ANTERIORMENTE

"E assim terminou aquela noite daquele dia que parecia não querer acabar.. me perdi nos sonhos para me encontrar com um certo par de olhos azuis exorbitantes, eu tinha certeza de uma coisa, eu amo o Damon mais do que qualquer coisa, é dificil de admitir, mas eu o amo mais do que tudo... pudera a Deus poder ter um futuro com ele.."

CONTINUAÇÃO

Na manhã seguinte eu acordei e fiquei fitando o teto por alguns longos minutos, como seria a minha vida daqui pra frente? parece que tudo está se desmoronando aos poucos, respirei fundo e me levantei fui até o banheiro e mais uma vez me fitei pelo espelho, minha cabeça latejava incessantemente.. banho, sim era disso que eu precisava, me despi calmamente e liguei o chuveiro, a água quente acariciava a minha pele, como se tentasse arrancar todos os problemas de mim. Quando a visibilidade pelo vapor do banheiro ja estava minima resolvi sair, enrolei-me na toalha e sai do banheiro.

Observei Kath ainda dormindo e eu suspirei me perguntando " como ela ainda consegue olhar na minha cara?" abri meu guarda-roupa e puxei uma calça de moletom e uma blusa fina de mangas compridas, quanto me vestia observo que Kath já acordou e me fita curiosa, termino de vestir a minha blusa e me deito na cama ao seu lado.

– Tudo bem? - ela sussurra baixinho e eu me encolho na cama em posição fetal, ahh Kath.. se você soubesse como isso dói

– Não...- senti seus braços em minha volta me abraçando forte, senti meus olhos arderem.

– hey.. vai ficar tudo bem Lena, você vai sair dessa..- ela sussurrava enquanto afagava meus cabelos.

Foram longos minutos assim, todo o meu corpo ja doía, Kath me soltou e soltou um longo suspiro.

– Melhor eu ir indo, minha mãe vai surtar se eu não voltar pra casa hoje, você vai ficar bem? - ela me perguntou ja caminhando pelo quarto e vestindo seu jeans

– Vou sim Kath, preciso ficar um pouco só, por a cabeça no lugar..- disse abraçando meu urso de pelúcia.

– Me chama qualquer coisa ta? - prendia os cabelos cacheados em um rabo de cavalo e colocava seus óculos.

– Pode deixa, eu vou ficar bem.- respondi forçando um sorriso e ela sorrio veio na minha direção e me deu um beijo no rosto, pegou sua bolsa e saiu do quarto.

Peguei meu celular e vi as horas 13:47 torci a boca e me levantei preguiçosamente, caminhei pela casa e fui para a cozinha, e pude ver minha mãe separando alguns pratos para por a mesa enquanto lagrimas em abundância escorriam dos seus olhos, suspirei me encostando no batente.

– Até quando mãe?

– Lena.. que susto.- ela disse limpando as lagrimas com as mãos tentando disfarçar, caminhei até ela e abracei ela forte.

– Mãe ela se foi porquê quis, você não a expulsou, deixa ela ir mãe, ela vai voltar, não adianta você ficar chorando pelos cantos dessa maneira, isso não é vida pra nenhuma mãe.- Jenna as vezes nos colocava de cabelo em pé.

– Você tem razão Lena..- ela disse me dando um beijo na testa.- tem alguem la no meu quarto querendo te ver.- ela sorrio de lado e eu a olhei confusa, ela se soltou dos meus braços em sinal de que eu deveria ver quem era.

Corri até o quarto a mamãe e lá estava o Jer que assim que me viu correu até mim.

– Ti lena..- meu sobrinho já estava agarrado nas minhas pernas e meu coração se derreteu, me abaixei e peguei meu pequeno no colo.

– Jer, meu anjo.- abracei ele forte, era disso que eu precisava.

– Só ele ganha abraço ? - Annabelle resmunga e só então percebo a sua presença ali.

– Oii Anna resolveu dar as caras? - sorri e a abracei com o Jer no colo.

