Jogos de Sedução escrita por Bruhhello


Capítulo 20
3° Fase - A descoberta


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está menor do que eu costumo escrever, mas espero que gostem...



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Capítulo 18 –  A descoberta

Edward PDV

            Bella e eu ficamos mais algum tempo sozinhos, até que a trupe invadiu o telhado. Estavam todos aliviados por saírem – nem que por alguns instantes – de nossas prisões.

            - Olha como ficam bonitinhos juntos! – Ouvi Alice sussurrar para Rosalie. Sempre sutil.

            - Já sabemos que estão ai. Juntem-se a nós. – Bella disse ao meu lado, não deixando de encarar a lua cheia.

            - Lá se vai meu plano de assustá-los. – Emmett murmurou chateado.

            Sentamos todos em circulo encima do telhado e começamos a conversar. Emmett reclamava que nunca mais queria fazer faxina na vida dele. Tinha a leve impressão de que o sentimento era mútuo para todos os presentes naquele telhado.

              Bella e eu éramos os mais calados até que começamos a ouvir uma pequena movimentação no andar de baixo.

            - Oh meu Deus, é enorme. – Uma mulher que depois eu reconheci como sendo Esme, disse gemendo.

            - É, eu sei.

            Eu minha família nos encaramos percebendo que pensávamos a mesma coisa.

            - Não me diga que eles estão... – Bella não conseguiu terminar a frase.

            - Ok, não digo.

            - Que nojo. – dissemos junto.

            - Esse é o tipo de coisa que todos deveriam ver.

            - Quem diria que Carlisle tinha um instrumento preciso. E Esme tem razão. Todos deviam ver. – JP sussurrou ao meu lado.

            - Meu Deus minha mãezinha ta pensando em fazer uma suruba aqui em casa. Não podemos deixar isso acontecer. – Emmett disse desesperado.

            - Eles não podem estar falando do que eu acho que eles estão falando. – Alice cobriu o rosto com as mãos.

            - Não só estão, como algo mais vai acontecer. – Emmett esfregou as mãos e se debruçou na borda do telhado. – Promiscuidade.

            - Emmett, seu tarado. Já passou por esse seu túnel de vento que você chama de cabeça que as duas pessoas lá embaixo prestes a ir mais além são seus pais. – Bella disse como se falasse com uma criança desobediente. O que no caso de Emmett não tinha muita diferença. A não ser que a criança sabe dividir.

            Emmett olhou para Bella confuso, mas de repente um arrepio passou por seu corpo.

            - Argh, que nojo.

            - Vamos voltar para os quartos, talvez lá não escutemos nada.

            - Não! Estaríamos ainda mais perto da fonte de pervercidade. – Emmett disse com nojo.

            - Vamos tirar da caixa, meu médico premiado. – A voz de Esme soou animada.

            - Nunca mais vou fantasiar com médicas. – Eu e meus irmãos dissemos juntos.

            - Ui, também quero um médico premiado.

            - Cala a boca JP. – todos falamos juntos.

            De repente percebi que estava tudo quieto. Apurei meus  ouvidos e infelizmente ouvi:

            - Coloque com cuidado. Já disse que é grande.

            - Oh meu Deus. – Emmett ficou verde e desceu o alçapão. Dali a poucos ouvimos...

            - Não machuque minha mãezinha!

            - Emmett o que...

            Fizeram-se alguns minutos de silêncio  até que Emmett retornou ao telhado como uma imagem rara: Ele estava corado.

            - Desde quando você tem vergonha Emmett? – Perguntei zoando um pouco.

            - Desde o momento que descobri que eles não estavam fazendo nenhuma promiscuidade e sim guardando o troféu de “Médico do Ano”, que Carlisle recebeu.

            Todos ofegamos ao mesmo tempo e do nada caímos na gargalhada. Mal entendidos sempre acontecem, mas esse foi o pior que já participei.

            - Depois dessa eu vou dormir. – Bella se levantou e começou a descer o alçapão. – Boa noite pessoal.

            - Boa noite. – responderam todos, menos eu.

            - Espere Bella, já vou me deitar também. Até galera.

            - Da-lhe Edward. – gritaram juntos. Estranhei, mas segui Bella.

            Caminhamos pelo corredor de nossos quartos calados. O corredor era pequeno, mas parecia uma eternidade para atravessá-lo.

            Bella encostou-se à porta de seu quarto e eu fiquei de frente para ela. Um pouco perto demais.

            -Boa noite Edward. – Ela se aproximou para me dar um beijo na bochecha, mas involuntariamente virei meu rosto, fazendo com que seus lábios carnudos batem-se contra os meus.

