Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 16
You Can't Stop It Now


Notas iniciais do capítulo

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Uma semana depois.

Lauren se encontrava sentada no balcão central, lendo o jornal matinal para ver se encontrava alguma coisa, quando Stephen desceu as escadas correndo.
– Onde está? – ele esbravejou.
– Onde está o quê, Steph? – ela perguntou, assustada. O menino tinha todos os músculos do corpo em alerta, e Lauren percebeu isso na hora. – Stephen, você está bem?
– Eu sei que você pegou, onde está? – ele gritou para a irmã. A relação deles durante a semana não tinha sido das melhores, mas ela nunca havia visto o irmão tão nervoso.
– Stephen...
– Eu perguntei onde está! – ele gritou ainda mais alto, andando decididamente na direção da irmã e parando a poucos centímetros dela – Me devolva, agora! – ele não abaixava o tom. Lauren o analisou, suas pupilas estavam dilatadas, sua pele escurecida. Ela havia notado uma mudança de comportamento da parte dele durante a semana, mas deduziu que fora pela briga. As veias em seu pescoço pulsavam. Lauren já estava muitos anos no ramo para perceber rapidamente o que eram aqueles sintomas.
– Você está drogado, Stephen? – ela deu um passo para trás. Não era possível. Não, o irmãozinho dela não. Ele soltou um urro enquanto corria até um pequeno vaso de flor na mesa de centro da sala e o lançava contra parede.
– Me devolva! – ele gritava em plenos pulmões. Lauren tremia da cabeça aos pés. Se fosse com qualquer outra pessoa, ela já teria agido, mas ver seu irmão naquele estado fez com que seu corpo esquecesse todo o treinamento que ela recebera. Mas de uma coisa ela sabia: ficar fazendo perguntas apenas elevaria os ânimos dele. Seu coração estava prestes a explodir, mas seus instintos policiais falaram mais alto. Então, ela começou a jogar.
– Eu não peguei, Steph. Talvez você não tenha procurado direito.
– Eu procurei por toda a parte! Eu sei que foi você que pegou! – ele se virou para ela.
– Eu juro que não fui eu, Steph. Talvez Rebecca tenha...
– Rebecca não está aqui! Só pode ter sido você! – Lauren estava completamente alerta. Já havia lidado com drogados antes, e sabia que a melhor opção sempre era não entrar em pânico e sempre demonstrar calma.
– Steph... – ela deu um passo à frente. O menino gritou mais uma vez e saiu da casa, batendo a porta com força. Ela ficou encarando a porta durante alguns segundos. Aquilo não poderia estar acontecendo.
Antes que seus joelhos trêmulos cedessem, ela saiu atrás do irmão.
O seguiu pareceu que por uma eternidade.
Finalmente o viu entrar em uma casa velha e pequena com dois andares em um beco que havia na parte mais pobre de Washington D.C. Ela não precisou olhar duas vezes para saber o que havia dentro daquele lugar.

Enquanto isso, na sede do FBI, Bram analisava alguns casos que teria que trabalhar mais tarde. Olhou no relógio. Lauren estava atrasada. Segundos depois, o telefone em sua mesa tocou.
O telefone para emergências, no qual só os agentes de dentro do FBI possuíam o número.
– Bram Davis. – ele atendeu rapidamente, assumindo sua postura de capitão da polícia.
– Bram, sou eu.
– Lauren?
– Sim. Não tenho muito tempo, então me ouça. Eu preciso que você traga todos seus policiais para a segunda quadra. Nós vamos fazer uma invasão. – segunda quadra era o nome que os agentes davam para a uma parte da área pobre de Seattle, onde acontecia a maior parte dos crimes. Havia três quadras no total, englobando toda a área.
Mas o problema é que Lauren não se envolvia com simples invasões em becos. Aquilo era trabalho para os policiais, não para o alto escalão. Alguma coisa estava muito errada.
– Nos dê cinco minutos. Não faça nada antes de nós chegarmos. – ele desligou e então convocou todos seus agentes, que em poucos minutos já estavam nas ruas.

