Criminal Love escrita por imradioactives


Capítulo 15
Distraction


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Bom, queria saber o que vocês estão achando da história...preciso de comentários! Dúvidas, críticas, elogios! Tudo o que vocês tiverem em mente! Quanto mais, melhor!



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– Pelo visto vocês tinham muito que conversar. – Stephen sorriu para a menina, que adentrava seu quarto.
– Fazia muito tempo que não nos víamos, e como eu vivo sozinha em Connecticut...me fazia falta uma amiga para conversar. – ela sorriu e se sentou ao lado de Stephen na cama, a expressão do menino exalava preocupação. – Steph, eu não gosto de te ver desse jeito. Será que não há nada que eu possa fazer para te ajudar?
Stephen encarou Rebecca por alguns segundos, sabendo que aquilo era errado, mas o que ele estava sentindo era muito pior. Ele sabia que sua estrutura familiar estava prestes a desmoronar por causa de um maluco sedento por vingança. Lauren foi tudo o que ele sempre teve de melhor, e ele estava a observando enlouquecer pouco a pouco.
– Eu acho que tem, sim.
– Diga. Eu faço o que for preciso.
– Será que você não teria mais um daqueles seus comprimidos?

Quando Stephen acordou, viu Lauren sentada no balcão de centro da cozinha, tomando uma xícara de café. Suas olheiras eram fundas. Sem dizer nada, ele se aproximou e deixou beijo na testa da irmã.
– Onde está Bram? – ele perguntou.
– Foi para casa. Ele precisa de um descanso.
Stephen a encarou.
– Você o mandou embora, não mandou?
Ela levantou os olhos para ele.
– Ele precisava de um descanso de qualquer maneira. – ela deu de ombros. Ele balançou a cabeça negativamente.
– Afastá-lo de você não vai resolver o problema.
Lauren bateu a xícara com força no balcão.
– Eu preciso de um tempo pra pensar, ok?! – ela elevou o tom de voz de uma maneira que Stephen nunca havia visto.
– Lauren, gritar comigo não vai aju...
– Aparentemente nada vai ajudar a resolver meu problema, Stephen, nada! – ela manteve o tom alto. – Eu não quero você no meio disso, está me entendendo? Eu quero que você passe essa semana aqui, aproveite tudo o que tem que aproveitar com sua namorada, e no fim você pegar aquele maldito avião e vai voltar para sua faculdade e viver a sua vida! – ela encarava o mais novo, sua respiração ofegante.
– Eu não vou voltar para Yale, Lauren, não importa o que você diga. – ele manteve o tom calmo.
– Você vai voltar para Yale sim! Enquanto as coisas estiverem esse inferno por aqui, eu não quero você perto de mim! Você me entendeu Stephen? Não quero!
Stephen encarou a irmã com uma mágoa que ele nunca havia sentido antes. Diante de tudo o que ela falou, tudo que ele ouviu foi “eu não quero você perto de mim”. Sua irmã. Sua própria irmã. A pessoa que ele amava mais que tudo na vida.
– Eu só quero ajudar...
– Eu não preciso da sua ajuda! – ela gritou – A única coisa que eu preciso é que você volte a viver sua vida e esqueça tudo o que está acontecendo por aqui!
Eles se encararam por alguns segundos, e a mágoa no peito de Stephen se transformou em raiva.
Enquanto isso, do topo da escada, a bela ruiva britânica observava tudo. Pegando seu celular rapidamente, enviou e seguinte mensagem: “Mudança de planos, o estopim que eu queria acabou de acontecer”.

