Capítulo 17 – Um novo começo

            No último episódio...

            - Pensa Bella.

            - Eu já pensei Rosalie.

            Encerrei o assunto e ouvimos Emmett gritando:

            - Hey, o que é aquele carro vindo ali?

            *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

            Bella PDV

            - É uma caminhonete. Emmett eu te amo mais nesse momento. – gritei correndo até ele.

            - Eu sei que eu sou “O” Cara Bellinha.

            - Você também é “O” Humilde, não? – Emmett fez uma cara confusa.

            - Tanto faz, o que importa é que se conseguirmos parar a caminhonete já da pra sair daqui. – Rosalie disse.

            - Ok, todos em formação de pedir carona. – Seguindo as ordens de Alice nos colocamos a beira da estrada e fizemos sinal de positivo.

            - Eu acho que eles não vão ver. – Eu disse desanimada.

            - Ah qual é, somos seis pessoas no meio da estrada, com dois carros parados. É impossível não enxergar. – Alice disse determinada.

            - Eu já sei. – JP fez o que parecia ser uma cara sexy e subiu a calça verde que usava até aparecer uma parte de sua coxa.

            - AH MEU DEUS, EU VOU VOMITAR, EU NÃO MERECIA TER VISTO ISSO. – Emmett mantinha uma de suas mãos nos olhos enquanto cambaleava por ai.

            - Ai Mister Músculos eu sei que você tem um desejo por mim, não precisa disfarçar.

            - Acredite JP eu não estou disfarçando nada. Isso é o que eu sinto DE VERDADE por você.

            - Agora eu magoei. – JP olhou para mim com um beiço maior que o mundo. Eu simplesmente levantei uma sobrancelha. – Eu vou me matar. Esse carro vai servir para alguma coisa.

            JP andou até o meio da estrada e se deitou lá. O carro vinha mais rápido do que o permitido, com certeza e isso resultaria em panqueca de JP.

            - JP, vamos saia logo daí. – Alice gritou.

            - Não, ninguém me ama, ninguém me quer por perto, por que então eu tenho que viver?

            - Olha, eu concordo com o tuiuiú ali. Pra que deixar ele viver?

            - EMMETT! – gritamos todos ao mesmo tempo.

            - Good bye my almost lover, good bye my hopeless dream. I’m trying not to think about it… - JP cantava sofridamente. – ANDA CARRO LERDO, ME ACERTA LOGO, PASSA POR CIMA.

            - JP SAIA DAÍ. – Alice gritou desesperada.

            - EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU SAIR. POR ACASO NÃO OUVIU PEQUENO POLEGAR?

            Eu olhei para estrada e vi o carro a menos de um quilômetro de JP.

            - JP, se você quiser morrer, pode morrer, mas ai você estará entregando o seu loirinho para Alice de mão beijada.

            JP olhou para o carro e para Jasper que estava com os olhos arregalados.

            - SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER LINDO E FORMOSO. – JP levantou em um vulto e saiu da reta do carro.

            Nesse momento a caminhonete freou.

            - NÃÃÃÃÃOOOO. TÃO PERTO! – Emmett se lamentou. – Por que você fez isso comigo Bellinha, achei que fossemos amigos, achei que pudesse confiar em você, mas tudo o que você fez foi me apunhalar pelas costas.

            Suspirei e ignorei Emmett olhando para dois caras grandes e mal encarados que saiam da caminhonete.

            - Está tudo bem aqui? – Um loiro alto falou.

            - Pra falar a verdade, eu to cansada dessa porra. Nossos carros quebraram e simplesmente não temos como ir embora. Vocês não poderiam nos dar um ajuda?

            Eles se olharam por um instante e depois olharam para JP, Jasper e Emmett.

            - Não, mas vamos passando as roupas rapazes. – O moreno mais rápido respondeu colocando a mão no bolso.

            Ferrou ele tinha uma arma. Olhei para os rapazes e fiz um sinal para que eles tirassem logo as roupas.

            - AAHHHHH. – JP gritou pulando no colo de Jasper. – Eu não vou tirar minhas lindas roupinhas.

            - Sai de cima de mim JP. – Jasper gritou.

            - Ah, mas tá tão bom aqui.

            - Sai de cima do meu homem seu mequetrefe. – Alice foi até JP e o puxou, fazendo o mesmo cair de bunda no chão.

            - É, quando a gente tá quase se matando grita desesperada, mas quando queremos nos proteger vira o cão. Bipolar. – JP vociferou.

            - Pensando bem, queremos só as roupas dos dois ali. – sinalizaram para Jasper e Emmett.

            - Não vamos dar nossas roupas. – Emmett encarou o moreno. – Não é Jasper?

            - Podemos ficar pelo menos com a cueca? – Jasper perguntou já entregando suas roupas para o loiro.

            - Jasper! – Emmett disse indignado.

            - Qual é irmão? Melhor pelado do que morto.

            - Esse é o meu lema de vida. – JP disse alegre.

            Emmett deu um tapa na própria testa.

            - Eu só faço isso porque sou muito jovem para morrer.

            E lá estavam, meus dois primos apenas de cueca no meio da estrada e nós, mais uma vez, sem carona.

            - Isso sim é um roubo que vale a pena assistir. – JP falou.

            - JP, você tem toda razão. – Rosalie falou enquanto encarou Emmett.

            - Ah meu Deus. Acabaram de roubar eles e vocês estão secando. Eu não posso acreditar que sou irmã de vocês.

            - Não enche Bella, se o Edward tivesse aqui, você estaria babando nele também admita.

            Devo dizer que corei absurdamente com o comentário de Alice?

            - Ok, o que nós vamos fazer agora? Eu to quase pelado e eu acho que o vento quer tirar minha virgindade!

            - Virgindade Emmett? Desde quando você é virgem? – Perguntei debochada.

            - Você nunca experimentou para saber o contrário. – Balançou as sobrancelhas me paquerando. E acabou recebendo um tapa de Rosalie.

            - Pode não ser virgem, mas será um futuro castrado. – Emmett arregalou os olhos e colocou as mãos protegendo suas partes intimas.

            - Alice, você não disse que você e Jasper estavam acampando? – Um estalo ocorreu em mim.

            - Sim, mas o que isso tem haver?

            - Certamente Jasper levou uma mochila com roupas. E elas devem servir para o Emmett

            O sorriso de Jasper aumentou e junto com o de Emmett.

            - Bellinha, você é um gênio.

            - Valeu Emmett.

            - Só não acaba com a dignidade do Albert Einstein ok, ele faz uns jogos irados.

            - Vamos logo. – dei um tapa atrás da cabeça de Emmett.

            - Ficam me batendo na minha cabeça, depois reclamam que eu sou burro. – Ouvi Emmett resmungando, mas para seu bem resolvi ignorar.

            - Hey, vocês lembram onde armaram o acampamento, certo? – Alice e Jasper trocaram olhares preocupantes.

            - Claro. – Alice riu nervosa. Por que será que eu estou com um mal pressentimento?

            *Quarenta e cinco minutos depois*

            - Não me mata, por favor. – Jasper se escondeu atrás de Emmett.

            - Nós estamos perdidos e é tudo culpa de vocês dois. – Rosalie apontou para Jasper e Alice espumando pela boca.

            - Não foi intencional. – Alice quase chorava atrás de mim.

            - Vocês têm idéia de como estamos ferrados agora?

            - Claro que temos, não somos tão burros assim, mas calma Rose, nós vamos achar. – Jasper falou tremendo. Suas calças levemente molhadas.

            EU NÃO ACREDITO!

