A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 3
John Maison


Notas iniciais do capítulo

People estou muito feliz pelos comentários. Quero agradecer mais uma vez a Nina Black, que fez essa capa maravilhosa para mim. Esta ai mais um episodio quentinho para vocês. Espero que gostem. Ah e não esqueçam de comentar. Bjs meus doces.
Links nas notas finais.



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(Versão Lizy)

— O que? Eu? Elizabeth Willians? – Perguntei com cara de descrença.

Ninguém nunca brigou por minha causa. Ainda mais uns dos meninos mais populares da escola. Será que tinha ouvido certo?

— Sim – Respondeu Clary. – Por você. Se tivesse esperado um pouco mais para interromper a discussão, John tinha partido para cima de James.

— Mas qual foi o motivo da discussão? Explica. – Perguntou Alice.

Clary começou a contar tudo desde o começo. Que James me chamara de idiota e bobinha. Que John, Toni e Luke o enfrentou por mim.

— Mas não sei o motivo. Sai antes que pudesse ouvir mais alguma coisa. Professor Davis estava me esperando, não podia demorar mais. – Terminou Clary.

Depois desse tremendo baque, fiquei em silêncio, pensando em vários motivos para justificar o que tinha ocorrido. Então, depois de alguns segundos muda, soltei:

— Só vejo um jeito de descobrirmos. Vou falar com ele. Perguntar e descobrir, talvez não seja nada demais.

— Pirou? Como você vai fazer isso? Ele vive rodeado de meninas e fica todo o tempo com os amigos. – Perguntou Belle, como se aquela fosse a maior loucura que eu já havia dito.

— Eu preciso. Tenho que saber. Alguém briga por sua causa, e você não quer saber o motivo?

— Lizy esta certa. Pode ser louco chegar para falar com ele, mas precisamos pelo menos tentar. – Disse Marie.

— Tá. Você vai falar com ele, mas quando? – Perguntou Care.

— Amanhã. Não na hora do primeiro intervalo, porque é a hora que está rodeado de gente. Pode ser na hora que der, quando eu ver uma oportunidade, eu falo com ele.

O sinal bateu. Hora de voltar para a aula. Matemática. Apenas Care fazia essa aula comigo. Então nos despedimos das outras e nos direcionamos para o primeiro andar. Fomos conversando, até que Care me perguntou:

— Será que John está a fim de você?

John, gostando de mim? Uma garota como eu, nada popular, nem tão bonita assim. Acho meio improvável. Estudei com ele dois anos, nunca o vi gostando de nenhuma garota, por que ele gostaria justo de mim?

— Acho que essa pode ser a última de todas as minha hipóteses. Isso é meio estranho e impossível.

— Você tem em certo ponto razão. Ele foi o único de todos do grupo dele que nunca vi andando por aí com uma garota. Mas não se julgue tanto, você é linda e nem um pouco de se jogar fora. Temos que sonhar um pouco de vez em quando. – Terminou Care olhando para mim com um sorriso no rosto.

Eu retribui o sorriso e continuamos a andar.

Chegamos na sala e Christopher estava nessa aula com a gente. Mas também tinha uma pessoa indesejável na sala, Rebheka Swan, a mais tolinha de todas.

Rebheka é uma garota particularmente bonita. Ela já foi apaixonada por Toni. Eles já chegaram a ter uma coisa, mas não foi nada intenso e duradouro. Já que ele não gostava muito dele, como ela dele. De uns tempos para cá, ela começou a andar com a Julie e Robert, que fez com que ela ficasse popular. Muitas garotas invejam sua posição com os garotos da escola (bem só a posição, pois o cérebro e a beleza não). Ela não é inteligente, muito lerda para entender as coisas, mas ela é muito boa para zuar e tirar sarro das pessoas (principalmente garotas).

— Olha só quem chegou. Lizy e Care. As sem noção da moda. O que aconteceu com vocês?

— Pelo tom da sua pergunta, quer dizer que não somos mais as sem noção. – Retrucou Care.

Rebheka não gostou da resposta, e saiu para o fundo da sala sem graça pisando duro.

— Um a zero para as mocinhas. – Disse Christopher que estava se aproximando.

