Valentine's Day escrita por Luna Parker Maddox


Capítulo 2
Love Will Remember - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

último capítulo...
sei que deveria ter mais de dois capítulos, mas fazer o que né?!
espero que gostem...
feliz dia dos namorado atrasado rsrssr'



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Pov’s León

Um ano... hoje faz um ano que eu e Violetta terminamos. Não consigo conter o arrependimento por ter deixado que tudo acabasse daquela maneira. Ela sempre teve problemas com toda essa história de enfrentar seus problemas e tals. Era um trauma e eu sabia disso, quando acontecia ela meio que não tinha controle sobre suas ações. Suspirei pesadamente ao me lembrar daquele dia, depois daquilo tanta coisa aconteceu. Eu comecei a sair com Lara... outra vez, não me perguntem, nem eu sei porque fiz isso sendo que nunca daríamos certo, nem em um milhão de anos. O que mais me dá raiva é que eu realmente não havia traído Violetta com a Lara. Mas, agora não adianta, depois da merda que eu fiz naquela entrevista, não adianta pensar sobre isso.

Há 7 meses atrás...

Minha família teria que fazer mais uma entrevista hoje, só por causa da carreira política do meu pai, só Deus sabe como eu odeio isso. Nesse momento estou caminhando em um parque que tem nessa região, não tem nada de interessante acontecendo, eu só não quero voltar pra casa, não agora. Ter que encarar Lara, Família, entrevista, fotógrafos, quando a única coisa que eu quero e sumir daqui e ir atrás da única pessoa que realmente me importa: Violetta. Observo cada detalhe do parque com atenção até meus olhos se prendem em uma garota, a encaro nitidamente, ela está de costas e há uma certa distância entre nós, portanto não daria pra ela me ver. Observo um cara chegar por trás dela e tapar seus olhos, ele tem um estilo meio badboy, ela diz algumas coisa que não sou capaz de ouvir, ele tira a mão de seus olhos e ela se levanta e se vira para encará-lo, ela sorri ao vê-lo e o abraça com um sorriso nos lábios. E naquele momento sinto tudo parar, aquela garota era Violetta, a minha Violetta, e estava abraçada com outro cara.

“... parece que ela não mais tão sua assim né?!” – meu subconsciente diz maldosamente pra mim. Sinto repulsa ao ver aquela cena. Sim, nós terminamos, mas vê-la com outro cara é simplesmente... não tenho palavras ara descrever, sinto raiva, ódio, tristeza, mágoa e todos os sentimentos do tipo ao mesmo tempo. Estava pronto pra ir até lá e acabar com essa palhaçada quando meu celular toque, só aí me lembra da entrevista. Olho em volta mais uma vez e eles não estão mais lá. Corro pra casa de meus pais onde está acontecendo a entrevista e no caminho não tiro da cabeça a imagem daquele cara abraçando a Violetta, um ódio tão grande me atinge que sinto que poderia matá-lo se aparecesse na minha frente nesse momento.

Chego em casa meio trêmulo e ofegante, devido a corrida e a cena que acabei de presenciar. Entro na sala onde estão acontecendo as entrevistas, minha mãe sorri ao me ver e me mostra onde deveria ficar para começarmos. Me ajeito na poltrona e a entrevista começa, eles fazem perguntas vagas sobre minha família e tudo está tranqüilo, até que eles tocam no assunto mais indesejado...

– León, há alguns meses você e Violetta Castillo terminaram um relacionamento de 3 anos, como você se sente no momento em relação a ela? – a entrevistadora me pergunta e sinto todos os olhares sobre mim, a cena de mais cedo volta a minha mente e uma sensação de raiva e mágoa me acomete, não consigo evitar que as seguintes palavras saiam pela minha boca.

– Violetta e eu tivemos um romance um tanto intenso, porém um pouco inacreditável demais, era a famosa história do príncipe rico que se encanta pela plebéia, mas todos sabemos que isso só funciona em livros e filmes, na vida real isso me parece surreal demais pra dar certo. O que tivemos foi apenas uma distração adolescente passageira que não durou muito, o que tenho hoje com Lara é muito mais real e forte, tenho certeza que isso muda muita coisa. – despejo as palavras e só após ouvi-las saindo pela minha boca sinto o peso que ela exercem. A entrevista acaba e eu saio daquela sala.