            - Ah pelo amor de tudo que é bicha. Vocês como guias turísticos morreriam de fome na sarjeta. – JP gritou. – Será que eu tenho que fazer tudo?

            JP começou a marchar na direção da mata fechada. Sinceramente eu não conseguia mais ver mato na minha frente. Se eu visse mais alguma coisa verde eu juro que matava alguém.

            - MDM, você vem?

            - Tenho escolha?

            - Se quiser ficar ai e degradar eu não me importo. Seria uma aberração a menos no mundo.

            - Então, tenho péssimas noticias JP. Essa aberração vai com vocês. – Passei por ele esbarrando “sem querer” em seu ombro.

            Andamos por mais um tempo em uma trilha que JP achou. Ele parecia conhecer bem essa parte da floresta. Estranho.

            - Vamos passear na floresta, enquanto seu lobo não vem. Vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem!

            - Emmett, que porra é essa?

            - Descontração. – Respondeu meu primo burro simplesmente.

            - Não tem como descontrair de outro jeito?

            - Não. - Então voltou a cantar.

            Como eu poderia ser parente desses loucos?

            - Vocês ouviram aquilo? – Rosalie pergutou assustada.

            - Ah nem vem com essa história de “vocês ouviram aquilo” que não cola.

            - Não, eu acho que tem alguma coisa vindo dali. – Rose apontou para um ponto da mata. Mas não havia nada demais ali, apenas mato.

            - Ah não, mais um urso não! – Alice gritou furiosa.

            -Calma Alice, eu duvido que foi um urso que atacou nosso acampamento. Aliás, eu duvido que tenha ursos nessa parte da floresta. – Jasper se pronunciou.

            - Claro que não foi um urso né maníaco por limpeza. – JP insultou.

            - Como pode ter tanta certeza?

            - Eu apenas sei. – Disse dando um sorriso com o dedo mindinho na boca.

            Aquela história de JP estava muito, mas MUITO mal contada.

            - Ah meu Deus eu ouvi de novo. – Rose se escondeu atrás de Emmett, mas para meu desespero eu também ouvi dessa vez. Era um som distante, de alguém ou alguma coisa pisando num galho.

            - Ok, agora eu ouvi. – disse tremendo na base.

            - Emmett vai lá e checa o que é. – Rose empurrou o bisonho em direção ao barulho.

            - Mas nem fudendo. – se encolheu todo. – Vai lá Bellinha.

            - Por que eu?

            - Porque você pode parecer amável, mas tem o intestino assassino que procuramos.

            Ignorei.

            - Eu não vou lá. Aquela coisa vai me comer.

            - Ui, me deixa ir. – JP balançou a mão com um sorriso malicioso nos lábios.

            - Boa idéia, a caminhonete não matou, o urso mata. – Emmett se dirigiu ao pavão e o empurrando com o pé.

            - Sabe, um dia você vai me agradecer gostoso. – JP piscou para Emmett e deu uma bela secada no meu primo seminu que se arrepiou inteiro. Mas para a minha surpresa ele respirou fundo e seguiu até o começo da trilha da onde vinha o barulho.

            - Será que ele vai mesmo? – sussurrei para Jasper.

            - Não sei.

            JP respirou ainda mais fundo e entrou na mata fechada:

            - MORRA CARNIÇA.

            Assim que ele adentrou ouvimos novamente o som de um rugido.

            - AAAAAAAAAHHHHHHHHHH ME SALVEM. – JP apareceu correndo em círculos.

            - Eu sabia que tu ia amarelar. – Emmett pareceu um pouco decepcionado balançando a cabeça negativamente.

            - Você fala isso porque não entrou no inferno.

            - Acredite, desde que te conheci o inferno parece uma boa opção de férias permanentes.

            - Chega, eu quero sair dessa maldita floresta. – Alice gritou. – Será que eu tenho imã para ursos? Primeiro o acampamento, agora aqui? Tomar no...

            Tampei a boca da minha irmã assim que ouvi um rosnado. Acho que todos ouviram o mesmo considerando os olhos arregalados.

            - AAAAAAAHHHHHHH, NÓS VAMOS MORRER. EU SOU MUITO NOVA E VIRGEM PARA MORRER.

            Mas que viado pra falar em morte. E que história era aquela de virgem. Ele era mais rodado do que carro de corrida.

            Mas voltando ao assunto principal.

            Eu queria ter o poder de me tele-transportar para casa.

            Ouvimos mais uma vez o rosnado e dessa vez nos encaramos, ele estava mais perto.

            - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. – Gritamos em coro e começamos a correr. Só um problema cada um foi para um lado.

*Link para a música*

http://www.4shared.com/audio/UsdlZUDR/Greenday_-_American_Idiot_-_01.htm

*Se não for, tente esse*

http://www.youtube.com/watch?v=Wti4SA0YZ90

            Eu corri como se minha vida dependesse daquilo.

            Ok, ela dependia e eu corri ainda mais rápido. Pensei ter ouvido meu nome, mas apenas ignorei. Tentei desviar ao máximo das pedras, mas mesmo assim tropecei três vezes.

            Minha mão esquerda estava sangrando, mas dei pouca importância. Me concentrei em um ponto fixo e voltei a correr. Nesse momento meu celular vibrou no meu bolso.

            EU NÃO ACREDITO QUE EU ESTAVA COM O CELULAR O TEMPO TODO.

            Comecei a chutar e socar o ar me xingando de burra o tempo todo. Assim que me acalmei peguei o celular e atendi.

            - Bella, onde você ta? – Era Alice.

            Olhei a minha volta e apesar do medo apreciei o local totalmente fascinante. Eu estava em uma clareira grande. Havia várias flores em quase toda sua extensão e eu podia ouvir um rio um pouco longe dali.

            - Eu estou em uma clareira, próxima a um rio.  E você? – Será que Alice estava perto.

            - Sei lá. Espera.Eu e Jasper estamos ouvindo um rio também, talvez não estejamos tão longe. Você por acaso viu pra onde Rose e Emmett correram?

            - N...

            Interrompi minha resposta quando vi um homem grande de cueca branca correndo desesperado com um ninho de passarinho na cabeça pela clareira.

            - Acabei de achar.

            - Ótimo, falta apenas o JP, estamos indo.

            - Ok.

            Respirei mais aliviada depois da ligação. Mas para meu total desespero, Emmett desapareceu novamente na floresta.

            Xinguei e comecei a correr atrás dele não querendo o perder de vista. Rose também corria e agora estava ao meu lado.

            - EMMETT, PARA DE CORRER. – Gritei já quase sem ar.

            - NÃO, ESSE ET QUER TIRAR MEU CÉREBRO.

            Segurei a tentação de perguntar que cérebro, mas tive que pensar em um jeito de parar a besta.

            - AI. – Emmett gemeu de dor quando meu sapato acertou sua cabeça o fazendo perder o

equilíbrio e beijar a terra.

            - Até... que... enfim... parou. – Rose falou entre arfadas.

            Retirei o ninho de sua cabeça e fiquei com dó dos ovos que estavam ali.

            - Você está bem? – perguntei para Emmett.

            - Não, minha cabeça doi.

            - Então nada está fora do normal. – Estendi a mão para meu primo e o ajudei a levantar a muito custo. – Vamos voltar para a clareira. Alice e Jasper devem estar indo para lá.

            Quando chegamos a clareira Alice e Jasper já estavam a nossa espera.

            - Onde diabos vocês estavam? – Alice perguntou batendo o pé.

            - Tirando um ET da cabeça do Emmett. – Os dois nos olharam confusos, mas ignoramos.

