The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 13
Capítulo 13 - Colorado.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY PESSOAS :D

Esse capítulo demorou um pouquinho mais porque as minhas aulas começaram e eu estou um pouco mais atarefada. Mas eu prometo que não demoro muito :D

Vamos ao capítulo o/



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Grand Junction era maior do que eu pensei.

A cidade ficava entre as montanhas do Colorado, tendo um clima bem seco e um pouco mais quente. A maioria das pessoas que eu via eram turistas do país todinho — até tive a impressão de ver pessoas de outros países —, todos pareciam ansiosos e felizes. Aquilo me dava uma sensação estranha de nostalgia, eu sentia que morei em algum lugar desse tipo, mas eu não conseguia saber onde era ou como me lembrar.

Essa sensação era bem chata.

Eu e Matthew não nos falamos muito nas últimas horas. Na verdade, ele passava a maior parte do tempo reclamando e sussurrando algumas coisas idiotas que eu só não respondia porque tinha medo que ele fosse humilhado demais. Aguentá-lo não era uma coisa agradável. E também passar a noite com ele era tão agradável quanto você dividir o quarto de hotel com um cachorro sardento e infectado com a raiva. Na verdade, ficar com um cão sardento e com raiva seria mil vezes melhor.

Eu sentia alguma coisa por Matthew, e agora tinha toda a certeza que era muito negativo.

— Antes de comer, vamos falar com o pessoal da lanchonete. — disse Matt. — Talvez eles saibam alguma coisa sobre telepatas ou sei lá.

Era mais ou menos a hora do almoço e iriamos partir hoje á noite para Denver. Tínhamos pouco tempo para ver se tem algum telepata aqui.

— Certo. — disse. — Algum plano?

— Eu não preciso de plano. — ele disse meio convencido, eu revirei os olhos.

Nós andamos até o balcão da lanchonete em passos rápidos, e eu pude ver os clientes olharem para nós e começarem a comentar algumas coisas. Eu não dei importância. Ao menos isso me fazia acreditar mais no que Matthew disse que éramos uma espécie de celebridades.

A maioria deles olhava para a minha barriga.

— Oi. — Matthew disse a atendente.

Ela pareceu ficar paralisada com a figura de Matthew na frente dela.

— O-Oi. — ela gaguejou, meio sem jeito. — Você é o dominador de fogo, não é?

Matthew deu um sorrisinho pra ela.

— Sim. — ele dizia, com um sorriso estampado no rosto. As pessoas simplesmente pararam de comer e ficaram prestando atenção em nós, como se fossem algo importante até demais. — Olhe, eu preciso da sua ajuda. — ela corou. — Estamos em uma missão e...

Eu revirei os olhos.

— Ela é a sua namorada? — perguntou. — A dominadora de água assassina?

Continue assim e você verá quem é a assassina, pensei.

— Sim. — confirmou Matthew, dando um sorriso falso e pegando na minha mão. Eu rapidamente soltei a minha mão da dele. Matt tentou disfarçar aquilo e me puxou um pouco para mais próximo dele. — Mas essa história do assassinato é mentira. Não era ela ali, sabe? Nós dominadores não podemos beber sangue ou coisas assim.

Eu não consegui entender praticamente nada do que ele disse. Beber sangue? Dominadores são o Conde Drácula agora?

— Ela não estava grávida? — a garota virou seu olhar para a minha barriga.

Todos lá ficaram mais do que atentos em mim. Matthew parecia ter ficado meio nervoso.

— Hã... — ele demorou um pouco para responder. — Na verdade, ainda vai fazer um mês que ela está grávida, não três. A mídia só mudou essa informação.

Ela me lançou um olhar meio bizarro e eu tive certeza que ela não foi com a minha cara. Do mesmo jeito que eu não fui com a dela.

— Ah. — disse a garota, ainda nervosa. — Então... O que deseja aqui?

— Você viu alguma pessoa suspeita? — perguntou Matthew. — Uma pessoa meio perturbada que lê pensamentos ou até uma pessoa meio afastada?

— Sim. — ela respondeu. — Mas não exatamente.

— O que você quer dizer com isso? — perguntei.

Ela se virou para mim e me lançou outro olhar fatal.

— Eu pensei que a sua voz soasse como se fosse alguma espécie de vilã. — comentou. — Na TV você sempre parece uma espécie de monstro que todos deveriam ser contra.

— Volte ao assunto. — disse, meio fria. — O que você quis dizer com aquilo de “não exatamente”?

— Talvez você não entendesse. — ela disse.

— Você está duvidando da minha inteligência? — retruquei.

— Talvez sim, talvez não. — ela respondeu, dando um sorrisinho meio irritante. — Eu poderia explicar para o seu namorado, ele parece ser mais capaz. Claro, eu não estou lhe ofendendo. Não me entenda mal.