            A sensação foi revigorante. Há quanto tempo eu não sentia essa corrente elétrica passar por todo meu corpo e acelerar meu coração.

            O beijo foi apenas um selinho, mas já me levou as alturas.

            Bella se afastou com um olhar assustado.

            - Não... Não faça mais isso, por favor. – E com isso se trancou em seu quarto.

            Droga, estraguei tudo. Será que ela ainda vai querer saber de nossas aulas? Espero que sim.

Bella PDV

            Acordei no domindo de manhã ainda pensando na noite passada. Não no mal entendido, aquilo eu preferia esquecer, mas na parte de que Edward me ajudaria a voltar a escrever.

            Eu ainda achava uma missão impossível. Sentia-me travada e presa aos meus traumas no passado, mas Edward havia colocado tudo aquilo de uma forma tão confiante e fácil que eu acreditei.

            Ser amiga dele era fácil, o difícil era reprimir o desejo de beijá-lo e abraçá-lo. Ontem, quando ele virou o rosto eu não queria me afastar. Era tão bom sentir seus lábios juntos aos meus novamente. Meu coração virou um loop no peito. Mas eu tive que me afastar, infelizmente.

            Minha boca formigava lembrando das sensações, mas fui interrompido com batidas insistentes na porta.

            - Pode entrar. – Gritei com a voz rouca pelo sono.

            - Desculpe, não quis te acordar. – Olhei para porta me deparando com Edward com metade de seu corpo dentro de meu quarto.

            - Não acordou. – Dei um sorriso incentivando-o a entrar. – A que devo a honra de sua visita?

            Alguma coisa em mim fez a expressão de Edward ficar um pouco mais aliviada.

            - Eu queria me descupar por ontem a noite, não tinha o direito de fazer aquilo.

            - Tudo bem, eu desculpo. – O sorriso de alivio de Edward aumentou ainda mais.

            - Então, que tal tomarmos café e começarmos nossas aulas?

            Edward parecia tão confiante e totalmente sedutor. Cheirava a seu perfume amadeirado que me deixava mole. Seus olhos mais intensos do que nunca. Ele era a personificação do pecado.

            - Mais cinco minutinhos. – Voltei a me deitar e me cobri até a cabeça.

            - Não, vamos logo. – Edward puxou meu cobertor e ficou esperando.

            - Você sabe que eu não vou levantar. – Enfiei a cabeça de volta no travesseiro depois de dar uma olhada no relógio. Eram 09h30min.

            - Não me faça usar a força.

            Olhei para ele que estava com os braços cruzados e a sobrancelha erguida. Dei um suspiro alto, olhei para ele, mostrei a língua e voltei a dormir.

            Tempos depois senti meu corpo leve, como se eu estivesse flutuando. A sensação de aconchego estava presente, mas logo o encanto foi quebrado.

            - Ai meu Deus, o que você fez com a Bella? – Reconheci a voz de Emmett.

            - Cala a boca seu animal.

            Edward havia me arrastado para o andar de baixo. Ouvi algumas movimentações vindo do que achei ser a cozinha e a TV da sala anunciando o show de alguma banda por ai.

            - Edward, eu sei que você já me tirou da cama, já pode me por no chão.

            - Não, está bom assim. – Cheirou meu cabelo e de repente parou de andar. – Quer dizer... er... ok.

            Ele parecia um pouco desconfortável sobre sua resposta, mas secretamente eu gostei do que ouvi. E assim que ele me soltou me arrependi de ter pedido. Foi tempo demais sem seu calor e recebê-lo e depois perdê-lo foi ruim.

            - Ok, você ganhou! Eu vou tomar café. – Joguei os braços para o alto. Ele riu.

            Fomos até a cozinha e vi uma mesa preparada para dois. Estagnei na entrada e não sabia o que dizer. Meu coração bateu contra minhas costelas, rápido e eu lutei para não chorar.

             Naquele momento eu vi o meu Edward, não o galinha que ele estava sendo nas últimas semanas.

            - O que foi? Você não gostou? – Edward me olhou assustado. Só ai percebi que estava chorando compulsivamente.

            - Não, não é isso. – Disse com a voz engasgada.

            - Então, o que? É o café? Eu não... – Ele se atrapalhou nas palavras e se calou quando me viu sentando-se à mesa. Olhei para ele e sorri.

            - Só fiquei... Surpresa. Desculpe pelo choro. – Edward suspirou aliviado.

            - Tudo bem. Vamos comer.

