The Vampire Secret escrita por KIMI


Capítulo 3
Capítulo 2




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Capítulo 2

O resto da semana foi normal, nenhum acontecimento estranho nem nada. Era sábado de manhã. Estava sol e a temperatura havia subido, agora estava 25 graus, por ser cedo achei que iria esquentar mais um pouco.

Melissa me ligou falando para irmos às compras. Pedi a chave do carro para mamãe e ela deu sem nenhuma pergunta nem nada, ela não estava mais me dando gelo mais raramente falava comigo pois estava muito ocupada com os trabalhos da escola para corrigir.

30 minutos depois estávamos encarando as vitrines das lojas no centro da cidade, estava com duas sacolas de roupas e Melissa com umas quatro.

–Agora, vamos para a parte de sapatos, depois voltamos ás roupas e claro também quero dar uma passadinha na Victoria’s Secret comprar perfume, creme, pijama. –Melissa disse.

–De quanto é sua mesada, porque para você comprar tanta coisa tem que ter uma graninha boa por mês. –Digo um pouco indignada.

–Não é a quantidade, e sim o tempo de intervalo entre cada uma. –Ela sorri.

–Então...

–É $20,00 por semana.

–Que droga, eu recebo trinta por mês. Mas só faço compras algumas vezes. –Digo desanimada.

–Todo mês tem alguma coisinha diferente no meu closet.Melissa pegou 5 pares diferentes de sapatos, duas botas e três saltos lindos, um preto, um vermelho e o outro era bege também um pouco mais si

Fomos para uma loja de sapatos, a maioria era de inverno, vi apenas algumas rasteiras. Melissa pegou 5 pares diferentes de sapatos, duas botas e três saltos lindos, um preto, um vermelho e o outro era bege.

–Vai ficar com todos? –Pergunto.

–Não, tenho que escolher uma das botas, então qual eu fico? –As duas eram lindas, uma era preta de couro com salto, e a outra era de couro marrom com fivelas.

–A preta.

–E você, que sapato vai pegar?

–Hum não sei acho que o...

–Esqueci. –Ela disse com a mão na testa. –Hoje vai ter uma festa! Vai ter que estar com uma roupa linda. Agora sei por que viemos ás compras.

–Festa? Não estou muito animada.

–Você vai sim. E vou te ajudar a escolher um sapato, já que você esta ai sentada.

Alguns minutos depois ela voltou com vários sapatos. Tinha de tudo, mas todos eram de salto, tinha verde água, azul escuro, preto, prata, vermelho, vinho, tinha ate um que era vinho e de camurça.

–Qual você escolhe?

–Deixa eu ver... Acho que esse preto.

–Só?

–Não vai dar para eu comprar mais nada depois se eu compras dois sapatos,e já que tem uma festa vou ter que comprar uma roupa nova.

–Então vou te dar um de presente. Esse de camurça vai ficar lindo em você.

–Ter certeza que tem tanto dinheiro assim?

–São $80,00 por mês e nos últimos dois meses meu pai me proibiu de comprar roupa então estou com $240,00. –Ela disse triunfante.

–Assim você me humilha garota. –Digo e ela da risada. –Obrigada pelo sapato.

–De nada.

Mais tarde estava guardando minhas coisas que comprei hoje. Depois que saímos da loja de sapatos e fomos à Victoria’s Secret ela me deu um creme de baunilha. Fiquei um pouco sem graça de ganhar e não poder dar nada, mas vou economizar e tentar comprar algo que ela não tenha.

Era 15:30. Melissa me ligou dando detalhes sobre que tipo de festa agente ia.

–É uma festa chique, é na mansão da Judite, ela é uma garota meio patricinha então exige que seus convidados estejam bem arrumados.

Quando ela falou Judite e patricinha pensei na garota que mostrou o dedo do meio pra mim no primeiro dia de aula. Mas se fosse não ia fazer a menor diferença, ela convidou a escola toda acho que não vai me notar ali no meio de tanta gente.

Quando deu 19:00 fui tomar banho. Passei o creme de baunilha e vesti minha roupa. Era um vestido preto que ia ate o meio da coxa e o sapato novo de camurça. Coloquei também um brinco pequeno,prata.

Fui para a sala, estava mamãe papai e May assistindo algum filmo na televisão.

–Aonde você vai desse jeito? –Pergunta minha mãe.

–Eu já disse, vou para uma festa.

–Mas tão chique desse jeito?