Eu queria gritar para o mundo todo de que tudo isso era uma farsa e eu só queria a droga da minha memória de volta. Matthew não era o meu namorado, eu não estava grávida e sinceramente eu não entendo o que eu fiz de tão ruim.

— Então você está duvidando da minha memória. — disse. — Srta. Inteligência, eu quero que me mostre todos os seus diplomas e seus mestrados. Se você se fala tão inteligente...

— Eu ouvi dizer que você é australiana. — ela disse. — E também ouvi dizer que os australianos são uns loiros com pele laranja completamente inúteis. Só pensam em surf, beber, futebol e talvez mais alguma coisa australiana inútil. Esqueci de dizer que vocês tem esse sotaque ridículo e fresco, quase igual ao dos ingleses.

Eu senti uma raiva percorrer pelo o meu corpo, mas eu nem sabia o porquê.

Eu não me lembro de estar na Austrália, só sei disso porque Wright me falou uma vez, se não, eu iria achar que era inglesa — meu sotaque era quase igual ao de Helena, então eu presumi isso. Mas, de certo modo, isso chegava a ser algo completamente irritante. Quando ela pronunciou o nome “australiana” eu senti uma reação estranha na minha mente, como se eu quase fosse ter uma memória de volta. Quase.

— Do mesmo jeito que todos os americanos são um bando de gordos estúpidos e racistas. — rebati.

— Eu sou alemã. — ela me deu um sorrisinho. — A sua falta de percepção realmente me surpreende.

Como se eu fosse adivinhar a nacionalidade de uma pessoa só de olhar para ela. A garota falava exatamente como Matthew, então eu presumi que já que estamos nos Estados Unidos, e ela tenha o sotaque e maneira americana, que seja americana como eles.

— Então vá ser nazista e matar os seus judeus e negros, Srta. Inteligência. — respondi, com raiva. — É o que os alemães fazem.

Ela ficou bem irada com aquilo.

— Quem você pensa que é para falar de mim? — ela disse irritada. — Eu estava ajudando o seu namorado, e então você me vem com todas essas ofensas gratuitas!

— Eu penso que sou a última dominadora de água dos últimos duzentos anos. — tentei usar aquele título ridículo que as pessoas da Área 52 usavam para mim. — E eu não comecei isso. Eu só lhe perguntei uma coisa.

Antes que ela pudesse me responder, Matthew estava ao ponto de ter um ataque de tanto nervosismo.

— Chega! — disse. — Olhe, me desculpe por isso, ok? Vamos fingir que isso não aconteceu. — disse a atendente. — Vamos. — me puxou pelo o braço, saindo da lanchonete.

— Vamos lá. — protestei. — Eu não tenho culpa! Me solta!

— Não. — ele respondeu, em voz baixa.

Saímos da lanchonete e ele me levou até o estacionamento.

— O que foi aquilo? — perguntou Matthew.

— Ela veio pra cima de mim, eu não tive culpa! — disse.

— Você estava praticamente tendo um ataque de ciúmes ali! — ele falou.

— Ciúmes?! — disse. — De quem que eu teria ciúmes? De você? Isso é uma piada ou quê?

Ele revirou os olhos.

— Não está claro? — perguntou. — Alguma coisa nessa sua mente bizarra estava se roendo de ciúmes porque eu estava falando com a atendente.

Eu bufei de raiva.

— Você não se cansa de ser tão cheio de si o tempo todo? — eu disse irritada. — Tudo sempre é você! Quando vai perceber que não passa de um babaca inútil que só teve um pouco sorte de dominar um pouco de fogo?

— E quando você vai perceber que estamos no meio de algo importante e qualquer movimento suspeito pode nos matar?! — ele começou a ficar irritado. — Eu sei que aconteceram muitas coisas ruins de Janeiro a Abril, mas...

— Você que age que nem um idiota sem cérebro e depois eu que sou culpada?! — falei irritada. — Eu não me lembro de nada do que aconteceu, e toda a vez que eu te via na Área 52, você sempre agia que nem um idiota e ficava bancando uma de rebelde! Sinceramente, Summers, você me enoja.

— Eu vou sair dessa missão. — ele disse.

— Ótimo! — disse. — Pode voltar para Roux e ficar com esses seus surtos estúpidos de rebeldia fora da hora. Eu não me importo.

— Ótimo! — ele disse. — Eu não quero mais olhar para esse seu rosto!

— Pode ir.

— Eu vou. — disse.

— Então vá.

— Eu estou indo para longe de você, Watters. — ele quase transbordava raiva. — Tente sobreviver sem mim.

— Eu não preciso de você. — disse. — Você é inútil.

Ele me xingou com algum palavrão, se virou e foi embora.

Mas não demorou nem dez minutos para que ele voltasse com uma expressão completamente diferente em seu rosto. Eu até me segurei para não dar um sorrisinho. Foi mil vezes mais rápido do que eu imaginei que ele seria.

