A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 32
Uma carta e um dia chuvoso


Notas iniciais do capítulo

Olá. Aqui está o primeiro capítulo do ano. Eu achei fantástico. Ainda não tenho nenhuma junção para o nome de Caroline e Toni. Alguém aí levantou a mão? Algum fã do casal?
Pois bem... Lembrando da minha outra história Romance em Nova York. Se ainda não foi lá, vá, acho que vale a pena.
Quero agradecer a Nina Black pela linda recomendação... Eu amei de verdade. Obrigada.
Vejo que recebi uma leitora nova. Barbara Ferrarini... Obrigada por favoritar minha história, espero que esteja gostando.
Sem mais delongas, vamos ao capítulo.
P.S.: Eu acho que tem partes do capítulo que ficam melhores com música, então... Coloque, por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/513205/chapter/32

“Somos como um jogo de quebra-cabeça. Peças iguais não se encaixam.”

(Versão Caroline)

Naquele mesmo dia, naquele momento de dúvida, eu decidi o que ia fazer. Guardei aquela carta no meu bolso e sai correndo o mais depressa possível. Quando eu passava pelas pessoas no jardim elas gritavam alguns insultos. O que posso fazer estava com pressa e elas não saiam do caminho. Corri, mas o tinha perdido de vista. Subi as escadas que dava para a lanchonete. Tinham várias pessoas, menos a que eu estava procurando.

– Care está tudo bem? – Marie perguntou preocupada.

– Você viu o Toni? Ele passou por aqui?

– Passou e não parecia nada bem.

– E pra onde ele foi? – Perguntei olhando para ela pela primeira vez.

– Subiu para o primeiro andar. – Ela respondeu sem entender nada. – Mas me diz o que está acontecendo.

– Eu não posso agora, preciso ir atrás dele...

– Não dá tempo. Faltam apenas alguns minutos para a saída dos alunos... – Marie falou como se eu fosse uma louca. Quando ela falou isso a sineta tocou. Era o primeiro toque, do qual os alunos deveriam pegar seus materiais.

Não estava acreditando, precisava falar com ele. Foi quando me lembrei, ele teria treino agora.

– Vamos ao armário. – Marie disse pegando no meu braço.

– O que aconteceu? Caroline está tudo bem? Parece meio... Desnorteada. – Henry perguntou assim que ele chegou com Clary, Luke, Alice, Chris e Allan.

– Está... Eu só preciso ver Toni... Falar com ele. – Respondi tentando ficar mais calma. Na hora que disse isso, Chris me olhou, soltou um sorrisinho meio sem graça.

– Então já aconteceu? – Ele perguntou.

– Já... Mas você sabia disso? – Não obtive minha resposta. Foi quando lembrei. – Hoje mais cedo... Era isso. Por que não me disse? Ele está errado.

– Aconteceu o que? Estou boiando aqui. – Clary foi quem perguntou o que todos queriam saber.

– A carta... Thomas Wate... – Não estava conseguindo e nem a fim de explicar tudo o que tinha acontecido. Apenas achar Toni.

– Thomas Wate? – Clary, Marie e Alice falaram espantadas em uníssono.

– O que tem ele? É só mais um menino da escola e que joga no time de futebol. – Allan não entendeu.

– Pode ser, mas ele é... Bem... A paixão de Caroline desde há oitava série. – Alice foi quem respondeu.

– Era minha paixão, não é mais... Eu fiz uma coisa muito idiota... Eu falei com Toni sobre ele, mas isso faz muito tempo.

– E o que você disse? – Marie perguntou.

– Disse que gostava muito dele, que ele era minha paixão... Enfim... Eu disse praticamente com todas as letras que eu queria alguma coisa ele. Mas isso faz muito tempo mesmo, não sinto e não quero mais nada com ele...

– E a carta é dele. O que diz? – Luke perguntou esperançoso.

– Eu não li ainda, mas Toni já adiantou as coisas para mim... Thomas Wate está apaixonado por mim.

Ninguém falou nada. O único barulho que se ouvia era dos outros alunos que estavam ansiosos para o fim de semana que estava chegando. Mas teve certas pessoas que estavam mais tensas. Os garotos. Eles se olhavam, aquela conversa por olhares que só amigos entendem.

– O que está acontecendo aqui? Estou no meio de uma conversa silenciosa e gostaria de saber. – Eu perguntei curiosa olhando para todos eles.

Eles se olharam novamente, como se estive pensando se podiam ou não falar.

