A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 25
Criancinhas Pequenas.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente! Estou muito feliz, não me perguntem por que, ok?
Ok.
Quero agradecer a Stay, que novamente fez a junção dos nomes de Christopher e Alice... Alipher... Super fofo... Obrigada, amei de verdade...
Esse capitulo é sobre os dois Alipher... Espero que gostem...
Deixem comentário sobre os personagens que querem que eu escreva...
Próximo capitulo é sobre John e Lizy... Jizzy... Nina Black esse vai ser pra você, que sei que tu gosta...
Espero que gostem... Beijos



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(Versão Christopher)

Sábado.

Posso pular e gritar de alegria, a não ser pelo lindo fato de eu ter que levantar cedo.

Isso mesmo, cedo. Toni me inscrevera, junto com ele, para ajudar na montagem do palco, e dos equipamentos de som para um evento publico que vai ter na praça perto da nossa casa. É na verdade um teatro, que umas criançinhas vão fazer sobre um período histórico e importante pra gente, e logo em seguida vai passar um filme. Animador. Só que não. Mas como sou um bom amigo, resolvi ajudar.

– Já sabe o que vai fazer para fugir de vim aqui assistir? – Toni perguntou enquanto carregava uma caixa com fios, microfones, e mais um monte de bugigangas da qual eu não entendo.

– Ainda não pude pensar em nada. – Respondi desanimado.

– Já sei o motivo de tanta tristeza. É a Alice, não é? – Ele perguntou se sentando para descansar um pouco.

Não tenho falado com ela por um bom tempo. Sabia que ela estava com dificuldades em química, mas o professor a colocou com outra pessoa, então está aí mais um motivo pelo qual eu ando tão afastado da morena.

– Lice não anda falando comigo... Agora só quer saber do professorzinho. – Respondi fazendo careta enquanto fazia o mesmo que ele, já que estava muito cansado de carregar caixas o dia todo.

– Não acho que ela possa estar interessada nele. Ele é muito... Intelectual.

– Mas eu acho. A gente já discutiu demais. Não quero perder as esperanças, mas como posso fazer para mostrar que podemos ficar juntos? – Perguntei olhando esperançoso para Toni, já que o cara manjava dessas coisas.

– Acho que primeiro você deve mostrar para ela o motivo de tanta preocupação e... E ciúme. Com isso ela vai te entender, e podem ficar mais fáceis as coisas. – Ele respondeu sério, mas no final deu um sorriso tão grande e malicioso. Vi que ele não estava olhando para mim, então perguntei:

– Viu a Angelina Jolie por aqui?

– Não... Bem que podia ser, mas não é. Meu caro amigo – Ele falou isso se levantando muito empolgado – Hoje você vai melhor sua vida com Alice. – Não entendi muito bem, então segui seu olhar, e lá no fundo, andando na praça, sozinha, estava Alice.

– O que ela faz aqui? – Perguntei me levantando também.

– Bom, comprando pão que não é. Mas não importa. Acho que você não precisa mais inventar desculpa nenhuma para não vim, pois você vai ficar aqui a noite toda, até acabar o evento. – Toni respondeu agora me olhando, mas dessa vez determinado.

(...)

– Quer fazer o favor de parar de encarar? – Toni pediu enquanto arrumava uma caixa de som.

– O que quer que eu faça? Faz tanto tempo que não falo com ela, que nem sei como dizer Oi.

Toni parou um pouco e ficou pensando. Depois de um tempo colocou tudo que estava usando na caixa de som no chão, veio até meu lado, e gritou:

– ALICEEEE!

– Seu idiota! O que está fazendo? – Perguntei a ponto de apertar seu pescoço, mas já era tarde. Alice já tinha visto a gente, e já estava vindo na nossa direção.

– Eu te mato. – Falei de canto de boca para Toni.

– Hoje você me mata, mas amanhã você me agradece. – Ele devolveu da mesma forma. Nossa! O que aconteceu com ele? Aprendeu a filosofar?

– Oi Toni. – Lice falou assim que chegou. Toni retribuiu com um beijo na bochecha. Eu olhei para ele pronto para fuzilá-lo, mas Alice falou:

– Bom te ver também Chris.

Oi? Foi isso mesmo que eu ouvi? Mulheres... Primeiro ela fala que não podemos ter aquela relação aberta, depois ela chega com um “Bom te ver também Chris”? Vai entender.

– Oi Alice... – Respondi. Ela sorriu, e posso jurar que senti minhas bochechas arderem um pouco.

