Inesquecível escrita por sthefany Dubrinsky


Capítulo 7
Capítulo 7 § Tribo Hanukar


Notas iniciais do capítulo

Obs: Tribo e todo trejeito fictícios, apenas trazendo aspectos da África do Sul, frases e textos todos próprios da autora, bem boa leitura e espero que gostem de toda confusão desse capítulo.



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Capítulo sete

Tribo Hanukar

Talvez o tempo que levei decidindo que compraria ou não a passagem foi o mesmo tempo em que ela chegou na reserva, talvez cada segundo que passasse meu coração batia de forma diferente, quem sabe é que tem duvida, o incrível é que não dá para viver sem duvida assim como não dar como escolher dois caminhos mesmo que ambos te levem para o mesmo trajeto a caminhada sempre vai mudar e vai vem o “se” talvez aquele “se” bem insistente de falha, erro e tentativa, talvez aquele jamais, foi de nunca vai voltar, o era, o já foi, o não voltará, a verdade é que não dá para notar o que perdeu depois que já sentiu a perda. Liguei para Henry, ele podia ser bem útil em conselhos mesmo que o conselho mais viável dele seja “nunca siga meus conselhos”.

– vejo que sobreviveu a mais um dia.

– olá, Henry acho que vou voltar.

A voz dele ficou distante e abafada.

– está louco!

– louco seria se ficasse.

– e desempregado seria se voltasse áleas um só não... Dois, nós dois.

– eu sei!

– então pensa.

– é isso que esta acontecendo comigo, eu não estou pensando, não estou querendo agir, não estou conseguindo reagir.

– Mark qual é você tem que tocar a vida para frente, todos os erros que andam acontecendo com você não é apenas a de um pós-amor e sim um pós-formado, se isso continuar acontecendo cara, você vai se destruir e não estou falando um coração somente uma alma e uma vida.

– o que?

– estou dizendo que trabalho ajuda a focar e se mantenha ocupado, se não vai acordar ferrado e desempregado numa cidade em que todo mundo só quer uma oportunidade para se sobressair e ela não aparece duas vezes.

– entendo, recebi uma proposta da senhorita Karther o erro a mais que tenho que resolver eu não li a ficha direito ou não prestei muita atenção no detalhe “mulher” escrito no papel.

– toma cuidado para não confundir gato por lebre ou veado com leoa.

Ele riu eu seria a piada até a minha morte ou a dele.

– engraçadinho!

– vamos me diga que proposta!

– de também trabalhar para ela que analisou a minha ficha e achou que precisava de mim ou de um novo saco de risadas.

– gostei dessa mulher parece uma fera indomável de quatro bilhões de dólares.

– na verdade é bem mais do que isso.

– hum, já notou o interior dela! Seu tom era conspiratório.

– na verdade a conta bancaria e é bem mais do que isso.

Henry fez uma pausa e soltou o ar, voltando a falar.

– ok, vamos fazer assim você joga cara ou coroa se der cara você volta se der coroa você fica.

– bom método para resolver um empasse.

– meu lema é o seguinte se sua mente não consegue escolher assim como seu coração deixe a sorte fazer seu papel na historia e o destino ter uma chance de dizer que a muito mais acaso no descaso.

– é assim que faz com as garotas no bar?

– é assim que faço com um amigo que me dá trabalho.

– obrigado, Henry.

– não disponha sempre, agora desliga que tenho uma reunião para fechar o expediente.

– boa sorte.

– adeus... Espera você me ligou a cobrar de um interurbano?

– boa reunião, Henry.

O celular foi desligado e com certeza meu amigo se suicidava com o futuro preço da ligação.

A chamada para o voo de Nova York começou a ser anunciada, andei devagar para o balcão ainda havia passagens para o voo, provavelmente chegaria de 08h15min da manhã do dia seguinte.

Meu corpo se projetou para trás com o esbarrão do casal que venha do lado oposto voltando do balcão, ele me pediu desculpas em português sabia varias palavras do idioma, já que conheci muitos brasileiros ao longo da vida que por sinal eram um povo caloroso, o saudei simpático ouvindo um tilintar no chão, o rapaz educadamente abaixou para apanhar uma moeda enquanto eu começava a caminhar, ele voltou sorridente.

– senhor, deixou cair isso acredito que é seu.