            - Onde será que JP está? – Alice perguntou preocupada.

            - Por mim ele estaria dentro da barriga do urso. – Emmett praguejou.

            - Temos que acha-lo. – Rose se impôs.

            - SOCOOOOOROOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!! – Ouvimos um grito afeminado vindo a leste da clareira.

            - Ele se faz achar. – Jasper suspirou com a mesma decepção de Emmett.

            Seguimos o grito e logo avistamos JP encima de uma árvore. Ele estava a uns três metros de altura. Me perguntava como havia chegado ali.

            - O que você ta fazendo ai trapo veio?

            JP não respondeu nada apenas encarou o vazio e ergueu a mão apontando para a mata. Todos nos viramos para ver que uma moita alta se mexia constantemente.

            - Ta ocorrendo uma suruba naquele matinho. Mas que promiscuidade. – Emmett sorriu malicioso.

            - Não sua anta altamente bombada. –JP gritou de cima da árvore. – Acho que o urso está ali pronto para atacar.

            Meu olhar se fixou na moita e temendo o momento em que o urso atacasse, fechei meus olhos.

            Estava tentada a abrir os olhos, mas os apertei firmemente. Não queria ver a criatura que provavelmente nos atacaria.

            Ouvi sinais de pessoas se movendo ao meu lado e então escutei a voz de Emmett:

            - Quer ficar ai e ser comida de urso?

            Abri os olhos espantada com as palavras do meu primo. E quando dei por mim, toda a minha família estava nos galho da gigantesca árvore. Como eles chegaram tão alto em tão pouco tempo?

            - Anda Bella.

            Corri para onde Emmett estava e ele me ajudou a pegar impulso. Consegui escalar a árvore

e me sentei ao lado de JP.

            Emmett subiu logo depois de mim com facilidade.

            - My Monkey-man. – Ouvi JP gritar e tudo que vi depois foi uma pinha vindo em minha direção, da qual eu desviei por muito pouco.

            - Porra, se for brincar de tira ao alvo, acerta o viado não eu.

            - Foi mal Bellinha. – Emmett disse em um galho próximo ao nosso.

            Todos nos focamos na moita que ainda se mexia rapidamente. Aquela moita era alta e facilmente um homem se esconderia ali.

            -Será que ele consegue escalar até aqui? – Alice perguntou sem tirar os olhos da moita.

            - Ele é um urso, não o homem aranha.

            Eu ia mandar todo mundo as favas quando de repente para a surpresa de todos Edward sai de dentro da moita e perde o equilíbrio caindo sentado no chão.

            - Mas que droga de moita. – Ele ainda não havia notado nossa presença e continuava a praguejar baixinho.

            Eu o encarei tentando desvendar por que ele estava ali na floresta, e pior, por que estava na moita? Estava tão desesperado que pegou as duas ali mesmo? Aquele pensamento fez meu corpo ferver de ciúmes.

            - EU SABIA QUE VOCÊ GOSTAVA DE UM MATINHO EDWARD. – Emmett gritou revelando nossa localização.

            Edward a princípio olhou para os lados tentando achar de onde a voz estava vindo, mas então olhou para cima e seus olhos se arregalaram em descrença.

            - Olá Edward. – Dissemos em coro.

            - Mas o que...? – Não conseguiu terminar a frase. Realmente, era estranho ver um monte de gente encima de uma árvore, sendo que duas pessoas estavam só estavam com roupa intima.

            - Longa história. – Disse por fim. – Vamos descer e te contamos.

            Todos descemos sem complicações maiores, mas estava faltando alguém. Imediatamente olhei para cima e lá estava JP agarrado ao tronco da árvore tremendo mais que vara verde.

            - Desce daí suicida. – Gritei para que ele ouvisse.

            - Não, acabei de lembrar que tenho medo de altura. – Ele não podia estar falando sério, podia?

            - Mas como você sobe numa árvore se tem medo de altura? – Jasper perguntou.

            - Foi instinto de sobrevivência. A moita mexeu e eu subi.

            - Bom, agora é só descer. – Rose falou com descaso.

            - SE JOGA, SE JOGA, SE JOGA. – Emmett começou a cantar sendo seguido por Jasper. Admito que também cantei um pouquinho

            - Morram seus repolhudos. – Acenou drasticamente para nós. Isso fez seu corpo se mexer, tendo como resultado...

            CRACK!

            Os olhos de JP iam sair de órbita a qualquer momento.

            CRACK!

            - AAAAAHHH. EU VOU MORRER! – A bicha se esgoelou.

            Emmett e Jasper riam da histeria do viado, Alice e Rosalie tentavam acalmá-lo. Enquanto eu e Edward apenas encarávamos tudo sem expressão.

            CRACK!

            - Faz alguma coisa Emmett. – Rosalie gritou.

            Emmett bufou contrariado e caminhou próximo a árvore tirando uma pedra média do caminho.

            - Pronto, se o viado cair a pedra não se machuca.

            - EMMETT CULLEN. – Rosalie gritou raivosa. Até eu fiquei com medo.

            Emmett rebocou Jasper até a base da árvore certamente com medo de Rosalie e os dois estenderam os braços,

             - Pula. – Jasper gritou.

            E não é que ele pulou mesmo. O impacto foi tão grande que os três foram ao chão.

            - Me sinto no paraíso. – JP disse sonhador sendo esmagado por Emmett e esmagando Jasper.

            - Cai fora! – Os dois disseram se levantando abruptamente.

            - Um dia ainda vão ser meus. – JP mandou beijinhos.

            Mas como ele era ganancioso. Querendo os dois.

            - O que é tudo isso? – Edward perguntou se pronunciando depois de um tempo calado. – Como vocês estão só de cueca? E como foram parar lá encima?

            - Como eu disse, longa história, mas foi mais ou menos assim...

            Contei tudo. Sobre o assalto, nossa busca pelo acampamento, os barulhos, a correria e nossa escalada. Edward escutou tudo e não parecia acreditar. Nem eu acreditava.

            - Mas afinal, o que você estava fazendo naquela moita?

            - Bom...

            #FLASHBACK EDWARD#

            Edward PDV

            Fiquei chateado com a reação de Bella. E não agüentava mais ficar ali. Então resolvi ir com as bispulinhas como Bella as chamava.

            Mas minha intenção não era fazer o que elas queriam. Eu apenas fui com elas para pedir ajuda. Podia ser um canalha, mas minha família vinha sempre em primeiro lugar.

            - Então Edward, eu sabia que você não resistiria a nós. – Victória alisou meu braço. E novamente o sentimento de repulsa me causou arrepios.

            - Na verdade só aceitei a carona para ajudar minha família.

            Irina me encarou como se eu fosse um E.T.

            - Então, tudo o que disseram no restaurante era verdade?

            - Não. – Eu, gay? Até parece. – Aquilo foi armação de uma pessoa.

            - Se você não é gay, por que não aproveita? – Irina tentou desabotoar minha camisa, mas a impedi.

            - Porque posso não ser gay, mas não quero nada que vocês têm a oferecer. – Fui seco.

            - Isso não impediu você aquela noite. – Victória lembrou.

            - Eu estava bêbado.

            - Ah qual é! – Irina disse. Elas já estavam me tirando do sério. – Nós podemos fazer você esquece-la.

            - Esquecer quem? – me fingi de desentendido.

            - A garota por quem você está apaixonado.

            Será que estava tão visível assim? Mas de repente uma pergunta encheu minha mente.

            Eu queria esquecê-la?

            Há alguns dias atrás a resposta teria sido um grande sim. Mas como a raiva já havia passado conseguia pensar com mais clareza.

