Crônicas Solares [hiatus] escrita por CJwriter


Capítulo 1
Capítulo 1 - Perdi minha primeira namorada.


Notas iniciais do capítulo

Hi!
Essa é minha Fanfic de estréia, estou adorando fazê-la e espero que aproveitem.
Fiquem à vontade de criticar, como ainda não está terminada a visão de vocês pode ser útil.
Sayonara!



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Olá, meu nome é Hélio Santos, e apenas o simples fato de ter nascido já me deixa em perigo. Moro no Brasil, mais especificamente em Fortaleza, terra conhecida pelas belas praias, e o verão, que dura o ano inteiro. Vivo com minha mãe Lúcia Santos e meu padrasto Ricardo Oliveira. O Ricardo é gente boa, mas sempre quis saber quem era meu pai, entretanto minha mãe sempre se esquivava dessa questão.

Estudo na Escola Pública Bartolomeu Orlando de Alencar, nome que eu acho meio irônico, pois abreviando ficaria: Escola Pública B.O.A(fala sério!). Dois anos nela foi praticamente: estudo, estudo, prova, estudo, o antissocial da sala, estudo, nerd, estudo, brigas, estudo. Eu não conseguia me enturmar, eu não queria me enturmar. Preferia ficar no meu canto desenhando ou ouvindo música (sou bem eclético, não tenho gênero preferido).

Se alguma coisa compensou esses longos e chatos dois anos, com certeza foi a Daniely. Me dei super bem com ela, afinal éramos os dois excluídos do resto da turma. Nos tornamos grandes amigos. Há cinco meses, tomei coragem e consegui sair dafriendzone.

O tempo que eu passava com ela era simplesmente fantástico. Passeios pela cidade pareciam ser mais incríveis com ela ou meu lado. Nunca consegui entender o que uma linda garota da pele clara, olhos verdes e cabelo castanho encaracolado, tinha visto em mim, um cara normal, cabelo curto e negro e olhos escuros, que era o saco de pancadas dos valentões da escola.

— Sei lá! Seu senso de humor, sua simpatia, a cara de bobo que você sempre faz quando me pergunta isso... — Assim ela respondia terminando o diálogo com risos.

Ela poderia estar no grupo dos populares da escola, mas o grande amor à natureza que ela tinha lhe deu o título de estranha. Uma vez ela ficou amarrada à uma árvore da escola para que não a derrubassem.

Faltava apenas um ano para a gente ir para o ensino médio. Nós já tínhamos decidido estudar juntos novamente no ensino médio, mas nesse último ano aconteceram fatos que mudaram nosso rumo.

O culpado disso tudo foi Adamastor. Ele era o aluno novo. Rapidamente ele ficou nosso amigo, já que o grupo dos populares não aceitava um cara de cabelos castanhos desgrenhados, que andava com o auxílio de muletas e que na nossa idade já tinha barbicha.

Ele começou como um intruso, pois quando saíamos juntos era como um casal e o amigo do casal. De repente, ele e a Dany começaram a ficar mais próximos. Quase não saíamos mais sem que Adamastor estivesse por perto. Algumas vezes os via conversando, e quando me aproximava, eles mudavam de assunto.

Um dia, chamei a Dany para conversarmos em particular.

— Pode falar Dany.

— O quê?

— Você está gostando do Adamastor, não está?

— Claro que não! De onde você tirou essa ideia?

— Dany, a gente quase nunca mais teve mais tempo juntos.

— E na quinta-feira passada, quando fomos ao cinema?

— Adamastor quem escolheu o filme.

— No sábado, fomos à pizzaria...

— E pedimos uma pizza de palmito, que era a que Adamastor gostava.

— E na outra sexta...

— Adamastor.

— E...

— Adamastor.

— ...

— Adamastor.

Percebi que ela tentava pensar em mais opções. Mas não havia mais opções. Tínhamos deixado de ser um casal três semanas atrás.

— Hélio, eu ainda te amo! — Ela disse

— Acho que deve se perguntar se isso é mesmo verdade. Não quero que fique presa a mim por causa de tudo que tivemos juntos.

— Eu e Adamastor não temos nada! Você está sendo idiota!

— Estou mesmo? Então me conte o que vocês tanto conversam quando não estou por perto.

— Não, não posso.

— Sabe Dany, eu sempre me senti solitário antes de conhecer você, mas depois esse vazio foi preenchido. Agora, sinto que estou sozinho novamente.

— Hélio...

Levantei-me e saí. Queria saber se Dany estava chorando, mas me impedir de olhar para trás. Não queria que ela me visse chorando.

Os dias que se seguiram foram tristes. Ao entrar na sala, passava direto pela cadeira onde Dany sentava e ia para o fundo da sala. Nem mesmo levava o meu caderno de desenho, pois a única imagem que me vinha à cabeça era o doce sorriso de minha primeira namorada.

Aos poucos fui me acostumando a minha antiga rotina. Fones de ouvido a aula inteira. Tinha adquirido um estranho gosto para músicas românticas. Ainda não conseguia encarar Dany sem lembrar os momentos felizes que passamos. Ela olhava pra mim uma vez ou outra, depois olhava para Adamastor com um olhar triste e ele apenas acenava com a cabeça negativamente, então ela se entristecia mais.

— Que tipo de namorados são eles? — Me perguntava. Entretanto, não era mais da minha conta.

Alguns dias se passaram até que aconteceu. Tinha acabado de tocar o sinal indicando o fim do intervalo, quando vi Adamastor e Dany no corredor. Eles pareciam tensos. Adamastor levantava o nariz como se farejasse algo.

— Daniely, temos que sair daqui! Tipo, agora! — Disse Adamastor.

— Mas o Hélio...

Meu coração apertou. Me escondi atrás do bebedouro.

— Não temos certeza se ele é mesmo um meio-sangue.

Meio o quê? Aquilo era algum tipo de xingamento?

— Você disse que tinha vindo buscar dois de nós. Você disse que poderia ser ele.

— Eu só senti cheiro de Meio-sangue nele uma vez, e tinha dezenas de pessoas ou redor. Não era certeza ser ele.

— E se for ele? Não podemos o deixar aqui.

— Eu volto depois com um esquadrão de resgate.

— Ele não vai sobreviver até lá.

— Ele tem que sobreviver. Se eu não senti cheiro nenhum nele, talvez os monstros também não sintam.

— Talvez?

— É a melhor chance que temos. Vamos!

Ele agarrou o braço de Dany e a levou pelo corredor. Antes de dobrarem no fim do corredor, o professor de biologia apareceu na frente deles.

— Sr. Walter! — Disse Dany. Ela e Adamastor estavam brancos de medo.

— Olá querida! Não vai cabular aula, vai?

— É que a tia do Adamastor passou mal e eu estava levando ele para casa.

— Permitam me acompanhá-los. Senhor Santos, avise à turma que não vou demorar. — Disse Sr. Walter olhando para mim.

Dany e Adamastor viraram-se para mim também. O rosto de Dany parecia dizersocorro, enquanto o de Adamastor diziaCORRA!

Sai de lá correndo quando vi Adamastor atingir o Sr. Walter com as muletas e Dany correr para a saída mais próxima.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Críticas e sugestões são bem vindas. Vou revisar o segundo capítulo e daqui a pouco postarei-o.
Sayonara!



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