– Nossa me esqueci. Prometi ao Sr. Oliver que consertaria aquela banqueta antes do show. Tenho que ir. – Toni inventou uma bela desculpa para nos deixar sozinhos.

– Então resolveu ajudar? – Alice perguntou quebrando o gelo.

– Na verdade foi Toni quem me inscreveu. – Respondi, e ela me lançou o olhar de decepção – Mas calma, eu poderia não ter vindo. – Tentei consertar, afinal Toni dissera para tentar impressioná-la.

– O que está acontecendo com você Chris? Pelo o que me lembro, você era um cara responsável.

– Sou o mesmo de sempre, mas é claro que com alguns problemas. – Respondi normalmente.

– Não acredito que você seja o mesmo. – Alice falou desafiadora.

– É claro que você pode pensar assim, não tem falado comigo há tanto tempo. – Respondi começando a ficar zangado.

Bom, é claro que ela não respondeu. Quando vi minha feição já estavam todas rígidas. Minhas sobrancelhas estavam juntas, e meus punhos fechados. Alice ficou sem saber o que dizer, pois ela sabia que o que eu dissera era a mais pura verdade.

– Eu tenho que voltar prá... Lá... – Falei apontando para onde Toni estava. Peguei uma caixa no chão ao meu lado, e fingi voltar as minhas tarefas.

– Não vai me falar que fez alguma coisa errada? – Toni perguntou todo desapontado.

– Dá pra acreditar que ela disse que eu mudei?! – Respondi indignado e a ponto de matar alguém por raiva.

(Versão Alice)

– Devia ir atrás dele?

– Não, não devia.

– Mas se ele ficar magoado comigo e eu o perder pra sempre?

–Você não vai perder ele pra sempre... Acho que nem precisa se preocupar com isso, você fica bem melhor sem ele.

– Mas Steven, não é assim que funciona... Eu... Eu gosto muito dele, não quero que ele me odeie. Vou atrás dele!

– Acho que essa não é uma idéia boa.

– Não importa.

– Mas...

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, eu desliguei o telefone.

Ele estava lá, conversando com Toni, enquanto ligava todos aqueles cabos nos seus devidos lugares. Acho que tenho ficado sega nesse último mês. Steven tem sido uma boa companhia, mas acho que a preocupação, os cabelos castanhos claros, os olhos verdes me seguindo o tempo todo tem feito falta. Ele é lindo... Não Alice foco.

Meu telefone toca. Steven. Ta eu não quero falar com ele.

– Vai ficar parada aqui esperando alguém roubar ele de você? – Uma voz masculina falou atrás de mim. Verei e me lembrei de quem era.

– Michael? Henderson? – Perguntei estupefata.

– Claro... Tínhamos que nos encontrar de novo. – Ele falou sorrindo.

– Me seguindo? – Perguntei alegre e meio desconfiada.

– Não... Na verdade meu irmão vai participar do teatro... Vai ser a árvore, mas já é um bom começo. – Michael falou e nós rimos. – Mas não posso deixar de notar esses olhares decido, mas de quem tem medo de agir!

– Ahh... O quê?

– Isso mesmo, eu percebi. E olha que para um homem perceber umas coisas dessas é porque está muito na cara mesmo... Se eu fosse você, ia falar com ele agora mesmo, e fazer tudo que pretende há muito tempo.

– Ah... Eu acho que não é tão simples assim... – Respondi encarando o chão, e pensando nas burradas que fiz em relação ao Chris.

– Olha... Não perde tempo... Eu acho que se ele gosta mesmo de você, ainda não está tudo perdido. – Michael tentou me animar. Já falei que ele era fofo nesse sentido?

– Mas eu acho que o certo é deixar como está. – Falei triste.

– Alice... Se você acredita, vai agora falar com ele. – Ele falou num tom autoritário. Olhei para Chris e vi que ele olhava disfarçadamente para mim. Bom, a intenção era disfarçar, mas não sei se deu muito certo.

– Não é tão simples... Fiz tanta coisa com o pobre coitado, que não sei se ele vai me perdoar.

– Pelo jeito que ele te olha é óbvio que ele vai te perdoar. Alice está nos olhos deles tudo o que ele sente por você. Para de ser ridícula.

– Para de falar o que eu devo fazer! – Ta gente, pode se falar que eu meio que gritei com o coitado que estava apenas querendo me ajudar.

– Eu tentei. Vou estar aqui se precisar de mim. – Ele falou meio aborrecido, mas entendendo o que eu estava sentindo. Saiu, me deixando ali sozinha.