            Podia querer esquecê-la, mas não sei se conseguiria. Bella estava cravada em minha mente e tatuada em meu coração. Tirá-la de lá doeria. Seria uma parte de mim sendo deixada para trás.

            Por tantas vezes me questionei se ela realmente não me amava. Se ela disse tudo aquilo no Brasil da boca para fora. Mas eu não conseguia achar motivos para ela o ter feito. Será que ela se cansou de mim? Ela não se achava boa o bastante? Ou ela não me amava e tudo foi apenas uma pegadinha?

            Por muito tempo fiquei com raiva dela por ter me enganado, mas eu não aceitava aquela desculpa. Ela escondia algo.

            Quando a confrontei minutos atrás e vi seus olhos cheios de lágrimas e ela parecia retribuir o meu amor. Mas o que eu deveria fazer?

            A resposta a pergunta passou a ser não. Eu não queria esquecê-la. A queria de volta em meus braços. Mas como faria isso? Poderia sair machucado novamente.

            Acabei escolhendo a coisa mais sensata. Seria amigo dela. Depois decidiria o que fazer.

            Ela deveria estar pensando que eu sou um canalha por ter aceitado a carona. Droga, Edward.

            - Para o carro. – gritei para o motorista do guincho.

            - O que?

            - PARA O CARRO.

            Ele deu uma freada brusca e eu desci, não importava onde eu estava, eu precisava descer.

            - Aonde você vai Edward? – Victória colocou a cabeça para fora da janela.

            - Para longe de vocês. – Grosseiro? Com certeza, mas não pensei antes de falar. Elas me lançaram olhares assassinos e foram embora.

            Mas ai a realidade me atingiu.

            - Droga. – Xinguei alto. Como chamaria ajuda? Muito bom Edward, você se superou.

            Comecei a andar desanimado. Até que quinze minutos depois vi minha salvação. Uma lanchonete beira de estrada.

            Ok, talvez não fosse o ideal, mas ajudaria.

            Chaguei lá e gritei, literalmente, por ajuda. Eu parecia um louco.

            Mas graças a Deus o dono da lanchonete me ofereceu sua ajuda.

            Chegamos ao local onde os carros estavam, mas não havia ninguém ali.

            Puta merda, seqüestraram eles.

            Inevitavelmente, esse foi meu primeiro pensamento.

            - Eles entraram na floresta. – Minha parte coerente percebeu.

            - Vamos atrás deles, conheço bem essa parte da floresta.

            Adentramos a floresta e vagamos um pouco com os ouvidos e olhos bem atentos. Até que ouvimos alguém ao longe.

            Meu Deus, era Emmett cantando?

            Fomos nos aproximando do local. Pisando em alguns galhos, até que o celular do Carl, o dono da lanchonete, tocou. Seu toque era um rugido de urso. Ele sussurrou uma desculpa e voltamos a andar.

            Novamente ouvi uma voz, era a de JP:

            - MORRA CARNIÇA.

            Ele vinha em nossa direção, mas o bendito celular tocou de novo, fazendo JP se afastar escandalosamente.

            - AAAAAAAAAHHHHHHHHHH ME SALVEM. – Eu gritei seu nome, mas ele não ouviu.

            Viado surdo.

            Corri em direção a eles com Carl atrás de mim. Ouvi mais uns cochichos e deduzi estar chegando. Mas, mais uma vez o celular tocou.

            Encarei Carl e ele deu de ombros.

            - AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH. – O grito da minha família cortou a noite. O toque do celular os espantou.

            - Você não podia ter um toque normal?

            Ele, novamente, deu de ombros.

            Quando chegamos ao local vi que todos corriam em direções diferentes. Corri atrás de Bella e chamei seu nome, mas ela ignorou.

            Percebi que não sabia onde estava, mas de repente vi Emmett com um ninho de passarinho na cabeça passar correndo por mim, me empurrando para dentro de uma moita.

            Constrangedor eu sei, mas fiquei preso nos galhos da mesma.

            Escutei alguém se aproximando e me chacoalhei.

            - Me tira daqui. – Cadê o Carl quando se precisa dele?

            - Ah meu Deus. A moita fala. – Era JP, mas antes que eu o chamasse ele gritou e correu.

            Ouvi mais passos se aproximando e chacoalhei de novo. Porra de arbusto.

            Depois de tanto lutar contra aquela coisa acabei me soltando e caindo para trás. Xinguei baixinho e escutei Emmett gritando.

            - EU SABIA QUE VOCÊ GOSTAVA DE UM MATINHO EDWARD.

            Olhei para os lados, mas não vi ninguém até que olhei para cima e me deparei com a cena bizarra. A macacada estava toda encima da árvore.

            #FIM DO FLASHBACK#

           

            Bella PDV

           

            Legal, o maluco ta brisando.

            Faz um bom tempo que ele está encarando o céu com cara de paisagem.

            - Acorda mano. – Emmett deu um tapa na nuca de Edward.

            - Ai seu animal. – Bom, pelo menos acordou.

            - Você estava com a maior cara de mamão bobo.

            Todos encaramos o dono daquela frase altamente estranha.

            - O que? – Ele disse com cara de paspalho.

            - Ignorem. Redboy, o que você estava fazendo no matinho hein? – JP levantou as sobrancelhas.

            - Esse animal me deu um empurrão enquanto passava por mim correndo e eu cai no arbusto.

            - Ah, então era tu. Foi mal. – Emmett riu e colocou a mão no ombro do irmão que apenas revirou os olhos.

            - Agora me digam vocês. – Edward olhou para os irmãos. – A história do roubo é séria?

            - É. – Jasper disse apontando para si mesmo. – Acredite, não estamos assim por que está calor. Falando nisso, eu quero minhas roupas. Já está ficando frio.

            - Falou e disse mano. – Emmett saiu andando, mas então voltou a nos encarar. – Para que lado fica o acampamento?

            Todos olhamos para JP que antes nos conduzia.

            - Não olhem para mim, estou perdidinha.

            Fedeu.

            - Espera, acho que posso ajudar. – Um brutamonte saiu das árvores. – Alguém pode me dar alguma referência de onde o acampamento estava armado?

            Eu fiquei com medo do cara. Ele tinha cara de mal com aquele bigode e cavanhaque. Parecia aqueles motoqueiros sinistros.

            Jasper se aproximou dele e por um instante conversaram.

            - Eu sei onde fica. Sigam-me.

            Amém. Já estava cansada de ficar ali.

            - Hey, eu tenho uma dúvida. – Disse enquanto andávamos. – Se era Edward no arbusto e não um urso, de onde vinham aqueles rugidos?

            - Era o toque do celular do Carl. – Edward respondeu ao meu lado.

            - Desculpem se assustei. Era minha esposa ligando.

            - Ah.

            - Uau cara. Passa pra mim. Seu celular tem Bluetooth?

            Ignorei Emmett e olhei para o lado e vi Edward olhando para baixo pensativo. Desejei poder seus pensamentos.

            - Você voltou. – A afirmação saiu antes que eu pudesse me deter.

            Ele olhou para mim e sorriu lindamente.

            - É. – Disse voltando encarar seus pés.

            - Obrigada. – Falei verdadeiramente atraindo seu olhar. Ele sorriu torto, me lembrando do Edward que eu amo.

            - Disponha.

            Senti uma fraqueza tomando meu corpo e me apoiei na pessoa mais próxima: Edward.

            Droga, o remédio. Eu deveria ter tomado uma segunda dose hoje e tinha também o cansaço da correria.

            - Você está bem? – Ele perguntou preocupado.

