Sábado 07 de setembro.

– Mordred!- eu corria desesperado, sem saber para onde, estava sendo seguido por um velho senhor, ela não parecia muito amigável e nem humano, era impossível um velho naquela idade correr daquele jeito, mas ainda pior como ele sabia o meu nome? Ainda correndo disse: – Quem é você? O que você quer? – Para ficar mais estranho ainda o velho em um simples salto subiu pelas paredes de um prédio e depois caio em minha frente, serio aquilo me matou de medo. – Não tente mais correr, você não tem para onde ir. Caio de joelhos no chão, não conseguia me mover, só conseguia ficar reparando no velho, ele tinha cabelos longos e brancos, vestia uma espécie de túnica em branco com detalhes dourados, detalhes que pareciam alguma espécie de escritura, talvez uma língua antiga, algo que eu não conhecia e de repente um grito e tudo parou, lá estava eu deitado em minha cama, no meu quarto da maneira a qual eu fui dormir, porem todo suado, a janela estava aberta então me levantei da cama e fui até lá fecha-la quando cheguei olhei para rua que estava parada, mas ao olhar ao longe vi alguém, parecia uma mulher que logo virou uma esquina, por um instante tive a impressão de que ela estava me observando, mas depois pensei que deveria ser tudo minha paranoia.

Naquele mesmo dia.

Desci do meu quarto já tarde, afinal não foi muito fácil dormir, já que se juntou o ocorrido da noite e o pesadelo, mas tudo bem quando desci o Edmundo já estava acordado, na frente da televisão. – Eaew? – eu disse – Bom dia! – Cadê o pessoal? – A mamãe e o papai já foram trabalhar e o Phil saiu ai, não sei para onde foi! – E você vai ficar em casa hoje é? –Sim, não tenho nada para fazer, porque queria a casa só para você era? – Não, não, quanto mais gente melhor, afinal é menos trabalho! –Tudo bem, toma café para arrumarmos a casa logo e podermos aproveitar o dia já que os outros só devem voltar à noite. Passei para cozinha, tomei meu café enquanto assistia televisão junto com ele, era um daqueles desenhos infantis, muito nada a ver, mas não me canso de rir com esses desenhos, eu e o Ed parecemos sempre dois idiotas assistindo isso, depois que terminei de tomar meu café eu e Ed arrumamos a casa, sabe aquelas coisas domesticas do dia-a-dia, lavar os pratos, varrer a casa e o mais, às vezes eu curto cozinhar um pouco, faz bem sabe? E o Ed adora quando faço isso, ele é muito fã da minha comida. – Oh Mor cadê a Vitoria que eu nunca mais vi? Vocês estão brigados? – Vitoria é minha namorada, ela é super legal, uma garota bem interessante, principalmente pelo fato de namorar comigo. – Não Ed, ela só não esta na cidade, viajou com os pais! –Ata, pensei que você tinha deixado à única pessoa louca o suficiente para namorar você escapar. –Vou te pegar seu idiota!- o Ed é meio idiota mesmo, ele costuma ficar fazendo brincadeiras comigo, tirar onda da minha cara, mas legal mesmo é quando nos juntamos para zoar os outros, mas isso não tem muita relevância agora. A campainha tocou e ai começou a briga dos dois preguiçosos, é sempre assim eu e o Ed nunca queremos ir abrir a porta, sempre brigamos, mas dessa vez convenci ele a ir abrir, usei como desculpa a panela no fogo, disse que se saísse poderia queima-la, ele foi lá, meio chateado, mas foi então começou a demorar muito para voltar o que eu achei muito estranho, por um momento achei que poderia ser a namorada dele, mas então comecei a ouvir gritos, ou algo do tipo, percebi que o Ed tinha aumentado o seu tom de voz, isso me preocupou afinal dos dois Ed é o mais calmo e se ele se irritou a coisa seria séria. –ED! –gritei eu antes mesmo de chegar na porta, na verdade assim que eu entrei na sala. –Mordred! – O que está acontecendo? – Não é nada! Aproximei-me lentamente da porta, o Ed continuava a discutir com quem quer que fosse, não conseguia entender direito o motivo da discursão, eram gritos, vi o momento o Ed partir para cima de quem quer que fosse, um pouco antes de conseguir ver a pessoa, ouvi quando o Ed falou algo sobre mim isso me deixou confuso, com quem o Ed estaria brigando e porque seria sobre mim? Quando cheguei na porta e vi com quem o Ed discutia ai fez ainda menos sentido. Anthony Hastings, Anthony, isso é serio, não fazia o menor sentido o Ed brigando com o Anthony por minha culpa, na real nem fazia sentido o Anthony tá na nossa porta, ele sabia que o papai mataria ele se visse aquilo, e depois ainda estava super curioso para saber o que ele fazia ali, quando apareci na porta ele olhou para mim, o Ed também virou de costas e me olhou com uma cara que parecia dizer para que eu saísse dali, mas um grito, um forte e estrondoso grito foi tudo que aconteceu, meu grito.