Para sempre sua escrita por Karine


Capítulo 12
Capítulo 11 – Para sempre sua.


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, esse capítulo é dedicado a Arabella pela sua linda recomendação, eu adorei cada palavra que você escreveu, adorei a trajetória que você tem com essa fic e fico muito feliz te ter leitoras como você, eu só tenho a agradecer, obrigada por estar aqui!

Aqui está o último episodio dessa história, vamos lá, estou preparada pra morte rsrs, por favor não me matem, e bem, esperem pelo epilogo, vai ter mais coisas.



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Peeta tinha ficado muito surpreso quando ouviu seu telefone tocar, era um pouco tarde, Prim dormia, ele ligou pra Johanna, a mulher foi para o apartamento cuidar da criança enquanto ele apressadamente foi para a casa dos Everdeen, ele lembrava do timbre da voz de Katniss, ela estava chorando quando ligou pra ele, quando pediu pra ver ele.

Ele dirigiu rapidamente, feito um louco, com pessoa gritando aqui e ali, buzinas e xingamentos, mas ele estava nervoso demais, preocupado demais, e então meia hora depois da ligação ali estava ele, em frente a casa dos Everdeen, Katniss estava na varanda...

Na mesma varanda que ele a tinha visto com outro homem... Ele sentiu uma dor, mas então a viu... Sentiu que o mundo vazia sentido só de olhar pra ela, aquele amor era muito maior do que ele, era assustador.

__ Katniss, o que aconteceu?

Ele falou andando até ela e a abraçando, ela nada falou, apenas ficou ali sentindo o calor do corpo dele colado ao seu, sentindo que eles pareciam se conectar. Peeta estava apenas agindo por instinto, quando percebeu que a estava abraçando ele se afastou bruscamente.

__ Me desculpe... Eu, eu não sei, eu, me desculpe.

Ele falou ficando sem jeito, passou a mão pelos cabelos nervoso, e então a garota olhando para ele daquele jeito, tão sem jeito, tão culpado por fazer algo tão simplesmente, ela se sentiu culpada, andou até ele e o abraçou o mais forte que conseguiu, chorava ainda mais intensamente.

__ Katniss... O que esta acontecendo?

Ele falou, ficou feliz com o abraço, mas ficou ainda mais preocupado.

__ Por favor, fale comigo.

__ Me... Desculpe!

__ Desculpar? Pelo que? Você não me fez nada...

__ Eu fiz... Eu, me desculpe por beijar Gale.

Ele sentiu seu corpo inteiro ficar tenso.

__ Eu nunca conseguiria ficar com você... Não sem comprovar o que eu sentia por ele.

Peeta a apertou com força, não importava a justificativa, ele nunca aceitaria ela nos braços de outros, mesmo que fosse apenas um beijo, ele a queria mais do que tudo no mundo, a queria para si.

__ Eu sei que não foi certo... Mas eu fiquei com tanto medo, eu tinha tanto medo de perder ele... Eu não entendia a diferença.

Peeta sentia as próprias lagrimas caindo, lembrou de quando conheceu Katniss pela primeira vez, ele sentiu algo estranho, a medida que passava mais e mais tempo com ela ele percebeu, a amava, a amaria para sempre, quando ele conheceu a história dela com Gale, Peeta ficou desconfortável, afinal, tinha sua própria bagagem emocional, sua história com Johanna tinha sido tão intensa para ele quanto a dela com Gale.

Ele podia de alguma forma entender, mas nunca aceitaria. Ele a queria apenas para ele, ele não a julgaria pelo que tinha feito, tinha ficado magoado, pois, na cabeça dele, ela ainda era aquela mulher com quem tinha se casado, mas ele sabia, pra ela, ela não era mais, era apenas uma adolescente com seu primeiro amor.

__ Eu fiquei tão triste... Senti um vazio em mim quando vi que você não estava mais aqui. Eu senti tanto a sua falta.

Ela falou em meio as lagrimas, a cabeça dele estava lotada com um milhão de pensamentos, mas um se sobressaia a todos, e com esse ele se afastou um pouco dela apenas para poder olhar o rosto da garota, e o mundo parecia finalmente fazer sentido para ambos, se olharam e ali eles se beijaram, um beijo intenso, quente e acolhedor, como o primeiro beijo de amor verdadeiro de um conto de fadas.