– Olha não sabemos muito sobre isso, mas ele comentou alguma coisa de carta... Thomas Wate... Mas só o que sabemos melhor é que ele ficou bem afetado em fazer isso. Thomas pediu ajuda, já que Toni te conhece e eles jogam juntos, mas Thomas nunca ficou sabendo... – Chris respondeu, mas deixou um breve suspense no final.

– Sabendo do que? – Perguntei impaciente.

– Carol... – Chris disse flertando.

– Não gosto que me chama assim. – Devolvi irritada.

– Toni disse que não queria fazer isso, não queria entregar a carta e concordar com o plano de Thomas, mas faria isso... Por você. – Henry resolveu deixar de manha e contar.

– Mas ele não podia fazer isso, ele não pode fazer isso por mim. – Afirmei irritada e triste ao mesmo tempo.

– Por quê? – Clary perguntou como se já soubesse da resposta.

– Porque... – Eu não queria concordar com isso, não é possível. – Porque ele é importante pra mim, e muito.

– Tem certeza que é apenas isso? – Marie perguntou, mas ela meio que sabia a resposta.

– Posso saber o que os oito bonitos ainda estão fazendo aqui ainda? – A diretora da escola perguntou parando atrás de mim.

Droga!

– Ah, me desculpe Regina. É que a gente estava falando do time da escola e acabamos perdendo o horário. – Henry foi quem respondeu o mais formalmente possível. Já contei que ele teve várias experiências nada agradáveis com Regina? Pois bem, toda educação é pouca.

– Sei. – Ela falou avaliando se nossa história era ou não verdadeira. – Falando em time, não era para o senhor Luke estar indo para o campo... Nesse exato momento? – Ela perguntou olhando no relógio.

– Nossa é mesmo, obrigado por me lembrar. – Luke disse meio sem graça, dando um pequeno sorrisinho para ela. Regina meio que apertou o olhar, e Luke meteu no pé, mas não antes de dar um selinho em Clary.

– E vocês... Vamos! Circulando.

O.k. Tive que ir para o meu armário.

(...)

Lá estava eu, no estacionamento da escola, dentro do meu carro. Olhava para aquela carta e pensava se deveria abri-la ou queimar antes de lê-la. Precisava primeiro pensar no que sentia por Toni e como tudo aquilo poderia ser real. Ele me fazia bem, ele me acariciava como nenhuma outra pessoa, ele me deixava segura mesmo não sendo meu segurança, ele me fazia rir de coisas sem graça, e o melhor ele era meu amigo, e nossa amizade era verdadeira.

Então resolvi abri-la pensando em tudo aquilo, pois queria ver o que tinha escrito e colocar defeito até onde não tinha. Eu precisava mostrar para mim mesmo o que meus olhos não podiam ver, eu queria admitir tudo o que sentia por Toni.

E a carta dizia o seguinte:

Caroline Peterson,

Não sei por que isso foi parar em suas mãos, mas se está lendo isso agora é porque está se permitindo, não se permitindo a mim, mas a vida, a descobertas.

Acho que já sabe quem sou eu. Thomas Wate, um cara que joga no time da escola e que tem várias meninas que o querem. Mas não me pergunte como a escolhida foi você. Vi em você o que muitas garotas não têm. Caráter, humildade e o principal é divertida.

É meio impossível gostar de você mesmo não nos conhecendo pessoalmente? Sim, é... E agora eu não sei mais o que dizer. Acho que apenas uma pergunta.

Quer namorar comigo e ser uma garota feliz?

Quando terminei de ler fiquei em silêncio pensando. Ele escreveu isso mesmo? Ridículo. Só acho que ele não consegue escrever uma declaração.

– Ser feliz. – Disse em voz alta. Isso parecia impossível ao lado dele.

Não queria isso, não queria ele, e nem queria ser feliz ao seu lado. Não senti raiva ou até mesmo desconfiança de suas palavras, apenas tudo isso não era pra mim, não podia fazer uma pessoa infeliz, pois não o amava. Não tinha esse direito.

Dobrei a carta e a guardei no envelope novamente. Iria devolvê-la para Thomas.

(...)

Quando estava na metade do caminho até o campo, a chuva voltou. E parecia bem mais forte do que antes. Não podia voltar e esperar a chuva cessar, tinha que fazer isso hoje. Não importava se Toni ia ou não falar comigo ou nem me ouvir, eu tinha que tentar, devia isso a ele, pois ele tentou por mim.