            - Sim, só um pouco cansada. – Menti.

            - Venha, deixe-me ajudar. – Ele passou um braço meu envolta de seu pescoço e enlaçou minha cintura com sua mão. Senti minha pela arrepiar com a proximidade de nossos corpos.

*Link para a música*

http://www.4shared.com/audio/nKMoF2tK/Its_Gonna_Be_Love_-_Mandy_Moor.htm

*Qualquer coisa, tente esse*

http://www.youtube.com/watch?v=GwiYPGxyi7k&feature=fvst

            Suspirei mais alto do que pretendia chamando a atenção de Edward.

            - Tudo bem mesmo?

            - Sim, só não me largue. – Ah meu Deus, diga que eu não falei isso.

            - Tudo bem. – Edward juntou ainda mais seu corpo ao meu. Olhei para ele e tinha um sorriso pequeno nos lábios.

            Edward podia ter mudado e virado um canalha depois que eu o deixei, mas o velho Edward continuava ali. O que tornava as coisas ainda mais difíceis.

            Será que Alice estava certa? Eu deveria contar para ele?

            Eu acho que não conseguiria. Mas a cada pesadelo que eu tinha toda noite eu deseja Edward perto de mim. Igual estávamos agora.

            Ele ainda me amava, mas ele queria me esquecer. Acho que se ele seguisse em frente seria melhor.

            - Bella. – Edward me chamou um pouco receoso.

            - Sim?

            - Me desculpe por tudo que eu disse. Não foi sua culpa o carro ter falhado. Eu só estava nervoso.

            - Quem diria pedir desculpa sou eu. Fui grossa, sinto muito.

            - Acho que estamos quites. – Disse sorrindo.

            - Será que podemos... sei lá... ser amigos? – Percebi o quanto era difícil para ele dizer aquelas palavras.

            - Você não estava magoado comigo por... você sabe.

            - Eu estava, mas fui o primeiro a entender que eu merecia aquilo.

            Sorrir foi inevitável. Por mais que eu quisesse falar que o amava, sabia que não podia. Mas era melhor ser sua amiga do que nada.

            - Amigos. – Sorri ainda mais.

            Se essa era uma boa escolha? Eu não sabia, apenas deixaria as coisas seguirem seu curso.

            Então vi Alice olhando para trás. Quando percebeu que estava abraçada a Edward deu um pequeno sorriso ao qual eu respondi com um dar de ombros.

            - Bom, chegamos. – Me virei para observar a paisagem a nossa volta e estagnei chocada. Era linda. Forks sem dúvida ficava linda a noite. O contraste entre a pequena cidade com a floresta a sua volta era magnífico.

            - Também fiquei surpresa com a paisagem. – Alice disse ao meu lado.

            - Me pergunto se papai conhecia essa parte.

            - Com toda certeza. Ninguém conhecia Forks melhor do que Charlie Swan. – Rosalie disse se aproximando.

            - Bella, como vai fazer com Carlisle e Esme?

            - Não vai dar para esconder. Carlisle é médico e perceberá algo errado. Não tenho escolha a não ser contar.

            - Você acha que ele poderá contar ao Edward?

            - Eu não sei. Espero que não.

            Depois de tanta confusão chegamos em casa. Eram quase seis da manhã e com certeza Esme nos mataria se soubesse de nossa demora. Fizemos um pacto de silêncio. Ninguém nunca saberia.

            Caminhamos silenciosamente até as escadas andando nas pontas dos pés.

            - Posso saber onde vocês estavam? – Todos nós viramos assustados com a voz de Esme. Ela estava sentada em uma das poltronas da sala de roupão.

            - Bom... nós... – Edward gaguejou nervoso.

            Não sabíamos se Esme acreditaria na verdade, para falar a verdade duvidávamos disso.

            Comecei a falar tentando me defender, mas todos tiveram a mesma idéia do que eu. Logo estávamos todos falando ao mesmo tempo. Eu não conseguia entender nem meus pensamentos.

            - CALADOS. – Esme gritou.

            - Foi tudo culpa do JP. – Falamos juntos. Até eu me espantei.

            - MINHA CULPA? – O viado se manifestou.

            - Você é amaldiçoado. Sempre que estamos com você nos metemos em confusão. – Emmett disse alto.

            - Olha aqui seu... seu... Gostoso. Eu te processo. Vou descer do salto...

            - Ok, já chega. Eu não quero saber de quem é a culpa, ou o porquê do atraso. Estão todos de castigo.

            - O QUE? – A exclamação foi unânime.

            - É isso o que vocês ouviram. Vão passar o dia inteiro nos quarto, sem TV ou computador. E só vão sair para as refeições e para limpar a casa.

            - O QUE? – Gritamos de novo.

            - Vocês me entenderam. – Esme disse decidida.

            - Não mãe. Eu sou muito novo para ser preso. – Emmett grudou na perna de Esme implorando.

            - Não acha que isso é um pouco exagerado? – perguntei receosa.

            - Não. Vocês não sabem como fiquei preocupada com vocês. E se algo ruim tivesse acontecido?

            - Acredite, aconteceu. – Sussurrei para mim mesma.

            - Mas mãe... – Os rapazes apelaram.

            - Sem “mas”. Para os quartos.

            Derrotados começamos a subir as escadas. Até que escutamos a risada escandalosa de JP.

            - JP, para o quarto você também. – Esme disse brava. A risada de JP cessou imediatamente.

            - Mas eu nem moro aqui.

            - Quarto de hóspedes. – JP bufou irritado e dessa vez foi nossa vez de rir.

            - Vocês me pagam seus repolhudos.

            Quando chegamos ao corredor de nossos quartos paramos cada um em frente a porta de seu quarto. Eu ainda não acredito que estava de castigo. Eu não fico de castigo desde os dez anos.

            - Me falem que alguém tem um plano. – Alice suplicou.

            - Não adianta. Esme quando põe de castigo, pode ser raro, mas é pra valer. – Jasper disse desanimado.

            - Eu vou desenvolver claustrofobia se ficar um dia inteiro dentro desse quarto. – Disse olhando para todos.

            - Acho que se nos comportarmos e fizermos tudo direito ela nos libere mais cedo. – Edward refletiu.

            - Então há esperança. – Alice sossegou.

            - Bom, se não há nada a fazer eu vou para meu quarto. Como se eu tivesse escolha. – Sussurrei a última parte para mim.

            Entrei no meu quarto e joguei meus sapatos em qualquer lugar. O que eu iria fazer nesse quarto o dia inteiro?

            O relógio marcava uma hora da tarde. Havíamos acabado de almoçar e estávamos em nossos quartos novamente. Apenas esperando a ordem de Esme para começar a faxina.

            Ficar sete horas dentro do meu quarto foi desgastante. No começo foi fácil. Fiquei tocando meu violão. Mas depois de duas horas não agüentava mais. Organizei todo o meu closet por modelo, tamanho e cor. Meus CDs estavam organizados do melhor para o pior. E minha cama estava arrumada.

            - Podem descer. – Esme gritou do andar de baixo.

            Eu não sei se era desespero, ou... Não, era desespero mesmo. Eu abri a porta do meu quarto para sair correndo escada abaixo, mas mais uma vez todos tiveram a mesma idéia que eu. Resultado?

            No momento em que eu abri a porta trombei com Edward fazendo com que ele caísse encima de mim. Mas não pude nem desfrutar da nossa proximidade, Jasper e Rosalie correram pelo corredor, mas não nos viram. Já éramos quatro no chão. Alice e Emmett vieram logo em seguida.

