Sol e Lua escrita por Aislyn


Capítulo 3
Cuidados




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A jovem saiu do pátio um pouco pensativa, como não tinha nada para fazer e preferiu não participar do chá naquela tarde, foi até os leitos verificar se podia ajudar as enfermeiras. Um oficial do Rokubantai adentrou o Centro Médico apressado, como Aiko o reconheceu, dispensou a enfermeira que o atendia e falou com ele pessoalmente.

– O Kuchiki-taichou está um pouco doente... Não sei bem o que aconteceu. Ele solicitou apenas um remédio para dor e...

– Tudo bem, eu vou pessoalmente verificar o que está acontecendo com o Kuchiki-taichou – disse ela com tranqüilidade. – Aguarde só um momento, por gentileza.

– Certo! – Assentiu o Shinigami.

Um pouco sem jeito, Aiko foi até Unohana, encontrando-a bebendo chá com Isane e Ukitake.

– Perdoe-me... Não sabia que o Ukitake-taichou estava aqui.

– Oe, Aiko-San! É bom revê-la... Quero dizer que gostei muito do novo sabor que você desenvolveu para o meu remédio, ficou bem mais agradável. – Elogiou ele gentilmente, referia-se ao xarope que Aiko entregou há alguns dias para substituir o que ele lhe era costumeiro. – Bebe um chá conosco?

– Que bom que aprovou, taichou! Fico feliz... Mas, não posso ficar para o chá. Vim aqui apenas pedir permissão para irá até o Kuchiki-sama.

– O que aconteceu? – Perguntou Unohana preocupada.

– Um oficial veio até aqui pedir um remédio para dor a mando do Kuchiki-Sama. Disse que ele está doente – explicou Aiko com pressa.

– Então pode ir, mas, não quer levar alguém mais?

– Não há necessidade... Eu cuidarei dele, caso seja algo mais grave, prometo que aviso assim que puder. Arigatou, Unohana-taichou!

Todos ficaram preocupados, ainda mais com a reação de Aiko, parecia inquieta e com uma expressão diferente no rosto. Ukitake pensou um pouco, depois de comer um bolinho, quebrou o silêncio.

– Não quero parecer desagradável, mas é muito estranho isto tudo...

– Vou me retirar, com licença. – Isane sabia que o assunto não lhe dizia respeito e saiu.

– Bem, eu soube de alguns boatos, mas, nada demais. Parece que Aiko-shan vê o Kuchiki-taichou como um espelho e tem grande gratidão por ele – comentou Unohana normalmente. – Não vejo nada estranho, Juushirou-san.

– Você é inocente, Unohana-chan...

– O que quer dizer? – Perguntou desconfiada.

– Soube do episódio com a tal Shinohara Haruka... Ela enquanto esteve presa, afirmava ter visto Byakuya-San sentado ao lado da jovem Myazaki no pátio da academia. Parece que ele pediu que ela entrasse em seu esquadrão e ainda por cima, deixou passar certos comentários maldosos por parte de Shinohara, coisas que ele jamais deixaria em branco.

– Realmente o fato de ele ter ido procurá-la na academia é estranho. No entanto, você há de convir comigo que nós todos queríamos ela integrando nossos times. Eu havia conversado com ela antes, pelo fato de Hanatarou ter me dito que a jovem era uma pessoa boa e manifestava uma reiatsu pura, achei então perfeita para o que nós fazemos. Agora, não pense besteiras...

– Esta sua última frase foi a mesma que Byakuya-San me disse outro dia, minha cara. Já vi muita coisa acontecer em todos estes anos e posso apostar que isto vai longe, mais do que qualquer um pode imaginar.

– Não posso alterar o curso das coisas... Vamos deixar a vida de Aiko-San seguir o seu curso.

– Eu iria dizer o mesmo...

Os dois amigos continuaram conversando e bebendo chá, eram bastante ligados e sempre que podiam, encontravam-se para eventos como aquele. Aiko dispensou o Shinigami que estava com ela assim que chegou a casa Kuchiki e entrou sozinha. Estava tudo tranqüilo, a porta do quarto dele encontrava-se entreaberta e sua voz se manifestou, estava fraca:

– Espero que tenha trazido o remédio certo, Hikari...