            Avaliei o que se encontrava na mesa. Era o café da manhã dos sonhos. Haviam alguns waffles cobertos com mel. Suco de maracujá, o meu favorito, alguns morando e torradas.

            Não sabia por onde comçar, olhei para ele que me encarava alegre.

            - O que foi?

            - Nada, você parece uma criança em dia de natal.

            - Oh. – Sorri tímida. – Faz algum tempo que não arrumam uma mesa tão apetitosa e bonita para mim. - Edward entendeu o signifcado e sorriu.

            - Então, professor, qual será a aula de hoje? – Tentei desviar do assunto. Com sucesso, pois Edward sorriu ancioso.

            - Você parece estar aceitando a idéia melhor agora.

            - Eu não quero fugir.

            - Fico feliz de ouvir isso. Eu passei a noite pensando no que você me disse, como era difícil para você escrever. Eu pensei em começarmos do zero, sabe, descrevendo uma paisagem ou pequenas histórias, o que acha?

            - Parece bom para mim.

            - Então termine de tomar seu café e já começaremos.

            Depois do café subi para meu querto trocar de roupa, coloquei uma música e fiquei rodando pelo quarto.

            Parei em frente a entiga estante cheia de livro de meu quarto.

            Eu vou voltar a escrever, eu prometo pai!

            Edward entrou sem bater depois que conclui meus pensamentos. Ele estava com uma camiseta pólo preta, um tanto agarrada em seu corpo, calça jeans e tênis. Estava vestido para sair.

            - Pronta?

            - Nós vamos sair?

            - Vou te levar a um lugar inspirador.

            Meu sorriso apareceu em expectatica.

            - Vamos logo. – Passei por ele correndo o puxando pelo braço escada abaixo.

            Entramos em seu carro e eu não conseguia – nem queria – esconder minha anciedade. Eu nem sabia por que estava tão anciosa, mas algo me dizia que teria uma surpresa e tanto.

            Edward dirigia rápido, mas não o suficiente.

            - Já estamos chegando?

            - Acalme-se Bella, estamos quase lá.

            Bufei e encostei minha cabeça no vidro e fiquei observando a cidade virar florestas. Depois de um tempo sucumbi e cai na inconciência.

            (...)

            - Bella. – Alguém me chamava. – Chegamos.

            Reconheci a voz de Edward e abri os olhos. Então vi a coisa mais linda do mundo. Eu estava deitada em uma clareira com uma cachoeira magnífica. O cheiro envolvente fez-me sentar para melhor avaliar o lugar.

            Havia árvores em volta e flores pelo chão, não conhecia nenhuma das flores, mas as fragâncias não deixavam a desejar. A cachoeira não era muito grande, mas dava um toque de serenidade ao local. Fechei os olhos por um instante me focando em seu barulho. Senti-me mais relaxada.

            - Edward, isso é lindo.

            Ele apenas sorriu com minha afirmação.

            - Como encontrou esse lugar?

            - Eu estava correndo por ai, quando achei isso aqui. Passou a ser meu “esconderijo”. Sempre que eu precisava ficar sozinho e pensar eu vinha para cá. É minha segunda casa.

            - Mas se esse é o seu lugar, por que me trouxe aqui?

            - Achei que seria um bom lugar para você pensar. – Ele, cuidadosamente, retirou uma mecha de meu cabelo que cobria meu rosto e colocou atrás da orelha.

            Um choque percorreu meu corpo por causa do contato.

            - Pronta para começar?

            Meu corpo enrijeceu e eu não sabia se conseguiria. Fechei meus olhos e pressionei meus lábios até formarem uma linha, tentando impedir o choro.

            Senti seus dedos acariciando minha bochecha.

            - Tudo bem, não fique preocupada. Eu estou aqui e você vai conseguir. Eu prometo.

            Com essas palavras abri os olhos e me deparei com duas esmeraldas lindas me encarando. Meu coração perdeu uma batida e voltou a bater descontroladamente. Minha respiração também foi para o espaço quando percebi nossa proximidade.

            Seu rosto estava a um palmo do meu e eu sentia o hálito de menta.

            - Pronta?

            - Um pouco. – Respondi com sinceridade.

            - Já é um começo. – Edward me entregou um caderno e uma caneta. –Você quer que eu fique?

            - Por favor. – Disse em um sussurro.

            Ele se sentou ao meu lado e passou seus braços ao redor do meu ombro.

            - Eu estou aqui. Você consegue.