             Eu já não respirava mais. Tinha cinco pessoas me esmagando.

            - Quem morreu se apresente. – Emmett gritou.

            - SAIAM DE CIMA DE MIM. – Gritei desesperada.

            - Vixi, tragam a maca. Essa virou panqueca.

            Eu não sentia minhas pernas e tinha certeza que sentia uma costela quebrada. Respirar ficou difícil e minha visão estava um pouco turva.

            - Bella você está bem? – Edward estendeu a mão para mim.

            - Não. Sinto que um caminhão passou por cima de mim e ainda deu ré.

            - Como é exagerada. – Revirou os olhos, mas fez uma coisa que me fez arregalar os olhos. Me pegou no colo no estilo noiva e desceu a escada comigo assim. Corei profundamente.

            Edward PDV

           

            Ter Bella ali, tão perto de mim exigiu o máximo do meu alto-controle. Mas não podia fazer nada, ela era apenas minha amiga.

            Era bom as coisas estarem se resolvendo. A raiva de suas ações já não existia mais e eu até entendia. Revi meus erros e sinceramente merecia uma lição daquelas.

            Claro que deixar de amá-la era uma história diferente.

            - Bella, você está bem? – Esme a olhou preocupada.

            - Eu acho que estou cansada de ouvir essa frase. – Disse brincalhona.

            - É, ela está bem. – Sorri para Bella.

            - Acho que você pode me por no chão. – Fiz uma força sobre-humana para fazer meus braços se desvencilharem de seu frágil corpo.

            - Esme nós temos mesmo que fazer isso? – Rosalie perguntou atrás de mim olhando para o desentupidor em sua mão.

            - Sim. E você também JP. – JP, que tentava fugir de mansinho, parou perto a porta.

            - Ah meu chuchuzinho. A mulher tem olhos nas costas?

            - Sem reclamações. Jasper e Alice vocês cuidam da cozinha. Rosalie e Emmett vocês lavarão a roupa. JP você fica encarregado de lavar o banheiro. – Disse entregando-lhe o desentupidor. A cara de nojo de JP fez Emmett gargalhar estrondosamente.

            - Me recuso. – Bateu o pé.

            - Sem reclamações. – Esme deu-lhe as costas e a boca de JP se escancarou. – Bella e Edward vocês ficam com a sala e a piscina. Cada um ficará responsável por seu quarto. Todos entendidos?          

            - Sim. - Falamos desanimadamente.

            - Ótimo, eu vou sair e quando chegar quero essa casa brilhando. – Esme deu um aceno e saiu pela porta.

            - Edward, sua mãe pode ser aterrorizante quando quer. – Ri da expressão assustada de Bella. Acho que sermos amigos não seria tão mal assim. Isso não me impediria de...

            - Acorda mano. – Emmett bateu em minha nuca desviando meus pensamentos.

            Olhei para ele já começando a maquinar formas de torturá-lo.

            - Ele fica bravo quando eu bato nele, mas a culpa é dele. Ninguém manda ficar brisando por ai.

            - Emmett, vai se fu... – Bella tampou minha boca. Lancei um olhar a alertando e então lambi sua mão.

            - AH QUE NOJO. – Bella balançava a mão.

            - Foi você quem pediu. – Dei de ombros.

            - Já chega. Vamos acabar logo com isso. – Alice interviu.

            - Me recuso a fazer isso sóbria. - Bella se dirigiu a cozinha, mas segurei a gola de sua blusa.

            - Você já é desastrada naturalmente, se beber o desastre triplica.

            Ela cruzou os braços e foi para o lado de Rosalie.

            - Se importam se eu colocar umas musiquinhas? – Emmett apareceu no começo da escada com seu MP3 na mão.

            Bella se aproximou dele e tomou o aparelho de suas mãos.

            - Hey, me devolve.

            - Estou averiguando a qualidade do produto.

            Bella mexeu um pouco no aparelho, pela sua expressão não havia coisa boa ali.

            - Pode me devolver?

            - Mas nem pensar. Não vou passar o dia ouvindo Hannah Montana e nem a música do Barney. Pega Alice. – Bella jogou o MP3 para Alice que o escondeu em alguma parte da casa. – Você terá ele de volta no final do dia.

            - Isso é muito injusto.

            Bella ignorou indo para seu quarto. Eu não fazia idéia do que ela faria, mas logo depois ela reapareceu com seu próprio MP3.

            - Agora sim teremos música de verdade. – Rosalie sussurrou para Alice.

            - Vai lá Bella. Mostra o que é música.

            - Desde quando vocês escutam rock? – Perguntei espantado.

            - Desde quando a gente não escuta rock.

            - Herança de família. – Bella sorriu perto das caixas de som.

*Link para a música*

http://www.4shared.com/audio/THoqz9Fv/Blondie_-_One_Way_Or_Another.htm

*Qualquer coisa tente esse*

http://www.youtube.com/watch?v=Ab_IE_eXyTQ

            Bella começou a dançar com suas irmãs. Elas curtiam a música.

            - Alguém sabe fazer faxina? – Emmett perguntou. Admito que nunca tinha feito faxina também. Eu geralmente ajudava minha mãe com a parte da cozinha.

            - Vamos logo. Temos muito que fazer. – Bella puxou minha mão e vi as meninas fazendo o mesmo com meus irmãos. Fomos todos para a dispensa pergar tudo o que precisaríamos.

            - Eu nunca lavei a roupa. O que eu faço? – Bella pegou tudo que Rosalie precisaria e explicou com detalhes.

            - Não coloque muito sabão em pó. – Rosalie bateu continência brincando e puxou Emmett com ela.

            - Alice e Jasper. – Os dois se colocaram na frente de Bella como se fossem soldados. – A cozinha não é tão difícil, então vão. – E os dois partiram.

            - JP?

            Olhei para os lados e ele estava indo embora de mansinho de novo. Bella segurou sua blusa rosa choque e empurrou o desentupidor para ele.

            - Vai. Logo. – Ela disse entre os dentes. Vi JP estremecendo e ele sumiu. – Sobramos nós.

            - Vamos começar pela sala? – Soou mais como uma pergunta.

            - Boa idéia.

            Até que limpar a sala não foi tão difícil. Acabamos tudo em meia hora. Mas agora viria o difícil. A piscina.

            - Para um principiante não foi tão mal. – Bella foi para a parte de fora tirando sarro da minha cara.

            - Eu aprendo rápido.

            Ela olhou para trás e lançou um sorriso debochado.

            - Vejamos como se sai com a piscina.

            Eu já havia visto Carlisle limpando a piscina, mas fiquei perdido enquanto Bella começava.

            - Você parece meio perdido.

            - Meio? Você faz parecer fácil.

            - Quando se tem duas irmãs preguiçosas a certas coisas que temos que aprender. Comece esvaziando um pouco a piscina, ela filtrará a água mais rápido.

             Isso era fácil. Peguei um dos baldes que Bella trouxera com ela e comecei a esvaziar a piscina.

            Bella se distanciou para fazer alguma coisa que eu não entendi uma palavra. Ela estava de costas para mim mexendo em algo da piscina.

            Eu olhei para o balde em minhas mãos e olhei para Bella desavisada. Acho que eu posso abusar um pouco dessa nossa amizade.

            Enxi o balde e caminhei até ela sem fazer barulho. Então joguei tudo nela.

            - AAAAAAHHHHH. – Ela gritou quando a água gelada a atingiu. – EDWARD CULLEN EU VOU TE MATAR.

            Ela pegou a mangueira e saiu correndo atrás de mim. Ela não me acertou de primeira, mas já na sua segunda tentativa me molhou inteirinho. Senti minha camiseta grudando no meu corpo assim como a de Bella.