Eles se afastaram, se olhando intensamente, Peeta então começou a falar tudo o que tinha vontade.

__ Eu sempre estive aqui, esperando por você... Parece que desde o dia em que te conheci a única coisa que eu faço é esperar, esperar que você me ame tanto quanto eu te amo, tanto que seu coração pareça que vai explodir no peito.

__ Eu...

__ Não precisa responder Katniss, eu só quero que você fique ao meu lado enquanto quiser ficar, eu te amo e assim eu quero que seja feliz, comigo ou com outro, mas isso não muda o fato de que eu te amo, de que eu te quero perto de mim, de que eu nunca vou aceitar ninguém ao seu lado além de mim mesmo... Mas isso são meus sentimentos e independente deles eu vou aceitar os seus.

Ele falou a olhando tão intensamente, a garota sentiu uma falta de ar, parecia uma carga grande demais para ela, estava feliz, mas ao mesmo tempo estava... Não sabia explicar, estava sufocando, foi quando se afastou um pouco dele.

__ Eu... Eu não sei se é amor, eu não posso te prometer isso, eu nem me conheço direito Peeta. A única coisa que posso te dizer é que todo dia desde que você sumiu eu sentia que estava morrendo, era como se não existisse vida em mim, eu olhava pra casa vazia e imaginava o quanto ela parecia brilhar com você lá... Eu sinto sua falta, eu sinto o ar faltar quando não está por perto... Isso é tão assustador. É como se existisse duas pessoas dentro de mim, uma antes de você e outra depois, e é como se essa segunda fosse a eu verdadeira, a eu que é de verdade e ela só aparece com você.

Ele tentou se aproximar, mas a garota não deixou. Tremia e chorava ainda.

__ Eu não sei o que é isso, eu não... Não me sinto a adulta que casou com você, eu sinto que sou um grão de areia no mundo, mas eu quero crescer, eu quero me tornar uma mulher, não a mulher que eu fui com você, por que eu não conheço essa pessoa, mas ser eu mesma, e tudo o que eu peço é que você esteja do meu lado, que me entenda, que esteja comigo, que possa me acompanhar nessa jornada assustadora que é crescer.

Ela falou aquilo sentindo que as forças lhe faltarem, cairia se Peeta não corresse até ela e a segurasse, tinha finalmente exposto todo o medo, toda a dor que tinha no peito, algo que até aquele momento ela não tinha coragem de dizer a ninguém, afinal, era difícil, muito difícil as pessoas cobrarem dela algo que ela não podia oferecer, e por isso ela passou aquele tempo longe de Peeta, tinha medo de contar pra ele, tinha medo de ficar com ele.

Ela não era a mulher com a qual ele se casou, ela era uma versão mais jovem, imatura e talvez alguém que ele não gostasse, e ela não sabia explicar, mas aquela possibilidade a angustiava por dentro, a corroía.

Peeta a acalmou, ele e ela adentraram a casa, ele a levou para o quarto dela e ali esperou a garota adormecer, ele ficou numa cadeira ao lado dela a noite toda, adormeceu ali, juntos, lado a lado e com as mãos entrelaçadas.

Duas semanas se passaram rápido depois daquela conversa, Peeta nunca voltou a ser o vizinho da casa ao lado, mas ele cancelou a venda da própria casa, ele e Prim começaram a morar novamente na casa onde a pequena garota tinha vivido os melhores momentos ao lado dos pais.

Katniss sempre estava por ali, ela passava o máximo que conseguia na casa, Peeta trabalhava durante o dia e ela ficava sozinha com a criança, se conectavam cada vez mais, Prim amava a mãe e aquilo a fazia tão feliz, a criança tinha ficado muito abalada com o afastamento dos pais.

Quando Peeta chegava em casa a noite ele e Katniss ficavam juntos num clima romântico e acolhedor, a pequena garota, encarando os pais sempre dizia que estava com sono e dormia o mais cedo possível, sempre com um sorrisinho discreto e fofo, sempre querendo que a felicidade do pai durasse para sempre.