            Soltei um suspiro que eu não sabia que estva segurando. Peguei o caderno e coloquei em meu colo. Vizualizei alguma história, primeiro pensei em relatar o acontecimento cômico da noite passada, mas isso não me convenceu, depois pensei em escrever apenas o que estava sentindo, a idéia me agradou bastante.

            Fechei meus olhos e tentei pensar nas palavras. Quando abri novamente os olhos eles focaram na página em branco na minha frente.

            Os sentimentos me atingiram como uma bomba. Num momento eu estava calma, no outro eu tremia.

            Lembrei-me de meu pai e como escrevíamos histórias juntos e já sentia as lágrimas jorrando. Tentei ignorá-las, mas tudo o que consegui foi molhar a folha.

            - Bella, você está bem? – Edward perguntou preocupado ao meu lado.

            - Não, eu não consigo. – Minha voz engasgou. Empurrei o caderno longe, um tanto desesperada, como se ele queimasse minha pele.

            - Está tudo bem, calma. – Edward segurou meu rosto e olhou profundamente em meus olhos. – Calma. – O abracei tentando me confortar. Eu agarrei sua camisa e o puxei para mais perto, o enxarcando com minhas lágrimas.

            Por que eu não conseguia escrever? Era simplesmente colocar palavras em um papel. Mas sempre que tentava a dor não deixava.

            - Eu sou tão estúpida.

            - Claro que não.

            - Claro que sou Edward. Não consigo nem escrever uma linha sem ter um ataque.

            - Bella, você passou por muita coisa...

            - Mas já faz cinco anos.

            - Ele era seu pai. Você sente falta dele. Eu entendo isso.

            - Às vezes eu queria voltar no tempo. Eu pedi tanto para estar no lugar dele. Não suportava a idéia de perdê-lo.

            Hoje meu pedido infelizmente foi realizado.

            - Não diga isso nem brincando Bella. – Alterou-se.

            - Mas teria sido melhor.

            - Não. Se você se fosse faria tanta falta quanto seu pai. E...

            - E? – O incentivei a continuar.

            - E... E eu não teria te conhecido.

            A sinceridade em sua voz me paralizou. Quando viu que eu não respondia limpou a garganta e continuou.

            - Temos que dar um jeito de acabar com essas travas que estão te segurando.

            - Bom...  – agradeci por ele ter trocado de assunto. – Eu costumava escrever cartas para meu pai. Foi isso que me levou a gostar da escrita.

           - É isso. Você gostaria de tentar?

            - Sim. – Falei novamente animada.

            - Para quem você vai escrever?

            Pensei por um momento.

            - Tudo bem se for para você? Já que está me ajudando poderia respondê-las.

            O sorriso de Edward se alargou fazendo seus olhos verdes brilharem intensamente.

            - Será uma honra.

            Sorri abertamente e peguei novamente o caderno. Relei a ponta da caneta na folha em branco, mas ali ela ficou. Ela tremia em minha mão e o choro já estava intalado na garganta. Fechei os olhos tentando contê-lo e respirei fundo diversas vezes.

            Até que senti a mão quente de Edward pegando a minha livre e entrelaçando nossos dedos.

            - Eu estou com você. – sussurrou em meu ouvido.

            Aquilo me deu forças e abri os olhos.

            Edward estava sentado na minha frente com um sorriso esplêndido nos lábios.

            - Eu te seguro se você cair.

            Era disso que eu tinha medo. Cair na dor, mas Edward me deu uma coragem surpreendente para pegar a caneta com firmeza e lentamente começar minha caminhada para a libertação de meus traumas.

            Querido Edward,

Edward PDV

            Havíamos feito algum progresso com certeza. Quando Bella começou a chorar, admito, pensei em desistir, mas ela precisava de mim. E abandoná-la quando ela mais precisava seria desonroso de minha parte.

            Vi uma luz quando ela falou das cartas e dei meu total apoio. Ela conseguiu escrever uma carta para mim, mas pediu suplicantemente para que eu lesse quando estivesse sozinho. Tentei contestar no começo, mas acabei cedendo.

            Agora, estava sentado na cama do meu quarto, com a carta em minhas mãos e o coração na boca.

            Eu olhava para o envelope improvizado e não tinha certeza se queria abrí-lo.

            Para você.

            Sua caligrafia inpecável chamava atenção e com uma repiração finalmente abri o envelope.

Querido Edward,

            Sinceramente ainda não consigo acreditar que estou escrevendo alguma coisa, nem mesmo uma simples carta.

            Passei anos da minha vida sem chegar perto de um papel e você com poucas palavras me ajudou a dar um pequeno impulso nessa escalada no muro de meus traumas.