            Tentação.

            - Acho que pode fazer melhor do que isso. – Apontei para mim mesmo.

            O instinto competitivo de Bella veio a tona e ela correu atrás de mim. Ficar dando voltas na piscina era um tanto perigoso e quando ela começou a correr mais rápido com outro balde nas mãos, sem pensar duas vezes adentrei a casa.

            - O que vocês est... – Alice foi interrompida pelo jato de água que acabara de receber. Era para me atigir, mas abaixei. – É melhor vocês correrem.

            Bella me olhou segurando o riso e novamente começamos a correr com uma Alice raivosa atrás de nós e o Jasper tentando impedir um homicídio.

            - Isso é culpa sua Cullen. Quem mandou abaixar?

            - Quem mandou jogar água?

            - Foi você que começou.

            Eu já estava exausto de correr e já havíamos molhado metade da casa.

            - Esquece. – Alice parou com as mãos nos joelhos. – Vocês não valhem o esforço.

            Ela voltou a cozinha com Jasper, mas eu e Bella continuávamos a correr.

            - Eu te odeio Cullen. – Voltamos a parte de fora que estava escorregadia. Acabamos caindo na piscina. Não agüentamos e começamos a dar risada.

            Bella tinha uma risada gostosa e suas roupas molhadas mais sua face ruborizada só fazia sua beleza crescer. Eu sabia que tinha oferecido amizade, mas foi inevitável não afagar sua bochecha que instantaneamente ficou ainda mais vermelha.

            Bella respirava com dificuldade, mas um pequeno sorriso ainda adornava seu rosto. Eu fui me aproximando de seu rosto. E estaria mentindo se dissesse que fiz inconscientemente, porque naquele momento eu estava consciente de tudo o que fazia. Eu a queria.

            Quando minha boca estava a milímetros da sua escutamos um grito. Bella se afastou de mim e não me encarou. Apenas saiu da piscina e correu para dentro de casa. Chacoalhei minha cabeça espantando os pensamentos e fui descobrir a fonte do grito.

            Vi todos na lavanderia. Inclusive JP que estava com uma máscara, luvas, e um avental escrito “Você quer? É só pedir!”.

            Ignorei e olhei por cima da cabeça de todos me deparando com a lavanderia cheia de espuma.

            - Eu disse que era só um pouco. – Bella lamentou.

            - E nós colocamos só um pouco. – Emmett se defendeu.

            - Vocês mediram com o que?

            - Aquele balde ali. – Emmett apontou para um balde de vinte centímetros.

            - Ai, eu vou me matar.

            Eu tentei, mas rir foi inevitável.

            - Estão parecendo pintos molhados. – JP comentou.

            - Já chega, circulando, você já acabaram o que tinham que fazer?

            - JÁ. – Respondemos todos juntos.

            - Não é possível! – Emmett exclamou.

            - Não somos burros iguais vocês troglobofe.

            - Troglo- o que? – Perguntamos ao mesmo tempo.

            - Ai gentinha lerda. Troglobofe. Emmett é um bofe escandalozíssimo, mas infelizmente não me da o devido valor, por isso é um Tro-glo-di-ta. – Ressaltou cada palavra olhando bravo para Emmett. – Entenderam?

            - Não. – Bella estava mais perdida do que cego em tiroteio.

            - Esqueçam, vocês são ralés demais para me entenderem. – Falando isso saiu com a maior pinta.

            - Eu vou ajudar vocês a arrumarem essa bagunça, mas depois eu vou para o banho. Não é, Edward. – Seus olhos chocolates demonstravam a falsa fúria que suas palavras carregavam.

            - Pois é Bella. – Parei atrás dela e comecei a fazer cósquinhas.

            - Não é... porque você ... não está... mais bravo comigo... – Ela falava entre as gargalhadas. – E somos amigos que você tem o direito de fazer cóssegas em mim.

            - Eita, desde quando vocês dois são amigos? – Emmett perguntou coçando a cabeça.

            - Desde que conversamos e decidimos seguir em frente.

            Vi Bella e Rosalie trocarem olhares. Rose parecia esperançosa com algo, mas Bella balançou a cabeça negativamente. Do que será que elas estavam falando?

            Deve ser coisa de mulher.

            - Bom, eu vou subir e tomar um banho. Até mais.

            Aquele havia sido um dia cheio, mas com muitos pontos positivos.

            Eu entrei em meu quarto e comecei a divagar em pensamentos.

            Bella ter aceitado ser minha amiga mexeu com a esperança de que ela me amava. Aquilo crescia a cada momento que passava com ela.

            Mas não podia alimentar essa chama dentro de mim. Bella não me amava, não importa o que eu sentisse, não importa o que seus olhos diziam. Eram mentiras.

            Apenas um pensamento passou por minha cabeça depois de um belo banho.

            E se eu a reconquistasse?

            Sai do meu quarto e parei em frente ao quarto de Bella. A música Bad Reputation da Joan Jett tocava alto e podia ouvir sua voz acompanhando.

            Apostava que ela dançava em volta de sua cama, pulando como se esquecesse de tudo e estivesse envolta em sua bolha.

            Eu não conseguia acreditar nem por um minuto que eu não podia mais abraça-la ou beija-la. O sabor de seus lábios nos meus já era uma memória falha. Eu estava dependente de Bella para viver e isso não era bom quando eu não a tinha por perto.

            Eu agia e pensava como um viciado, tudo que eu queria era a minha droga.

            Eu tinha que dar um jeito de resolver minha situação, precisava daquela criatura adorável, energética, sensual e perigosamente maliciosa ao meu lado, mas como?

            - Todos para seus quartos. – Ouvi a voz de Esme no andar de baixo. – Não quero ninguém fora.

            Ela estava levando a história do castigo realmente a sério. O que mais me enlouquecia é que ela não nos deu a chance de explicar. Mas eu pensaria nisso outra hora.

            Adentrei ao meu quarto me jogando na cama. Não queria dormir, nem tocar violão. O computador não era uma opção.

            Então decidi entrar em um Chat com meus irmãos pelo celular. Pelo menos isso não fomos proibidos de fazer.

            E.C. acabou de entrar.

           

            Emmettizão diz: Mano, tu teve a mesma idéia do que eu.

            E.C. diz: Pois é. O Jasper ta ai?

           

            Jasper acabou de entrar.

            Emmettizão: Só porque você falou.

            Jasper diz: Nossa, quanta gente. *sarcasmo*

            Emmettizão diz: Claro, só eu varro por 5.

            E.C. diz: Então comece a faxina kkkk

            Emmettizão diz: Não me fale em faxina.

            Jasper diz: Emmett o certo é “Eu VA-LHO por 5”.

            Emmettizão: Tanto faz.

            E.C. diz: O que estão fazendo de bom?

            Jasper diz: Lendo.

           

            Emmettizão diz: Ler é para os trouchaz.

            E.C. diz: Temos um exemplo claro disso. (TROUCHAZ)

            Jasper diz: Pois é. E o que você está fazendo Edward?

           

            E.C. diz: Pensando.

            Emmettizão: Bem que eu senti um cheiro de queimado. Não pensa demais Eddie, não vai sobrar miolos.

            Emmett me tirava do sério de todas as maneiras possíveis. Eu por um momento pensei em me desconectar, mas então uma mensagem apareceu na tela.

            Imperfect Angel acabou de entrar.

            Eu tentei me lembrar quem da minha lista de contatos poderia ter um apelido no Chat desse. Nada me vinha a mente. Comecei a passar os nomes de cada um e com um estalo lembrei.