Era meu não havia notado, peguei o papel havia um lembrete numa letra desenhada, ainda possuía o bilhete no casaco de “volte para mim meu amor!” de Dayanne. Ele me entregou meu estomago embrulhou com a forma que ainda se agarrava no meu peito todas as coisas que me lembrava dela, mesmo se não fosse por pensamento era algo concreto, material, dizendo não importava aonde vá, sempre estarei com você, pois ainda possuo seu coração; em seguida a moeda e está à figura de um numero “coroa”, fique, mas que besteira. Posicionei-me no balcão, observando a jovem mexer rapidamente nos teclados, peguei as cédulas e umas moedinhas, não precisava perguntar o preço já havia decorado nos últimos minutos ouvindo e vendo as chamadas e preços no telão.

– voo de 12h00min, por favor!

Ela pegou o dinheiro de forma rápida verificando um por um e observando o computador, ela me estendeu novamente o dinheiro e com sua voz doce me respondeu.

– desculpe, mas o ultimo foi comprado por aquele casal.

Olhei em volta não havia mais casal minha mão foi estendida, mas não firme o suficiente, uma moeda saltitou podia dizer a mesma que antes, contudo seria muita coincidência e lá estava formulado “coroa” e o subtítulo fique.

– mas a um próximo daqui a cinco horas e meia.

– me de um, por favor!

Ela puxou o dinheiro, mas fui rápido e me agarrei àquela moeda dando outra em troca por algum motivo besta, essa moeda poderia ser meu amuleto de sorte. Liguei de novo para Naadir vim me buscar, que veio todo alegre foi complicado dizer a ele que iria embora em seguida.

– sabe senhor Phend, existe uma sabedoria popular que diz: se você tenta ir embora com assuntos inacabados os espíritos te prendem para que não parta até que tudo esteja resolvido, sua mente, seu corpo e sua alma tem que estar em equilíbrio e para que isso aconteça é necessário o amor, o perdão a necessidade pura do espirito para um novo recomeço.

– acontece que não estou morrendo.

– a verdade senhor Phend é que todos morrem a cada dia então sempre estamos morrendo, pois não somos eternos.

Eu bufei quando ele me vinha com sabedoria e ditos, eu não precisava ser médium para saber que sugeria algo mais nesse mistério. - o que quer dizer com isso então?

Dirigiu até a reserva a reserva que voltava após um ataque de leões, quer dizer uma leoa que era registrada e nada perigosa como se os incisivos dela fossem de enfeite.

– que tal agradar os espíritos senhor Phend.

– acho que até eles estão zoando com a minha cara.

– ou conspirando a favor.

Sair do jipe com passos lentos segurando a minha bolsa pela mão esquerda, a viagem inteira ouvir sobre as diferenças de espíritos, entidades, santos e anjos. Juro que podia dar um seminário de teologia só com essa introdução, acho que depois de uma hora me convenci de não irrita-los não estava querendo provocar suas forças ocultas, não que fosse ateu ou crente, contudo uma coisa que aprende ao longo de minha vida é que a coisas que não se ver e a coisas que não se explicam não vou negar a junção de ambas, afinal qual a probabilidade numérica de sair dois caras seguidos ao acaso e eu perder o voo, quer dizer o voo é mais fácil agora a moeda era demais para um matemático descrente.

Havia pessoas para todos os lados e o lugar parecia mais aconchegante com toques rústicos, mas confortável. Andei até a moça da recepção.

– por favor, senhora Karther!

Ela bateu com as pernas e remexeu o quadril zombeteiro.

– dessa vez, se dirigiu a uma dama.

– vamos dizer que ela me amostrou suas garras.

Ela riu e quase fiz o mesmo. – sorte sua ainda estar vivo.

Falei baixo o suficiente para não ser escutado pela multidão. – espero que por mais tempo.

– me siga!

Saiu de trás do balcão movimentando seu quadril, não que eu seja um pegador ou galinha, mas um quadril daqueles era impossível não olhar, ela voltou de leve me olhando firme, tomará que ela não tenha percebido que olhava para sua comissão traseira se a chefe me pôs entre leões a empregada me colocaria na jaula, fiz uma nota mental de culpar os espíritos por tudo isso e se morresse aqui e agora. Viramos o corredor e ela bateu na porta.

– Barbara a alguém aqui querendo vê-la.

A voz saia abafada do outro lado.

– quem é?

– vamos dizer que você vai se surpreender.

A porta foi aberta e a loira de mais cedo estava de regata branca e um short militar com botas.