Meu olhar se focou totalmente em Chris. Sabe quando você pensa que tem que tirar os olhos, mas está em um transe e não consegue? Foi isso o que aconteceu. Eu fiquei o olhando, e ele retribuindo o olhar. Até que teve um momento que ele tirou os olhos de mim, focando agora em suas mãos que trabalhavam no concerto de alguma coisa. Então foi aí que caiu a ficha, ele não vai me esperar para sempre.

Queria pedir desculpas para Michael, falar que ele estava totalmente certo, mas quando fui procurá-lo ele tinha sumido de vista. O que estava acontecendo comigo? Eu não era assim, as pessoas estavam se afastando de mim, eu as estava fazendo tristes ou infelizes. Uma consciência pesada bateu. Como tinha parado nesse ponto? Eu não sabia, a única coisa que me lembro é de ter saído correndo sem rumo enquanto meus olhos choravam.

(...)

Acho que quando alguém chora de arrependimento, colocam todas as suas emoções, toda sua raiva para fora, tudo vai embora com as lágrimas. Eu corri sem rumo, sem ver o que estava fazendo. Achei uma árvore grande, linda, com algumas folhas laranja, já que estávamos entrando no outono. Sentei-me embaixo dela, coloquei o rosto sobre as mãos e deixei todo meu sentimento ruim sair.

Depois de um tempo, levantei a cabeça disposta a ir lá e conversar com ele.

(Versão Christopher)

– Está tudo pronto. Acho que agora é só esperar que o espetáculo comece. – Toni falou no tom de maior alivio possível.

– Nem acredito que fizemos quase tudo isso. – Afirmei meio orgulhoso.

– Ainda bem que você usou a palavra QUASE.

Ele falou e eu sorri. Sei que sou demais. Só que não.

Então comecei a olhar em volta. Em todos os cantos, mas não achei Alice. Onde será que a morena estaria?

– Não acredito que conseguiu perder ela de vista! – Toni leu meus pensamentos.

– Ei! A culpa não é minha. Estava “trabalhando” e além do mais não tenho três olhos.

– Ainda bem, se não você seria um ET. Mas vem cá, como conseguiu deixar ela sozinha? O combinado não era você falar com ela? – Ele veio querer dar uma de cupido novamente.

– Foi o que eu te disse. Ela começou a falar que eu tinha mudado que não era mais o mesmo... Perdi a paciência ué! Mulheres são difíceis de entender, e também estou começando a achar que o culpado nessa história é ela, e não eu.

– Aí cara! Você é totalmente sem paciência.

– Experimenta passar pelo o que eu passei! – Quando falei isso, já estávamos saindo de cima do palco, e rumando para nos sentar em algum banco por aí.

– E em relação ao professor, o que pretende fazer?

– Bom, estava pensando em seqüestrar, depois dar um tiro, jogar o corpo no mar dentro de um cofre. O que acha?

– Acho que podia melhorar.

– Ta. Vou pensar numa coisa melhor. – Respondi enquanto nos sentávamos num banco de madeira.

– Não pode o deixar controlá-la desse jeito. Ele está fazendo mal pra ela. Não vê o que ela acabou de te falar? Que está diferente, ele que está mudando a cabeça da coitada. – Toni falou sério dessa vez.

– Obrigado pela preocupação, mas foi o que eu tentei fazer, afastá-la de Steven, mas não vê o que aconteceu? Ela ficou brava comigo, disse que isso era paranóia da minha cabeça, que ele nunca a machucaria. Alice acha que ele é uma pessoa boa, e se eu tocar nesse assunto com ela de novo, vai acontecer tudo novamente, a gente vai se afastar... Nunca mais vai dar certo. – Afirmei tristonho enquanto encarava os meus sapatos.

– Sua positividade me encanta.

– Isso não é negatividade e sim realidade. Você acha que não quero fazer tudo o que está me dizendo? Mas com ela, é preciso pisar em ovos.

– Aconteceu um imprevisto... A caixa de som não está funcionando. – Uma mulher que eu não sei o nome, chegou pedindo ajuda. Eu como um bom cavalheiro de sou, levantei e fui ver o que era.

– Acho que o fio está quebrado. É melhor colocar outro, pois se não é perigoso o som parar no meio do espetáculo. – Falei achando o problema.

– Vou buscar outro. – A mulher afirmou e saiu me deixando ali.