Nada do que eu disse na frente daquela câmera era verdade, o que tenho ou tive com Lara não é e nem nunca será mais forte do que eu tive e sinto por Violetta. Mas, agora não adianta mais, a burrada já está feita.

Tempos Atuais...

12 de Junho...

Agora já não importa mais, estou aqui e nada do que fiz ou deixou de fazer vai mudar minha decisão. Observo a porta a minha frente, levo a mão a maçaneta e abro-a, adentrando aquele apartamento que eu conhecia tão bem. Fecho a porta atrás de mim e meus olhos buscam por ela, até que a encontram. Ela está de costas pra mim, completamente mudada. Seu corpo está mais adulto, o que de certa forma tira toda aquela idéia que ela passa de garota inocente. Seus cabelos que antes eram longos e completamente castanhos escuros, agora batem na metade das costas e contém mechas loiras por todo ele. Ela está tão perfeita, tão... ela. Começo a me aproximar em passos lentos, agora não daria pra voltar atrás, não que eu quisesse voltar atrás.

Pov’s Violetta

Eu observava a janela completamente inerte em pensamentos, ele não saia da minha cabeça, por mais que eu me esforçasse. Ouvi a porta do meu apartamento sendo aberta, provavelmente Francesca procurando as chaves da sua casa, não dei importância, pois ela devia estar totalmente bêbada. Continuei observando a janela, as ruas movimentadas de Buenos Aires, ouvi passos calmos e lentos na minha direção, não era Francesca, eu sabia disso. Um leve desespero me acometeu quando a pessoa parou alguns passos antes de chegar até mim...

– Violetta... – a voz dele estava rouca e grave, como eu me lembrava. Cerrei as pálpebras numa tentativa inútil de esquecer tudo isso, de afastar da minha mente a voz dele e tudo que estava relacionado a ele. Sim, eu achava que aquilo era uma ilusão, uma doce ilusão criada pela minha fértil imaginação. Senti seus dedos tocarem meu ombro e nesse momento eu soube, não era uma ilusão, ele realmente estava ali.

– León... – murmurei mais pra mim mesma do que pra ele, meu coração começou a bater descompassado e senti que minhas pernas iriam fraquejar, a função de respirar ficou um pouco mai difícil e precisei virar-me pra ele pra ter certeza que estava ali. Fitei seus olhos verdes, eles queimavam sobre mim, estavam mais intensos que o normal, suplicantes.Ele estava tão diferente e ao mesmo tempo tão igual, por um momento senti como se o tempo não tivesse passado, mas havia passado. – o que faz aqui? – disse as únicas palavras que fui capaz no momento, ainda estava meio zonza com tudo que estava acontecendo.

– não consegui deixar que acabasse do jeito que acabou, Violetta. – ele afirmou, olhei em seus olhos e foi como se eles me dissessem tudo que eu neguei pra mim mesma durante meses, olhei para os meus próprios pés em uma tentativa ridícula de manter meu bom senso.

– não acha que está meio tarde pra isso? – perguntei levantando o olhar, observei-o dar um passo a frente, em minha direção. Fechei os olhos, tentando ignorar nossa proximidade.

– talvez... – ele soltou a palavra no ar, abri meus olhos e ele me fitava intensamente, nossos corpos estavam próximos demais pra minha sanidade mental. – Violetta eu... – ele pausou e respirou fundo. – não consegui te esquecer. – afirmou para o meu desespero. Desviei o olhar e ele se aproximou mais. Coloquei minha mão em seu peito, o parando.

– León... – fechei os olhos, tentando evitar as palavras que viriam a seguir. – já conversamos sobre isso. Já se passou um ano e... – ele me interrompeu e fui obrigada a fitá-lo.

– não conversamos sobre isso, Violetta! Discutimos à um ano atrás e apenas quem tomou a decisão foi você e não eu. – ele despejou a palavras com uma naturalidade que chegou a me assustar.

