Afogue suas mágoas no sorvete escrita por Karen Malfoy Hunter Lokison


Capítulo 1
Capítulo 1 - O fim


Notas iniciais do capítulo

Bom, minha primeira fanfic de Star Trek, é bom comentarem, quem me conhece sabe que eu faço de tudo na história para ganhar reviews, é bom me darem o que eu quero, brinks, eu só peço comentários.



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POV Cap. Kirk

Os gritos dos dois eram escutados a um quilômetro de distância, estávamos voltando de uma viagem rápida a um planeta para impedir que ele explodisse, a nave toda sabia que mais uma DR entre Spock e Uhura começava, abafados, mas dava para ouvir de longe tantos gritos, parece até competição.

— Você não se importa comigo e nunca se importou.

— Me importo sim, mas escolho não demonstrar ou sentir, porque sou metade Vulcano também – eu não podia intervir, só podia respirar fundo e esperar que isso acabasse e eles voltassem a se entender.

— Não é bem assim Spock, vamos colocar aqui uma situação, se eu estivesse prestes a morrer, e para me salvar você tivesse que desobedecer uma maldita diretriz, o que você faria? – agora ferrou pro lado dele, todo mundo estava esperando a resposta, eles deviam estar no elevador, eu e muitos outros nos encontrávamos na Ponte de Comando, nenhuma resposta dele, f*deu-se.

— Eu sabia, está tudo acabado – essa me surpreendeu, assim como todo mundo que estava ouvindo essa conversa.

— Nyota, acalme-se, você está exaltada, pense com mais clareza antes de tomar essa decisão – todo mundo se aproximou mais para ouvir com mais atenção.

— Essa decisão já foi tomada, desculpe Sr. Spock – a porta do elevador se abriu e todo mundo voltou rapidinho aos seus lugares, eu fiquei ali em pé, Uhura passou por mim deixando um Spock...triste? Ele apertou o botão do elevador e a porta se fechou, todo mundo ali ainda estava surpreso, ela voltou a seu posto e todos ficaram disfarçando a surpresa em suas faces.

Durante a viagem não vi mais o Spock, isso me preocupou, olhei para Uhura rapidamente e pude ver seus olhos molhados? Ela estava chorando, muito silenciosamente, nenhum som era escutado da parte dela. Chegamos à Terra por meio de uma outra nave, ela ficou bem longe dele, ele estava ao meu lado, calmo demais pro meu gosto. Depois de desembarcarmos eu o chamei.

— Sr. Spock, gostaria de passar uns dias em meu apartamento, para eu o ajudar com seu coração partido – ele permaneceu com uma expressão indiferente.

— Cap. Kirk, acho que isso seria ilógico no momento.

— Qual é Spock, só por uns dias, isso vai te fazer bem, eu garanto.

— Eu não confio muito nessa sua proposta, mas estranhamente vou aceitar.

— Ótimo, então venha comigo – para ele não acabar me odiando, eu levei ele de carro.

POV Carol

— Uhura, você teve uma DR com o Spock, vocês terminaram, ficar na minha casa por uns dias ou meses mal não vai fazer, eu vou te ajudar com seu coraçãozinho partido, vai, passa uns dias comigo, não quero ficar sozinha.

— Tudo bem Carol, eu vou, mas só se não levar o Jim pra sua casa também como uma colega de quarto fez uma vez.

— Tá, tudo bem, agora vamos.

— Vem no meu carro.

— Tá, eu te mostro o caminho – fomos até o carro dela, eu mostrei o caminho direitinho e chegamos, nossas coisas foram descarregadas e ela se alojou, uma cama foi montada ao lado da minha, ela continuava com um ar triste, ela se sentou na cama e chorou em silêncio, eu não aguentei ver ela assim – ei, não fica assim, quer sorvete? Afoga as mágoas melhor que bebida.

— Eu aceito um sorvete – ela disse triste, eu fui até a cozinha, peguei logo um pote de sorvete, uma colher e levei pro quarto, ela havia tirado seu conjunto vermelho pra trocar e estava só de lingerie.

— Uhura – ela levou um susto que quase cai pra trás em cima da cama.

— Não me assuste assim Carol – ela disse rindo um pouco.

— Te acalma mulher, não precisa nem se vestir, você precisa logo é do sorvete, ou talvez seja o Spock que você precise.

— Carol, não pronuncie este nome agora, por favor.

— Tá, mas ele pode ser a cura para os seus sofrimentos.

— Não é, passa pra cá esse sorvete logo – ela disse terminando de colocar uma regata junto de uma saia, além de suas unhas estarem impecavelmente pintadas de preto, ela começou a devorar o sorvete, o que me deu vontade de comer também, então fui na cozinha novamente peguei outro pote e uma colher, voltei pro quarto, deixei em cima de uma mesinha, me troquei e comecei a comer o sorvete.

— Sabe do que a gente tá precisando agora?

— De que?

— De um filme romântico.

— Verdade – eu peguei o controle e liguei a TV enorme que eu tenho no quarto coloquei num filme bem romântico e legal, depois começamos a chorar muito, eu já estive várias vezes no lugar dela, não é saudável terminar uma relação desse jeito.

— Então, porque vocês viviam brigando?

— Porque ele insistia em não sentir nada, e nossa relação, o sentimento que tínhamos estava nesse meio, ele escolheu não pensar em como eu me sentiria várias vezes quando se pôs à beira da morte.

— Sinto muito.

— Quem deveria sentir é ele, e ele não sente nada.

— Então vamos falar mal dele.

— Não seria uma boa, prefiro não fazer isso.