Ela tentava acompanhar seus passos rápidos. Mas ele estava incontrolável.
– Stephen, pare! – ela pediu. Ele finalmente parou – Você não pode sair assim, descontrolado.
– Eu ainda não acredito nas coisas que ela me disse, Rebecca. Aquela não era minha irmã. – ele passou a mãos pelos cabelos. Ela via claramente que era raro os dois brigarem, então ele não sabia muito bem como lidar com a situação. E isso era perfeito.
– Eu estou aqui, está tudo bem.
– Eu preciso...eu preciso de uma distração, eu preciso esquecer tudo o que ela me disse, eu... – ele não conseguiu completar, respirando fundo com os olhos cheios de lágrima. Por um momento, olhando para ele, Eve pode ver a avalanche de sentimentos que arrasavam o menino, e ela sentiu pena. Mas não, ela tinha um objetivo com tudo aquilo. Ela era Rebecca, e precisava continuar com o plano.
– Eu...eu conheço um lugar onde você pode se distrair. Vamos. – ela o puxou pela mão.
Parecia que eles haviam atravessado Washington D.C inteira, antes de pararem em uma pequena casa de dois andares, velha e mofada.
– Espere, o que é esse lugar? – ele perguntou.
– Um lugar que sua irmã nunca aprovaria. – ela disse, cutucando a ferida do menino. Sem hesitar, ele a acompanhou para dentro.
Atravessando um pequeno corredor, ele se encontrou dentro de uma sala bem estreita, com um sofá velho e sujo, uma TV e uma mesa de plástico de canto, onde dois homens jogavam baralho.
– Eve? – um deles arqueou uma sobrancelha.
– Não. Você deve estar me confundindo com alguém. Meu nome é Rebecca. – ela sorriu rapidamente para o homem. Por um momento ele pareceu confuso, mas depois sua expressão se clareou.
– Sim, claro! Rebecca! Como eu pude esquecer? – ele se levantou, um pouco desconfortável – E quem é seu amigo?
– Jack, esse aqui é S... – mas antes que ela pudesse terminar, Stephen a deteve.
– Quem são vocês? – ele perguntou.
– Steph, está tudo bem. Confie em mim. – ela passou a mão pelo peito dele e sorriu – Esse aqui é Stephen. É a primeira vez dele.
– Sim, sim, claro! – o homem sorriu. Stephen o analisou. Se sentia desconfortável naquele lugar. O homem era grande e usava uma jaqueta de couro preta, provavelmente falsa, uma camiseta branca de pano fino por baixo e uma calça jeans surrada – Então, o que vai querer?
Ela pensou por alguns minutos e se virou para Stephen.
– Espere aqui um minuto. Nós não demoraremos. – e então ela sumiu com o cara para o segundo andar. A primeira reação de Stephen foi ir atrás dela, mas a expressão do outro cara sentado à mesa lhe dizia que era melhor não.
Dois minutos depois, mas para Stephen pareceu uma eternidade, os dois voltaram.
– Pronto! – ela sorriu para ele e depois se virou para o cara – Obrigada, Jack. Talvez nós voltaremos aqui novamente.
– Estamos a sua disposição. – Jack respondeu. E então ela pegou Stephen pela mão e os dois saíram dali.
Ver a luz do dia novamente para Stephen foi um alivio.
– O que acabou de acontecer aqui? – ele perguntou para a menina.
– Você queria uma distração, eu consegui uma distração para você. – ela abriu o casaquinho levemente, e ele pode ver um saquinho com um pó branco.
– Isso é... – antes que ele pudesse dizer, ela colocou o dedo em seus lábios.
– Uma distração, Stephen, uma distração.

Olhando para o pó enfileirado horizontalmente em sua escrivaninha, Stephen respirou fundo.
– Becca, isso é errado.
– Bobagem, Steph. Você consegue se livrar disso a hora que quiser, não é como as pessoas dizem. Elas fazem o maior drama. As coisas não funcionam desse jeito. – ela o analisou – Vamos. – ela estendeu alguma coisa parecida com um pequeno canudo para ele – Você já sabe como fazer.
Ele olhou para ela de relance e pegou o objeto, fazendo como ela havia o ensinado. A sensação de prazer tomou conta de seu corpo em poucos minutos. Seus músculos se relaxaram e seu cérebro começou a trabalhar mais devagar, focando apenas as mudanças que ele estava sentindo. Por um momento, ele esqueceu todos os problemas. Foi como se ele estivesse no céu.
– E então? – Rebecca perguntou.
– Uma das melhores sensações que eu já tive. – ele disse com os olhos fechados.
– E você pode ter isso quando quiser. – a menina sorriu.


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