A Saga de Hermione Granger - Parte 1 escrita por Denise Fernandes


Capítulo 21
Capítulo 21 - A capa e o Espelho Mágico


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, é q com Natal e Ano Novo, teve alguns atrasos, mas prometo que irei demorar menos!
Aproveitem!



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            Os dias se passaram e o natal estava chegando, nada foi falado sobre o duelo de Hermione e Amanda, apenas elas e os amigos sabiam de tal feito, desde aquele dia, as duas apagaram a chama de esperança de amizade que poderia ter existido, quando se encontravam, se encaravam com desprezo. Hermione não tinha esquecido as covardias de Amanda, e ela não esquecia sua derrota estúpida.


            O ar estava mais frio do que nunca, até as corujas tinham dificuldade de entregar correspondências por causa da neve, Hagrid tinha que cuidar delas depois das longas viagens, as aulas continuavam muito intensas, mas a pior era sempre do Prof. Snape.


            As masmorras eram muito mais frias do que de costume e os alunos sentiam a névoa sair de suas bocas. Draco para caçoar de Hermione dizia o tempo inteiro que ela iria ter que ficar em Hogwarts no natal porque a família não queria ela lá, mas ela não se importava, nem pensava em deixar o colégio, assinou seu nome na lista de alunos que iria ficar, Rony também iria porque seus pais iam para a Romênia visitar Carlinhos, o irmão mais velho. Para seu alívio, Amanda iria para casa de seus pais.


            Ao terminar a aula, os amigos seguem para o salão principal, estava lindo, todo enfeitado para o natal, tinham doze enormes árvores de natal, todas com cintilantes cristais de neve e várias velas coloridas:


            - Pessoal, quantos dias faltam para as férias? – Pergunta Rony.


            - Apenas um. – Diz Harry – E lembrando bem, com essa confusão toda nem começamos a pesquisa sobre Nicolau Flamel.


            - É mesmo Harry! – Diz Hermione – Acho melhor ir-mos na biblioteca.


            Os três seguem para lá e passam o dia inteiro, ficaram fazendo a pesquisa por mais dois dias, mas não encontraram nada sobre Flamel, o único lugar da biblioteca que não tinham olhado era a Seção Reservada, mas nem tinham como, Madame Pince a bibliotecária ficava no pé deles. Um aluno tinha que ter autorização de um professor para usar a Seção Reservada.


            Naquele mesmo dia no almoço:


            - Vocês vão continuar procurando enquanto eu estiver fora? – Pergunta Harry.


            - Vamos. – Diz Rony – Mas, porque você não pergunta aos seus pais se eles já ouviram falar?


            - É, acho que sim, mas acho que não irão saber de nada, eles são dentistas.


            As férias começam e Hermione e Rony estavam se divertindo muito para pensar em Flamel, tinham muita comida, o salão comunal praticamente vazio, além de Rony estar lhe ensinando a jogar xadrez de bruxo, era quase igual ao de trouxa, a diferença era que as peças eram vivas.


            As peças de Rony eram velhas e já tinham pertencido a alguém da família, parece que era seu avô, mas, confiavam plenamente nele, já as de Hermione foram emprestadas por Simas Finnigan e não confiavam nada nela, além dela ainda não saber jogar muito bem, as peças ficavam dando dicas ou reclamando: Não me mande para lá, não está vendo o cavalo dele? Mande ele, podemos nos dar ao luxo de perder ele.


            Na noite de natal, Hermione foi dormir pensando na diversão que iria ter no dia seguinte, mas sem esperanças de receber presente algum. Mas, na manha seguinte, ela vê uma pilha ao pé de sua cama. Ela levou todos para o salão comunal, lá encontrou Rony:


            - Olha! Ganhei presentes!


            - Feliz Natal pra você também! – Ele sorri meio envergonhado.


            - Desculpe, Feliz Natal! – Hermione vai na intenção de abraçá-lo, mas ele oferece apenas a mão, ela aperta. – Você também ganhou?


            Ele mostra a pilha um pouco maior que a de Hermione:


            - Legal!


            Ela pega o primeiro embrulho de sua pilha, estava escrito com garranchos Para Hermione, de Hagrid. Ela abre, tinha uma flauta de madeira, ela soprou-a, parecia com o apito de uma coruja, logo adorou. Pegou o seguinte, era um embrulho bem pequeno, continha um bilhete Recebemos sua mensagem e estamos enviando o seu presente. Tio Mauro e Tia Angélica. Preso no bilhete havia uma moeda de cinqüenta pence:


            - Que simpático! – Exclamou. Mas, Rony ficou fascinado pela moeda.


            - Que esquisito! Que formato? Isso é dinheiro?


            - Pode ficar com ela. – Rony ficou satisfeitíssimo – Hum, Hagrid, meu tio e tia, mas e esses quem mandou?


            - Acho que sei quem mandou esse. – Rony aponta meio envergonhado apontando para um pacote meio disforme – Mamãe. Eu disse a ela que você não estava esperando presentes... Ah não... – Gemeu – Ela fez para você um suéter Weasley.


            Hermione rasgou o papel e encontrou um suéter tricotado com linha grossa verde-claro e uma grande caixa de barras de chocolate feita em casa:


            - Todos os anos ela faz para nós o suéter. – Disse ele desembrulhando o seu – E o meu é sempre cor de tijolo.


            - Foi muita gentileza dela. – Hermione come uma barrinha, estava muito gostoso.


