Like Ghosts In Snow escrita por Drunk Senpai


Capítulo 45
Wonderwall


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Desta vez demorou bastante né? rs
A verdade é que os últimos meses foram muito complicados pra mim, eu finalmente me formei (YAY!) e foi um semestre super corrido por ter sido o último, além disso, eu adoeci e demorei um pouco para me recuperar.
Enfim, desculpa a demora!
Espero que gostem!



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Neliel caminhava de forma decidida, atravessando os corredores de sua mansão, cada passo ecoando pelo assoalho, enquanto tentava manter longe de sua mente a sensação ruim que pairava em seus pensamentos. Precisava se manter firme e objetiva, havia muito em jogo a essa altura. Adentrou o quarto envolvido pelo breu do início da noite. Alguns instantes foram necessários para que localizasse sua presença, e seus olhos adaptarem-se para encontra-lo em sua poltrona, num silêncio sombrio.

—O que quer? – Sua voz não demonstrava interesse genuíno em saber. Neliel se aproximou e as nuvens que cobriam o luar pareciam ter se dissipado, permitindo que um freixo de luz prateada cortasse a penumbra.

—O que tá planejando? – Perguntou, tentando sondar o azul de seus olhos. – Sabe do que estou falando. – Completou antes que ele tivesse a chance de negar. – Orihime me contou que você foi até ela, que você falou do tal “aniversário”. – Mesmo com tão pouca luz, Neliel pôde ver um vislumbre de seu sorriso malicioso formar-se em seus lábios.

—É mesmo? – A ironia em sua voz era palpável, mas Neliel não podia deixar-se tirar do sério.

—Só me responde. – Manter-se firme parecia ter servido de alguma coisa. Grimmjow agora estava mais sério, antes de voltar a falar.

—Era só um jogo... – Neliel suspirou, a sensação inquieta dentro de si, se aprofundava. 

—E qual seria o próximo passo? – Perguntou cuidadosamente, desejando que seus instintos a estivessem enganando.

—Eu...- Ele parecia precisar de um momento para pensar. O viu limpar a garganta e desviar olhar do dela. – Eu não sei... – Admitiu.

—Como não sabe? – Sua aflição aumentava a cada instante. Queria estar errada. – Você não se lembra? Não pensou no assunto? Quando começou esse plano? – O questionou, o nervosismo transbordando a cada palavra. – Por favor, não me diz que... – Não conseguiu completar. Aquilo não podia estar realmente acontecendo.

—Eu não sei! – Ele disse outra vez, agora tão aflito quanto ela, levantando-se para que ficassem frente a frente. – Eu sei o que está pensando..., mas não é possível! – Seu olhar fugiu do dela uma outra vez. Nos próximos momentos foi visível a confusão em seu olhar transformar-se em frustração e então em raiva. – Droga! – Esmurrou a parede, e continuaria se Neliel não segurasse sua mão e o fizesse voltar para ela.

—Calma! – Pediu. A essa altura não tinha certeza se para si mesma ou para ele. – Do que você se lembra daquele dia, ou do dia anterior?

—Eu já disse que não lembro! – Grimmjow rugiu. Neliel respirou fundo, buscando uma forma de aceitar seu temor como uma realidade.

—Grimmjow, se você foi compelido...- Ele puxou sua mão do seu toque, rejeitando a ideia. – Se isso realmente aconteceu, eles já estão planejando algo muito maior do que imaginávamos.,. – Neliel deixou-se cair na poltrona, seus pensamentos à mil. Havia muito tempo desde que realmente experimentou esta sensação, este medo. Suas mãos tremiam levemente quando Grimmjow repentinamente as segurou, Neliel podia ver o desespero em seus olhos.

—Precisamos ir. – Foi tudo o que disse. A moça o conhecia bem demais para saber que estas palavras não vinham com facilidade, por maiores que fossem sua arrogância e bravura diante a grande maioria dos assuntos, Neliel sabia que este não era um desses.

