De um canto escuro, Jaguadarte observava os homens de Stóico, ela planejava o que iria fazer. Dazbogur pediu a ela para que o líder fosse mandado de volta envergonhado e ela iria realizar suas vontades, já que, por seja qual for o motivo, ela se apaixonou.

“Ele quer humilhação... Acho que já sei o que fazer.” – pensou, depois saiu devagar das sombras se apoiando nas paredes fazendo poses sedutoras e olhares provocantes. Óbvio que eles se deixaram levar por ela.

Ela os chamou fazendo gestos e os homens a seguiram, encantados por sua beleza. Quando chegaram a um lugar sem testemunhas, Jaguadarte lançou seu feitiço:

– Vocês dois farão tudo o que eu mandar... – sua voz assoprada e sedutora era do mesmo truque das sereias, inclusive, estavam cantando suas ordens. -... e o que eu mando, é que vocês façam... o seguinte...

...

Como que por um milagre recuperado, Stóico decidiu continuar com o massacre.

A intenção era que quando desse a ordem todos puxassem para a caverna desabar em cima das criaturas.

Tudo estava preparado, tinha tudo para dar certo.

Mas as necessidades humanas de alguns homens foi mais forte.

Jaguadarte já tinha pensado muito bem no que iria fazer: no exato momento do sinal, aqueles homens que foram seduzidos cortariam as amarras imediatamente.

E assim foi feito:

– Puxem! – Stóico gritou e eles obedeceram.

– Agora! – esse foi o grito da mulher, no mesmo segundo as cordas foram cortadas e todos do outro lado caíram de costas.

Um sorriso se formou no rosto dela. Jaguadarte ficou de quatro e deu um salto, em meio segundo ela se tornou um dragão horrendo. Umas peles que pareciam serpentes saindo de sua cabeça, dentes afiados e expostos, olhos pequenos e nada atraentes, braços residuais embaixo das asas que também funcionavam como braços e eram como panos velhos e rasgados; olhar para ela era como olhar um pesadelo.

Ela saiu do escuro e jogou raios em cima de todos os vikings a sua frente. Apavorados, eles saíram correndo. Uma covardia muito rara para nós.

Jaguadarte não teve dó, atacou e até matou alguns deles, e se divertiu com a dor que causou.

Cada um deles tentou lutar, mas a fera era forte demais. Apenas Stóico foi poupado, os que não morreram foram seriamente feridos. Nem mesmo os seus servos escaparam ilesos.

A destruição durou minutos que pareciam horas, até que ela se cansou e decidiu parar. Enquanto isso, Dazbogur olhava tudo, assustadoramente satisfeito, rindo e se divertindo junto com ela, mas outras pessoas não acharam tanta graça:

– Imbecil! – todo e cada dragão estavam atrás dele em suas formas humanas, apenas com as faces com o mesmo ar que Soluço fica ao ser incomodado. Uma mera criança conseguiu joga-lo contra a parede e fez suas ameaças. – Condenou a todos nós!

– Afaste-se de mim! –Dazbogur gritou sem se importar com as criticas.

– Seu asno! – dessa fez, foi uma mulher madura quem o enfrentou. - Tem a mínima ideia do poder que libertou?

Cada um começou a falar:

– Ela é louca!

– Você é um tolo por libertá-la!

– Da onde você tirou a ideia de jerico de soltar a Ja-gua-dar-te?!

– Devemos matar os dois!

– Eu concordo! Matemo-los antes que matem todos os povos!

A criança que o prendeu sacou um punhal e iria cravar no peito do homem, mas um uivo seguido de um raio o impediu:

– Non! : {Não!} – era Jaguadarte, ela defendeu quem amava atacando sua família. Voltou à forma humana e os dragões fizeram algo inacreditável: se curvaram perante ela. Insolente, ela caminhou entre as pessoas até chegar ao alfa que estava escondido, depois afirmou. – A rainha... retomou seu trono!