–É um tipo de festa que a gente tem que se vestir um pouco melhor. –Digo pegando a chave do carro.

–Tudo bem, divirta-se.

Passei na casa da Melissa para irmos juntas. A casa dela era bem grande, por fora tinha um jardim grande, a porta da entrada era toda decorada. Dava para ver duas varandas pequenas.

–Obrigado por vir me buscar, meu carro deu um troço. –Ela disse enquanto colocava o sinto de segurança.

–De nada.

–Você esta muito bonita. –Ela disse me olhando.

–Obrigado, você também esta.

Quando chegamos tive que parar umas duas quadras depois da casa dela pois a fila de carros estava imensa. Era uma mansão muito bonita.

–Vamos entrar. –Melissa disse com um sorriso. Judite estava na porta, era a mesma garota do primeiro dia de aula, estava com um vestido de gliter preto e uma sandália de salto alto prateada, tinha algumas pulseiras metálicas no pulso. Os cabelos loiros iam até a cintura, era muito liso.

–Entrem logo não tenho a noite toda! –Ela disse esticando a mão para pegar o dinheiro do cara a nossa frente.

–Que merda tem que pagar mesmo? –Melissa pergunta.

–Melissa querida, você acha mesmo que uma festa dessa se entra de graça? Claro que não! são quinze cada uma. –Ela disse esticando a mão.

–Eu pago agora e você me devolve depois. –Melissa disse pegando sua bolsa de ombro. Enquanto ela pegava o dinheiro Judite olhou para mim e sorriu.

–Oi poste!

–Tenho nome viu.

–Que bom!

–Toma seu dinheiro. –Melissa colocou com força o dinheiro na mão dela e em seguida me puxou para dentro. Estava tocando uma musica, na sala, era bem grande deveria ter umas 40 pessoas só na sala, do lado de fora, no quintal dela também estava tocando musica então deveria estar mais lotado ainda.

Ficamos dançando um pouco ate que melissa me perguntou se eu queria beber alguma coisa. Fiquei esperando ela em um dos banquinhos no minibar que tinha na sala dela. Uma coisa me chamou atenção, o garoto que me salvou da provocação do grupo de meninos da rua vazia, Matt, estava ali a poucos metros de distancia. Ele estava vindo em minha direção, pensei em sair correndo mais seria falta de educação, além disso estava cheio de mais para sair correndo sem esbarrar em todo mundo.

–Oi, queria pedir desculpas pelo mico que a gente fez você passar, é que o Brendon é muito esquentadinho, vê se pode querer bater em uma garota, não é a toa que a Judite terminou com ele. –Matt estava com uma calça jeans, vans preto, e uma blusa de manga curta azul marinho.

–Ah, que bom. –Digo meio sem jeito. Como se ele tivesse percebido abriu um sorriso.

–Quer dançar?

–Hum, não vai dar, estou esperando a minha amiga. –Digo, o sorriso dele ainda era grande.

–Acabei de levar um fora da menina mais bonita da festa.- Ergo as sobrancelhas e abro um pouco a boca.

–Pensei que estivesse namorando a Judite. –Digo por fim. Ele suspira e fala:

–Pois e, mas ela não é o tipo de garota que eu queria ficar por mais de um mês.

–Estão juntos a quanto tempo?

–Dês de o fim do mês passado. É por isso também que o Bendon esta irritado comigo, ele acha que eu influenciei ela a terminar com ele.

–Ata.

–Então, vou repetir a pergunta: Que dançar comigo?

–Estou esperando minha amiga.

–E quem é ela?

–Melissa...

–Ela e o Justin estão se pegando ai no fundo da sala. –Ele aponta. Era verdade, ela estava beijando esse tal de Justin.

–Que droga.

–Matt!? –Judite grita na porta.

–Já volto. –Ele disse. E lá vai eu fica sozinha de novo. Peguei meu celular e comecei a mexer nele, fui no facebook e no twitter.

–Desculpa a demora, Justin começou a falar comigo e quando vi já estávamos nos beijando. A propósito aqui esta a sua bebida. Acho que o gelo derreteu. –Melissa disse.

–Não duvido. –Peguei o copo e coloquei no balcão. Percebi que ela estava usando um anel no dedo do meio, era cor de ferro e tinha uma lua crescente no meio. E me parecia meio familiar.

–Gostei do seu anel. –Digo.

–Ah, obrigada.

–Da onde veio?

