Enquanto descíamos as escadas, ficava cada vez mais dificíl de se enxergar, a escuridão estava tomando conta do local, se não tivéssemos nossas lanternas teríamos que contar com os raios que estavam caindo em curtos espaços de tempo. Ao observar melhor, percebemos que tudo etá arrumado - tirando algumas cadeiras que estavam fora do lugar. Nunca pensei que fosse passar por uma situação parecia novamente e agora aqui estou eu, acompanhada do Leon mais uma vez.

A chuva lá fora piorava ainda mais o cenário em que nos encontrávamos... Isso é, se ela ainda estivesse caindo, estava pensando tanto em como sair disso que nem percebi que parou de chover, algo que colaborou para que percebêssemos a presença de algo 'diferente'.

–Fique atenta, essas coisas podem estar em qualquer lugar.

Não consegui responder, um barulho vindo da cozinha chamou nossa atenção. Com apenas uma troca de olhares fomo em direção ao som com a esperança de que alguém além de nós dois estivesse vivo. Mas o que encontramos acabou com todas as nossas esperanças, um cenário grotesco, com ratos enormes comendo os restos de comida - ou até mesmo pessoas - que estavam no chão. Estávamos prestes a voltar para a entrada quando, novamente, aquele barulho nos fez olhar para uma sala com uma escassa iluminação, ao entrarmos vemos apenas uma televisão ligada, confusos, decidimos investigar se realmente tem alguém aqui, Leon saca sua arma e eu a minha, andamos lentamente até que um homem levanta em desespero correndo em nossa direção e com tristeza em seus olhos.

–Espera, Espera! Não atire! - disse, caindo logo em seguida como se estivesse se sentindo mal. Pelo visto eu e o Leon realmente seremos os unicos sobreviventes nesse lugar...

–Você está bem? - Disse Leon enquanto ajudava o pobre homem a se levantar.

–A névoa...

–O que - perguntei confusa, pelo visto isso tomou proporções maiores do que esperava.

–Ela apareceu do nada.

Ouvimos um grito bem agudo, e ele entra em desespero, gritando um nome, que deve ser o de sua filha. Começa a correr sem se preocupar com nada ao seu redor, porém é interrompido por Leon.

–Espere! É muito perigoso! - disse enquanto o acalmava.

Curiosa peguei o celular que havia caído e vi uma foto de uma garota jovem e alegre.

–Minha filha! Temos que fazer alguma coisa! Ela está sozinha, por favor, me ajudem!

–Tudo bem, ajudaremos, mas se você não ficar quieto, não sobreviverá para salvá-la! - ao dizer isso, Leon olhou para a tela brilhando. - Essa é sua filha?

Teve apenas um sim como resposta e se decidiu.

–Tudo bem, vamos procurá-la.

Não posso deixar que isso aconteça, precisamos chegar na Catedral antes que seja tarde demais.

–Leon, nós não temos tem...

–Nós criaremos tempo. Bom, vamos lá.

E com isso, saímos a procura da Liz, mas talvez se o ajudarmos, poderemos sair desse inferno com mais tranquilidade.

Voltamos pelo caminho que fizemos e para nossa surpresa, quase fomos mortos por uma luminária que despencou do teto, começando um incêndio. Tinhamos que encontrar outra maneira de sair, se não será nosso fim.