— Então... — ele dizia, dando alguns passos e se aproximando de mim. — Vamos achar o telepata.

— Como? — disse. — Eu pensei que você fosse voltar para a Área 52.

— Eu pensei bem e... — ele deu uma pausa, ainda não olhava para o meu rosto. — Roux iria me matar. Não que eu me importe com você, mas... Eu não quero que ela me mate, sabe?

Eu fiz força para deixar a raiva de lado. Por mim eu passava o resto da minha vida brigada com ele.

— Você se importa comigo, Summers? — perguntei, provocando-o.

— Não! — respondeu, nervoso. — E você sentiu ciúmes de mim, Watters. Eu acho que as coisas aqui estão bem óbvias.

Eu me segurei para não forçar uma risada.

— Você está apaixonado por mim, não está? — perguntei, fazendo o máximo possível para provoca-lo.

— Não sou eu que tenho crises de ciúme do nada. — rebateu. — Eu sei que você não resistiu a mim, Watters. Você é que está apaixonada por mim. Admita.

Eu me segurei para não forçar uma risada.

— Você está mentindo, Summers. — disse. — E sabe bem disso.

Ponto de Vista do Narrador.

Stephen lia o jornal calmamente.

Seus ficavam focados apenas na matéria principal, enquanto a sua neta, Blair estava bebendo sangue enquanto assistia TV. Típica cena normal para eles.

Stephen tinha a idade mortal de vinte e nove anos, mas a sua idade real era de mais de cem anos. Seus cabelos castanho claros eram bem lisos e um pouco longos, indo a altura da orelha, enquanto seus olhos eram extremamente verdes e penetrantes. Tinha a pele pálida e olheiras avermelhadas como qualquer outro de sua espécie. Ele era bem alto, porém seu corpo era bem magro e franzino, já que ele raramente se alimentava.

Blair tinha cabelos loiros e cacheados, presos em um coque, mas alguns fios de cabelo ainda caiam no seu pescoço. Seus olhos eram castanho claros, e sua pele era levemente bronzeada, mesmo que não fosse mais uma loba e não chegasse perto do sol nos últimos dezessete anos. Diferente de Stephen, seu tio avô da mesma espécie, ela parecia bem mais humana do que ele.

— Você deveria se alimentar mais. — disse Stephen a Blair. — Uma hora ou outra vai morrer de fome.

— Me deixe em paz. — disse Blair.

— Vamos lá, querida neta. — disse Stephen. — Você já tem quarenta. Deveria pensar mais em si mesma.

— Eu tenho vinte e quatro. — corrigiu Blair. — Desde do último incidente em 1997.

— Falando em incidentes... — dizia Stephen, se levantando da mesa e se aproximando de Blair. — Eu ouvi falar da dominadora de água, Sam Watters.

Blair estremeceu quando ouviu o nome “Sam Watters”. Principalmente o sobrenome, já que se faz mais de dezessete anos que não o ouve. Já estava esquecendo até da sua própria identidade. A identidade que tanto odiava.

— Ela está viva? — perguntou.

— Sim. — respondeu Stephen. — Ela se transformou em uma marionete da mídia. Nada demais. Eu já sabia que isso ia acontecer.

— Não fale dela. — Blair disse, parando de beber sangue. — Não sabemos o que aconteceu nesse tempo todo.

— Você não a vê já faz uns dezessete anos. — disse Stephen. — Sinceramente, eu pensei que o seu irmão pudesse ser um bom pai, mas... Você sabe como é o governo americano. Ela não iria escapar muito rápido.

— Então ela realmente matou aquele homem na TV? — perguntou Blair.

— Sim. — ele respondeu. — O governo pode negar até a morte, mas pra mim, é ela.

— Eu não acho que ela seria capaz de fazer isso. — ela disse. — O Zac jamais a ensinaria essas coisas.

Stephen forçou uma risada.

— Zac era fraco, e você sabe disso. — ele sabe. — Sinceramente, a garota tem um pouco dele, mas se parece mais com a mãe.

— Melinda. — disse Blair. — Ela não se parece com Melinda.

— Não essa. — disse Stephen, lançando um olhar para Blair. — Você sabe muito bem do que eu estou dizendo. Eu estou dizendo sobre a mãe biológica.


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Notas finais do capítulo

WOW PESSOAS, ACHO QUE JÁ DEU PRA ENTENDER A HISTÓRIA DOS PAIS DA SAM, NÃO? Stephen e Blair são os novos personagens vampiros e.e Eu acho que mais pra frente eles vão participar bem mais e.e

Uma dose leve de Satt + ciúmes da Sam -q Mentira, ela não estava com ciumes, só estava irritadinha ou sei lá o quê -q Okay, ela estava com ciumes mesmo ahsuasas

Eu espero que tenham gostado do cap e.e COMENTEM o que acharam, se tem algum erro e blá, blá blá e.e



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