            Bella.

            Imperfect Angel com certeza era por causa de seu livro “Memorys of na Imperfect Angel”.

            E.C. diz: Olá Imperfect Angel.

            Imperfect Angel diz: Olá Edward.

            E.C. diz: Poxa Bella, você poderia entrar na brincadeira.

           

            Imperfect Angel diz: Como você sabe que sou eu?

            Bella não sabia que eu sabia de seu livro. O que eu deveria dizer agora?

            E.C. diz: Não sei, intuição eu acho.

            Imperfect Angel diz: Você foi a primeira pessoa que descobriu.

            E.C. diz: Eu te conheço melhor do que muitos.

           

            Bella não respondeu a minha mensagem. Achei que ela houvesse saído do Chat, mas Emmett começou a conversar com ela sobre qualquer coisa.

            Tinkerbell acabou de entrar.

            E.C. diz: Tenho a leve impressão de que um pequeno ser acabou de se juntar a nós.

            Tinkerbell diz: Vê se me erra Edward.

            Emmettizão: Cuidado que ela ta com TPM. Ta Pra Matar.

            Tinkerbell diz: ¬¬

            Tigresa Sedutora acabou de entrar.

            Emmettizão diz: ROSALIE!!!!!

            Jasper diz: Como você sabe que é a Rosalie?

            Emmettizão diz: Nem queira saber.

            Tigresa Sedutora diz: Família reunida.

            Tinkerbell diz: EU NÃO AGUENTO MAIS A PAREDE DO MEU QUARTO. ROSA ESTÁ COMEÇANDO A ME ENJOAR.

            Imperfect Angel: Putz, o estado é grave.

            E.C. diz: Tenho que concordar com Alice. Não agüento mais o meu quarto.

            Me cata acabou de entrar.

            Todos dizem: NÃO!

            Me cata: Olha, os repolhudos reunidos. Adoro uma suruba.

            Emmettizão diz: Acho que já vou. *Nojo*

           

            Tigresa Sedutora: Espera. Eu tenho uma idéia.

            Me cata: Eu tenho várias também. Vamos realizá-las Loirinho?

            Jasper diz: Prefiro me jogar de um precipício.

            Tigresa Sedutora: POSSO FALAR?

            Imperfect Angel diz: Manda.

            Tigresa Sedutora diz: Por que não vamos todos para o telhado?

            E.C. diz: Não é uma má idéia. Encontro vocês lá. Tchau.

            E.C. saiu.

            Me cata diz: Esse tava desesperado para ir embora. Redboy está aprontando alguma. Quem quer me ajudar a descobrir?

            Imperfect Angel saiu.

           

            Emmettizão saiu.

            Tigresa Sedutora saiu.

            Jasper saiu.

            Tinkerbell saiu.

            Me cata diz: BANDO DE CARNIÇAS!

            Me cata saiu.

            Meu quarto tinha uma entrada para o telhado a qual eu usava com freqüência. Era bom para pensar e relaxar.

            Sai do Chat primeiro para ter um tempinho para pensar antes que todos chegassem. Precisava organizar meus pensamentos antes de cometer alguma idiotice.

            Será que tentar reconquistar Bella era uma boa opção?

            Por favor meu Deus, me mande um sinal. Pedi olhando para cima.

            Olhei para trás quando ouvi um entrondo. Era Bella subindo no telhado. Ela me viu e sentou-se ou meu lado.

            - Se importa se eu ficar aqui com você? – Bella encarava a lua.

            - Nem um pouco.

            Bella estava com seus olhos presos a lua, deitada  e ela ficava ainda mais linda com a luz do luar reflitindo sua pele branca corberta apenas por uma blusa preta e um shorts rosa.

            - Por que Imperfect Angel? – Peguntei apesar de já saber a resposta.

            - Nada demais.

            - Qual é Bella. Eu sei que não é isso. – Ela me encarou confusa. – Eu sei sobre o seu livro.

            Bella se levantou ligeiramente espantada pelo meu cometário.

            - Rose e Alice me contaram tudo.

            - Tudo?

            - Tudo. – Suspirou pesadamente e voltou a encarar a lua. – Eu só não entendo por que não o continua.

            - Por que me faz lembrar dele. E dói demais. – A expressão de solidão em seu rosto foi desconcertante. Eu jurei nunca mais deixar essa expressão aparecer no rosto de Bella de novo.

            - Mas é o que você ama. E agora está indo fazer Arquitetura em Dartmouth.

            - Edward, você já quis tanto uma coisa que luta constantemente para alcançá-la? – Me encarou com os olhos questionadores.

            - Já. – Pena que continuo a perdendo. Completei em pensamento.

            - Então você sabe como eu me sinto. Eu tento, juro. Mas cada vez que vou escrever algo a sensação de perda e solidão volta. Não sai uma linha.

            - Mas você não acha que isso seria uma coisa que seu pai gostaria de ver você fazendo apesar de tudo? – Eu esqueci todos os meus problemas naquele instante. Bella estava vulnerável e todo meu foco estava nela.

            - Sim, mas eu não consigo.

            - E o violão? Rosalie falou que você não tocou por um tempo.

            - Eu voltei a tocar aos poucos, mas... – Uma idéia me atingiu.

            - Nada de “mas”. É isso que vamos fazer. Aos poucos. Vou te ajudar a voltar a fazer o que você ama.

            - Como?

            - Aos poucos você vai se soltando dessa barreira que te impede de escrever. Começaremos com pequenos textos, agumas crônicas, depois partiremos para capítulos e mais capítulos. – Eu falava empolgado tentando transmitir toda confiança que tinha nela.

            Bella começou a chorar, mas ao mesmo tempo ria.

            - O que foi? Falei algo errado?

            - Não. É só que... Você tem mais fé em mim do que eu mesma.

            - É porque eu sei do que você é capaz. Cancele sua matricula em Arquitetura e increva-se em Literatura. – Segurei suas mãos nas minhas e olhei em seus olhos. – Confie em mim.

            Bella estava um pouco hesitante e entendia suas duvidas.

            - Por favor, não pense nas dores, pense na satisfação, no orgulho de seu pai.

            Bella expirou profundamente e disse:

            - Eu... Eu confio em você. Ligarei amanhã.

            Minha alegria não cabia em mim. Eu tinha certeza de que Bella conseguiria e só o fato dela confiar em mim me deixava alegre.

            - Edward. – Olhei em seus olhos e vi sinceridade e gratidão. – Obrigada.

            - Faço por você. – Supreendi-me quando Bella me abraçou. O choque elétrico percorreu meu corpo com uma intensidade inacreditável. A falta de seu calor mexia com meus sentidos.

            - Edward?

            - Sim?

            - Também não desista de nada ok?. Lute.

            O sinal.

            Retribui seu sorriso encantador. Bella seria minha novamente e dessa vez a amaria com o dobro de intensidade e não a deixaria escapar.]

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Oi lindas tudo bom?

Sobre o capitulo...

Bom, esse sem duvida veio mais rápido do que o outro. E eu sei que tinha prometido postar assim que atingisse 20 reviews. Mas como eu sou boazinha já postei. Então eu peço perdão pela demora, mas agradeço do fundo do coração cada review que vocês mandaram.

Se vocês puderem dar uma olhada na tradução da música It’s gonna be love eu recomendaria.

Eu não gosto muito do começo desse capitulo, mas achei que o final ficou no ponto. Espero que tenham gostado.

Entrem no blog www.bruhhellofanfics.blogspot.com

Bjos até a próxima

REVIEEWS