– há. – ela cruzou os braços na porta. – veja só quem é o cara morro de medo de veado porque pensava que era leão que ia para Nova York, alguém sabe que você confunde gato por lebre, repare bem antes de ir para cama de um deles.

Droga essa seria a minha piada do ano, mas vou apagar a ironia dos últimos trechos dela, muito desagradável, ok espíritos. Acho que estou a ponto de mandar mais uma para vocês.

– como você é maluca e mesmo não sendo da sua conta eu vou para Nova York, só achava que deveria me desculpar se diminui seu ego feminista por ter achado que era homem.

– tudo bem, não me incomodo afinal você confunde os animais mesmo.

Chega ela estava ofendendo minha masculinidade e um animal macho nunca deixa ninguém ofender sua masculinidade.

– não me venha com confundir e nem com comentários hostis e desrespeitosos não estou aqui criticando seus modos mesmo que você seja louca, desorientada, resmungona, cheia de si, irresponsável, imatura e desrespeitosa.

– e isso tudo porque veio me pedir desculpa.

– não era essa a minha ideia até que os espíritos se intrometeram.

– espíritos... E eu sou a maluca.

ela fez um sinal em circulo perto do ouvido fazendo com que a outra tampasse a boca para rir e pensando bem me ouvindo falar a África não estava fazendo muito bem para meus neurônios, acho que é o clima.

A moça que estava presente ouvindo a discursão pronunciou algumas palavras em sua língua natal e saiu rindo quando Karther fez uma cara feia para ela. Voltei ao meu ponto inicial, afinal não fazia sentido e me irritar tanto e perder meu tempo com aquela maluca.

– pronto já fiz o que vim fazer, adeus.

Ela deu alguns passos quando ameacei ir embora.

– Phend, nós dois agimos de maneira desagradável e as nossas consciências revogaram isso, vamos fazer assim eu te desculpo e você me desculpa.

Balancei a cabeça com um sim eu estava indo embora mesmo a África não me faria mais nenhum mal era o que pensava errado. Ela voltou a falar.

– e como pedido de desculpas e uma coisinha a mais para falar a meu respeito para seus chefes vou mostra-lo o recinto.

– tenho um voo daqui a algumas horas.

– calma, eu só vou lhe amostrar uma parte da reserva não a África inteira. – fiquei relutante uma viagem já me foi o bastante quem sabe o próximo animal a ser comido não era eu, sem duplo sentido, há essa Karther e suas insinuações encherão minha cabeça de baboseira. - Vamos ás pessoas aqui dizem que o pedido de desculpas não é completo até que um ofereça algo ao outro como um sinal de boa fé quem sabe isso agrada seus espíritos.

Até quando estava sendo o mais brevemente gentil voltava a ser desagradável.

– ok!

– ok!

Passeamos pela estalagem cumprimentamos uns hospedes alias ela, eu apenas fiquei calado sabia apenas o inglês o restante uma ou duas palavras, então voltamos às piscinas e quase pulei na água o clima era quente e ela dizia que planejava construir mais piscinas, lagos e lagoas para os hospedes se refrescarem com comodidade e os animais. Então observamos umas trilhas e esportes arisquei alguns, estava tentando passar uma imagem melhor que gritando de medo de uma leoa, não que me importasse com a opinião dela, realmente não me importava.

E para minha surpresa a reserva havia um berçário com leões, ela não deixaria de passar um dia sem me apresentar aos felinos do lugar, podia ver seu olhar se iluminar e seu sorriso crescer com a minha tensão.

– olhe que os espíritos não se agradaram com um homem que não aceita de bom grado o pedido de desculpas de alguém.

– acho que desse modo vou negociar com eles.

– se morrer na mão de um leão?

– não, se mandar a mulher que pede desculpas.

Ela abriu um grande sorriso e que ódio à mulher exerce um poder no homem é só um sorriso e então algo estranho se amostra no céu como uma luz, mas não me deixaria enganar ela era o demônio e já havia me enganado antes. O filhote se esticava preguiçoso levando a mamadeira na boca.

– ele não é bonitinho.

– claro, quando não esta rasgando algo.

Como um protesto ele rugiu não forte mais certa advertência. Engoli a seco eu não sabia de onde havia adquirido esse medo todo do bicho, talvez seu quase dois metros, suas unhas afiadas e dentes e sua maneira quase atrativa de perigo e doçura como uma criança é fofinha dormindo, mas terrível acordada. Passei as mãos nele com grande esforço e depois da primeira vez comecei a sentir confiança e dei a mamadeira a ele.