– Na verdade, automedicação não é aconselhada em hipótese alguma – repreendeu Aiko após entrar no quarto. Byakuya encontrava-se deitado, seu leito era bastante luxuoso, com um colchão alto e grande. Um cobertor vermelho com detalhes brancos cobria o seu corpo, ele estava com a cabeça sobre duas almofadas fofas. A jovem aproximou-se, já notava que o Taichou estava suando. Ele nada disse. Aiko tocou na testa de Byakuya e constatou que deveria estar com quase 40° de febre. – Taichou... Está com febre alta! Foi muita irresponsabilidade pedir um remédio sem saber qual é o seu problema.

– Um resfriado apenas, nada demais. Só preciso acabar com estas dores pelo corpo.

– Está com tosse?

– Não... Apenas dor no corpo – respondeu ele por entre os dentes.

– Isto não parece um resfriado, ora! Primeiro, vamos cuidar desta febre...

– Não posso ficar deitado aqui, tenho muita coisa para fazer. Só estava esperando o remédio – explicou ele tentando levantar-se.

– E eu vou medicá-lo, obviamente... Agora, fique quieto! – Disse ela empurrando-o gentilmente para que se deitasse.

Byakuya realmente estava sem forças, não conseguia nem sustentar o semblante fechado de sempre, estava abatido, com o rosto pálido e os lábios secos. Depois de coletar o sangue dele, Aiko realizou alguns testes, porém, não localizou nenhum vírus que estivesse cadastrado no sistema que possuía.

– Isto é estranho... Qualquer doença, por mais banal que seja, está no sistema. Seus sintomas se enquadram em tantas coisas. Há quanto tempo está assim?

– Dois dias...

– Sem comentários, Kuchiki-Sama! – Ela balançou a cabeça e suspirou. – Bem, querendo ou não, vai ficar em observação esta noite – falou Aiko firmemente.

– Não posso, já disse! – Retrucou ele.

– Kuchiki-Sama... Prefere que eu fale com a taichou? Sabe que qualquer suspeita de doença deve ser imediatamente avisada e provavelmente, ela vai querer movê-lo para o centro e...

– Saa... – Resmungou Byakuya, apertava os punhos.

– Ótimo! – Aiko pegou um frasco em sua bolsa e um copo com água, depois de contar 45 gotas, fez com que Byakuya bebesse – depois disto, a febre deve ceder um pouco. Acredito que isto pode ser cansaço ou estresse, enfim, vou cuidar do senhor.

– Guarde isto para quando for falar com Ukitake – disse ele mal-humorado.

Aiko riu do comentário, quem sabe a febre não estaria fazendo-o ficar um pouco mais amigável.

“Isto até pareceu uma piada... Ou não” – pensou a jovem.

– Você aprendeu rápido... Novatos em qualquer bantai não têm tanta segurança.

– Eu sei que estou fazendo a coisa certa. Acho que finalmente encontrei o meu lugar. A Unohana-taichou está me ajudando a liberar melhor os poderes da minha zanpakutou. Já sei como chamá-la...

– Isto é bom.

Se qualquer um que conhecesse Byakuya visse aquela cena, diria que ele não estava bem mesmo. Não costumava dialogar com qualquer um mais do que o necessário. Desde a morte de sua esposa, havia se fechado para o mundo e até então, ninguém conseguia quebrar a barreira que ele interpôs, nem mesmo Rukia. Ela não se aproximava muito dele por temer a reação sempre incerta. Ser algum mais se surpreendia com seu jeito grosseiro, nem mesmo Aiko. Mas, naquele dia, ele parecia mais agradável de qualquer forma.

– Está com fome, Kuchiki-sama? Se não for muita prepotência de minha parte, posso passar uma pequena lista para os empregados prepararem?

– Não estou com fome... E sobre o que me perguntou, fique à vontade com os empregados – respondeu ele, estava um pouco sonolento por causa do remédio. – E se não tiver os ingredientes necessários, eles providenciam.

– Certo... Espere um pouco enquanto farei isto, logo trarei um chá, será reconfortante.