Eles estavam no campo jogando como se não existisse chuva nenhuma. O treinador gritava para Luke passar a bola, ele obedeceu chutando a bola para Thomas e em menos de um minuto ele fez um gol. Todos do seu time comemoraram. Não conseguia ver Toni, mas alguém me viu.

– Olá. – Thomas disse chegando até mim. Pelo jeito o treinador ainda não tinha sentido a falta dele no jogo, e nem a minha presença.

– Oi. – Disse num tom seco.

Ele estava com uma regata vermelha que ficou colada ao corpo devido à chuva, uma bermuda preta e uma chuteira. Seu cabelo estava todo molhado e espetado.

– Eu vim aqui... Devolver isso. – Joguei na lata enquanto pegava a carta no meu bolso. A esse ponto deveria ter restado apenas um papel todo molhado, e letras borradas.

– Você leu... Toni cumpriu sua parte do acordo. – Ele falou sonhador enquanto pegava a carta da minha mão.

– Claro que ele cumpriu, é uma pessoa de honra. – Disse começando a ficar irritada.

– Pode até ser, mas ouvi boatos de que ele teria coragem. – Ele disse (pode não parecer) num tom mais inocente possível.

Ele não sabia mesmo, não sabia dos sentimentos de Toni.

– Mas a pergunta no final... – Falei mudando de assunto. – Eu não posso dizer sim, não está no meu direito. Não posso alimentar esperanças em você, não posso dizer palavras que não são reais, isso só me machucaria mais e principalmente... Machucaria mais a você. A verdade pode doer, mas uma mentira dói mais ainda.

Ele não tinha palavras, queria falar alguma coisa, mas as palavras não saiam. Thomas começou a balançar a cabeça negativamente, como se estivesse tentando convencer a nós dois que aquilo é era uma mentira.

– Não, você não sabe o que diz. Pode estar confusa por... Por ainda não me conhecer e duvidar dos meus sentimentos, mas eles são reais, não me pergunte como isso aconteceu, mas sim é real. – Thomas dizia desesperado.

– Thomas... Thomas – Eu tentava chamar sua atenção. – Você é uma pessoa muito boa, mas não é assim que funcionam as coisas. Não posso mentir para nós dois, meus sentimentos são por outra pessoa.

– É isso você está confusa de seus sentimentos... Mas pode deixar, eu vou te esperar até você ter certeza do que quer. – Agora ele parecia um louco falando.

– Não, não é isso. Eu tenho certeza do que quero. – Disse tentando explicar para um louco que estava falando a verdade.

– Não precisa ficar se explicando. Não vou levar isso pra mim como um não, e sim como um talvez... Mas tenho que voltar para o treino. Nos vemos depois. – Ele disse sorrindo. Antes de sair, me deu um beijo na bochecha e saiu correndo rumo ao campo.

(Versão Toni)

O treinador nem percebeu quando alguém saiu correndo do jogo. Por causa da chuva, de imediato, não pude perceber quem era, mas quando vi uma loira parada ali assistindo tive uma breve ideia de quem poderia ser. No momento tudo sumiu. Nada mais fazia sentido para mim, aquele jogo, aquelas pessoas, o treinador ou até mesmo o placar do jogo.

Eles conversavam, não conseguia ver direito e muito menos ouvir alguma coisa.

– Vamos Malcon... Corra atrás da bola! – O treinador gritou. Aquilo me levou de volta para o jogo.

A bola estava nos meus pés. Corri, mas mesmo assim não deixava de olhá-los. Desviei de Luke, corri pela esquerda. Estava de cara para o gol, mas antes de chutar olhei para Care e Thomas novamente. Ele beijava seu rosto, e nesse momento pude ter uma pequena noção da sua escolha, ela tinha aceitado.

Acabei me esquecendo de tudo, só eles estavam na minha cabeça, como iam ser felizes, e como ele tinha sorte.

– Toni! – Alguém do meu time gritou. Mas meu cérebro não queria olhar para o chão, ou nem mesmo correr para fazer algum gol.

Ele estava voltando com um sorriso no rosto. Podia saber o que tinha acontecido.

Alguém me empurrou, cai no chão, correram com a bola e depois eu só vi Thomas comemorando o gol da vitória do seu time.

– O que você tem cara? – Enzo perguntou irritado. Não respondi.

– Todos para o chuveiro. Treino encerrado! – O treinador gritou. Me levantei do chão e Luke veio correndo até mim.