—Não podemos... – Ela o viu fechar os olhos, decepcionado e sentiu seu próprio coração pesar. – Os outros estão vindo, vão nos ajudar em nosso plano! – Tentou soar confiante, mas sabia que não havia obtido sucesso. – Além disso, você sabe que o Ulquiorra não vai aceitar... Ele não vai abandonar a garota dessa forma... – Grimmjow soltou de sua mão de repente, mostrando toda sua frustração.

—Foda-se o Ulquiorra! Fodam-se todos! – Vociferou, sua ira ecoando pelo quarto. – Se ficarmos, vamos morrer! Você sabe disso! Não importa quantos inúteis você convocou! A gente nem sabe se eles ainda estão vivos! – Grimmjow dava passos nervosos, gesticulando em sua indignação. Por fim, voltou-se uma outra vez para Neliel, sua voz agora não carregava mais do que uma mágoa palpável. – E quanto ao Ulquiorra... – Seus olhos estavam profundos nos dela agora, um peso de sofrimento do passado residia naquelas palavras. – Achei que você já teria aprendido com a experiência. Aquele maldito nos jogaria aos lobos na primeira oportunidade! – Neliel sentiu seu peito apertar naquele momento. – Outra vez! – Grimmjow rugiu, voltando suas costas para ela, Neliel podia ver seus músculos tensionarem. – Não sei como você conseguiu perdoá-lo depois disso... – A moça caminhou em sua direção, interrompendo seus passos e qualquer coisa que estava prestes a dizer, quando ele voltou-se outra vez para encará-la. – Depois do que ele fez...           

 

***

 

Ichigo mal podia sentir o chão sob seus pés bem como a paisagem que passava rapidamente por ele, enquanto corria com Rukia logo atrás de si. Sabia, desde o momento em que começaram a caminhar em direção à festa, que as coisas estavam muito calmas. Aquela noite estava silenciosa demais, até que em pouquíssimo tempo, aquela sensação gritante em sua mente os alertou da presença de inimigos próximos.

—É por isso que não podemos sair desarmados! – Rukia lhe disse tão logo começaram a ir em direção à ameaça, mais como uma auto-observação, uma vez que o ruivo não utilizava uma arma, devido seu treinamento com Yoruichi.

Não queria esquecer daquela sensação, foi o que o rapaz se pegou pensando. Não queria esquecer a adrenalina que corria em suas veias naquele momento, o vento frio que cortavam em alta velocidade, passos leves e apressados, os cheiros frescos da noite preenchendo seus pulmões, o som dos batimentos de Rukia. Queria viver aquela sensação para sempre ao seu lado.

Não demorou para que chegassem em seu destino, uma clareira mal iluminada pela lua, onde podiam assistir três vampiros brigarem por uma vítima, um garoto que não podia ter mais que 13 anos pelo que Ichigo podia dizer. A idade de suas irmãs. Ichigo sentia suas veias queimarem, seu coração continuava acelerado de sua corrida até o local, queria destruí-los naquele momento, mas sabia, no fim das contas que não podia ser imprudente, mais ainda se envolvia o risco de acabar de alguma forma perdendo o controle tão perto de Rukia. 

A moça ao seu lado preparava-se, retirando do suporte em sua coxa esquerda, uma pequena adaga escondida. A visão de relance de sua pele desnuda por um instante o fez corar e instintivamente desviar seu olhar.

—Como faremos isso? – Ele a ouviu perguntar quando se voltaram para seus alvos. Naquele momento, a briga havia se tornado exclusivamente entre os monstros, enquanto o garoto permanecia caído, não muito longe de perder sua consciência diante a perda de sangue. – Não há tempo a perder.

—Vamos aproveitar enquanto estão distraídos. – Ichigo disse, retirando seu casado e dobrando as mangas de sua camisa. – Eu vou ataca-los enquanto você tira o garoto daqui.

—O que quer dizer com isso? Não vou deixa-lo sozinho contra três deles! – Rukia protestou.

—Não vai, vai ser só enquanto o leva para a segurança, eu os segurarei aqui para que você possa salvar o moleque. – O ruivo argumentou. – Sabe que é a melhor forma. – Ele ainda podia ver a dúvida em seus olhos. Mas Ichigo precisava garantir que acima de tudo, Rukia estivesse longe, caso ele viesse a perder o controle. – Vai ficar tudo bem. – Pegou sua mão e a apertou por um segundo. – Eu juro. – Rukia suspirou, convencida, mas não contente com a ideia.