            Sei que escrever uma carta pode parecer pouco para algumas pessoas, mas isso significa muito para mim.

            Significa que alguém me deu forças para seguir em frente e me disse que me seguraria se eu caísse.

            Estou certa que haverá muitas quedas como as de hoje, mas sei você sempre estará lá para me segurar.

            Aqui, enquanto escrevo essa carta, você me faz rir cada vez que acha que vou fraquejar.  Nada é melhor do que ouvir você rindo. Eu tenho muito que agradecer.

            Espero que essa seja a primeira de muitas cartas que trocaremos. E a primeira de muitas histórias que escreverei.

            Aguardo anciosamente sua resposta.

                                                                                                                                                                                                                                            Te vejo em breve,

                                                                                                          Bella.  

            Apesar da carta pequena pude ver o sentimento de Bella em cada palavra.

           Não hesitei e a respondi, gostando de tê-la se abrindo comigo. Queria ler mais e mais cartas dela e se dependesse de mim Bella voltaria a escrever sua história.

Bella PDV

            Era agora. Eu precisava falar com os dois antes que perdesse a coragem.

            Aproveitei que estavam todos no quarto ainda de castigo – Edward e eu havíamos saído escondidos ontem – para conversar com Carlisle e Esme.

            Adentrei a cozinha onde se encontravam meus tios.

            - Bella, você não deveria estar em seu quarto? – Esme tentava ser durona.

            - Sim, mas eu preciso conversar com vocês.

            - Há algo errado? – Carlisle perguntou apreensivo.

            - Não, quero dizer, sim.

            - E o que é?

            Respirei fundo e disse de uma vez.

            - Eu tenho Leucemia.

            Ouvi o baque da xícara de Esme se quebrando no chão.

            - Bella, isso não tem graça. – Esme disse a beira de lágrimas.

            - Não é brincadeira, Esme. Quem dera fosse.

            - Mas, quando...

            - Estávamos no Brasil, eu passei mal e desmaiei. Todos me levaram para o hospital, mas apenas Alice ficou no quarto comigo. Fiz todos os exames e foi confirmado. Estou tomando remédio desde aquele dia.

            - Gleevec?

            - Sim.

            - Bella, se você não se importa, eu gostaria de refazer os testes lá no hospital. Para eu ficar ciente da gravidade.

            Acenei concordando.

            - Eles já sabem?

            - Só Alice e Rosalie. Os rapazes não. Eu prefiria que ficasse assim.

            Carlisle me avaliou e vi a compreensão em seus olhos.

            - Foi por isso não foi? Que você terminou com Edward?

            Não conseguia responder por causa do nó em minha garganta.

            - Bella, por quê? – Esme me segurou forte.

            - Eu... Eu não posso. – Falei soluçando. – Ele não merece sofrer. Esme eu sei o que é passar por isso.

            - Bella, você não acha que...

            Carlisle não conseguiu terminar a frase.

            - Acho, o médico disse que eu tenho poucas chances.

            - Oh, não. – Esme ofegou tampando o rosto com as mãos.

            - Nós vamos ao hospitak agora, ok? Não podemos esperar.

            Eu corri e abracei os dois fortemente, não controlando mais as lágrimas.

            - Por favor, vamos manter isso entre nós.

            - Mas Edward merece saber.

            - Eu não quero que ele sofra.

            - O que ele vai pensar quando... Deus queria que não, mas se você se for?

            - Eu não sei. Talvez eu conte mais para frente, mas agora não.

            - Vamos respeitar.

            - Obrigada.

            - Você quer ir já?

            - Eu quero acabar logo com isso.

            Então saímos da cozinha pela porta que dava na garagem e seguimos para o hospital.

Emmett PDV

            Oh meu Deus!

            O que minha priminha tem?

            Droga, por que eu não desci mais cedo.

            Seja lá o que for, ela corre risco de vida.

            Meu Deus, não! Eu não posso perdê-la. Eu preciso contar para Edward. É por isso que ela terminou com ele.

            Mas antes, eu preciso de provas, ele não vai acreditar se eu der informações pela metade para ele.

            Amanhã partiríamos para Dartmouth, assim que chegarmos o espião Emmett entrará em ação.

            Bella precisa de mim.

****************

Olá lindas...

To passando aqui rapidinho dizer quatro coisa:

1° Desculpe a demora, o capitulo não queria sair.

2° Obrigada a cada review. Me deram forças para continuar.

3° Eu estou pensando em começar a postar com mais frequência, mas capítulos menores, o que acham?

4° REVIEWS!!!!!!!!

BJO


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