Um Trouxa entre nós escrita por midnight


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

:3



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—Licença, licença, licença...

Disse Tiago inúmeras vezes enquanto segurava minha mão e corria pelo corredor. Não tínhamos percebido quando o sinal tocou e estávamos atrasados para a primeira aula, aula de feitiços.

Chegamos na sala mas o professor não nos deixou entrar pois já haviam se passado quinze minutos desde que a aula começou.

—Aff! Não acredito que não conseguimos! —exclamou Tiago. Eu estava segurando meu riso. Nunca tinha visto Tiago ficar tão preocupado e tão desapontado por causa de uma simples coisa como uma aula. Quando eu estudava em um colégio normal, sempre acabava matando a primeira aula porque chegava atrasada —Por que você está rindo?

—Desculpa, não consegui segurar! —afirmei enquanto ria —Não tem porque ficar tão preocupado com isso, é só uma aula! Para falar a verdade, eu até achei melhor não estar na aula porque não ia conseguir fazer feitiço algum.

—Mas minha mãe vai me matar!

—Não, não vai. Eu perdia a primeira aula quase todo dia quando estudava em um colégio normal e minha mãe não se importava. Aposto que sua mãe não vai brigar com você por causa de uma aula.

—Para de rir! —exclamou ele começando a rir —Você tem razão, mas se ela brigar comigo...

—Cala a boca —interrompi puxando-o por sua gravata e e dando-lhe um beijo, nosso primeiro beijo.

–----

—Tiago, olha isso —disse entregando o jornal desta manhã. Na capa estava escrito “Ninfas, fadas, trouxas e bruxos misturados?”. Estávamos na biblioteca passando o tempo da aula perdida. Tiago me seguia por todo lado, acho que ele tinha percebido que eu estava com medo de andar pela biblioteca sozinha.

—O que que tem?

—Lembra do que você me falou ontem? “Será que o comensal matou seu pai e um Ninfo?” Se ele matou um Ninfo ou não, eles estão espalhados não só no mundo bruxo como no mundo trouxa!

—Devemos falar isso na reunião da Ordem!

—Não será preciso... —disse Hermione entrando na biblioteca —Já tínhamos lido esse jornal e achamos que é melhor você sair de Hogwarts por um tempo. Depois do que a tal “sombra” fez com você tomamos a decisão de que você deve voltar para o mundo trouxa e fazer investigações lá.

—Mas as pessoas não vão achar suspeito que eu sumi de repente? —perguntei.

—Você vai nas férias que começam daqui dois meses. Tiago, acho que você deveria acompanha-la. Nenhum de nós podemos, só você.

—Eu acompanho, com prazer.

–----

Dois meses se passaram bem rápido e quando percebi, já era hora de partir. Para falar a verdade, estava muito ansiosa para mostrar a Tiago o mundo trouxa e como ele é tão mais simples que o mundo bruxo.

—Pronta? —perguntou Hagrid antes do meu embarque no Hogwarts Express.

—Sim!

—Não se esquece do seu objetivo.

—Você acha mesmo que eu vou me esquecer? —disse dando um abraço de despedida em Hagrid, não ia vê-lo em um bom tempo.

Subi no trem e entrei no cabine que Tiago estava. Ele estava usando uma roupa normal e não o uniforme, o que me assustou. Nunca o vi sem o uniforme...

—Gostei da sua roupa! —falei.

—Também gostei da sua —respondeu ele enquanto eu sentava ao seu lado. Ele me envolveu em seu braço direito e me deu o beijo. Essa prática se tornou muito comum entre nós após nosso primeiro beijo.

A viagem seria longa então peguei meu laptop, entrei na internet e fiquei por horas no meu laptop. Tiago virou umas duas ou três vezes para perguntar o que eu estava fazendo mas a maioria do tempo ele ficou dormindo. Ele era muito fofo dormindo, parecia uma criança de quatro anos que durante o dia é muito energética mas quando fica com sono, dorme por um longo tempo. Uma ou duas vezes dei um beijo em sua bochecha de tão fofo que ele estava.

Chegamos na estação de trem e chamamos um taxi para ir para Londres, onde eu morava, e pude ver nos olhos de Tiago que ele estava muito fascinado com o que via, tanto que me perguntada de cinco em cinco minutos o que era o que ele estava vendo.

Chegamos em casa e minha mãe já tinha nos preparado o almoço. Tiago ficaria no quarto de visitas, que eu transformei em meu escritório. Ele ficou muito surpreso não parava de apontar para qualquer objeto e perguntar o que era.

—Realmente, o mundo trouxa é bem diferente do mundo bruxo —falou ele.

—É —afirmei— e você tem que se acostumar. Você não vai poder sair por ai perguntando sobre tudo.

—Okay.

Mais uma aventura começava e eu estava pronta para fazer o que for possível para achar o maldito comensal.


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