Uau! Pensei comigo. Chris é um dos meninos que anda com Toni, John e companhia, e que são populares. Garotos assim não costumam falar com um bando de zé ninguém da escola. Para não sermos mal educadas, falei:

— Pois é. Não sei como a aturam.

— Na verdade nem nós sabemos, mas você acostuma com o tempo. – Devolveu ele com um sorriso.

Nós rimos.

Então me perguntei, será que ele sabe o que John fez por mim e por isso veio falar comigo? Fiquei com uma vontade imensa de perguntar, mas achei que seria mais apropriado conversar com ele depois.

— Vamos nos sentar. – Convidou Chris nos acompanhando.

Sentamos. Care na minha frente e Chris ao meu lado.

— Bom dia gente! Estão animado para aprender a Matemática? –Perguntou o professor que tinha chegado – Eu sei a resposta, então não precisa responder. – Ele continuou enquanto ria de sua própria pergunta.

— Eu sou o único que de todos esses anos não conseguiu aprender a bendita da matemática? – Cochichou Chris.

— Não, você com certeza não é o único! – Respondeu Care – Eu nunca entendi. Raiz, potência, fração, sempre foi um bicho de sete cabeças para mim.

Os dois começaram a conversar sobre todas as matérias da escola, como se já se conhecessem a muito tempo e tivessem muito assunto para por em dia.

(...)

O tempo foi passando. As aulas também. Só que eu não tinha cabeça para pensar em ciências, matemática, geografia. Depois do que Clary me contou, só pensava nele, na situação, na discussão, nos motivos. Será que Caroline estava certa? Ele gosta de mim? Minha cabeça estava explodindo de pensamentos e dúvidas sem respostas.

Eu não o vi o resto do dia. Fui a biblioteca nos tempos livres, mas não, nada. Jardim, pátio, lanchonete, nada. Então pensei “Vou ter que falar com ele amanhã mesmo”.

Quando o sinal bateu 16hs, juntei meus matérias, fui ao meu armário e os deixei lá. Escola só amanhã. Me encontrei com as meninas na entrada da escola.

— Gente to morta. Não agüento mais. Beijos até amanhã. – Disse Alice se despedindo e andando até seu carro.

Link carro.

— Também vou indo. Beijos gatinhas até amanhã (infelizmente). – Disse Belle indo embora.

Fizemos a cena toda de despedida.

Entrei no meu carro, liguei e fui.

Link carro.

(...)

Musica.

Essa é a musica do meu despertador. Ele tocou às 6hs e 30 minutos. Hora de ir para a escola, e talvez falar com ele.

— Será que devo mesmo? Quer dizer, Belle tem razão, é loucura. Tenho até lá para decidir... – Comecei a dizer para mim mesma.

Levantei. Fui ao banheiro. Tomei banho. Coloquei uma roupa e desci.

Link.

— Bom dia mãe! Tudo bem?

— Tudo sim filha. Toma seu café se não vai chegar atrasada.

Comi cereal com yorgut , bebi um copo de suco de laranja e uma fatia de pão integral com requeijão.

— Onde está meu pai? – Perguntei.

— Ele saiu mais cedo para resolver um problema que teve no escritório.

Sim, meu pai é advogado, e minha mãe médica.

— Ah sim.

Subi novamente. Escovei os dentes. Peguei minha bolsa.

— Tchau mãe. Hoje acho que vou na casa da Alice depois da escola, então não me espera pelo jantar. Beijos.

— Tá. Cuidado.

Peguei minhas chaves. Liguei o carro e parti.

(...)

— E aí Belazinha? – Cumprimentei Belle assim que cheguei na escola.

— Oi Lizy.

— O que aconteceu? – Perguntei.

— Não, só Allan vindo falar comigo. – Respondeu Belle.

— Allan Jackman? O que ele queria?

— Ele veio me convidar para sair, sexta à noite.

— Sério?!! E você aceitou?

— Sim aceitei.

— Olha, temos altas coisas acontecendo. – Disse dando gargalhadas de felicidade por Belle.

Clary, Marie e Alice chegaram. Uns minutos depois Care chegou.

— Belle recebeu um convite para sair sexta à noite. – Disse.

— E de quem? – Perguntou Marie super empolgada.

— Allan Jackman. – Belle respondeu.

