o queixo, passando pelo olho esquerdo. – Tu fez aquele troço de explodir a prisão, aquilo foi pica! – Ele falava como se estivesse bêbado. Eu já o havia visto em algum lugar...

– Ouvi bastante sobre você. – Era uma voz feminina! Ela estava de gorro e com o zíper do casaco até o final. – Disseram que você ia atrás de uma organização de tráfico de pessoas, a Snake, é verdade?

– Como soube? – Guilherme perguntou desconfiado.

– Rumores de policiais espancados. Você parece ser bem perigoso cara.

– Realmente, não sou um fugitivo qualquer. Eu ando atrás da Snake.

– Aquela maldita. Máfia? Eu conheço. Ela tem me perseguido. Também.

– Sério? Porque?

– Elas procuram. Pessoas especiais. Eu não sinto. Dor.

– Eu não sou especial, só recusei entrar pra máfia com eles.

– Se eles. Estão te caçando. É porque. Você. É. Especial. Ou anda. Com. Alguém especial.

– Não rola, nem eu nem o Guilherme somos especiais. Somos inteligentes e rápidos. Né?

Dei uma cotovelada no Guilherme e ele assentiu meio vergonhosamente.

– Se vamos ir atrás de alguma coisa, eu espero algum lucro. – A mulher disse. – Eu estou te acompanhando, porque você tem potencial e porque está indo atrás de algo valioso, foi o que me contaram. Vamos ganhar algo com essa busca?

– Liberdade. Se desmascararmos essa máfia, ganharemos respeito, e liberdade. - Respondi.

– Parece justo, to cansado de ir pra prisão bicho. Eu quero é ser livre de novo. Tamo junto! - Disse o magricela.

– Eu. Tenho. Coisas a acertar. Com a snake. To. Dentro.

– Vamos nessa então. - Disse a mulher.

– Agora somos uma equipe. Eu quero cooperação, se tudo sair como o planejado, vamos sair da sede da Snake como heróis. Vamos compensar a nossa vida com isso. Digam seus nomes, preciso saber tudo sobre todos vocês. - Disse.

– Meu nome. É. Rossi. Sou excelente com. Escopetas e combate corpo-a-corpo. - Bom... Agora quem falava era o magricela.

– Eu sou o João. João Paulo. E...

– João Paulo! Sabia que eu te reconhecia! Sou eu! O Miguel!

– Ta de sacanagem! Porra... Do Pedro II? Nunca pensei que você fosse da vida loka.

– Não sou, a snake sujou meu nome e eu estou fazendo isso pra limpá-lo.

– Saquei. Eu sou o João, eu gosto de facas e submetralhadoras. Sou meio sádico, gosto de matar as pessoas lentamente. Diria meio louco também.

– Sério que você não me reconheceu Miguel? Nem pela voz? – Disse a mulher.

– Não, não sei quem você é.

Ela tirou o gorro e abriu um pouco do zíper. Novamente eu levei um susto.

– Katrine?

– Não, não. Jerusa. Caralho você não reconhece ninguém hein?

– Cacete... Como você foi parar na prisão?

– Tava no motel com o Leo, quando dois caras nos confundiram com outro casal e nos levou preso. Não sei em que prisão ele ta, mas antes eu vou acabar com eles. Sei que trabalhavam pra Snake, porque estavam com aquele símbolo escroto com a cobra.

– Os da Snake? Que estranho, era pra eles te levarem sob custódia pra sede deles!

– Eles estavam de policiais, os verdadeiros caras da Snake iriam pra prisão amanhã pra ver quem tem essas habilidades e levá-los. Foi o que o policial escroto me disse quando você nos libertou da cela. Espanquei um deles até ele me contar.

– Entendi. Então, às vezes os policiais corruptos prendem essas pessoas, e o verdadeiro mascarado da snake vai pra prisão pegar quem ele quer, quando este não tem tempo de ir pessoalmente. Algum de vocês além do Rossi tem habilidades especiais?

– Eu não tenho, mas o Leo tem.

– Sério? Qual é? Ele tem que fugir o mais rápido da prisão onde ele está.

– Se bobear ele já fugiu, Super-Velocidade é o poder dele.

– Sabia que aquele puto só jogava bem no time por isso. – Disse o João.

– Ih, nem falei contigo. Beleza? – Disse Katrine.

– “Breneza”. Por falar no Breno, vocês viram o noticiário? Aquele idiota entrou numa máquina tóxica e morreu explodindo outros dez, quinze... Quem diria, uma usina nuclear debaixo do aeroporto. - Disse João.

– Ele morreu? Que pena. Parece que ninguém mais vai pra aquele colégio, ta todo mundo indo preso, explodindo... Grandes bostas. – Disse o Guilherme.

– Qual é o plano Miguel? –Perguntou a Katrine.

– Sabemos onde é a sede deles. Quase entramos faz uma semana, antes de sermos presos. É agora ou nunca, eles vão vir pra nos matar. Já temos armas o suficiente. Vamos direto pra lá, tiramos fotos de tudo, vamos ter que roubar o celular de alguém e neutralizar os caras da Snake. Logo chamamos a polícia, saímos com os prisioneiros e ganhamos nossa liberdade.

Nada pode dar errado.


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Notas finais do capítulo

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