– O que deu em você lá no campo? – Luke perguntou quando estávamos a caminho do vestiário.

– Foi a Caroline, ela estava lá com Thomas. – Respondi, e aquilo parecia pior quando se dizia em voz alta.

– Então... A carta, ela contou, mas eu não sei o que dizia... – Ele falou.

– Dizia...

– Toni! – O treinador me interrompeu. – Venha até aqui!

Luke entendeu que ele queria falar apenas comigo e foi para o vestiário sozinho.

– O que foi aquilo no campo? – Ele perguntou irritado.

– Desculpe senhor, isso não vai voltar a acontecer. – Respondi tristemente.

– Espero que não. A próxima vez que isso acontecer novamente, irei ter que tomar sérias decisões. Não posso ter no meu time pessoas que fazem isso. Esse jogo é coisa séria. Agora vá pra chuveiro! – Ele concluiu e me dispensou.

Meu dia não estava tão bom assim, muito menos sendo uma sexta feira.

(Versão Caroline)

Toni me olhava. E eu sentia tristeza nos seus olhos. Ele estava caído no chão, apenas observando seu time perder e uma loira idiota ser beijada por um cara que não tinha plena consciência de si. Sentia raiva de mim. Ele não ia querer me ouvir. O que estava havendo comigo? Não sabia. Virei às costas e comecei a correr para o carro. Estava toda encharcada, com frio e fome.

Queria chegar em casa, queria que aquele dia passasse logo.

(...)

A água do chuveiro caia na minha cabeça. Precisava daquilo, precisa pensar um pouco. Já disse que o melhor lugar para se pensar na vida e na hora do banho? Pois bem. Toni não saia dos meus pensamentos, eu queria vê-lo e contar toda a verdade, precisava.

Foi quando uma ideia muito maluca me invadiu, mas eu precisava fazer aquilo. Podia ser maluquice, coisa de pessoas desesperadas, mas naquele momento seria a melhor coisa. Eu queria e estava disposta a correr o risco.

(Versão Toni)

– Toni?! Estou falando com você. – Meu irmão me chamou enquanto chacoalhava meu braço.

– Oi... Desculpa... Estava pensando em uma coisa aqui... – Respondi voltando dos meus pensamentos distantes.

– Hoje na escola foi demais. Lembra daquela menina que eu te contei? A Lívia? Então ela pediu pra fazer a atividade de educação física comigo. Não é demais? – Caio falava todo alegre e inocente.

– Claro que eu me lembro cara. Nossa isso é uma coisa muito boa, estou orgulhoso de você. Pelo menos ela não escolheu o Davi, não é mesmo? – Eu devolvi mostrando felicidade no meu tom de voz. Caio sorriu, parecia bem feliz e mais ainda por ter ouvido aquelas poucas palavras.

– Caio vá lá em cima buscar seu casaco. Vamos sair para ver aquelas suas coisinhas. – Meu pai apareceu na sala e disse para ele dando uma piscadela. Caio obedeceu e foi correndo fazer o que tinha sido lhe pedido. – O que aconteceu com você? Parece péssimo. – Meu pai perguntou preocupado dando mais atenção a mim.

Não sabia se podia contar isso como se contam uma piada. Parecia ser uma coisa íntima, da qual só pessoas que eu confiavam tinham o direito de saber. E ele era uma dessas pessoas.

– Foi uma garota... – Respondi entre um suspiro.

– Parece ser uma garota bem especial. – Meu pai disse mostrando um sorriso. Ele sabia o que eu estava passando.

– E é muito. – Devolvi de um jeito sonhador.

– Pronto papai. – Caio apareceu com seu casaco nas mãos.

– Então vamos. Está pronto para passar um bom tempo comigo? – Ele perguntou animado.

– Claro papai.

– Toni tem comida no forno, mas se quiser pedir alguma coisa deixei dinheiro no balcão. Não digo que voltamos rápido, porque estaria mentindo.

– Sem problemas pai. – Disse assentindo.

Depois dessas palavras meu pai veio até mim e sussurrou no meu ouvido de um jeito conselheiro:

– Pode parecer que não, mas sempre sabemos o que fazer. Às vezes só esquecemos que somos mais fortes do que achamos.

Soltei um sorriso totalmente verdadeiro pela primeira vez no dia.

– Vou me lembrar disso.

(...)

Magic – Cold Play (Link nas notas finais. Por favor, coloquem a música)

Estava assistindo um programa de Natureza na TV quando a campainha tocou.