— Quem diria hein Isabele Daddario. – Disse Clary soltando um sorriso malicioso e em seguida bateu palminhas.

— Ah, podem parar com isso. – Continuou Belle dando um sorriso sem graça.

(...)

— Gente vou aproveitar que agora estou livre, vou na biblioteca pegar um livro. Quer ir comigo Marie? – Perguntei.

— Ah não, sabe que odeio ir à biblioteca. Só de ir lá já fico com sono. –Respondeu Marie enquanto se jogando no banco mais próximo. Estávamos no jardim.

— A vai sim! – Eu disse puxando-a pelo braço.

— Ahhhhhh não!!

A biblioteca fica no último andar. Ela é enorme. Cheias de livros até o teto, com escadas maiores ainda para poder alcançá-los. Livros de romance, terror, ficção cientifica, ação, aventura, livros de séries, etc.

— Vou na área de ficção cientifica, já volto. – Disse para Marie – Você vem comigo?

— Vou.

Andamos bastante para chegar a seção desejada.

— Aqui.

Comecei a procurar o livro até que me esbarrei em alguém. Quando levantei a cabeça para pedir desculpa e ver quem era, me espantei. Era John.

— A me desculpe! – Falei ficando totalmente sem graça.

Quando Marie percebeu que estava no lugar errado e na hora errada, ela disse:

— Achei o que estava procurando, já volto.

— Garota do vestido azul?

— Hã? – Perguntei sem entender.

— Ontem você estava com um vestido azul – Ele disse. – Te reconheci por isso.

— Ah sim. Então ontem você me viu?

— Sim, no jardim. – Ele respondeu corando um pouco.

Estava muito nervosa, então pensei: é agora ou nunca. Quando percebi já havia perguntado:

— Ontem você brigou com James por minha causa?

A cara dele foi uma mistura de espanto e surpresa. Ele ficou mudo por alguns segundos, até que ele respondeu, a resposta saindo em alto e bom tom:

— Foi sim.

— Por quê?

Ele não esperava essa pergunta, pelo seu olhar.

— Porque senti que devia. Ontem te vi no jardim lendo e você usava um vestido azul. Indefesa. Você não tinha feito nada para James, não tinha motivo pelo o que ele fez.

— Como você sabe que não fiz nada para ele? – Perguntei.

— Porque você não tem cara de que faz nada de mal para alguém. Ainda mais quem estava falando de você. James, alguém que não devemos levar a opinião em consideração.

— Então você só fez isso por que sentiu que devia? – Perguntei.

— Foi.

Sorri para ele, e ele retribuiu.

— Você tem alguma aula agora? – Perguntou John.

— Não, tenho uma hora livre agora.

— Lizy tenho que ir, minha aula é agora. – Falou Marie se aproximando, temendo estar atrapalhando alguma coisa. – Depois gente se fala. Beijos.

— Tá beijos.

— Você gostaria de dar um passeio comigo por aí? Ir no jardim? –Perguntou John.

— Claro que sim – Respondi, torcendo para que não estivesse corando naquele exato momento.

LIZY É APENAS UM PASSEIO, NADA DE MAIS. NÃO LEVE ISSO COMO ALGUMA COISA A MAIS, PORQUE NÃO É, NÃO TEM NADA. A GENTE SÓ VAI PASSAR UM TEMPO JUNTO. VOCÊ ESTÁ PROIBIDA DE SENTIR ALGUMA COISA POR ELE ALÉM DE AMIZADE.

Minha consciência dizia. E eu sabia que ela estava certa. Não posso, de maneira alguma, sentir nada por ele. Ele é popular, não vai dar em nada isso.

— Então há quanto tempo você estuda aqui? – Ele perguntou.

— Já faz uns dois anos. – Respondi calmamente. Bom, pelo menos estava tentando me manter calma.

— E por que nunca te notei?

— Não sei. Talvez porque eu não me destaco. – Respondi soltando um mini sorriso.

— Ou é porque eu sou cego mesmo. – John falou me lançando um olhar meigo e sem graça.

— Então o que você mais gosta de fazer? – Perguntei.

— Ler e ouvir musica. Mas também gosto muito de ficar com meus amigos. Ir no cinema, assistir um filme em casa e chamar a galera toda. E você?

— Gosto de ler...