–Não sei, meu pai que me deu. –Ela disse meio nervosa, estava parecendo que ia lembrar de alguma maneira mas um barulho de garrafa quebrando veio do lado de fora e me chamou a atenção.

–O que foi isso?

–Não sei vamos lá ver. –Segui Melissa ate o lado de fora onde umas pessoas estavam aglomeradas para ver o que havia acontecido. –Abre espaço gente. –Melissa disse.

–O que aconteceu?

–Alguém jogou uma garrafa de vidro na perna do menino, agora esta sangrando. –Uma garota que estava ao meu lado falou.

–Ai droga. –Digo, Melissa me olhou como se soubesse o que havia acontecido comigo.

–Você esta bem? –Ela pergunta.

–Não, preciso ir embora, não estou nada bem. –Senti o cheiro de sangue da onde eu estava e meu coração acelerou, senti minhas presas saindo. Sai correndo e fui para a sala, Melissa me seguiu.

–Natasha, o que ouve, por que esta com a mão na boca? Parece ate que vai vomitar.

–Eu só preciso ir embora, me sinto muito mal perto de sangue. –Falei de cabeça baixa. Minhas presas não estavam aparecendo mais eu não podia arriscar. Melissa assentiu e fomos para o meu carro. Ela se ofereceu para dirigir mas disse que estava bem.

Deixei Melissa na casa dela e fui direto para a minha. Já era 1:00 então estava todos dormindo. Guardávamos sangue em um frízer no porão, fui direto para lá e peguei uma e bebi, acabei com ela em poucos segundos.

Fui para o meu quarto, Melissa tinha mandado uma mensagem para mim.

Você esta melhor?

Sim.

Que bom, não estou nem um pouco com sono, e você?

Também não, mais vou deitar, minha cabeça esta doendo um pouco.

Isso não era mentira, estava mesmo com dor de cabeça. Tirei os saltos e o vestido e coloquei um pijama confortável. Deitei na cama e fechei os olhos, pouco tempo depois já estava dormindo.

Aquele domingo passou bem rápido, acordei era 10:00, comi umas frutas e fui correr. Quando voltei tomei um banho e fui para o meu quarto e peguei meu celular, não tinha nenhuma mensagem. Era 13:00 quando minha mãe me chamou para almoçar, comemos frango assado com batatas. De tarde fiquei no meu notebook assistindo seriado. Depois dormi e acordei de noite, li um pouco de livro e depois fiz o dever de casa de geometria. Era 19:15 Melissa me ligou falando que tinha um negocio para falar comigo e que tinha um festival de skatistas no parque e que era para eu encontra-la lá. Troquei meu moletom por jeans tênis e uma blusa de manga curta, coloquei uma jaqueta jeans por cima e fui para o meu carro. Quando cheguei liguei para ela perguntando aonde ela estava, Melissa estava em uma das barracas de comida, fui encontra-la. Ela estava em uma barraca de doces comendo um pedaço enorme de bolo de brigadeiro.

–Oi. –Digo

–Oii.

–Então o que você queria falar comigo? –Ela colocou o pote de isopor no balcão e limpou a boca com um guardanapo.

–Eu sei de um segredo seu, e quer que você saiba do meu.

–Que segredo Melissa? –Disse um pouco desconfiada.

–Hum, sua Marca do Sol por exemplo, sem ela você morreria à luz do dia. Entendeu?

–Pera ai, como é que você sabe disso? –Segurei os ombros dela.

–Porque eu também sou uma sobrenatural. –Ela disse mostrando o anel para mim, agora isso fazia muito mais sentido.

–Sou uma lobisomem. E tenho o dom de identificar outros sobrenaturais, o Daniel e o Lucas também são. Mas ainda não identifiquei nenhum sinal de licantropia nem de vampirismo, minhas suspeitas e de que eles ou são bruxos ou híbridos. –Minha cabeça estava girando, que dizer que ela também era uma sobrenatural? Respirei fundo e disse:

–Esse anel é pra que?

–Para dias de lua cheia, para que não nos transformamos. Nesses dias a gente não tem controle então fica muito difícil de conviver na sociedade sem ele, já penso, em um minuto estou comendo cachorro quente e no outro estou matando pessoas inocentes.

–Isso é muito interessante. –Digo franzindo o cenho.

–Ufa, precisava desabafar, isso é muito bom. –Ela disse colocando a mão no peito.

–E seus pais, eles sabem? Você é adotada?...

–Uma de cada vez. Claro que eles sabem, também são da licantropia. E não, não sou adotada.