– Deve ser meu pai. Disse para não se esquecer de pegar a chave. – Falei para mim mesmo ao caminho da porta.

Abri e me surpreendi.

– Care! – Foi a primeira palavra que consegui dizer.

– Toni! – Ela devolveu falando aliviada.

– O que faz aqui?

– Precisava te ver... É importante. – Ela respondeu séria.

– Bom, eu estou aqui. – Eu queria sorrir, mas meus lábios não responderam.

– Olha... Eu não posso ficar com Thomas, ele não é pra mim... Eu nunca pedi que ele ficasse na minha vida, mas agora eu peço que você fique. – Care resolveu falar já que eu me mostrava sério demais.

Todas as palavras sumiram da minha boca. Não sabia o que dizer. Nada daquilo fazia sentido.

– Mas eu vi você com ele no campo hoje mais cedo... Eu vi o beijo. – Depois de alguns minutos consegui formular uma frase.

– Eu estava indo devolveu a carta, dizer que a resposta é não. – Ela respondeu e meu coração acreditou nela.

– Então eu te pergunto de novo: O que faz aqui?

Ela sorriu como se isso fosse uma coisa óbvia.

– Nunca percebi isso, mas sinto uma coisa muito mais forte que amizade por você. Eu vim aqui para dizer que não quero que me ajude a ficar com Thomas, não quero que não faça mais nada por mim, a não ser me beijar agora. – Ela respondeu com sorriso de canto a canto.

Foi como se minha tristeza tivesse ido embora em menos de um minuto. Foi como ver um arco-íris depois da chuva.

Sorri, e ela entrou. Fechei a porta. Existia apenas uma mão separando a gente. Ela deu um passo na minha direção, eu coloquei uma de minhas mãos na sua cintura e a trouxe para mais junto de mim. Nossas testas se encostaram, ela sorriu e colocou seus braços envoltos da minha nunca. Até que a beijei. Foi bom e calmo no começo, mas foi se tornando intenso. A prensei na porta e comecei a beijar seu pescoço até descer no decote de sua blusa. Care em nenhum momento soltou minha nuca. Voltei meus lábios para a sua boca e mais uma vez foi mágico.

Até que o ar nos faltou. Ficamos um olhando para o outro, não queria sair daquele momento nunca na minha vida. Era lindo ver seus olhos azuis olhando para os meus. Até que Care sorriu e concordou com a cabeça. Sabia o que aquilo significava.

Subimos as escadas juntos e rumamos para o meu quarto. Ela entrou e sorriu.

– Nossa foto do dia no parque. – Ela disse sorrindo para a foto que estava no meu criado mudo.

– Eu sempre olho ela. Isso me deixa muito feliz, porque posso ver a pessoa que tenho ao meu lado. – Devolvi chegando por trás e agarrando sua cintura. Ela se virou e me abraçou.

– Eu tenho medo. – Ela disse sussurrando no meu ouvido. E aquilo me fez sorrir, mas me deu um frio na espinha.

– Não tenha. Pode confiar em mim. Nunca passei por isso, mas sempre há uma primeira vez, e eu acho que vai ser muito melhor do que com as outras meninas. – Respondi confiante.

Ela soltou seus braços da minha nuca e pude ver seu rosto novamente. Ela confiava mesmo em mim. Dessa vez ela quem me beijou. Care tirou minha camisa, eu tirei seu casaco e depois sua blusa. Ela deitou na cama, e eu a segui sem nenhum momento deixando de tocar seus lábios. Fui beijando seu pescoço, descendo até sua barriga. Desabotoei sua calça e subi pelo seu corpo enquanto o beijava todo. Ela acariciava meus cabelos e depois ia descendo suas mãos pelas minhas costas. Comecei a tirar sua calça (com a sua ajuda).

Depois Care me jogou para o lado e dessa vez foi sua hora de ficar em cima de mim. Ela beijava todo o meu corpo, descendo até minha calça e abrindo o botão. Tirei minha calça e empurrei-a para lado. Minha vez novamente. Depois de vários beijos e carinhos, ela me abraçou forte e eu consegui ouvir seus gemidos. E assim tudo aconteceu.

Posso dizer com todas as palavras que aquela foi uma das minhas melhores vezes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Música: https://www.youtube.com/watch?v=Qtb11P1FWnc
Então... O que acharam? Gostaria de comentários, já que não recebi nenhum no capítulo anterior.
Vejo vocês depois com um capítulo Jizy.
Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Procura do Desconhecido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.