Continuo espaço tempo – Data e hora indeterminada.

Não é possível dizer quanto tempo estou aqui... Já que o tempo para mim não realmente existe. Estou em todos os lugares, em todos os tempos. Mas ao mesmo tempo... Eu não estou em lugar nenhum, em momento algum... É estranho este sentimento, não sei como mas, se eu realmente não me concentrar em estar lá, eu não estarei, e por isto, apenas teria uma pequena visão sobre as coisas, o que me faz apenas saber sobre o nome e a aparência de cada coisa...

Eu estava a procura de algum sinal, qualquer coisa que me guiasse para saber algo sobre o meu passado, foi então que eu vi uma mulher em uma casa, era estranho, pois eu via a casa de duas maneiras diferentes, uma hora era uma casa abandonada, outra era uma casa apenas antiga, mas muito bem conservada. Meus olhos devem estar pregando peças em mim. Mas continuei a verificar esta mulher, ela se chamava Luna, e era uma bruxa, interessante. Acho que antes de eu vir parar aqui nunca acreditei nisto, mas agora que eu sou um cara que tem o poder de ser onipresente, nada mais me surpreende... literalmente. Ela realmente era bonita, possuía uma pele clara, olhos realmente incomuns violetas, cabelos longos e castanhos, era mais baixa que a média de mulheres que eu já tinha visto, mas não era mais baixa do que a garota que estava neste lugar antes de mim... Algo me dizia que esta mulher poderia me ajudar a descobrir meu nome e seguir em frente com isto... Mas eu não sabia qual dia seria o melhor para eu encontra-la, e nem como fazer isto... por isto tentei me concentrar ao máximo nela, e quando eu percebi vi um portal e através dele vi a porta da casa, já dentro do jardim.

Entrei pelo portal e saí acho que no dia 20 de outubro de 2012, o dia estava nublado, acho que iria cair uma chuva bem forte. Me aproximei da porta e bati.

– Ei, tem alguém em casa? – Perguntei tentando não parecer um cara que pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo.

– Já vou – Ouvi ela dizer e em alguns segundos um homem abriu a porta, acho que era o mordomo dela... – Pode entrar – Ouço ela dizer mais ao fundo

Eu comecei a entrar e eu me senti estranhamente bem naquele local, era como uma casa extremamente luxuosa e rústica, mas com alguns pequenos toques simples. Continuando andando, me deparo com a mulher apenas com uma blusa de frio que vai até seu joelho... aquela visão era realmente desconfortante...

– V-você é Luna não é? – Pergunto tentando não olhar para ela.

– Sim, eu sou Luna, mas... primeiro, como sabe quem eu sou, e segundo, como eu não sei quem você é – Ela pergunta levantando e se aproximando de mim com uma afeição indignada.

– Eu sei quem você é por ser um viajante tempo e possui o poder a onipresença, eu estou em todos os lugares em todos os momentos, e por isto acabo sabendo quem é você. Mas por qual motivo você saberia quem eu sou? Você é uma bruxa, não bruxas tem o poder de saber quem são todas as pessoas do mundo?

– Um ser onipresente? Que exótico isto – Ela sorri para mim... parece que ela não da a mínima por estar apenas de blusa... – Mas por quê está aqui senhor... Desculpe mas, qual é o seu nome?

– É exatamente por isto que estou aqui Luna, apesar de eu ser onipresente, eu perdi totalmente minhas memórias de antes de eu ganhar estes poderes, e se eu procurar por elas no tempo, eu nunca poderei encontrar pois elas foram divididas no espaço tempo, e a memória para eu saber sobre meu nome, me levou até você. Mas eu preciso saber o motivo... Que tipo de poderes você tem?

– Eu tenho vários poderes, mas acho que o real motivo para você ter sido levado à mim é por eu poder realizar desejos, sabe, esta casa se chama a casa dos desejos, e somente alguém com um desejo realmente poderoso pode ver e entrar nela – Ela me encarou curiosa – Mas você não parece que tem um desejo ardente para eu realizar... Então como você consegue ver a casa e entrar aqui?

– Eu já disse, eu sou onipresente, e por conta disto eu consigo entrar dentro da sua casa.

– Quer dizer que você pode entrar dentro de Hogwarts mesmo sendo um trouxa? – Ela pergunta animada, mas eu não sei o que é isto.

– Hogwarts? Que lugar é este? E não me chame de trouxa só porque eu tenho amnésia! – Grito com ela, quem ela pensa que é pra me chamar de trouxa?

Ela começa a rir sem parar... o que será que eu disse?

– Você entendeu errado meu filho, trouxas são aqueles que não são bruxos nos livros da J.K., e Hogwarts é a escola de magia e bruxaria dos livros – Ela se explica ainda rindo um pouco.

– Então não, se são apenas livros eu não poderia entrar nesta tal escola...

– Que? Ah mas que chato isso! – Ela fica emburrada, será que ela queria tanto ir pra este lugar?

– Ei, eu preciso entender como que você me ajudaria... Será que seria realizando um pedido meu? O pedido ser para eu lembrar o meu nome? – Pergunto para ela curioso se ela poderia fazer isto.

– Claro que posso fazer isto, mas todo pedido tem um preço a se pagar. E qual seria o preço para se pagar um pedido destes... – Ela começou a andar de um lado para o outro com uma mão no queixo e outra nas coisas até que ela para e vira para mim – Se você é por assim dizer o senhor do tempo e pode estar em todos os momentos, quero que você impeça que eu morra.

– Mas como é que eu faria isto?

– Você não é o senhor todo poderoso? Deveria saber como fazer isto...

– Eu mal sei como me manter materializado aqui, mas eu juro que se algum dia eu aprender a fazer o que você pede eu farei isto. E também prometo vir te visitar sempre, você é divertida, sua companhia até que é agradável a pesar de você não se vestir muito adequadamente... – Fico avermelhado ao olhar para ela.

– Muito bem então, negócio fechado! – Um papel e uma caneta aparecem na mão dela – É só assinar aqui e seu pedido vai ser realizar! – Ela entrega a caneta na minha mão.

– Mas... como eu vou assinar sem saber meu nome? – Ela fica quieta com uma cara de boba.

– Já sei então, aperta minha mão e seu pedido se realiza – Ela faz o papel e a caneta sumir e logo em seguida estende a mão para mim.

– Muito bem então – Eu também estendo a mão e a cumprimento.

Assim que minha mão encostou na dela, veio em minha mente meu nome... Joshua Mendez... meu nome é Joshua Mendez...

– Eai carinha? Já descobriu qual é seu nome? – Ela pergunta me encarando curiosa.

– Já sim, me chamo Joshua Mendez, e eu vou cumprir com minha promessa Luna, irei vir te visitar sempre que possível. E acho que eu poderia ficar aqui mais um pouco, porque eu meio que tenho todo o tempo do mundo não é mesmo?

– Sério? Pode ficar aqui? Beleza, ora de conversarmos um pouco! – Ela se sentou no sofá e fez sinal para eu sentar...