Quando a criança dormia Katniss e Peeta ficavam ainda mais íntimos, com sorrisos bobos pelos cantos, olhares tentadores e brincadeirinhas idiotas, para o Mellark era como se tudo estivesse voltando a ser como era antes, tudo parecia perfeito novamente, ele se sentia ainda mais feliz do que antes, pois agora ele sabia o quanto aqueles momentos eram preciosos e o quanto a vida era inesperada, e tinha uma certeza, um dia tudo aquilo terminaria, até para eles um dia a vida se encerraria, mas ele tinha uma meta, faria tudo valer a pena até que o fim chegasse.

Para Katniss tudo era novo, cada toque, cada nova face de Peeta, o sorriso encantador, o jeito como ele a tratava com carinho, a forma como ele sempre tentava ser encantador e mesmo sendo o mais respeitoso possível a garota percebia o quanto ele tinha intenções duvidosas com ela, sempre ansioso pelo dia em que no final da noite ela não voltasse pra casa, ela ficasse ali com ele, o dia em que ela seria novamente dele.

A Mellark queria ficar com Peeta, mas ela era novamente a garota de dezessete anos, pra ela eles se conheciam a pouco tempo, ela se sentia a vontade com ele, mas não tinha intenção de ir tão rápido parar na cama do Mellark, mesmo que eles já fossem casados, pra ela aquela seria a primeira vez, ela queria se sentir tão bem quanto sabia que ele se sentiria.

E naquela noite, depois de duas semanas vivendo uma vida quase ao lado de Peeta, já que o único momento em que ela não estava era a noite, ela decidiu que não precisava esperar um ano, ela sabia que queria dormir com Peeta, ela sabia que queria ser a mulher de Peeta.

E foi assim que naquela noite, quando ele parou as caricias que fazia pelo corpo dela e se levantou ela o puxou pelo braço pra ficarem mais um pouco no sofá, Peeta deu um sorriso tímido, olhou para os lados e ela percebeu que ele estava corado, a garota sorriu fazendo ele ficar tenso.

__ Não ria de mim... Você acha que é fácil pra mim te deixar ir todas as noites?

__ E não é?

Ele não respondeu, apenas olhou para ele tentando soar ameaçador, ela riu ainda mais, ele continuava em pé do lado do sofá, ela o prendendo, deitada ali como ele a tinha deixado.

__ Parecemos dois adolescentes.

__ Eu sou uma adolescente.

__ É... Eu posso conviver com isso, agora vamos antes que eu não tenha mais controle pra te levar pra casa.

__ Você faz tanto esforço assim?

__ Você não sabe o quanto...

__ Então por que você não me convence a ficar?

Ele de onde estava se virou para ela e sorriu.

__ Você acha que eu não luto pra evitar isso também?

__ É? E por que você faz isso? Não é o que você quer?

__ É claro que quero isso... Quero muito, eu amo você Katniss... É por isso que não vou te convencer a isso, eu acredito que quando você quiser você vai ficar comigo, eu quero que você perceba isso, eu quero que você tome a iniciativa, só assim eu vou saber que você também me quer.

__ Eu quero você.

Ele sentou na ponta do sofá, continuava olhando para ela, para o corpo dela, então desfiou o olhar.

__ Não faça isso, não me provoque.

Ele virou o rosto se sentindo meio chateado, era realmente difícil para ele não avançar sobre ela, então foi pego de surpresa quando a garota sentou no sofá e puxou o rosto dele para ela, antes de beija-lo ela falou baixinho no ouvido dele.

__ Hoje sou eu quem não vai te deixar me levar pra casa.

Então sorriu, o Mellark estava surpreso, mas não conseguia disfarçar a felicidade e a empolgação de quando a garota deitou-se novamente no sofá o puxando para si, ali, naquela noite ela não voltou para a casa Everdeen, ela nunca mais voltaria, não como moradora, apenas como visita, aquela noite foi a primeira noite deles juntos para ela.

Katniss adorou cada toque, cada reação, sentiu prazer como nunca antes, mas não tinha experiências para comparar e ela tinha certeza, mesmo que tivesse experiências, sabia que nenhuma seria tão intensa quanto aquela, pois ali, Katniss amava Peeta Mellark, e não importava quantas vidas teria depois que aquela acabasse, em todas ela o amaria, seria para sempre dele.

***

__ Ei Annie, você... Eu sei que temos nossos planos... Mas... Eu quero me casar com você.

A garota olhou para Finnick intensamente, ela não podia, sentia as lagrimas se acumulando no canto dos olhos, andou até ele e apertou com força a mão dele.