–Maravilha.

–Não é muita maravilha assim não. Tive uma visão, mas não consegui entender não estava nítido, mas sei que tem alguma coisa a ver com você. –Ela disse em tom preocupado.

–Vai me desculpar mais eu não acredito nada nessas coisas de vidência.

–E você acha que eu descubro essas coisas sobre você como? –Ela disse e saiu andando. O que eu podia fazer? Não acreditava e pronto, ela podia ate sentir outros sobrenaturais perto dela, agora ter visões já é exagero. Não consegui ver para onde ela foi então voltei para o meu carro e fui para a casa.

Apesar do horário já tarde, as luzes da casa estavam acesas então estavam todos acordados. Pelo menos era isso que eu imaginava.

–O que aconteceu? –Pergunto, estavam todos na sala, exceto Carrie.

–A Carrie fugiu de novo. Você não tem a menor ideia de onde ela pode estar ne?

–Claro que não, mas por que vocês não vão procura-la? –Digo colocando as chaves no aparador.

–Se alguém ver a gente procurando uma menina vai querer chamar a policia ou coisa do gênero, e isso não e bom ne. –Minha mãe diz colocando a Mão na testa.

–Quando ela fugiu?

–Logo depois que você saiu ela disse que precisava tomar um ar no quintal, e quando fui ver ela tinha ido embora.

–Você já parou pra pensar que ela pode ter ido andar por ai.

–Não seja ingênua, Natasha estamos falando da Carrie não de um vampiro qualquer, ela tem essa sede inacabável e sabe Deus lá por que. –Disse minha mãe. Comecei a subir para o meu quarto quando ela me interrompeu.

–Aonde você pensa que vai, já que a brilhante ideia de sair procurando foi sua então que vá.

–O que? Se acha mesmo que eu vou gastar meu tempo com isso? Ela com certeza vai voltar porque se uma garota de 15 anos fica perambulando por ai alguém vai ver vai leva-la ate um assistente social e vão acabar descobrindo que ela é “diferente”. –Fiz aspas com os dedos na palavra “diferente”.

–Ela tem razão Tereza, deixa ela ir dormir amanha tem aula e nos também temos nossa vida. Depois a gente conversa com ela. –Meu pai disse para minha mãe e subiu. Ela me encarou nervosa mas também subi.

Minha cabeça estava girando com tudo que tinha acontecido, a Melissa ser da licantropia, a Carrie ter fugido de novo. Precisava dormir, tomei um banho quente e fui direto para a cama.

No outro dia acordei um pouco mais cedo e fui correr de novo, isso me ajudava a esquecer de quem eu era, apesar de que era um pouco difícil de controlar a minha força. Hoje seria o dia do aniversario de Tom, mesmo sabendo que de qualquer jeito ele estaria morto, é um dia de luto.

Voltei e tomei meu banho, comi uma coisa rápida e fui direto para escola. Não sabia se Carrie já tinha voltado, e não me importo com isso ela sempre esta dando problemas para os outros.

Melissa não estava esperando em frente ao meu armário como o de costume então imaginei que ela estaria brava comigo. A caminho da aula de geometria encontrei ela, Lucas e Daniel conversando.

–Oi gente. –Digo sem muito animo, todos olham pra mim e não dizem nada.

–Melissa você esta brava comigo? Por que se for isso me desculpe é que eu não acredito nessas coisas de vide...

–Cala a boca Natasha, você é muito precipitada, relaxa um pouco. Sim estou chateada com você mais é que se você não acredita em mim como acha que eu sei tantas coisas? No começo achei que você fosse só mais uma aluna qualquer mais na educação física, na festa e quando você me levou para casa, claramente provou o contrario e precisava dizer que sabia o que você era. Com você foi diferente mesmo, minha visão foi horrível, nada claro, sabe. E na visão que tive ontem também foi assim, sombrio e embaçado nada que vem de você é muito nítido e também é bem difícil de entender. –Minha boca estava aberta e minhas sobrancelhas erguidas.

–Nossa assim você me deixa assustada. Por que comigo você não consegue ver?

–Consigo ver, mas não é muito bem. Vejo quatro pessoas três homens e uma mulher e essa mulher me parece ser você. É um lugar escuro com neblina, ouço choro e gritos, depois acaba é sempre a mesma coisa, nunca muda. –Melissa disse e quando ela terminou senti um arrepio pelo corpo.