Não passando de alguns minutos, eu ouço um choro, mas não aqueles choros escandalosos, que parece que a pessoa estava morrendo, era um choro de criança. Conseguia ouvir suas fungadas. Comecei a procurar o dono ou a dona disso tudo. Até que encontro, uma menininha ruivinha, sentada escondida atrás de umas caixas. Ela chorava com as mãos no rosto. Quando me ouviu chegando, ela se assustou e levantou a cabeça. Aparentava a ter no máximo uns sete anos.

– Olá... Como você se chama? – Perguntei calmo para não assustá-la.

– Ele-nna. – Ela respondeu enquanto tentava parar de chorar.

– Oi Elena. É eu posso saber por que você está chorando? – Perguntei me ajoelhando na sua frente.

– É... É qu-ee es-tou com ver-gonha.

– Vergonha por quê? – Perguntei na minha voz mais fofa possível.

– Vou apresentar. – Elena conseguiu responder sem chorar agora. Estava conseguindo acalmá-la.

(Versão Alice)

É eu fui atrás dele. Enxuguei minhas lágrimas, e fui em direção a praça. Mas ele não estava lá.

– Alice! – Toni gritou de longe e eu fui até ele.

– Procurando Chris? – Ele perguntou com aquelas caras que cupidos fazem quando seu plano de juntar alguém está dando certo.

– É... Eu queria falar com ele.

– Bem ele está lá dentro, no palco. – Ele apontou o dedo.

– Ta eu vou entrar lá. – Quando disse isso já estava correndo.

– MAS ELES NÃO VÃO TE DEIXAR ENTRAR!

– NÃO IMPORTA. – Gritei ao longe.

Quando estava na escadinha, que dava acesso ao palco, um homem, vestido de terno e tudo mais, falou:

– O que a mocinha gostaria de fazer aqui?

– Bem é... Eu... To com um problema... Meu priminho... – Ta foi só isso que consegui pensar.

– Seu primo vai apresentar?

– Vai, vai sim. E eu ele disse que queria que eu viesse vê-lo antes de apresentar... Sabe como é não vai estragar o coração de uma pobre criança. – Menti fazendo chantagem emocional. Isso sempre funciona.

– Olha te dou apenas uns minutos. – O segurança falou liberando a passagem.

Entrei correndo antes que ele mudasse de idéia. Não estava achando ele, até que ouvi sua voz ao longe, e resolvi segui-la. Andei um pouco e o achei. Estavam sentados no chão, na frente de uma garotinha, os dois pelo visto estavam escondidos. Então resolvi me esconder e ver o que estava acontecendo.

– Você vai apresentar? Puxa que legal. – Chris falou na maior animação e a garotinha sorriu.

– É, mas estou com vergonha.

– Não precisa. Eu também já passei por isso na escola, e bem ocorreu tudo bem. – Na verdade desse episódio que ele está falando, eu me lembro. Não ocorreu tão bem assim, ele esqueceu as falas e saiu correndo do palco. Depois o achamos todo molhado de xixi. Bom, ele só estava passando confiança para a garotinha.

– Verdade? – A ruivinha perguntou.

– Verdade, e agora eu acho que você devia voltar para sua mamãe, entrar naquele palco e arrasar. – No que Chris falou isso, os dois se levantaram.

– Você promete que vai ficar me olhando para tudo ocorrer bem? – Ela pediu a ele.

– Claro que sim Elena! – Ele respondeu sorrindo. Depois disso a menininha saiu correndo o deixando ali, parado, sorrindo para o nada.

– Que lindo o que você fez! – Falei doce, saindo da onde eu estava.

– Você viu tudo?

– Sim, e foi maravilhosa sua atitude. – Respondi me aproximando dele.

– Obrigado.

– Eu quero te pedir desculpas... Eu estava errada... Tenho me afastado demais de você, e não tenho o direito de saber se você mudou ou não.

– Alice não precisa pedir desculpas. Acho que nunca seria capaz de ficar zangado com você. – Ele devolveu chegando mais próximo de mim, e agora estávamos a poucos centímetros de distância. Não me afastei, porque não queria. O deixei, porque no fundo era o que queria há muito tempo. Seus lábios se encostaram aos meus. Beijamo-nos. Foi devagar, lindo e romântico. Acho que nunca senti uma vibração dessas no meu corpo. Mas naquele momento descobri uma coisa que não estava claro para mim nos últimos meses. Eu gosto, apaixonadamente de Christopher Jones.


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Notas finais do capítulo

Comentários!!!!!
O que acharam? Please quero tanto saber opiniões de vocês...
Beijoooo eles se beijaram. Aleluia irmão.
Hehehehe... Amei escrever esse capitulo.
Lembram do Michael Henderson?
Cometem... Beijinhos!!