– o que você falou naquela entrevista pareceu deixar tudo bem claro pra mim. – afirmei e o observei fechar os olhos como se tivesse sido ferido ou algo do tipo. sim, eu havia assistido aquela entrevista e foi depois dela que eu entrei em depressão. Uma raiva súbita me acometeu ao me lembrar das palavras dele. – como foi que você falou mesmo?! a famosa história do príncipe rico que se encanta pela plebéia. – assumi a ironia e a mágoa em minha voz, ele nada disse. Me afastei deixei uma lágrima infeliz rolar, ele me encarou por um segundo e eu dei dois passos atrás. – vai embora! – minha voz sai fraca e embargada. Ele tentou se aproximar mais uma vez, dando passos rápidos em minha direção.

– Violetta, nada do que eu disse naquela entrevista era verdade. Eu estava com raiva porque te vi com outro cara e ...- o interrompi.

– era um amigo Léon, e mesmo que fosse mais que isso você não tinha nada a ver, não tínhamos mais nada entendeu? – praticamente cuspi as palavras. Eu não acreditava no que eu mesma estava fazendo, durante um ano desejei que ele viesse atrás de mim e agora que ele finalmente fez isso eu estava destruindo tudo. Abaixei a cabeça e mais algumas lágrimas desceram pelo meu rosto ao me lembrar de tudo aquilo. Ele se aproximou de mim e parou a apenas um passo de distância.

Levantei a cabeça e olhei em seus olhos, ele levou as duas mãos ao meu rosto, secando minhas lágrimas carinhosamente. Senti um bolo sse instalar na minha garganta, não fazia idéia do que dizer e sabia que ele não quebraria o silêncio.

– León,... a gente... – não fui capaz de dizer nada, ele segurou em minha cintura e colou nossos corpos, minha respiração ficou descompassada e ele me olhou suplicante como se necessitasse de mim para viver. – você ... tem namorada. – afirmei com dificuldade, dizer aquela frase doía como se uma faca perfurasse meu peito.

– esqueça a Lara. – ele sussurrou. Fechei os olhos e me afastei. Eu não conseguiria, havia muitas coisas a serem resolvidas. – Violetta, eu sei que tudo que aconteceu nesse um ano não vai ser apagado facilmente, mas eu não posso mais ficar longe de você. Eu não consigo te esquecer e sei que você também não me esquecei, por que ainda está usando a nossa aliança. – suspirei, eu realmente nunca tinha tirado aquela aliança do dedo desde que ganhei. Ele pegou em minha mão, a que a aliança se encontrava, e a colocou sobre o peito dele, senti seu coração descompassado. – não adianta negar, nós dois sentimos isso. – ele se aproximou mais uma vez e segurou na minha cintura, senti sua respiração quente fazer cócegas em meu rosto, tê-lo tão próximo novamente era surreal, meu lábio inferior tremeu levemente em expectativa e pude senti-lo sorrir.

– isso é errado. – afirmei fechando os olhos, eu não teria forças para afastá-los, mas isso não fazia a situação se tornar se certa. Ele colou nossos corpos e senti nossos narizes se encostarem.

– acontece que nessa vez eu vou escolher o errado! – ele disse e em seguida selou nossos lábios. Como eu senti falta disso, era tudo que eu precisava. Sua língua pediu passagem e eu cedi de imediato. Nosso beijo era quente e sincronizado, nossa línguas travavam uma batalhar deliciosa, até que o ar faltou, nos separamos um tanto ofegantes e colamos nossas testas. Ele apertava minha cintura como se tivesse medo de perder a qualquer momento. Não contive o impulso de lhe abraçar, com todas as forças existentes em meus corpo, ele por sua vez envolveu meu corpo com seus braços como se esperasse por isso a muito tempo. Fechei os olhos apenas sentindo o calor do momento. – feliz dia dos namorados, meu amor! – sussurrou no meu ouvido e em seguida desferiu um beijo em meu pescoço, estremeci e senti seu sorriso ao ver que ainda tinha os mesmos efeitos sobre mim.

– feliz dia dos namorados! – sussurrei de volta, me afastando e fitando seus olhos verdes, acariciei sua nuca enquanto ele me olhava intrigado. – eu te amo. – afirmei e ele sorriu.

– eu também te amo.


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Notas finais do capítulo

gostaram do meu final?
por favor comentem, seu comentário é muito importante pra mim...