–Sem querer estragar o momento mais aqui não é um lugar muito apropriado para vocês falarem disso. –Daniel disse. Melissa assenti e olha para mim depois de um tempo.

–Você pode ir em um lugar comigo depois da aula, é um espécie de segunda casa para mim, é bem legal. –Ela da um meio sorriso para mim e escreve alguma coisa em um pedaço de papel, em seguida me entrega.

–É o endereço do lugar, toma cuidado para não se perder afinal a primeira vez que você vai lá não é muito fácil. –Ela disse.

–Hm, ok então depois da aula estarei lá. –Vejo e endereço, e ela tem razão eu nunca nem ouvi falar, ainda bem que eu tenho um GPS.

Melissa foi embora na hora do almoço pois tinha que resolver alguma coisa em algum lugar.

Depois da educação física me despedi de Daniel e Lucas e fui para o meu carro, peguei o endereço e coloquei no GPS, teve um tempinho ate finalmente aparecer o lugar, pelo o que vi ficava perto de um bosque, ou floresta.

Melissa me mandou uma mensagem falando que já estava lá e perguntou a onde eu estava, respondi que estava no caminho e que daqui a pouco estaria ai o que era mentira pois ainda estava em Seattle, o lugar que Melissa me falara ficava em Forks ou pelo menos na divisa. Faltava ainda uma hora para chegar, estava ouvindo radio e de vez em quando olhava o meu celular procurando por mensagens, avisei para May que não poderia buscar ela, ainda não soube se Carrie havia voltado então só liguei para May.

Quando finalmente cheguei, chequei o endereço para ver se o GPS não tinha errado, o que era bastante comum comigo. Uma vez coloquei para ir á Washington, o GPS tinha falando que já havia chegado ao meu destino quando estava no começo de Oregon, ou aquele troço estava quebrado ou tinham me vendido com defeito.

O lugar era silencioso e calmo, ficava mesmo em um bosque. O lugar era sercado por um muro de pedras e no meio tinha um portão grande e meio velho, o chão estava todo coberto por folhas secas fui até o portão e abri cuidadosamente, ele fez um barulho igual ao de porta de castelo mal assombrado. Tinha um longo caminho ate chegar em uma espécie de mansão grande e um pouco velha, para minha surpresa o lugar estava com varias pessoas, crianças brincando e alguns adultos conversando ou fazendo outras tarefas, parecia uma comunidade, o lugar era mais bonito por dentro do que por fora, tinha gramas verdes muito bem aparadas, alguns canteiros de flores, árvores grandes e antigas. Quando me aproximei mais da mansão a única pessoa que reparou a minha presença foi uma garota que estava sentada no chão da varanda da entrada, estava com as costas apoiada na parede e as pernas esticadas com os tornozelos cruzados, ela tinha dreds e estava fumando narguile. Ela se levanta e vai até mim pega o meu pulso que tem a marca do sol e encara ela, em seguida olha para mim largando meu pulso. Quando ela me olha percebo que seus olhos tem uma cor um pouco rara, um azul meio acinzentado.

–Laiz ela esta comigo. –Melissa diz alto na porta da varanda, Laiz nem olha para traz e já sabe que é Melissa.

–Trazer vampiros para cá é proibido, Melissa, você sabe muito bem. –Melissa se aproxima e fica ao lado de Laiz.

–Falei com Dominique e ele achou uma ideia excelente. –Melissa sorri e da um tapinha nas costas de Laiz. –Bem, vamos Natasha. –Segui ela ate a entrada da mansão e falei:

–Que lugar é esse?

–É uma comunidade para lobisomens e bruxas, existe a mais de um século, legal né? –Ela diz para mim sorrindo.

–Hm, sim eu acho. –Lá dentro o chão era de madeira e o teto tinha alguns lustres em forma de cascata de cristal. Tinha também uma escada que seguia para a direita e para a esquerda, no espaço que tinha entre cada uma havia uma janela que era da metade da parede ate o chão. Segui Melissa para a escada e ela foi para o lado esquerdo que dava para um corredor enorme e cheio de portas e algumas janelas, havia uma mesinha com um abajur muito chique. Viramos e fomos para outro corredor ela bateu algumas vezes bem delicadamente em uma porta e entrou sem esperar resposta. Entramos em uma salinha pequena que tinha duas estantes cheias de livros, uma escrivaninha antiga lotada de papeis e um abajur, tinha uma janela que ia praticamente de ponta a ponta da parede, tinha cortinas cor de vinho. Um homem de terno e que provavelmente tinha uns 50 anos estava encarando o lado de fora e estava com um copo de uísque pela metade.

