Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 12
Capítulo 10 - Oh my Gosh...


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey!
Estou de volta, trazendo o terceiro e último capítulo desta semana, como prometido. Espero que gostem ;)
Boa leitura, nos vemos nas notas finais!



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Eu estava agindo no piloto automático desde que saí da sala do diretor e me despedi de Damon. Não queria que isso acontecesse, mas era impossível resistir. Eu não conseguia pensar em mais nada além de em um certo moreno de olhos azuis.
"Elena Gilbert, o que pensa que está fazendo com a sua vida?" pensei, exasperada. Era oficial, eu estava perdida.
Avistei a casa de Klaus ao longe. Eu amava aquele lugar. Desde que me mudei, aquele sobrado amarelo passara a ser meu refúgio, mesmo que no período de aulas eu não passasse muito tempo por ali. Tinha dois quartos, cada um com seu próprio banheiro (o que era um alívio enorme para mim), uma cozinha média, copa, sala e o meu favorito, o porão.
Ao contrário de todos os porões dos filmes de terror, o MEU porão era bem iluminado e limpo. Eu costumava passar horas trancada ali, de preferência acompanhada apenas pelo meu cão, lendo ou simplesmente refletindo e aproveitando o silêncio. Aquele definitivamente era meu lugar favorito de toda a casa.
"Pensando na decoração para afastar Damon Salvatore da cabeça, Elena? Genial!". Balancei a cabeça, rindo sozinha com esse pensamento e entrei no sobrado, procurando fazer o menor número de barulho possível. Klaus já deveria ter ido para a cama.
Coloquei as chaves sobre a grande mesa da copa e subi as escadas na ponta dos pés. Estava quase chegando ao topo quando algo vibrou dentro da minha bolsa, fazendo com que eu soltasse um gritinho assustado.
– Droga, Elena! O que você está fazendo?
Olhei para cima e vi meu tio. Ele estava corado e ofegante, e segurava um travesseiro contra o corpo, que por sinal, era a única coisa que escondia sua nudez. Dei outro gritinho e tampei os olhos com a mão.
– Ah meu Deus, Klaus! Mil perdões, eu só...
– Ouvi você gritando. Pensei que tinha caído ou algo assim. - soltou um suspiro, ainda ofegante e soltou uma risadinha constrangida. - Você não ia ficar com a Caroline hoje?
– É... Não... Eu vou...Acho melhor eu... É.
Devolvi a risada sem graça e destampei meus olhos para conseguir ir para meu quarto. Caminhei fitando o chão, sem olhar na direção de Klaus ou para o quarto dele, onde provavelmente eu encontraria uma mulher muito irritada por eu ter interrompido sua noite.
Assim que cheguei ao meu destino, tranquei a porta e me joguei na cama. Imediatamente fui atacada por um animal enorme e muito pesado, que parecia querer me afogar em baba.
– Kota! Para! Senta! Senta, Kota!
Kota fora apelidado pelo meu tio de Sr. Medroso. Apesar de, em pé, ele ter quase o meu tamanho, era o cachorro mais inofensivo e covarde do planeta. Eu estava tentando ensiná-lo alguns truques básicos desde o verão passado, como sentar e rolar, mas não estava tento muito sucesso.
Daquela vez porém, o pastor alemão me deu ouvidos e parou de me lamber, se sentando ao meu lado na cama. Então começou a ganir, indignado por minha falta de carinho.
Claro. Se eu falasse um pouco mais firme com o cachorro do que o normal, ele já automaticamente concluía que não eu não o amava mais. Então punha-se a chorar copiosamente até que eu me "desculpasse" de alguma forma.
– Shhhhi! Não, não. Quetinho. Pronto, a mamãe está aqui.
Comecei a fazer carinho em suas orelhas e ele logo se deitou com a cabeça em minha barriga e começou a roncar.
Comecei a rir, pensando no que aconteceu momentos atrás. Eu estava acostumada com o fato de Klaus ser um tremendo galinha e trazer mulheres para cá a quase toda semana. Mas ele sempre me avisava antes, de maneira que eu pegava minhas coisas e ia dormir no dormitório com a Car, evitando situações completamente constrangedoras como essa.
Parei de rir e peguei meu celular para checar qual fora o motivo de ele ter vibrado e quase me feito morrer de susto momentos atrás. A tela acendeu e o aviso "Você possui 2 novas mensagens" apareceu.
Uma delas era de Caroline e dizia:
Caroline: Elena Gilbert! Me ligue agora mesmo, ou se não será uma garota morta! Com que direito a senhorita sai do teatro e me deixa lá sozinha? E o que aquele moreno gato estava fazendo do seu lado? Eu estou esperando você ligar e não vou dormir até que você o faça! >:(
Levei a mão a boca, espantada. Eu não acredito! Havia me esquecido completamente da Car! Decidi que leria a próxima mensagem e depois ligaria para minha amiga.
Apertei um botão e sorri ao ver quem havia me mandado o próximo sms.
Damon: Hey, Lenita! A noite de hoje foi bem mais divertida do que pensei que seria. E se você não for a Elena, não pense em besteiras ;)
Soltei uma risada. Eu havia dado o número do meu celular para Damon para que pudéssemos marcar os horários dos ensaios. Ele havia dito que me mandaria uma mensagem para confirmar se havia anotado o meu número corretamente.