– olhe só agora, já pode domar todos os leões da reserva.

– não aposte tanto, afinal estou com uma louca psicótica.

– e eu com um covarde machão.

Dei de costa, o que havia com essa mulher era tudo maravilhoso até ela abrir a boca, sentada sobre um tronco caído lendo papeis. Ela se dirigiu a mim novamente.

– venha quero mostra-lhe um lugar, não muito longe daqui e é para mim o melhor lugar de toda África como se os espíritos lhe salda-se e mandam-se boas vibrações.

O sol ainda estava forte no céu não como antes, mas necessitava de boas vibrações assim como meu coração de repouso quando se dedica sua vida a alguém é difícil viver sem ela.

Alguns jipes chegavam com turistas sorridentes e outros mais saiam, entramos em um, ouvindo uma bela canção regional, chegamos e a tribo era alegre, pintando-nos com suas tintas de flores e nos dando colares tribais, dançavam de um lado para outro batendo seus batuques e mostrando seu artesanato estavam lucrando com isso, pois vendiam tudo até os mais exóticos. Havia um lado mais excêntrico em tudo aquilo em toda cantoria no som que emanavam não diria que era alucinógeno e nem sensual mostravam mais, mostravam vida, mostravam fé, mostravam sentimentos algo que os concretos de muros se limitavam ao vazio e ao monótono era como se houvesse uma distancia e algo secreto em tudo aquilo algo que procurava se encaixar em mim, todos estavam fascinados e se arriscavam a dançar junto a tribo alguns desajeitados outros verdadeiros bailarinos, tirando suas fotos, rindo e comendo e sim a comida era bem gostosa perguntei ao primeiro que passou o que era e não falava a minha língua até que outro mais jovem respondeu “cobra”. Cuspi sem cerimonia, meu deus, isso poderia estar contaminado.

– cuspir uma comida sagrada de coragem e boas vindas não dá boa sorte.

– boa sorte dando algo assim para quem sobreviver afinal precisa ter coragem pra comer algo assim e boas vindas vamos ser verdadeiros quem daria cobra a uma visita além de você.

Ela deu de ombros e me entregou algumas carnes no palito. A olhei firme e ela me conduziram a comer, depois que ela certificou que não era cobra que de maneira estranha tem gosto de galinha, dei uma mordida e depois mais outra até que ela riu.

– o que era?

– pênis de javali.

Cuspir a fazendo rir freneticamente, realmente o cosmo estava fazendo de tudo para me ridicularizar.

Ela voltou a falar. – gostou do pênis?

– meio salgado para mim.

Sair sem prestar atenção na Senhorita Cruela Devil. Encantei-me com algumas variedades de cogumelos e o pap que é uma espécie de puré de polenta bem temperada, as tortas me lembravam de um pouco a do meu país mais bem de longe, o inusitado foi à cabeça de vaca servido na própria cabeça tentei não ser levado pela aparência o sabor, no entanto era estranho mais me esforcei para não ser mal educado em recusar.

O jovem ao meu lado sorriu para minhas expressões.

– sabe na verdade o modo de ser servida a cabeça de vaca não é assim e a uma mesa com o miolo sem tanto aparato, isso foi apenas para chamar atenção e criar impacto não precisar comer se não quiser.

– obrigado, qual o seu nome?

– Zandir.

As musicas ressonavam assim como aulas sobre o folclore da região, uma especifica foi sobre o Halakavuma um animal raro que trás uma mensagem dos deuses para a tribo. Fogueiras já estavam sendo acesas e a uma nova manifestação de uma espécie de vidente trazia o ponto alto da festa uma velha senhora falando sua língua natal sendo traduzida pelo jovem ao lado que era cego e falava muito bem o inglês, isso me fez arrepiar cada invocação e chamuscada do fogo, cada pedido de proteção ao deus leão, ótimo até aqui havia perseguição. Em nenhum momento avistei Karther, contudo me perder no tempo mergulhando nessa grandiosa cultura.

Barbara Karther...

– me chamou Uraquinadin?

Estava entrando na tenda, silenciosa do mestre da tribo, ele sempre era assim isolado e sábio somente aceitou a intromissão de forasteiros por causa de seu povo e sua sobrevivência e agora sua felicidade, era algo claro ver todos ocupados mostrando aos forasteiros ao que para eles era rotineiro e enchia os olhos para os desconhecidos isso acaba fazendo com que valorizassem sua cultura, mas com isso talvez se tornassem mais policulturas e pensei esse era o temer o mestre.

