A Primeira Batalha do Novo Herói

“None Shall Pass!” – Percy Jackson, vestido como o Cavaleiro Negro de Monthy Python.

“Athena!!!!” – Seiya de Pégaso, chamando a mãe de Annabeth.

“Até que o Percy ficou gatinho vestido de Cavaleiro Negro...” – Thalia, com gosto duvidoso.

Depois de mais um desmaio por causa de mais uma pancada na cabeça, Percy se recupera e vai ao seu chulé... ops, Chalé. Tyson ainda dorme com um bebê, ou seja, fez cocô nas fraldas.

– Mas Tyson não usa fraldas... – questione-me o leitor.

Vamos acordá-lo então. Afinal para minhas ideias (que são ruins, por sinal) irem adiante, preciso de Tyson acordado. Aliás, aproveito para dar um conselho ao leitor aqui: para a sua segurança, pare de ler nesta linha. Agora! Senão, não há garantias quanto a sua sanidade! Pare agora!... Vejo que continuou. Você é um irresponsável que gosta de abobrinhas, né? Pois bem, não posso garantir que não sairá traumatizado.

Vamos voltar à história então. Tyson acorda:

– Bom dia, irmão! – ele cumprimenta Percy.

– Dia? São cinco e dezessete da tarde...

Mas aí Nico entra correndo no Chalé de Posseidon:

– Percy, Percy – ele estava apavorado – precisamos de você! Um cara entrou aqui e tá ameaçando matar todos nós!

– Pelos tênis de Hermes! Como ele entrou aqui?

– Grover – explica Nico – Ele tem um caderno preto nas mãos, então Grover achou que era um fã querendo autógrafos...

– Pelo santo torresmo, o que eu faço? – questiona-se Percy.

– Não sei. O herói é você! – afirma Nico – Anda rápido, e dá licença que tenho um encontro com uma fantasminha mó gatinha.

– Que fantasma?

– Ah... o nome não é legal... Murta-que-Geme, ou algo assim...

– Ah, sei... – comenta Percy – o Gasparzinho a acha gostosinha. Manda um beijo pra Minerva!

– Falou...! – responde Nico, desaparecendo em seguida.

– Então irmão – começa Tyson – o que vai fazer a respeito do cara que invadiu o acampamento?

– Sou um herói, só posso fazer uma coisa: vestir meu uniforme secreto e lutar contra o mal!

– Ahn... sei...

– Rápido Tyson – apressa-se Percy – me passe seu estojo de canetinhas e sua gravata preta. Rápido. Vou pegar minha cueca azul e minha toalha de tomar banho.

– Mas... Pra quê tudo isso?

– Rápido! Não há tempo para explicações! Meus amigos precisam de mim!

E assim foi feito. Percy vestiu uma camisa branca, pegou a canetinha azul-piscina de Tyson e fez um desenho de tridente em sua recém colocada camisa, na altura do peito, acrescentando as letras P dum lado e J do outro. Pegou a gravata preta, fez dois furos nela e a amarrou na cabeça, na altura dos olhos, de modo que ela parecia uma máscara do Zorro. Vestiu sua cueca por cima do short, numa homenagem ao Batman e ao Superman e pediu a Tyson que amarrasse a tolha de banho em seu pescoço. Inicialmente, os olhos esbugalhados e a língua de fora não eram parte do disfarce. É que Tyson exagerou na força e enforcou Percy com a toalha. Tudo ajeitado, o herói pega duas espadas – uma é Contracorrente, a outra é Afavordacorrente. Em seguida, pega um tênis velho, tira o cadarço e o amarra na testa, acima da máscara.

Bom, então, depois de se preparar, nosso herói mais querido sai correndo como um louco atrás do tal carinha que invadiu o acampamento. E de repente Percy avista vários campistas reunidos, uns se abraçando, outros chorando, uns pedindo piedade, outros misericórdia... e o carinha lá perto deles. Annabeth não está por perto, mas Thalia e Rachel estão ali, abraçadas e chorando. O carinha tem cabelo meio loiro, meio avermelhado, um sorriso demoníaco e parece um personagem de anime japonês. Ao seu lado, um ser flutua. Ele é meio azulado, come uma maçã e tem um sorriso maior que o do Coringa. Percy corre até ele, a toalha balançando de um lado pra outro:

– Quem é você? – o garoto-água pergunta.

– Hihihihehehahá... Eu sou Kira! Este é Ryuuku e o que tenho nas mãos é o meu Death Note, e eu o usarei para matar todos vocês, hihihihehehahá... E você, porque não chora como seus amigos e implora piedade? E porque está vestido tão tosco assim?

– Tosco? Eu sou Percy Jackson, um super-herói e este é meu uniforme secreto!

– Secreto... com todo mundo sabendo quem você é... Troféu joinha pra você!

Percy fica vermelho:

– Ainda não pensei nos detalhes... porque quer matar a todos nós? Cronos?

– Cronos? Não, não tenho tempo para Cronos...

– Piadinha besta essa! Mas porque então quer nos matar?

– Sou o vilão, não preciso de motivos... mas... espera. O autor da história tem novas ideias... só um segundo... ok! Hihihihehehahá... vou matá-los porque serei o novo deus do mundo, portanto, vou acabar com vocês e depois com os seus pais, os deuses, hihihihehehahá...

– Sei... – comenta Percy – e pra quê este caderno? Vai pedir algum autógrafo?

– Hihihihehehahá... você devia ler mais mangás, este é o Death Note, basta que eu escreva seu nome aqui, e você morrerá de ataque cardíaco, hihihihehehahá... seu fim está próximo, hihihihehehahá...

– Ahn... então é só isso? Você não tem nenhuma arma, espada, nada? Só o caderno?

– Sim! Hihihihehehahá... só o caderno é suficiente, você não pode me impedir. É só eu escrever o seu nome, e já era!

Mas aí, num rápido movimento, Percy tira das mãos de Kira o Death Note. O Chalé de Ares cai de pancada em cima do Kira, enquanto Ryuuku bate papo com seus primos distantes do Chalé de Hades.

Percy é abraçado ao mesmo tempo por Thalia e Rachel, uma de cada lado, e ao mesmo tempo as duas beijam seu rosto dizendo:

– Meu herói!

Acidentalmente as mãos de Percy escorregam para o bumbum das garotas. Até o aperto é acidental, mas aí Clarisse dá nele um chute bem dado no traseiro e grita:

– Não se empolga não!

E assim o dia foi salvo. O estranho é que Annabeth não havia aparecido nem pra dar pancadas em Percy...