Depois de solicitar aos empregados que preparassem uma sopa com os ingredientes que passou na lista, Aiko preparou um chá à base de plantas desenvolvidas em um laboratório do próprio centro. Gostava de dar o seu toque nos preparos e adicionara um ingrediente que dizia ser secreto... Mel. Fez isto com o xarope de Ukitake para deixá-lo mais agradável.
Ela levou a infusão até Byakuya, ele parecia ainda mais fraco, sua mão fraquejou ao pegar a xícara e Aiko teve que ajudá-lo. Com cuidado, levava a xícara até os lábios dele. A febre continuava alta, não baixou como ela imaginou, mesmo após o tempo para o efeito do remédio ter passado. Tentava manter-se calma, porém, havia algo de estranho com ele que começava a tremer, aquilo parecia uma convulsão.

– Kuchiki-taichou... Vou ter que injetar uma medicação mais potente para a febre. Com certeza não vamos combatê-la com o remédio que tomou antes. A injeção é de amplo espectro e vai ajudar com as dores, só poderá doer um pouco mais, pois a aplicação é intramuscular profunda.

– Que seja... – Byakuya estava sentindo dores insuportáveis nas costas e por mais que não quisesse admitir, a sua expressão lhe traía.

– Okay! Conheço um jeito de aliviar a dor... – Explicou ela um pouco envergonhada. – É algo que ainda estou aperfeiçoando, mas...

– Acho que posso confiar – Byakuya fechou os olhos com força quando Aiko aplicou a injeção na parte superior de seu braço, logo em seguida, ela colocou um algodão embebido em álcool e massageou delicadamente a região. – O que quer que eu faça?

– Preciso que se deite de bruços e apóie a cabeça de um jeito confortável. Massagens realmente não são recomendadas para pessoas com febre, porém, desenvolveram uma técnica que ajuda bastante e não causa nenhuma reação adversa.

Ele demorou um pouco para fazer o que ela pediu, a dor era insuportável. Já estava com o torso descoberto, o que facilitaria tudo. Aiko sentou-se no colchão e despejou um liquido azulado nas costas de Byakuya... Logo as suas mãos deslizavam através de seu corpo, firmemente. Quando chegou aos ombros, reparou a tensão que ele estava sentindo. A principal função daquela massagem era exercer efeito através de vários pontos no Sistema Nervoso Central, anestesiando e por isto, poderia até mesmo ajudar com a febre, ajustando a temperatura do corpo.

– Todos nós estamos tendo cadeiras a mais de técnicas de massagem. Várias doenças podem ser curadas desta forma...

– Hmm...

Byakuya não conseguia prestar atenção nas palavras de Aiko, aquilo levava a sua mente para longe e ele esquecia até mesmo a dor. Mais uma vez sentia o toque dela, suas mãos eram precisas e alcançavam pontos que faziam o seu corpo reagir de várias formas. Aiko estava levando a massagem a sério, só queria aliviar as dores dele, todavia, sentiu algo estranho quanto teve que aproximar seu corpo um pouco mais para poder tocar o pescoço dele, aquele ponto era fundamental. Gentilmente, ela colocou os cabelos dele para o lado, deixando o pescoço à mostra, no entanto, tremeu quando foi tocá-lo. Estava de joelhos sobre o colchão, inclinando o corpo e aquele tremor espalhou-se por seu corpo, fazendo-a perder o equilíbrio. O que aconteceu não foi bem uma queda, o fato era que estava com parte de seu corpo sobre as costas de Byakuya e poderia ter o machucado, apesar de ter se apoiado no colchão. Rapidamente, ela levantou-se e ele se virou para ver o que aconteceu, nem conseguira reagir antes, até então estava um pouco longe.

– Acho que eu piorei a sua dor...

– Me sinto melhor depois disto – sussurrou ele.

Seu olhar era gentil e Aiko enrubesceu, ficando calada. Lembrava-se do episódio com o copo de água... Já havia dado muitos motivos para ele chamá-la de desajeitada. Byakuya sabia reconhecer o esforço da jovem em ajudar, porém, era bastante exigente.