— Então vamos falar sobre caras bonitos – ela esboçou um sorriso e começamos a listar atores, homens que encontramos na rua, colegas de trabalho, mas sem tocar no nome Spock.

POV Jim Kirk

— Jim, só me prometa que não serei surpreendido com mulheres entrando e saindo do seu apartamento – disse ele.

— Não prometo nada – ele me olhou com uma cara – tá, mas a carne é fraca.

Chegamos, nos alojamos, ele se trocou, eu também, ficamos no mesmo quarto, como colegas de quarto.

— Ei, Spock, também me prometa que não vai trazer nenhuma mulher pro meu apartamento, porque aqui não é motel.

— Isso é uma promessa que eu irei cumprir com toda certeza.

— Por que? Tu é gay?

— Não, é porque não vou querer me envolver, nem ter um caso com alguém tão cedo.

— Ô Spock, você e a Uhura já...

— Não faça essa pergunta Jim – ele me cortou logo, antes de terminar minha frase.

— Então tá, eu sei uma coisa que pode curar seu coração partido e que funciona com todas as pessoas.

— O quê Jim, se for outra mulher nem me venha.

— Não, poderia ser, mas é sorvete.

— Pelo menos uma coisa boa – eu peguei logo um pote inteiro de sorvete na geladeira pra ele, que estava deitado no sofá, começou a comer o sorvete ainda meio emburrado e estranhamente começou a derramar algumas lágrimas.

— Não sabia que era tão sensível assim Spock.

— Não sou.

— É sim, você está quase chorando.

— Não estou.

— Está sim.

— Sim eu estou.

— Eu sei, porque a Uhura terminou com você?

— Não seria uma pergunta adequada a esse momento, é ilógica para esta situação.

— Eu sei, mas por que?

— Ela vivia falando que eu escolhi não pensar em como ela ia se sentir em relação as coisas que falava ou fazia, que eu não sentia nada por ela, que não me importava com ela, por aí vai.

— Em algumas partes eu penso que ela esteja certa, mas terminar com você não foi a melhor alternativa, acho que ela deve estar se acabando de chorar agora.

— Acredito que ela não esteja chorando agora, já que ela também consegue controlar suas emoções e seja muito boa nisso também...uma das muitas coisas que ela é boa – ele estava prestes a chorar, eu nunca tinha visto ele desse jeito.

— Quem é você e o que fez com o Spock que eu conheço.

— Não me conhecia tão bem assim, mas ela conhecia – ele me entregou o pote de sorvete ainda pela metade, envolveu as pernas com os braços, se encolheu e chorou, essa situação estava hilária, triste, mas hilária, nunca tinha visto o Spock chorar tanto, a não ser da vez em que eu morri por uns minutos, mas nem assim foi tanto, perder ela, acho que foi como perder uma parte dele, coitado, tá sofrendo.

— Vou te deixar sozinho por uns tempos, preciso fazer uma ligação – deixei ele ali chorando no sofá, é uma cena triste, peguei meu celular e liguei pra ela.

Ligação on

— Alô – disse a voz do outro lado da linha, com uma música agitada ao fundo.

— Carol, oi.

— Oi, Jim, por que me ligou – ela disse em meio a risadas.

— Eu queria te perguntar uma coisa.

— Fala, para com isso, estamos em stop – ela disse para uma outra pessoa.

— Quem está aí com você?

— Essa era a sua pergunta?

— Não, mas quem está aí com você?

— Ah, é a Uhura, estamos fazendo uma guerra de travesseiros, e dançando bem doidas, comemos muito sorvete.

— A Uhura tá aí contigo? – eu gritei, olhei rapidinho por uma brecha da porta pra ver se o Spock ouviu, parece que sim, ele chorou mais ainda ao ouvir o nome dela.

— Tá, porque?

— Porque o Spock tá aqui comigo – eu falei quase sussurrando.

— Ah, e qual era a sua pergunta?

— Como eu faço pra ele parar de chorar?

— Ele tá chorando?

— Sim e muito, como eu faço pra ele parar, é uma situação muito triste.

— Já tentou sorvete?

— Sim, não deu certo.

— Tente distraí-lo com outras coisa tipo, fale sobre assuntos de homem pra homem, sabe, coisas que vocês dois possam ter em comum.

— Mas ele é o Spock, ele não quer falar sobre mulheres e esse é o assunto que homens mais gostam.

— Insista, mas faça ele esquecer o assunto entendeu.

— Entendi, obrigado Carol.

— De nada, tchau.

— Tchau.

Ligação off.

Respirei fundo e fui até a sala, ele estava tentando parar de chorar, se controlando, não vou tocar no assunto Uhura, distrair e fazer ele esquecer o assunto, nada que lembre ela.

— Ainda quer sorvete? – ele assentiu com a cabeça. Eu peguei o sorvete e dei pra ele, ele se acalmou mais, o que eu falo com ele, sem lembrar a Uhura, ô coisa complicada, ele parou de chorar, enxugou as lágrimas se sentou e respirou fundo.

— Por que tem que ser tão difícil?

— O quê?

— Amar, sentir.

— Não sei, pode ser porque tudo que é bom é difícil, sem precisar de lógica.

— Mas isso dói.

— Isso significa que você é humano, que você está vivo, sendo metade humano você precisa saber o que é a dor, e consequentemente senti-la.

— Sendo metade Vulcano fui ensinado a não sentir isso.

— Mas precisa amigo, senão ela vem pior, sem aviso.

— Obrigado amigo.

— Sou seu amigo, por isso estou te ajudando – ele sorriu? – isto é um sorriso em seu rosto Comandante?

— Sim, Capitão.


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Notas finais do capítulo

Então, sobre as reviews, espero muitas.