– sim pássaro branco.

– algo urgente, sobre os visitantes?

– suas medidas de seguranças foram bem aceitas, as crianças estão mais afastadas e vigiadas pelos nossos aqui só estão os mais capacitados a isso e seguros do seu dever com a tribo.

Sentei-me a sua frente nunca chegava a olhar tudo ou a todos parecia observar o que emanava deles.

– o que há?

– corações partidos, buscando felicidade, vazios, amargurados, solitários, perdidos e aventureiros cada um parece se definir em poucas palavras por aqui.

– os forasteiros.

Ele mexeu a cabeça positivamente num balanço suave e despejou chá para nós.

– acho que sua viagem aqui pode estar completa, pássaros não devem fincar raízes sua natureza não é fixa é móvel, pássaro feliz é pássaro livre.

– esta falando comigo.

– sim, você esta buscando algo novo sua transição, seu proposito, renovo na vida podemos buscar respostas ali e aqui, mas tudo vai estar dentro de si, entretanto para isso não se deve confrontar a natureza, ela é mais sábia e mais forte que nós então acabamos por nos destruir.

Mexi a cabeça sabia o que estava falando conseguia compreender melhor agora, tomei um gole do chá era o que havia dado a ele em agradecimento, mas agora havia sabores diferentes como caramelo e cogumelo também algo mais, contudo não saberia defini-lo agora.

– sabe o que a vida espera para mim?

– para que dizer se é melhor descobrir por si só.

Dei outro gole realmente estava bom.

– o que tem nesse chá?

– não precisa decifrar o gosto de tudo, a coisas que se tornam mais agradável na ignorância.

Parei um pouco e o questionei dizendo:

– prefiro a sabedoria.

Calmamente me respondeu:

– pênis de javali.

Cuspi tudo fora sem ao menos pensar e esbravejei. – como me dar uma coisa dessas sem me avisar antes.

Sem mostrar reação. – eu avisei que a coisas que são mais agradáveis permanecendo na ignorância.

Ele se levantou e caminhou comigo do lado de fora da tenda às estrelas brilhavam forte sobre o céu e a luz da lua à medida que nós afastávamos dos outros.

– os espíritos dizem conduza sua vida pelo amor e recebera a paz no seu conforto eterno.

– que espirito lhe contou?

– não é preciso perguntar algo se as respostas vêm com a reflexão, além disso, é uma antiga filosofia da tribo.

Passamos por um cemitério e meu olhar vagou entre os túmulos. E minha visão apenas foi cortada com a voz dele.

– não temas a morte, pois ele é um inimigo invisível que sempre lhe alcança.

– filosofia da tribo?

– filosofia de vida.

Andei mais um pouco. – engraçado meditar sobre a morte ainda vivo.

– é que de todas as coisas que sei e a que menos sei é como vai ser.

– ser o outro lado.

Remexeu a cabeça negativamente mostrando todo seu dorso raspado. – ser o que já fui, ser o que já sou, ser o que serei.

– e o que é?

– o que eu sou.

– um mestre.

– não é o que exerce que lhe defina é o que é, e o que te contamina, seja como o horizonte. – então ele apontou para a imensidão negra cobrindo a noite escura da África e continuou a falar. – que por mais belo que pareça ainda esconde seus mistérios, pois mesmo que tudo em sua vida acabe seja mais que apenas um simples ponto de vista.

Refletir em voz alta. - a noite esconde muitos mistérios.

E fui respondida mesmo sem querer. - a solidão também.

Todos estavam cansados então cada um se alojou em uma tenda diferente havia massagem sendo dada e os visitantes se esbaldaram me perde de Phend não o vi mais, contudo Zandir me disse que estava bem e que já fora dormir estava fadigado e havia comido muito, como ele me fazia rir aquele homem comeu cobra pensando que eram galinhas (pois acreditei que era sendo a primeira vez que provei e todos repetem o mesmo erro) e pênis de javali, sim até que eu também. Dormir próximo a tenda do mestre o que era uma grande honra, refletir boa parte da noite e fui acordada com os olhos negros sobre mim com o pescoço meio torto, torcicolo, esse homem não tinha sorte.


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Notas finais do capítulo

pra quem leu ira perceber que a situação entre Barbara e Mark não esta nada fácil, mas tudo anda se encaminhando. espero que tenham gostado e até o próximo capítulo e torçam para que Mark melhorem.
#Melhoras_Mark



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