–Dominique, essa é a Natasha. –Melissa disse enquanto fechava a porta, o homem olhou para traz e sorriu, colocou o copo em cima de sua mesa e me cumprimentou com um aperto de mão e um sorriso.

–Melissa vem me contando sobre você, é uma senhorita muito bonita devo afirmar. –Ele diz, dou um pequeno sorriso e digo:

–Obrigada.

–Então Dominique, o que vai fazer? –Melissa diz se sentando no pequeno sofá que tem no canto da sala perto da estante, ela aponta para o lado dela e vou me sentar.

–Chamei a umas semanas atrás umas bruxas especialista em bloqueio mental, vou ver se elas conseguem obter alguns resultados. Acho melhor leva-la ao quarto delas afinal é um ambiente bem mais preparado. –Dominique diz e fala para irmos na frente. Quando estamos no corredor pergunto para Melissa:

–Ele é o que?

–O dono daqui, é um lobisomem. –Ela diz.

–Ele é um pouco formal.

–É porque ele é de 1600 e alguma coisa. Eu sou um pouquinho mais velha. –Ela diz sorrindo.

–Mais você não fala como se fosse da nobreza antiga. –Digo e ela da uma breve risada.

–Chegamos. –Ela diz batendo na porta do quarto. Pouco tempo depois uma garota que deveria ter uns 25 anos abre a porta e da um sorriso. Ela tinha cabelos ondulados pretos e a pele cor chocolate.

–Oi Melissa que bom te ver. Podem entrar. –O quarto estava um pouco escuro, tinha outra garota um pouco mais nova com cabelos lisos curtos e a pele cor chocolate, a única diferença é que a menina mais nova tinha olhos mel esverdeados.

–Diana, essa é a Natasha. –Melissa fala e Diana estica a mão para me cumprimentar.

–Muito prazer. Essa é minha irmã mais nova Sarah, vamos dar uma olhada na sua mente para ver para ver porque a Melissa tem visões... esquisitas.

Depois de alguns minutos elas haviam preparado o ambiente para o feitiço. Tinha velas e alguns incensos.

–Hm, vou por uma maca para que você não fique no chão. Geralmente a gente faria em uma sala especial mais ela esta sendo ocupada nesse instante. –Sarah diz em um tom delicado. Ela montou uma maca tipo aquelas de consultório medico e pediu para que eu deitasse. Tentei ficar o máximo possível relaxada mais minhas mãos estavam suando. Elas ficaram uma de cada lado da maca e fecharam os olhos, também fechei.

–Anima autem revertetur ad dei impedit lux tenebris. –Ficaram repetindo varias vezes. Melissa não estava mais na sala, as irmãs falaram que ela poderia desconcentrar o feitiço –apesar de que não acreditei muito nessa historia-.

Passou muito tempo e nada delas acabarem, ficavam repetindo varias e varias vezes até que Sarah abriu os olhos e disse:

–Diana isso não esta dando certo, já faz mais de uma hora e nada. –Diana abriu os olhos e assentiu, depois olhou para mim.

–Desculpe, mas não encontramos nada de errado, e acredito que nada mudou com você. Só Melissa para dizer isso. –Diana disse e me ajudou a levantar da maca. Minhas costas estavam doendo.

–O que vocês estavam falando?

–Latim. A alma bloqueada pelas trevas voltará a ver a luz divina. – Diana diz.

–Os feitiços estão em latim? –Pergunto.

–Nem todos, os feitiços mais antigos estão em uma língua antiga que era usada pelas bruxas muito, muito antigamente. Acreditasse que poucos anos depois de Cristo. –Sarah diz enquanto desmontava a maca.

–O que vou fazer agora?

–A Melissa esta esperando do lado de fora. Pode ir. –Diana responde. Saio da sala e Melissa estava sentada em uma poltrona mexendo no celular, parecia ser algo muito interessante pois ela estava vidrada.

–Acabou. –Digo e ela levanta a cabeça para me olhar.

–Mas já?

–Elas disseram que não conseguiram sentir nada, mas se o feitiço funcionou você voltará a ter visões mais... normais. –Digo.

Melissa disse que não ia embora agora, eles me chamaram para jantar lá, só que não me senti muito a vontade com a ideia então disse que estava me sentido cansada e que precisava ir para casa. Acho que eles não acreditaram, mas pelo menos aceitaram.


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