– Evelyn?- ouvi batidas na porta- Evelyn você está ai?
Eu me levantei e abri a porta, depois me deitei de novo na cama.

– Puta que pariu!- eu ouvi um grito, abri os olhos depois levei um tapa na cara e uma menina baixinha me puxou pelos pés e eu cai da cama. - ai meu Deus isso é sangue? AI ISSO É SANGUE!

Fui puxada pelos pés pra fora do meu quarto, minha cara ardia de por causa do chão gelado, do nada a pequena virou o corredor e minha cabeça batei na parede.

– Cecilia ela ta sangrando, me ajuda não posso mexer com sangue.
– Anna fica calma- alguém me pegou no colo e me colocou em uma maca.
– Ela machucou a mão e perdeu um pouco de sangue, ela vai ficar bem, pode ficar calma.

– MAS É SANGUE- a garota de voz rouca ficou louca com essa palavra.
– Sim, é sangue então sai daqui- Cecilia continuava calma como se nada tivesse acontecendo.

– Não consigo, o cheiro é tão bom, ai meu Deus, o cheiro é delicioso- os olhos da Anna estavam vidrados nos meus machucados.

– Toma isso, agora vai chamar a Bea- Cecilia jogou uma bolça de sangue para Anna que resmungou um pouco mas saiu da sala.

Eu senti uma agulha espetar meu braço e aos poucos fui recuperando minha força, depois de um tempo eu abri meus olhos, Cecilia tinha feito um curativo na minha mão e tirado o do meu ombro que já estava curado, tinha uma sopa estranha ao lado da maca e comi, quase vomitei quando senti algo estourar na minha boca, então parei de comer aquilo.

Quando a bolsa de sangue acabou eu tirei a agulha do meu braço e tentei me levantar, mas minhas pernas estavam dormentes e cai no chão.

– Deixa que eu te ajudo- do nada Anna uma garota baixinha que eu conhecia a algum tempo apareceu na minha frente, ela colocou uma bolsa de sangue na boca e me ajudou a me sentar na maca.

– Oi Anna- falei baixinho

– Menina você me assustou sabia?- a pequena rasgou um pedaço da bolsa de sangue e começou a tomar o conteúdo- isso é nojento mas é melhor do que morrer de fome.

– Então o que a Thay falou era verdade, você virou mesmo uma vampira!- fiquei olhando pra ela até ela acabar de beber.

– Sim, fui atacada em Nova York quando eu passava na frente do Hotel Dumort e a Clave nem fez nada porque era território dos vampiros, mas enfim parou de sangrar né? Não sinto mais o cheiro do seu sangue, só o que ta no curativo, ele ta seco, eca.

Eu ri com o comentário dela e mexi no curativo e tinha mesmo parado de sangrar.

– Eu poderia ter te matado, sabia? Seu sangue é o mais puro que eu achei ate agora, o que é estranho- ela deitou na maca ao lado da minha e ficou me encarando.

– Como assim mais puro?- me arrumei em cima da minha maca, ela era desconfortável

– Você tem mais sangue de anjo do que os outros, isso é estranho, muito estranho.

– realmente é estranho. Mas eu sou gostosa?- dei uma risada e olhei pra ela.
– Claro que é, eu ainda vou te comer!- ela riu e começou a tossir.

– Ainda ta fumando?

– Minha filha eu nem tenho pulmão- ela pegou um cigarro e um esqueiro do bolso de trás da caça.

– a cada cigarro que você fumar á partir de agora, eu vou fumar mais dois, então caso eu morra por causa de algum problema respiratório, a culpa vai ser sua. Promete que vai parar ou pelo menos diminuir a quantidade?

– Se você nunca fumar... Eu prometo!