—Tudo bem. – Ela disse enfim. – Mas eu voltarei assim que garantir que ele esteja seguro. – Ichigo acenou. Estava na hora de entrar naquela briga.

Ichigo avançou rápido, sem pensar muito no assunto. Seus passos velozes e silenciosos, e então saltou, tão alto que o vampiro que levou o primeiro golpe podia ter pensado que ele viera voando. O ruivo podia sentir a euforia, como lava quente em suas veias, aumentando a cada golpe, cada impacto recebido. Havia agora um silencio profundo em sua mente, se lhe perguntassem seu nome, certamente não o saberia dizer, tudo o que sabia era qual golpe desferir, quando desviar, o quanto queria destruí-los com suas próprias mãos e o gosto ferroso de seu próprio sangue em sua boca. Rukia e o menino já haviam sumido, não que ele houvesse percebido àquela altura. Dois dos vampiros já haviam sido derrotados e Ichigo agora via-se sobre o terceiro, seus punhos fechados, destruindo-o com todas as suas forças, como se aqueles socos não passassem de um movimento natural, involuntário, como respirar.

 

***

 

Rukia colocou o garoto no chão, haviam se afastado o suficiente. Checou seus sinais vitais para garantir que estava bem, empurrando para dentro de si o peso emocional de ver alguém daquela forma, um corpo desfalecido, pálido, machucado e malmente ainda vivo... Como sua irmã naquele dia. Respirou fundo, tentando acalmar seus batimentos. Sua irmã estava bem, lembrou a si mesma, assim como este garoto também ficaria. Uma vez que confirmou que o garoto sobreviveria, Rukia lhe deu um de seus comprimidos, ligando para a emergência em seguida. Agora, precisava voltar ao lado de Ichigo, não queria imaginar que ele estaria em risco. Atravessou o caminho mais depressa do que na primeira vez, rezando para que ele não estivesse machucado.

No entanto, a imagem que teve ao finalmente chegar ao local da batalha, a fez sentir um misto de angustia e choque. Os primeiros dois vampiros encontravam-se jogados ao chão, caídos numa poça do próprio sangue, deformados e em posições sinistras. Mas aquilo não foi tão ruim quanto o que viu em seguida. Quase não reconheceu o ruivo por um instante, sobre o monstro como se respirasse fúria, Ichigo o golpeava com punhos ensanguentados, o sangue respingava em seu rosto, em seus cabelos e em sua camisa, antes imaculada. Rukia sentia seu estomago embrulhar, nunca pensou que veria algo parecido, nunca imaginou que o veria daquela forma, mesmo que houvesse reparado na selvageria crescente em seus ataques, quando caçavam juntos, aquilo era completamente diferente.

—Ichigo! – Chamou seu nome. Sim, aquele era ele, ainda era o mesmo Ichigo cujo o sorriso lhe fizera flutuar apenas alguns minutos antes. – Ichigo, é o suficiente! – Aproximou-se mais, notando que o rapaz parecia não a perceber. – Ichigo! Ichigo, por favor... – Viu-se tocando seu braço antes que ele pudesse desferir outro golpe, finalmente fazendo com que se voltasse para ela e a olhasse nos olhos. – Já chega... – Rukia podia ver que havia algo de diferente naquele olhar, tão vazio por um instante. Ichigo estava ofegante e parecia ainda tentar entender o que estava acontecendo. Rukia pegou-o pela mão, delicadamente, percebendo que seus punhos estavam machucados. Notou, enquanto o ajudava a se levantar e se afastar do vampiro, que o ruivo tentava voltar seu olhar mais uma vez ao seu alvo. – Está tudo bem... – Rukia lhe assegurou, pegando sua adaga mais uma vez e rapidamente finalizando o monstro que àquela altura, mal estava vivo. Quando se voltou para o ruivo mais uma vez, Ichigo havia voltado suas costas para ela. – Ichi...- Antes que pudesse dizer seu nome, o rapaz a interrompeu.