– Você deve treinar bastante e assim terá mais firmeza. Tudo com passar do tempo vai ficando mais técnico. Isto vale para qualquer coisa que fizer.

– É, eu sei... – Concordou Aiko sem graça. – Porque não tenta dormir? Vou ficar aqui esta noite.

– Você pode mandar alguém aqui amanhã ou voltar, se quiser. Não preciso que fique... E ainda é um pouco cedo, não estou com vontade de dormir.

– Espere então até o efeito das medicações e do chá fazerem efeito... Vai dormir de qualquer forma.

Meia hora depois, Byakuya estava dormindo. Aiko ficou ao lado dele, sua preocupação só aumentava, a febre não cedia. Como ele demoraria a acordar, pediu a um empregado que ficasse ali enquanto ela foi até o Centro Médico. Por sorte, encontrou sua fukutaichou, Isane e explicou o que acontecia.

– Isto é bem diferente... A medicação injetada é o que há de mais forte contra febre. Não é muito comum, mas talvez o organismo do taichou não reaja às medicações. Você pode tentar o método mais antigo e nem por isto, menos eficaz.

– Banho frio? – Perguntou incrédula.

– Sim! Se isto não funcionar, teremos que enviar os dados para o laboratório e tomarmos outra atitude. Providencie o banho e fique observando-o à noite. Se não der certo, amanhã vou até lá e ajudo você!

– Certo, Isane-san!

Aiko voltou correndo a casa de Byakuya. O quadro que vira não era bom, ele estava delirando, dizia coisas sem nexo.

– Não... Eu já cumpri a minha promessa! Tenho que manter o meu juramento – balbuciava ele. – Não posso...

– Kuchiki-sama! – Chamou Aiko aumentando o tom de sua voz. – Acorde... – Ele estava suando frio, desta vez, a febre parecia ter aumentado. – Kuchiki-sama!

– Saia daqui! – Gritou ele, empurrando Aiko que caiu no chão.

Ela levantou-se e segurou as mãos dele fortemente.

– Byakuya-sama... – Os olhos da garota estavam marejados, achava que a culpa era sua, talvez tivesse dado a dose errada de remédio ou pior. – Byakuya-sama – ela chamou novamente, queria que ele despertasse de seus devaneios.

Aquela voz ressoou na mente do homem, era doce e envolvente... Ele abriu os olhos, estava ofegante, assustado.

– Hisana...

Aiko sentira um aperto no peito quando ouviu aquele nome, Rukia havia contado a história para ela a respeito de sua irmã. Achava que ele jamais teria esquecido a esposa e aquilo realmente lhe deixava sem jeito, sentia-se uma intrusa na vida dele. Ela estava tentando negar para si mesma o que havia começado a sentir por Kuchiki Byakuya, todavia, não conseguia.

– Kuchiki-taichou... Sou eu, Myazaki Aiko.

Ele retomou a consciência e estranhou as lágrimas nos olhos da jovem, ela continuava segurando uma de suas mãos. Byakuya trêmulo, pousou a outra mão sobre a da garota e a acariciou. Ela não podia suportar a culpa que sentia por não conseguir ajudá-lo e o abraçou. Surpreso, Byakuya não pôde fazer nada, pensou em afastar-se, no entanto, aquele gesto demonstrava que alguém mais se preocupava com ele de um jeito sincero.

– Aiko... – Sussurou ele. – Eu vou ficar bem.

– Kuchiki-sama – ela afastou-se, setando-se na beira do colchão de costas para ele – isto não vai mais acontecer... Não conte à Unohana-taichou, por favor. Eu não quis desrespeitá-lo.

– Sei que não...

– Bem, acho que o seu corpo não está reagindo como deveria às substâncias contra febre, assim sendo, é necessário um banho frio.

– Não estou certo de que irá funcionar – disse ele pensativo.

– Não posso garantir, mas é a última opção antes de tomarmos outras providências – disse ela seriamente. – Vou ajudá-lo a levantar.

– Não há necessidade.

Byakuya fez sinal para que Aiko se afastasse e com dificuldade, levantou-se da cama. Ele conseguiu chegar até a porta da área de banho, mas, mal podia manter-se em pé. Aiko o ajudou e segurando-o com força, o levou até uma cadeira que havia no recinto.

