Stay escrita por Anjos Marcados
Notas iniciais do capítulo
Agora que estou mais ''relaxada'' da escola,vou postar mais capítulos..Hoje vão ser dois Ok?? Comentem e favoritem ai!!
Os dias foram se passando...Parecia que as horas voavam e eu já não tinha tempo para mais nada.Aquela amizade que começou por um papel já era tão grande que nem cabia mais em mim.
Até que um dia,numa quinta-feira eu a Kethelen ficamos de nos encontrar depois da escola lá na lanchonete do James.Eu sai da escola e fui pra casa,tomei banho,nem almocei e fui me arrastando naquele tempo frio e nublado,que ventava muito até a lanchonete.
Eu me sentei numa mesa e pedi um café com espuma e á fiquei esperando chegar.As horas se passaram e nada dela.Já estava cansada de ler,já estava sem idéias do que fazer para passar o tempo.Fiquei observando o calmo movimento que havia na lanchonete e resolvi não esperar mais por ela.Paguei meu café e sai.
Resolvi ir até sua casa ...-Quem sabe ela havia se esquecido ou a mãe dela não a deixou sair? –Pensei
Quando cheguei na esquina da rua de sua casa,vi um carro parado em frente a casa dela.Era uma picape vermelha.Fui andando apressadamente e avistei um homem de terno e gravata pondo umas malas na mala do carro.Eu ainda sem entender nada me aproximei...
–Ei...Moço!-Falei chamando o homem engravatado.
–O que deseja?-Falou o homem em tom rude.
–Ah Kathelen está?-Perguntei curiosa.
–Sim! –Falou franzindo a testa.
–Obrigada.-Falei já entrando na casa.
Quando cheguei na sala,á vi abraçada juntamente com sua irmã e sua mãe.Sua mãe estava chorando e sua irmã estava agarrando sua blusa com tamanha força que parecia que a Kethelen iria fujir.
–O que está acontecendo?-Perguntei.
Elas meio espantadas se desgrudaram.Kethelen me olhou com o nariz rosado,nariz de quem andou chorando,deu um leve sorriso de lado e me abraçou,aquele abraço caloroso que só ela sabia dar.
–Desculpa não ter aparecido na lanchonete Emma.-Falou se redimindo.
–Ah,Então essa é a famosa Emma? –Falou um voz surgindo atrás de mim.
Quando me virei,era o tal homem engravatado.O encarei,dei um sorriso e disse..
–Famosa eu?
–Ah,é sim! A Kethelen fala muito ao seu respeito.-Disse o homem um pouco mais amigável agora.
–E quem é o senhor?-Perguntei curiosa.
–Emma..Este..Bem,este é meu pai.-Kethelen falou meio inquieta.
Eu não conhecia o pai da Keth porque ele estava sempre fora,viajando a negócios,então falei...
–Ah,é um prazer conhecê-lo senhor.-Falei apertando a mão do homem,mesmo sem entender direito o que ele fazia ali.
Ele apenas sorriu,pegou mais uma mala e voltou para fora.
–Está acontecendo alguma coisa que eu precise saber?-Perguntei sussurrando no ouvido da Keth.
–Vamos querida? Está tudo no carro.-Falou o homem entrando na sala novamente.
–Pode esperar um pouco pai?Preciso dar uma palavrinha com a Emma.-Kethelen disse me puxando escada acima até o seu quarto.
–Cinco minutos heim? Nada a mais.-Falou o homem sentando-se no sofá.
Quando chegamos no quarto,ela me jogou na cama e sentou ao meu lado.
–Desculpa ter te deixado esperando na lanchonete e não ter aparecido.
Eu sorri e disse –Você me fez esperar que nem uma tola.-Falei brincando.
–Me Desculpe.-Falou se redimindo mais uma vez.
–Ih...Relaxa Keth.-Falei rindo.
–É que aconteceu tudo rápido demais.Lembra que eu disse que queria conversar sério com você e por isso marcamos na lanchonete?
–Sim..Eu até fiquei preocupada e curiosa em saber o que houve.-Falei encarando-a com a testa franzida.
–Meus pais se separam...E como minha mãe não trabalha,e nem pode por conta da Estella...
–Nossa eles se separaram e você nem me disse nada?-Falei interrompendo-a
–É porque foi tudo rápido demais..E eu só soube a dois dias atrás,quando ouvi sem querer meu pai dizendo para minha mãe que o documento do divórcio já estava pronto.Então eu perguntei o que estava acontecendo e eles abriram o jogo pra mim.
–Eu...Eu,sinto muito Kethelen.
–Ei..Relaxa.Eu já sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer.
–Ué...se você se diz ‘’conformada’’ com a separação deles,qual é o problema então?-Perguntei.
–Minha mãe não pode trabalhar por conta da Etella,e agora com a separação ela ficaria muito sobrecarregada,uma casa,duas filhas e um emprego.Por isso eles fizeram uma espécie de acordo.-Falou.
–Que acordo?
–Meu pai vai pagar uma pensão bem alta pra Estella e minha mãe vai arranjar um emprego meio período,então como a Estella estuda a tarde,de manhã minha mãe fica com ela e a tarde enquanto ela vai pra escola minha mãe trabalha e de noite minha mãe busca ela,porque o colégio dela é integral,então ela vai estudar de 12:00 até 19:00 horas.
–Nossa Kethelen..Isso é bom não é?-Perguntei.
–Ain amiga,isso séria perfeito se não tivesse um porém.-Falou em tom triste e baixo.
–Que porém?-Perguntei com medo de ouvir a resposta.
–O porém é que pro meu pai não ter que pagar duas pensões,eu vou ter que ir morar com ele.
–O que?! –Falei num susto.
–É..e o pior é que a casa que ele comprou é em Tóquio.
–Então,então quer dizer que nunca mais vamos nos ver?
–Olha,agente vai se ver em alguma datas comemorativas,feriados e nas férias,e podemos conversar pelo Skype...Mas vamos ficar longe por alguns tempos.
Meus olhos se encheram d’água.Nos abraçamos e choramos uma no ombro da outra.
–E com quem vou me relacionar agora?Pra quem vou contar meus segredos,minhas alegrias e minhas angústias?-Perguntei soluçando.
–Você é uma pessoa incrível Emma...Logo você fará novos amigos.Não se preocupe,agora que você sabe como é ter uma amiga,você vai se relacionar facilmente com outras pessoas.-Falou sorrindo,tentando fazer-me sentir bem.
Respirei fundo e nos abraçamos novamente..
–Tem certeza de que não vai me esquecer-Perguntei.
–Nem se eu quisesse eu conseguiria.-Falou rindo.
–VAMOS KETHELEN...NÃO QUERO ME ATRASAR.-Gritou o pai da Keth lá de baixo.
Sorrimos e descemos...Chegamos na porta da casa e fizemos um abraço coletivo.
–Promete que vai me ligar todos os dias filha?-Perguntava dona Flávia aos choros.
–Sim mãe,já lhe prometi isso cinco vezes.-Falou rindo.
–Me mande mensagens todos os dias pelo skype ok? E quando puder me escreva uma carta.-Falei rindo.
–Pode deixar.
Ela entrou no carro e ficamos acenando da porta da casa.
–ME LIGA ASSIM QUE CHEGAR LÁ.-Gritou dona Flávia enquanto o carro saía.
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