Sorrindo igual a uma boboca, me acomodei melhor na cama e respondi a mensagem:
Elena: Cumpriu a sua promessa. Conseguiu achar o caminho para o dormitório Damon?
Damon: Eu lhe disse que sou um cara de palavra. Sim, consegui. Devo lhe informar que o Sr. Buford é um ótimo GPS ;)
Elena: Que ótimo. Agora, que tal tratarmos de negócios?
Damon: Uhum.
Elena: Uhum? Não me pareceu muito formal. Ou animado.
Damon: Não estou me sentindo muito animado com o assunto formal.
Elena: Entendi. Diga para Aaron te levar ao bloco de ensaios número 3, sala 9 às dez da manhã. Você é o meu mais novo par nas aulas de dança de salão. Leve uma garrafa d'água.
Damon demorou alguns segundos para responder desta vez. Devia estar falando com meu amigo.
Damon: Acabei de dar a Aaron o seu recado e por algum motivo aparente, ele ficou super feliz e começou a rodopiar pelo quarto :o
Comecei a rir novamente. O que estava acontecendo comigo hoje, afinal?
Elena: Isso é porque ele era o meu antigo par. Digamos que eu deixei os pés dele bem doloridos nos últimos dias... E não fique assustado. Você acaba de acostumando.
Damon: Isso foi uma tentativa de intimidação, senhorita Elena?
Elena: Não sei.
Então eu notei que horas eram: quase uma da manhã. Eu ainda precisava ligar para a Car se quisesse permanecer respirando.
Elena: Damon, preciso dormir. E sugiro que faça o mesmo. Amanhã será um dia bastante cansativo para nós dois.
Damon: Tudo bem. Boa noite, Lenita.
Elena: Boa noite, Dam.
Eu estava com um sorriso bobo na cara. Precisava desabafar com alguém urgentemente.
Disquei o número de Caroline, que atendeu no segundo toque.
– Elena! Eu estava preocupada com você garota! Onde é que você estava?
– Oi para você também, Car. E dá pra falar baixo? Vai acordar meu cachorro!
– Não me enrola Elena Gilbert! Pode começar a falar. Onde e com quem você estava?
Eu estava prestes a responder quando ouvi barulhos vindos do quarto ao lado. Oh meu Deus...
– Elena! Está ai?
– Car... Se importa se eu dormir com você hoje?
– Claro que não! Mas o que aconteceu?
– Te explico quando chegar. Até mais!
– Ok. Até!
Desliguei e saltei da cama, fazendo Kota ganir. O ignorei e fiz uma pequena mala as pressas. Destranquei a porta do quarto e junto com meu cão, sai em disparada, não querendo ouvir mais nada do que meu tio estava fazendo. Alcançamos a rua totalmente ofegantes e corremos rumo ao dormitório de Car.
........................................................//
– ... e então ele prometeu que nunca me deixaria na mão.
Eram quase três da manhã e eu estava sentada na cama de casal do dormitório de Caroline, que passaria a ser meu também com o início das aulas, contando os últimos acontecimentos para a loira. Kota estava jogado num tapete felpudo que Car havia comprado especialmente para ele há dois anos.
– Elena Gilbert! Como você pode ter quebrado todas as regras do nosso código por um garoto que conheceu a tipo... algumas horas? - ela estava indignada, mas também estava sorrindo. - Estou tão feliz por você amiga.
Me envolveu num abraço de urso. Fiquei confusa.
– Caroline, você tem distúrbios de bipolaridade.
Ela me soltou e ficou me encarando, desta vez bastante séria.
– Estou feliz porque você finalmente está ansiosa para fazer alguma coisa. Desde aquela vez com o Carl, você praticamente não se anima com nenhuma apresentação. Esse Damon realmente fez milagres por aqui. - me deu uma olhadinha significativa. - Mas se ele partir seu coração... Considere-o castrado.
Comecei a rir e deitei no colo dela.
– Car, eu estou com medo de eu estar bancando a idiota novamente. As vezes eu acho que é melhor desistir de toda essa loucura.
– Elena... Você não pode jogar uma chance dessas fora. E além disso, duvido que consiga voltar atrás agora. Você está com aquela cara.
Levantei a cabeça e a encarei novamente.
– Que "aquela cara"?
– A cara de apaixonada. A cara que você tinha quando estava com Carl. E também a cara que você NÃO tinha quando estava com o Matt.
– Não tenho cara nenhuma Caroline! - suspirei e deite em seu colo novamente - Como sabe que eu não gostava do Matt desse jeito?
– Elena. Acho que até ele sabia disso. Mas não mude de assunto.
– Ah Car... Não consigo parar de pensar nele! É diferente de como foi com Carl. Damon não fez nada demais para me conquistar. Meu coração começou a dar piruetas desde a primeira vez que coloquei os olhos naquele moreno! Estou com tanto medo de me machucar...
Caroline desfazia meu penteado, tirando delicadamente os grampos de meu cabelo. Estava quase me fazendo dormir com sua toque suave.
– Prontinho. Todos os grampos retirados. - ela juntou tudo e colocou no criado mudo, ao lado da cama. Depois suspirou e me fez sair de seu colo para encará-la. - Sabe que se seu coração ficar despedaçado, eu vou sempre estar aqui para te ajudar a juntar os pedaços, não sabe?
Dei um sorriso e a abracei.