Annabelle era a minha irmã mais velha, e Jeremy era seu filho, Jer é o xodó da família e claro meu xodó ele tinha dois aninhos e já tinha tomado meu coração.

– Vou passar uns tempos aqui.- ela disse me dando um beijo na bochecha e me olhando com uma expressão um tanto assustada.- você está bem Elena?

– Ah.. sim eu to bem sim, só muita correria do dia a dia.- sorri forçado e disfarcei o incomodo brincando com o Jer.- Jenn foi embora.. juntou as escovas com o Logan..- dei de ombros.

– Jenna está ficando louca,ela conhece ele a o que? três meses? - Anna me olha indignada

– Só pode, mamãe está daquele jeito.

Ficamos conversando e brincando com Jer depois do almoço, mamãe parecia um pouco melhor e meu pai vez ou outra tentava se introduzir no assunto, mas a verdade era que o ar estava tão pesado que ficava dificil até de respirar e assim se seguiu a tarde.

NA SEGUNDA-FEIRA

Eu já havia feito os exames necessários para o resultado final, mas eu já me preparava para o pior, afinal a realidade batia na porta. Estava no Mcdonald's com o meu pai e comíamos em silêncio depois de eu ter feito os exames.

– Elena.. se isso se confirmar, já pensou no que vai fazer? - ele me fitava intensamente e eu parei com a batata frita no meio do caminho e a coloquei na bandeja, me remexi desconfortável.

– Eu.. não vou me tratar papai,é perda de tempo..- meu pai fechou os olhos com força.

– Como assim Elena? - eu podia sentir uma irritação na sua voz

– Nós sabemos no que isso vai dar pai!

– Você está sendo egoísta Elena

– Ou você está sendo egoísta pai? você quer prolongar meu sofrimento pra poder me ter ali, prolongar o sofrimento da mamãe.. droga o seu sofrimento!

– Elena você não pensa nas pessoas que você vai deixar? não pensa que você está desistindo antes da luta começar? não foi assim que eu te criei Elena!

– Droga pai! EU ESTOU COM CÂNCER E EU VOU MORRER ACEITA ISSO!- gritei peguei minha bolsa saindo ali, o lugar se encontrava cheio e todos me olhavam pasmos com a minha reação, eu podia escutar meu pai me chamando ao longe, mas eu estava absorta demais pra poder parar.

Parei ao lado do carro, e esperei meu pai que vinha logo no meu encalço.

– Pode me deixar no Parque? - ele arqueou as sobrancelhas e me olhou confuso.

– Você precisa ir pra casa.- ele disse em tom baixo

– Eu preciso respirar..- sem ter mais argumentos ele abaixou a cabeça e entrou no carro, entrei em seguida.

Assim que entrei no carro digitei uma mensagem para o Damon.

"Pode me encontrar no parque em 15 minutos?" - ELENA

Em seguida ele respondeu

" Estou indo morena" - Damon

Longos minutos silenciosos e tensos no carro até o parque foram preenchidos por uma musica qualquer que tocava na radio, ao parar o carro em frente ao parque ele me olhou e me deu um beijo na testa, sussurrei um "tchau" e sai do carro.

Caminhei para dentro no Parque e procurei em volta um certo moreno de olhos azuis de tirar o folego, mas nada, quando avistei ao longe ele se virava para mim e eu precisava do seu abraço, sentir o seu calor, e eu corri, corri em direção a ele, desviando de algumas pessoas.

– Dam...-abracei o meu Damon.. meu porto seguro, minha base... o amor da minha vida, era um abraço forte e reconfortante, soube que ali era o meu lugar, dentro dos seus braços, pude sentir meu coração querer pular para fora do meu peito, escondi meu rosto no seu peito inalando o seu cheiro e suspiro, e as lagrimas escorriam minunciosamente pelo meu rosto assim molhando a camisa de Damon. Ahh meu amor se você soubesse o quanto eu amo você.