— Percebi mesmo. – Ele disse me interrompendo e se virando de frente para mim. Paramos e ficamos assim por um tempo.

Nós rimos.

Muitas garotas que passavam, me lançavam olhares penetrantes e se faziam a seguinte pergunta “ O QUE ESSA DAÍ ESTA FAZENDO COM JOHN?”

— Então, o que te faz popular? – Perguntei antes que pudesse me arrepender de não ter perguntado.

— Eu não sei. Talvez meus amigos. E o que não te faz popular?

— A falta de beleza!? – Arrisquei minha sorte em fazer uma piada. 

— Isso com certeza não é... – Ele falou me olhando no fundo dos olhos, um olhar penetrante que parecia que John conseguia ver meus maiores defeitos.

Antes que alguma coisa pudesse acontecer, nós voltamos a andar novamente, eu totalmente sem graça de olhar para ele.

— Ah antes que eu me esqueça, você pode me passar o número do seu telefone? – Ele pediu, enquanto tirava o celular do bolso.

— A sim. - Respondi e em seguida passando meu número a ele.

— Você não disse o que achou do meu ato em relação a James. - John disse depois de guardar o celular.

— Eu fiquei muito surpresa. Não achei em momento algum ruim o que você fez. Fico agradecida, mas devo dizer que fiquei interessada em saber o que motivo, já que você me defendeu daquele jeito, uma pessoa que não conhecia e nem conversa. – Disse.

— Mas agora conheço e vou fazer isso quantas vezes for preciso. – Ele disse com um sorriso. - Te achei uma garota incrível. Gostei muito de te conhecer. E não me arrependo do que fiz por você.

Um sorri para ele e lancei um olhar de obrigada.

Olhei no relógio. Minha aula ia começar daqui 10 minutos. Tinha que ir. Por mais que não quisesse.

— John minha aula começa em 10 minutos, eu sinto muito mas tenho que ir.

— Sem problemas. A gente conversa depois? – Ele perguntou antes que começasse a andar.

— Claro que sim.

Ele deu um beijo em minha bochecha, e eu fui em direção minha sala.

(...)

As aulas passaram. Muito rápido até. Estava um pouco feliz, mas preocupada. Todos iam saber o que aconteceu entre mim e John, e começariam aqueles comentários, principalmente de Julie e Rebheka.

(...)

— Gente vocês vão para minha casa depois da escola? – Perguntou Alice.

— Vamos todas sim. – Respondeu Clary.

— Tá. Então depois que sairmos daqui, vamos direto. – Confirmou Care.

(...)

Depois da aula, fomos para a casa da Alice.

— Gente eu conversei com John! – Disse.

— Não me diga! Conte tudo. – Isabelle pediu, ficando empolgada com a história.

Contei tudo a elas. O esbarrão na biblioteca. Ele pedindo para passar um tempo comigo no jardim. Ele contando porque me defendeu. O elogio. John pedindo meu número de telefone, e os olhares das garotas que passavam e viam.

— Não sei não, mais isso ai para mim parece ser mais que amizade!! – Disse Marie.

— Concordo com ela. – Alice falou.

— Quem diria, você hein dona Willians!! – Care comentou.

Todas nós rimos.

Ficamos na casa da Lice. Conversamos sobre Belle e seu encontro com Allan que ia acontecer na sexta e assistimos um filme. Quando era umas 11hs fui embora.

Já na minha casa, ele me mandou mensagem.

“E AÍ COMO ESTAVA A AULA? MELHOR QUE NOSSA CONVERSA?”

Respondi:

“MELHOR QUE NOSSA CONVERSA NÃO ESTAVA”.

E conversando com ele, acabei pegando no sono.


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Notas finais do capítulo

Estai ai pessoal mais um episodio. Leiam com carinho, do mesmo jeito que fiz. Espero que gostem. Não esqueçam de comentar. Milhões de beijos!!!!
Links:
Carro: http://carros.ig.com.br/fotos/2013/620_413/toyota-corolla-2015-proj1_620_413.jpg
Carro: http://www.carrosnitrados.net/blog/wp-content/uploads/2008/06/citroenc3.jpg
Musica: http://www.kboing.com.br/lana-del-rey/1-1105218/
Link: http://www.polyvore.com/lizy/set?id=120788930



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