– Claro que sei. E eu digo o mesmo.
Ela deu uma risada e se separou de mim.
– Mas... você não me disse uma coisa. Por que quis dormir aqui hoje?
Ruborizei novamente e olhei para minhas mãos.
– O Klaus... Quando voltei para casa, estava tudo escuro e em silêncio. Pensei que todos estavam dormindo, então subi as escadas na ponta dos pés. Mas meu celular vibrou, eu me assustei e acabei gritando. Klaus saiu do quarto desesperado achando que eu estava machucada...
– E daí?
– Daí que... ele estava pelado. Tipo... não completamente, por que ele estava com um travesseiro tampando...
– Ah meu Deus! Elena... Meu Deus! - Caroline começou a arfar e se abanar, completamente corada - E o que foi que você fez?
– Tampei os olhos, claro!
– FICOU MALUCA? O cara mais gostoso do planeta estava usando apenas um TRAVESSEIRO enquanto lhe dirigia a palavra e você TAMPA OS OLHOS?
– Caroline!
– Nem para você olhar um pouquinho, para me dar detalhes depois! Poxa...
Dei um tapa leve em seu braço, rindo.
– Então você fugiu porque estava com vergonha demais do seu tio por ter-lo visto semi-nu em plena madrugada?
– Não... Ele tinha companhia. Fui para meu quarto, chequei minhas mensagens e então... comecei a ouvir barulhos do quarto dele e...
– Ah meu Deus... Ok, Elena. Podemos dormir agora?
Soltei uma risada e me deitei ao seu lado.
– Podemos.
Me enrolei nas cobertas e fechei os olhos. Estava quase pegando no sono quando...
– Elena... - ouvi Car sussurrando.
– O que? - respondi no mesmo tom.
– Você pode ligar o ventilador? Está um pouco quente aqui... A imagem do seu tio pelado não sai da minha mente!
Comecei a gargalhar. Aquela seria uma longa noite.
.........................................................//
Aaron roncava como um porco. Sério, eu estava prestes a expulsá-lo daquele dormitório. Só não o fiz pois seus roncos não eram a única coisa que estava tirando o meu sono. Uma certa garota de olhos negros e cabelos cor de chocolate tinha 89% da culpa.
Eu simplesmente não conseguia aceitar o fato de Elena ter tantos inimigos. Como era possível? Ela era doce, inteligente, insegura, tinha um leve toque de rebeldia... Quem iria querer machucar uma pessoa assim?
Eu ainda estava parado olhando para o teto e refletindo sobre isso quando escutei um barulho vindo da minha mochila. Era meu palmtop, que eu havia ganho na primeira vez que fui mandado para uma missão e ele servia para que meus superiores e eu pudéssemos nos comunicar de maneira segura e altamente secreta. A julgar pelo barulhinho que fizera, eu havia novas mensagens.
Saltei da cama, tentando não fazer muito barulho, peguei o palmtop e digitei a senha. Logo o aparelho me informou que eu possuía duas mensagens.
A primeira era da SSS, me desejando boa sorte e informando que entrariam em contato dentro de uma semana para receber as informações que eu obtivesse. A segunda era de um autor desconhecido.
Fiquei curioso. Ninguém que não tivesse um palmtop daquele mesmo modelo conseguiria enviar aquela mensagem. E aquele era um modelo exclusivamente usado pelas agências secretas. Então...Quem mandara aquilo?
Sem conseguir me conter, cliquei no botão para abrir a mensagem. O palmtop imediatamente começou a piscar e vibrar, enlouquecido. Droga! Naquele arquivo continha algo que fez o aparelho parar de funcionar. Apertei todos os botões inutilmente, xingando a mim mesmo por ser tão burro.
Ainda tentava resolver o problema quando a tela ficou preta. Olhei com atenção para ela e esperei. Então letras foram surgindo como pingos na cor vermelha, simulando sangue. Quando os pingos cessaram, eu podia ver uma mensagem:
" O destino da garota já foi traçado desde o dia em que ela nasceu, meu rapaz. Não há nada que você possa fazer quanto a isso. Você não pode salvá-la, mas fique à vontade para morrer tentando."


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Eae gente? Quem será que mandou a mensagem? Comentem ai!
Queria avisar NOVAMENTE que eu vou viajar amanhã e volto apenas na terça que vem. Mas vou estar respondendo os comentários pelo celular.
Xoxo
Sky Hope



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