A Busca escrita por Lola


Capítulo 5
Quem quer chá?


Notas iniciais do capítulo

Então, espero que gostem! O título do capítulo é totalmente estranho, sei disso, mas vocês vão eventualmente entender, prometo ahahah obrigado por continuar lendo!



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–Você vai ficar bem, Alex. - Liz sorri, as palmas de suas mãos nas bochechas de Alex. -Ana não encostou em você tempo suficiente para cortar sua linha da vida. Apesar de ter chegado bem perto. -Um olhar reprovador lançado para mim.

Ele parece melhor, apesar de ainda tremer levemente. E adivinha? Eu não sinto nem um pouco de remorso.

Estamos todos sentados na sala de estar da nossa casa. Emma está muito perto de Alex, Liz age como a boa moça de sempre e minha avó está fazendo chá, como se a poucos minutos eu não tivesse tentado matar alguém. Sim, minha família era completamente descontrolada. Se fossem outras pessoas, pessoas normais, eu estaria de castigo para o resto da minha vida. Mas tudo que eu havia recebido era um sorriso radiante da minha avó.

–Então, começa a falar. -eu digo, me sentando no chão, as costas apoiadas na parede.

Alex me encara. Ele não parece muito feliz comigo, neste momento.

–O homem que matou seus pais. Eu sei onde ele está.

–E onde está? -Emma pergunta.

Alex continua me observando.

–Ele está vindo para cá. Seu nome é Tenebrarum, é latim, significa "escuro". Mas o chamam de Tebeus. Há boatos que ele é descendente de Nêmesis, a deusa da vingança, mas ninguém têm certeza. Tebeus matou seus pais porque ele queria que você ficasse desprotegida, quando chegasse a hora que ele precisaria de você.

Remexo no mesmo lugar, incomodada. Descendente de Nêmesis.

Sério?

A deusa da vingança, só pode ser brincadeira.

–O que ele quer de nós? -Liz pergunta, se sentando ao meu lado, mas não encostando em mim de fato.

–De vocês não. - Alex esboça um sorriso. - De Ana.

–Eu? -guincho, me inclinando para frente.

–Sim, ele acha que pode conseguir algo de você. Acha que você está pronta para ajuda-lo. E o que ele quer é muito, muito importante. -Ele diz.

–A imortalidade. - Alex completa.

Me levanto, exasperada. Imortalidade? Eu fazia exatamente o contrário, cortava a linha da vida. Não podia tocar em alguém sem que ela morresse, como esperava que eu o desse a imortalidade? É impossível.

–Não dá. Ana corta a linha, não a estende. - Emma diz, negando com a cabeça.

Aponto para Emma, impossibilitada de falar, concordando com ela. Aquilo era ridículo.

–Talvez Liz consiga, não sei. Ela lida com a vida, e eu, com a morte. -murmuro, nervosa.

Vou até a cozinha e abro o armário. Minha avó está me observando, colocando xícaras em uma bandeja. Ela parecia alheia ao mundo.

–Liz não consegue, Ana. Você é descendente da Parca mais importante, Átropos. Por teoria, se você consegue cortar o fio, também consegue fazer com que ele não seja cortado. -Alex diz, e vejo que ele se levantou e agora está debruçado sobre a bancada da cozinha.

Pego uma garrafa de rum de dentro do armário e a abro. Minha avó age rápido, e passa na minha frente, tirando a garrafa da minha mão e tomando um gole.

–Escute o rapaz, Ana. - ela diz, sorrindo.

Aquilo era inacreditável.

–Você sabia disso? -pergunto a ela, me sentindo traída.

–Sim, sabia. Tebeus sempre foi... ruim. Era amigo de seus pais, mas os traiu. -minha avó diz, com a voz melancólica.

Coloco minhas mãos na testa. Tudo parece estar rodando.

–Você não precisa ajudá-lo, Ana. Tebeus vai fazer tudo o que puder para que você o faça, mas vamos proteger vocês. - Alex diz, seus olhos verdes nos meus. Eu quase sinto que posso confiar nele, mas afasto a sensação.

Me sinto numa montanha russa. Vou vomitar.

–Quem vai? - pergunto, estreitando os olhos.

–Nós, minha família. Sempre odiamos Tenebrarum, mas observamos você por anos. Podemos protegê-la e ajuda-la matar Tebeus, se você fizer algo para nós. -Alex diz, se sentando novamente no sofá.

Liz e Emma estão ambas me fitando, e sei que preciso protegê-las. Isso é tudo culpa minha. Se eu não tivesse este poder, este dom, ou qualquer que seja o nome, não estaríamos nesta situação.

Minha avó vêm até a sala, uma badeja em mãos. Chá. Nossa, o momento é perfeito, tenho vontade de gritar.

–O que tenho que fazer? -murmuro, os olhos em Alex.

Ele sorri. Sim, ele é lindo. Sua boca é perfeitamente desenhada, e imagino como é beija-la. Meu Deus, ele é maravilhoso.

–Traga minha irmã de volta dos mortos.

Ah, droga. Vamos todos morrer.

–Quem quer chá? - minha avó sorri.


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Notas finais do capítulo

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