—Eu... Eu sinto muito... – Sua voz parecia um sussurro, Rukia podia dizer que ele estava constrangido ou inseguro. – Eu...

—Tá tudo bem... Tá tudo bem, agora... – Rukia o fez olhar em seus olhos. A moça sentiu seu coração aquecer novamente quando seus olhos se encontraram. 

O mundo fez-se em silencio durante os próximos minutos, enquanto estavam frente a frente, suas respirações sincronizadas, quando fecharam os olhos e Ichigo encostou a testa na sua. Estava tudo bem...

 

***

 

"There are many things that I would like to say to you,

But I don't know how..."

 

Ichigo tentava encontrar um pouco de paz enquanto a água escorria por seu corpo, limpando de si todo o sangue que havia se acumulado.

Aquilo que tanto quis evitar que acontecesse, de fato acontecera. Rukia o viu perder o controle, ela o viu daquela forma. O sentimento que pairava quando seguiram de volta para a casa da moça, ecoava num caos silencioso. Ichigo não conseguia imaginar o que estaria passando por sua mente naquele momento, parcialmente por preferir não saber, mas além disso, o fato de não conseguir olhá-la nos olhos durante todo o caminho impedia qualquer possibilidade de fazê-lo.

Rukia não havia lhe feito perguntas, mas Ichigo sabia que já não lhe restava escolha além de lhe explicar o que estava acontecendo, de uma vez por todas. Revelar seu terrível segredo e aceitar a possibilidade de que ela jamais pudesse olhá-lo nos olhos da mesma forma, ou pior ainda, que possa vir a vê-lo como mais um deles, mais um monstro que precisa ser destruído para a segurança de todos. Não... não queria pensar nisso. Não sabia ao certo qual ideia lhe soava pior: ver medo ou nojo em seus olhos, ou ódio e desprezo.

Ichigo fechou o registro, cessando a água que ainda caia sobre si como uma pequena cachoeira. Não havia muito mais o que pudesse ser feito àquela altura. Vestiu-se com as roupas que Rukia lhe havia conseguido, aparentemente pertencentes ao seu cunhado, o homem mal-humorado com quem a vira conversando meses antes. Era um terno elegante e surpreendentemente, não lhe vestia tão mal quanto imaginara, devia ter ficado um pouco mais alto nos últimos meses, mais um dos frutos do experimento, supôs, lembrando-se amargamente dos efeitos colaterais que acompanharam suas mudanças. Olhou-se no espelho, analisando sua própria imagem refletida. Seria verdade que vampiros não tem reflexo? Nunca havia perguntado isso à Rukia, e a esta altura temia soar como um tolo, frente a Yoruichi ou Urahara. Não importava mais, certamente descobriria em breve, pensou, angustiado. Olhou-se mais uma vez enquanto começava a fechar os botões da camisa. Valia mesmo a pena, terminar? Se ia contar toda a verdade naquele momento, duvidava que Rukia continuaria no clima para ir a uma festa em sua companhia, no melhor dos casos. Desistiu, passando a mão sobre os cabelos ruivos, ainda molhados. Precisava fazer aquilo, e devia fazê-lo logo, não havia mais motivos para continuar adiando esta conversa.

O ruivo respirou fundo. Precisava fazê-lo. Não podia mais hesitar. Fechou os olhos, tentando se acalmar um pouco, antes de finalmente abrir a porta. Para sua surpresa, e desconserto, Rukia já estava no quarto, esperando por ele, com angustia também em seu olhar. Ichigo sentiu uma outra forma de silencio em sua mente, uma vez que seus olhos se encontraram. Durante o ataque havia um caos dentro de si, o oposto deste momento. Apenas vê-la, lhe trazia uma paz que apagava qualquer confusão que pudesse sentir antes. Suspirou outra vez, mas de forma mais leve, agora. Era o momento.

—Precisamos conversar. – Ambos disseram em uníssono e Ichigo pôde sentir seus batimentos acelerarem, o que ela teria a lhe dizer?

