Crônicas Solares [hiatus] escrita por CJwriter


Capítulo 9
Capítulo 9 - Escolha a sua equipe!


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que estava reservando mais para esse capítulo, por isso o anterior saiu curto.
Vejamos:
Resgate do herói de sua vida normal (checado);
Descobrir sobre deuses e monstros da mitologia (checado);
A profecia (checado);
O que seria agora? Ha, temos que formar a equipe para a missão!
Sayonara!



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Aceitar que eu era um meio-sangue não foi tão difícil, mas aceitar que meu pai era o sol e nunca foi me visitar... Cara, o sol! Ele atravessa o céu todo dia! Custava dar uma passadinha lá em casa?

Dany me explicou que era bem mais complicado do que isso. Apolo não era exatamente o sol. Era uma personificação do poder do sol ou algo assim. E não era só eu que tinha problemas com os pais, todos os meio-sangues mantinham uma relação um pouco instável com os deuses. Isso não me convenceu completamente, mas por enquanto eu tinha que voltar para a reunião.

— Como você sabia Quíron? — perguntou Rachel.

— Com todos esses anos lidando com filhos de deuses, você aprende a reconhecer alguns padrões. — Quíron dava um leve sorriso.

— Que padrões? — questionei.

— Resistência solar, manipulação musical, maestria com arco e influência profética. — o conselheiro do chalé de Apolo coçava o queixo. — São muitos domínios. Isso pode ser arriscado.

— Pode explicar de uma maneira que eu possa entender? — algo me dizia que eu sabia o que era aquilo tudo. E sabia também porque era arriscado.

— Resistência solar — o menino contava mostrava os dedos em uma contagem. — É a habilidade que o sol nos dá para resistir em condições extremas, como a maratona que você fez. A manipulação musical é poder usar as flautas de sátiro ou outros instrumentos musicais para lançar feitiços ou maldições. Maestria com arco é a habilidade natural dos filhos de Apolo com arcos, mas se aplica também a arremessos em qualquer tipo de alvo. Influência profética...

— Influência profética é aquilo que aconteceu quando você me tocou. — Rachel interrompeu. — Filhos de Apolo que possuem tendências proféticas são muito... — Rachel olhou para Quíron e viu-o acenando negativamente com a cabeça. — raros.

— Mas o que você quis dizer com “isso pode ser arriscado”.

— Hélio, isso não é importante. — disse Quíron. — Temos que tentar desvendar essa profecia.

Isso era importante para mim, mas decidi ficar em silêncio e ouvir o que Quíron tinha pra falar.

— Hélio, por que não repete a profecia?

— Não me lembro. Estava meio atordoado. A Rachel também estava lá.

— Mas eu meio que fico em transe quando faço a profecia. Tecnicamente eu não estava lá também.

— Tinha mais alguém lá além de vocês dois? — Quíron coçava a barba.

— Sim, a Dany. Adamastor, pode ir chamar ela?

— Volto logo! — Adamastor saiu.

Quando ele voltou com a Dany, Quíron perguntou se ela lembrava da profecia e ela assentiu.

— Inverno e natureza o arqueiro acompanha, em busca da terra onde brilha a chama. Quatro seguem o caminho indicado pelo jovem peregrino que se mostra aliado. Traição e vingança a quem fizer sua parte e da lama e do lodo o anti-gêmeos renasce. — ela repetiu tentando imitar a voz que Rachel fez.

— O arqueiro sou eu. — disse.

— Nossa que gênio! — falou a menina do chalé de Atena.

Ia discutir com ela, mas Quíron interrompeu.

— Já sabemos que é o líder da missão. Agora precisamos do inverno e da natureza.

— Despina e Pã. — lembrei-me dos deuses do inverno e da natureza, respectivamente. — Então tenho que ir com dois deuses nessa missão?

— As profecias não são tão claras assim, Hélio. — Adamastor falou. — Ela deve está querendo se referir a filhos desses deuses, exceto que — Pã não teve nenhum filho antes de morrer.

Não entendi como um deus poderia estar morto. Parece que Adamastor estava muito abalado por tocar nesse assunto, então resolvi não comentar.

— É óbvio que está falando de um filho de Despina e um seguidor de Pã, um sátiro. — o conselheiro de Despina era aquele menino que bateu a porta na minha cara. — Só não sei onde encontrarão um irmão meu que aceite cooperar.

— Eu vou! — disse Dany enquanto discutia com seu meio-irmão silenciosamente.

— Dany você não pode ir! Não me perdoaria se acontecesse algo com você. — disse.

— Primeiro; entre eu e você, eu estou mais preparada. Segundo; tem que ser um filho de Despina, duvido que consiga a ajuda da Anastácia ou do Tílen. Terceiro; não pode discutir com sua namorada, ela sempre está certa.

— Três a zero pra Dany. — Adamastor riu.

— Ainda temos que escolher um sátiro. — olhei para Adamastor e ele engoliu em seco.

— É. Recomendo esperar Grover, ele tem mais experiência de campo do que eu. Ou o Aurick. Aurick ele é uma boa escolha.

— Não seja medroso Adamastor. — dei uma tapinha nas costas dele. — Onde está o protetor, aquele que derrotou sozinho um exército de lobos em uma floresta em uma noite de lua cheia.

Ele me olhou como se dissesse: Como você sabe da história toda?

Eu respondi: O sonho!

Ele continuou me olhando: Temos que conversar sobre os seus sonhos depois.

Vamos parar com essa conversa, os outros já estão começando a estranhar.

Eu sei que isso foi estranho, mas se ele tivesse falado mesmo, seria mais ou menos isso que ele teria dito. Adamastor balançou a cabeça consentindo e Quíron falou:

— Então temos a equipe formada. Vocês partem amanhã de manhã. Voltem para os seus chalés e descansem bem.

— Acho que ainda temos que discutir para onde iremos. — enquanto os outros conselheiros saiam, eu e a Dany permanecemos sentados.

— Bem, vocês tem que ir para a terra onde tem uma chama que brilha, óbvio. Se encontrar um jovem peregrino que lhe ajudar, pergunte: Ei, pra onde devemos ir? Cuidado com um traidor e um vingativo. Ah, e se puder, mate o anti-gêmeos, ok? — Rachel falou.

— Não tema criança, — Quíron estava ao meu lado. — Profecias são confusas até o último momento. Na hora certa entenderá tudo, mas por enquanto não se preocupe tanto. Amanhã terminaremos os preparativos. Meu único receio é não ter lhe treinado devidamente.

— Não se preocupe Quíron, eu cuido dele. — Dany parecia bem confiante. Pelo menos ela já tinha certo controle sobre seus poderes.

— Sabem o que é mais divertido nesse meu trabalho? — ele pareceu animado com a confiança dela. — Em grandes missões, surgem grandes heróis.

Todos saíram do refeitório, exceto Adamastor, Dany e eu.

— E ai, gente? Prontos para uma aventura?

— Sim! — respondeu Dany.

— Béééé! — respondeu Adamastor.

— Vou considerar dois sim.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram a equipe? Ainda tem esse tal peregrino, mas até lá esse é nosso trio parada-dura.
Sayonara!



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