__ Não posso.

Ele apenas a olhou ressentido, cheio de magoas, de dores, nunca aceitaria uma vida onde ela não fosse dele.

__ Eu vou te amar pra sempre.

Ela pegou a mão dele e a levou ao próprio coração.

__ Eu te amo mais do que a mim mesma Finn... Mas... Não podemos ficar juntos, não nessa vida, somos irmãos de sangue.

A garota sentiu o peso de todo o amor que nutriam um pelo outro desde sempre, irmãos gêmeos que compartilharam cada primeira experiência um do outro, ele a puxou para si e a beijou tão apaixonadamente.

__ Seja minha.

Ele egoistamente pediu, ela não negou, mas depois daquela tarde nunca poderiam ficar juntos novamente, a garota nunca se aproximaria dele novamente e assim ela cedeu, uma tarde, ele a fez dela e cada toque foi tão perfeito, tão sincronizado que parecia um sonho.

Eles se entregaram um ao outro, eles se amaram na grande casa vazia, na casa deles, quando terminaram de si amar o garoto estava cansado, deitou e a puxou para dormir sobre seu peito, e quando ela pensou que ele dormia levantou e foi para o banheiro. Annie se sentia suja, se sentia a escoria do mundo, ele apenas ouvia o soluço dela e o choro intenso, sofrido e que massacrava o coração dele.

Finnick sentiu as próprias lagrimas caírem e então se levantou da cama, trocou de roupa sentindo que o seu coração morria a cada lagrimas que escorria do rosto dela. A garota no banheiro tomava banho estregando-se bem, quase ao ponto de fazer a carne sangrar, como se de alguma forma aquilo fosse anular o pecado que tinha comedito, sentia as lagrimas escorrerem quando ouviu uma batida na porta.

__ Annie... Eu vou sair um pouco.

Tinham se passado horas depois daquilo, tarde da noite, Finnick olhava para os lados a procura de um taxi, tinha saído de uma festa com os amigos, era sua espécie de pequena despedida, ele estava magoado, triste, ele não conseguia viver uma vida sem Annie e aquilo o estava matando, sentia seus planos irem por agua a baixo quando chegava perto dela, não conseguia se imaginar num seminário, por tanto tempo num lugar onde Annie não estava, podia viver uma vida sem tocar a garota, mas não numa vida sem ela.

E foi com esse pensando que saiu de casa naquela tarde e começou a se embebedar, a garota ligava para ele de horas em horas, sempre preocupada, aquilo o matava, o deixava nervoso. Ia andando cambaleante pelas ruas quando um carro parou do seu lado, ele olhou ainda se sentindo meio tonto até que reconheceu o homem lá dentro.

__ Você é o irmão da Katniss, certo?

__ Sim.

__ Você quer uma carona?

Era Gale, ele tinha vindo da casa de amigos, um jantar chato, amigos tentando apresentar garotas a ele e ele apenas se sentindo cada vez mais vazio.

__ Não quero incomodar.

__ Não se preocupe, eu vou na mesma direção.

Então Finnick entrou no carro sem falar mais nada, ali estavam dois homens com destinos traiçoeiros, ambos tinha sido magoados mais do que qualquer outro poderia imaginar, ambos tinha sofrido demais e continuavam sofrendo, eles meio que se reconheciam na dor.

O silencio que se fez dentro do carro a medida que Gale ia dirigindo parecia cômodo, eles pararam no sinal e um olhou para o outro.

__ Outro coração partido?

Gale falou sorrindo e Finnick soltou um sorriso fraco, sentia que poderia chorar, ainda estava sobre o efeito da bebida.

__ Outra alma perdida... Eu entendo.

Aquela foi à única coisa que Finnick falou antes de sorrir fracamente para Gale e sentir o baque do carro sendo arrastado entre os lados da rua que Gale dirigia. Tinham sido atingidos, o carro capotou duas vezes antes de parar, sangue escorria pelo rosto de ambos os homens e nenhum deles escutava, mas ao longe o som de uma sirene enlouquecida surgia e ia diretamente na direção deles.


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Notas finais do capítulo

E então? Que acharam? Ansiosos pelo epilogo?