Finalmente a casa estava cercada. Bram desceu do carro e correu em direção a Lauren, que se escondia atrás de um poste.
– Stephen está lá dentro. – ele pode ver o puro desespero nos olhos da mulher.
– O que Stephen está fazendo aí? – ele perguntou.
– Eu não sei. Mas nós precisamos tirá-lo daí.
– Você está armada? – ele perguntou.
– Não, eu o segui de casa até aqui. – Bram assentiu e entregou uma arma junto com um coldre à mulher, e logo depois buscou um colete para ela. Tomaram todas as medidas de segurança, e então avançaram. Bram forçou a porta, mas estava trancada. Dando alguns passos para trás, a chutou, e ela voou como se fosse papel. Com a arma em punho, ele entrou, lado a lado com Lauren e com seus agentes logo atrás. Eles foram caminhando pelo estreito corredor e então chegaram em um pequeno cômodo, apenas com um sofá e uma TV velha.
– Tem um segundo andar. – Lauren sussurrou, apontando com o queixo para uma escada logo à frente – Vamos.
Enquanto os agentes de Bram revistavam todo o andar de baixo, os dois subiram. No andar de cima havia um banheiro e dois quartos. Todos vazios.
Não demoraram muito para perceber que tinham caído em uma emboscada.
Quando desceram, os agentes também já tinham percebido.
– Há uma porta nos fundos, com certeza eles saíram por lá. – um dos agentes disse, e eles se dirigiram até a rua onde a porta dos fundos dava, bem a tempo de ver dois carros passando a toda a velocidade, mas foi o suficiente para Lauren enxergar o irmão dentro de um deles.
Então a perseguição começou.
Dois carros da polícia contra dois carros dos bandidos.
Em uma determinada rua, um dos carros fez uma virada brusca, derrapando e tomando toda a rua. Os bandidos saíram do carro enquanto o segundo automóvel continuava a correr, parando só mais atrás, onde os bandidos desceram a fugiram. Era naquele carro que Stephen estava.
– Stephen está no outro carro. Eu vou tentar dar a volta e chegar até eles pelo outro lado. Apenas correndo eles não conseguirão ir tão longe.
– Eu vou com você. Não dá pra saber em quanto eles estão. Hallet e Matthew, venham comigo! – Bram chamou mais dois agentes e então eles começaram a correr para onde os bandidos tinham seguido com Stephen, enquanto o resto dos agentes trocavam saraivada de balas com os bandidos do primeiro carro.
Em pouco tempo eles conseguiram avistar os marginais. Bram deu o primeiro tiro, passando de raspão pela perna de um deles.
Lauren viu seu irmão com as mãos amarradas nas costas e a boca lacrada. Além de Stephen, havia outra pessoa familiar com eles. Apenas pela silhueta, Lauren soube quem era. Rebecca.
Mas pelo jeito que ela agia, não parecia nem um pouco que ela estava sendo sequestrada.
Um dos bandidos virou para atirar neles, mas errou as duas balas.
Em um momento, os bandidos se separaram. Eram quatro no total, sem contar com Stephen e Rebecca. Dois viraram uma rua e os outros três continuaram correndo. Hallet e Matthew foram atrás dos dois que se separaram, sobrando Bram e Lauren contra os outros dois.
Os bandidos finalmente pararam de correr e se viraram para eles, foi só então que Lauren viu que um deles tinha uma arma apontada para a cabeça de Stephen, enquanto o outro apontava a arma para ela.
Eles estavam a poucos metros deles. Bram deu um passo à frente.
– Se você atirar, eu mato o menino e meu companheiro aqui mata sua namoradinha. – Lauren e Bram não se deixaram abalar, ainda com as armas apontadas para os bandidos.
Rebecca se encontrava atrás deles, escondida. Cadela, pensou Lauren.
– Solte-o. É a mim que vocês querem. – ela foi abaixando a arma devagar – Meu irmão não tem nada a ver com isso.
– Armas no chão. – o que estava com Stephen disse. Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, um carro todo preto parou atrás deles, Rebecca saiu correndo e entrou no carro, logo depois indo embora.
O que foi isso? Bram e Lauren pensaram ao mesmo tempo. Mas não havia tempo para perguntas, eles precisavam agir juntos.
E só uma troca de olhares bastou.
Quando estavam prestes a colocar as armas no chão, Bram deu o primeiro passo. Um ato tão rápido que os olhos dos bandidos não conseguiram acompanhar. Atirou no cara que apontava a arma para Lauren, e ao mesmo tempo, na mesma velocidade, Lauren atirou no cara que mantinha Stephen preso. Ela mirou na cabeça. Certeiro, para ele não atirar em Stephen em um momento de reflexos rápidos.
Mas o único problema aconteceu quando o tiro não atingiu a cabeça do bandido.


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