 

***

 

Rukia engoliu seco. Havia finalmente acumulado a coragem que precisava para ter esta conversa com o ruivo, mas o fato de ele também ter algo a lhe dizer, lhe havia desestabilizado completamente. Havia uma angustia com a qual ela podia se identificar no olhar de Ichigo, o que quer que ele precisava lhe dizer, também o estava deixando nervoso. Ambos se encararam por alguns instantes, como se não soubessem o que dizer ou fazer em seguida. O ruivo limpou a garganta, enquanto Rukia pegou-se suspirando outra vez.

—Pode falar. – Mais uma vez compartilharam a fala, trazendo a ambos um sorriso nervoso no rosto. Ichigo passou a mão por suas madeixas alaranjadas, como fazia sempre que Rukia o via ansioso.

—Por favor, fala você primeiro. – O rapaz pediu, ainda aflito. Rukia sentiu seu coração apertar. Não havia mais razão, nem mesmo tempo para que continuasse adiando aquela conversa. A moça respirou profundamente, mais do que havia feito nos últimos minutos, como se de alguma forma aquilo pudesse tornar menos angustiante proferir as palavras que precisavam ser ditas.

—Bom... – Começou antes de sentar-se na cama. – Eu vi a minha irmã hoje... – Achou que era uma boa forma de começar, aos poucos. Ichigo parecia surpreso, sentando-se ao seu lado.

—Nossa, isso é incrível! Ela está bem? – A moça o viu genuinamente se empolgar com a notícia. Como poderia não o amar?

—Sim... – Rukia respondeu, ainda que não pudesse compartilhar de seu entusiasmo. – Está tudo bem com ela, quase completamente recuperada. – Apesar de tentar transparecer sua alegria com o bem-estar de sua irmã, Rukia sabia que o peso do que ainda tinha a dizer não permitiria, e o ruivo parecia ter notado.

—O que houve? – Perguntou, inquieto.

—Minha irmã... – Ainda procurava dentro de si, uma forma que pudesse trazer para fora aquelas palavras. – Ela... Ela não veio simplesmente me fazer uma visita... – Suspirou. Rukia podia ver a angustia crescer nos olhos castanhos do rapaz a sua frente. – A Hisana-nee me trouxe algumas atualizações sobre minha missão. – Precisava apenas dizer de uma vez por todas, Rukia sabia disso, de nada adiantavam os rodeios. – Aparentemente, a situação está mais grave do que o antecipado, há algo acontecendo entre os vampiros, parece haver um plano se desenrolando ao redor de Karakura... – Precisava lhe dizer esta parte, Rukia convenceu-se, afinal de contas, não podia deixar que o rapaz fosse pego de surpresa em meio a esta guerra. – E por conta disso, já que eu sou a caçadora responsável pela cidade... Eles precisam de mim. – Rukia percebeu-se instintivamente tocando-lhe a mão, antes de continuar sua fala. – Eu tenho que deixar Karakura... Amanhã... – Disse, enfim, olhando-o nos olhos enquanto brigava internamente consigo mesma para não demonstrar fraqueza.

Ichigo ficara em silencio durante os próximos minutos, seu olhar lentamente deixou o seu enquanto o rapaz parecia estar processando a informação que lhe fora dada.

—Não precisa dizer nada sobre isso, agora... – Rukia ouviu-se dizer e fazer com que o rapaz voltasse a lhe olhar nos olhos. – Só... Só me diz o que tinha pra dizer. – Pediu. – Por favor. – O rapaz respirou fundo, como se houvesse só então, lembrado que havia algo para lhe dizer. – O que precisava me dizer?

—Eu... – Ichigo finalmente reagiu, ainda que parecesse ter uma dificuldade imensa de dizer algo. Até que, enfim, seus olhos pareceram firmarem-se nos seus. Como se houvesse encontrado sua determinação uma outra vez. – Eu amo você.

 

"And after all, you're my Wonderwall..." 


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Notas finais do capítulo

"Há muitas coisas que eu gostaria de te dizer, mas não sei como..." "[...] E no fim das contas, você é meu Wonderwall..." - Wonderwall - Oasis
É isso! Espero que tenham gostado, até o próximo!!!



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