– Vou encher o ôfuro.

Ela regulou a temperatura da água, passando para “frio” e encheu o ôfuro. De sua bolsa, tirou um frasco de essência e jogou na água, aquilo ajudaria a esfriá-la.

– Está pronto, pelo menos cinco minutos, taichou.

– Você não vai ficar aí, vai? – Perguntou ele de braços cruzados com seu mau humor típico.

– Vou fechar os olhos... Tenho que ficar por perto, afinal, isto é um tratamento e não uma invasão a sua privacidade! – Respondeu ela com rispidez.

Byakuya despiu-se totalmente e entrou no ôfuro. Aiko riu dos gemidos dele discretamente, apesar da situação. Ela foi até o guarda-roupa dele e pegou um traje limpo e toalhas. Depois de contar cinco minutos, pediu para que ele saísse. Rapidamente o taichou já estava deitado e a zelosa oficial o cobriu com dois cobertores.

– Agora é só esperar... – Como sabia que ele não dormiria tão fácil, Aiko puxou assunto. – E então, soube que Abarai-san está no mundo real. Eu gostaria de ir lá um dia, conhecer coisas diferentes.

– Um dia, quem sabe.

Aiko reparou que aparentemente ele estava melhorando, já não estendia uma frase e parecia indiferente novamente. Depois de uma hora, a temperatura de seu corpo voltou ao normal. Ela deu um remédio para Byakuya dormir, apenas o diluiu em água e ele não reparou. Permaneceu ali sentada por muito tempo ao pé do colchão dele, mas não agüentou e pegou no sono.
Eram 8:00 da manhã quando Aiko abriu os olhos, levou um susto ao perceber que havia dormido ali mesmo, por sorte, Byakuya ainda estava dormindo. Depois de se espreguiçar, foi até ele e ao tocar em sua testa, sentiu-se aliviada e sorriu para si mesma. Byakuya abriu os olhos trinta minutos depois e ela entrava no quarto com uma bandeja.

– Ohayo, Kuchiki-sama! Sente alguma dor? – Perguntou alegremente.

– Nenhuma.

– Que bom. Este é o seu café da manhã, algo bem leve. Repouse por algumas horas mais, se possível – sabia que ele não faria isto.

– Aonde vai? – Perguntou ele depois que Aiko entregou a bandeja e foi até a porta.

– Preciso voltar ao meu posto... Ah, eu mesma preparei o café! Espero que goste. Sei que não gosta de coisas doces, mas, resolvi arriscar com um doce de frutas da estação. Dei meu toque... Depois, me diz se aprovou.

– Arigatou... – Ele não estava acostumado a agradecer as pessoas e logo mudou de assunto. – Isto não é obrigação de alguém do Yonbantai.

– Eu sei que não é... Preparei porque de alguma forma me senti responsável por fazer seu dia começar bem. Ainda tenho uma dívida, lembra?

– Está paga – falou ele secamente.

Aiko reverenciou e saiu, deixando Byakuya desconcentrado. Nem mesmo Rukia o tratava daquele jeito. No fundo, ele sabia que não deixava Rukia aproximar-se tanto e se perguntava o motivo de não conseguir fazer o mesmo com Aiko. Não queria aceitar, entretanto, gostava da presença dela e ela lhe trazia algum tipo de paz interior que ele não sentia há tempos.
Algumas horas depois, Isane foi procurar Aiko enquanto ela estava reabastecendo sua bolsa com alguns remédios e afins.

– Recebemos um relatório a seu respeito – disse ela seriamente.

– Do que se trata, Isane-san?

– O Kuchiki-taichou elogiou seu tratamento e os cuidados que teve com ele. O Ukitake também disse que desde que começou a seguir o tratamento que você faz questão de lembrá-lo sempre, suas crises diminuíram. A Unohana-taichou está contente com isto! – Isane passou a falar em voz baixa. – Se continuar assim, logo terá uma posição de mais destaque.

– Arigatou, Isane-san! – Agradeceu a jovem sorridente.


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