            O presente seguinte era mais doce mandados por Harry, uma enorme caixa de sapos de chocolate. Faltava apenas um embrulho, ela o apalpa, era muito leve,   desembrulhando vê uma coisa sedosa prateada escorregando até o chão. Rony soltou uma exclamação:


            - Eu já ouvi falar nisso! – Diz em voz baixa deixando sua caixa de feijõeszinhos de todos os sabores que ganhara de Harry – Se isso é realmente o que penso que é, é muito raro e valioso.


            - E o que é?


            Hermione pega o pano brilhoso prateado no chão, tinha uma textura muito estranha, parecia tecida com fios de água:


            - É uma capa da invisibilidade! – Exclama Rony impressionado – Experimente!


            Hermione joga a capa nos ombros:


            - É sim! Olhe para baixo!


            Ela olha para os pés, mas tinha desaparecido, ela corre para o espelho, só estava vendo sua cabeça, a cobre e não vê mais nada:


            - Tem um cartão! – Diz Rony.


            Hermione pega, estava escrito com uma caligrafia fina e rebuscada que ela nunca tinha visto:


            “Seu pai deixou isto comigo antes de morrer. Está na hora de devolvê-la a você. Use-a bem. Um natal muito feliz para você.”


            Não havia assinatura, Rony ficava repetindo o tempo todo que adoraria ganhar uma, mas Hermione estava pensativa, será que era de seu pai mesmo? Quem a mandou?


            Nunca ela tinha passado um natal tão feliz, o almoço foi maravilhoso, tinha passado a tarde com os Weasley, jogara xadrez, brincara de guerra de balões, enfim, foi um dia perfeito, já à noite as perguntas voltaram a martelar sua cabeça. Do seu pai... Aquilo fora de seu pai. Ela debruçou-se pela borda da cama e puxou a capa que escondera ali. O tecido mais macio do que seda, mais leve do que o ar. Use-a bem, dissera o cartão, tinha que experimentá-la.


            Ela levanta-se da cama e joga a capa sobre sua cabeça verificando se estava totalmente coberta, poderia ir a qualquer lugar com a capa, Filch nunca descobriria. Ela já sabia aonde ir, iria na Seção Reservada da biblioteca, iria tentar encontrar algo de Flamel.


            A biblioteca estava escura, ela segue pelas prateleiras, a seção era no final da biblioteca, logo já estava procurando entre os livros, tinham vários esquisitos, uns sem títulos, outros sujos e com desenhos macabros, mas ela vê um que chama sua atenção, era um volume preto e prata enorme, ao abri-lo ouve um grito agudo que ecoa por toda a biblioteca, ela fica assustada e fecha o livro, mas os gritos continuam, colocando no lugar de qualquer jeito começa a ouvir passos, ela se afasta e derruba a lamparina que tinha trazido, o vidro quebra-se e tudo escurece.


            Hermione sai correndo, passa por Filch na porta da biblioteca, ele olhava tudo desconfiado, procurando o suspeito, enquanto os gritos do livro quebravam o silêncio da noite. Parou subitamente diante de uma armadura, só agora veio perceber que tinha corrido tão desesperada da biblioteca que não estava vendo aonde ia, não reconhecia o local:


            - O senhor pediu para eu vir direto ao senhor, professor, se alguém estivesse perambulando pela noite. E tinha alguém na seção reservada da biblioteca.


            Hermione sentiu o sangue esvair de seu rosto, a voz de Fitch estava se aproximando e para seu horror foi Snape que respondeu:


            - Seção Reservada? Vamos, eles não podem estar muito longe.


            Os dois vinham pelo corredor, ela se espreme na parede, mas era muita estreita, se eles se afastassem um pouquinho esbarrariam nela, ela vê uma porta a sua esquerda.


            Ela conseguiu entrar silenciosamente na sala, os dois passaram direto, seus passos ecoaram ao longe, Hermione suspira aliviada, tinha sido por um triz, ela vira-se para examinar o local. Parecia uma sala de aula abandonada, cadeiras, cestos de lixo, armário, mas tinha uma coisa que lhe chamou a atenção, uma coisa que não fazia parte daquela sala, como se tivesse sido colocado lá.


            Era um espelho, um magnífico espelho, da altura do teto, com uma moldura entalhada dourada, sobre dois pés de garra, tinha escrituras: Ojesed stra ebru oy ube cafru oyr on wohsi. Não tinha idéia do que significava. Ela espia o espelho e se assusta com o que vê, havia sua imagem e mais dez pessoas atrás, ela vira-se assustava, mas não vê nada na sala, estava vazia, ela olha novamente o espelho intrigada, bem próxima a ela nas suas costas, estava uma mulher que lhe acenava alegremente, ela era muito bonita, tinha os cabelos acaju, longos e vastos iguais aos seus e olhos de um verde vivo, era muito parecida com ela, reparou que ela estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo.


            Tinha um homem ao lado dela, os cabelos castanhos também, mas bem penteados para cima, os olhos dele era um castanho claro e intenso, iguais aos dela, tinham até o mesmo formato, ela estava tão perto do espelho que seu nariz estava quase tocando o vidro, até a capa ela tinha deixado cair:


            - Mamãe? – Sussurra – Papai?


            Os dois abrem um largo sorriso para ela que enche os olhos de água, atrás deles ela vê mais olhares castanhos iguais aos seus, mais narizes iguais aos seus, até um velhinho que tinha os joelhos ossudos iguais aos seus, era toda a sua família que ela via pela primeira vez na vida. Os Granger sorriam e acenavam para ela que comprimia as mãos no espelho como se quisesse entrar e ficar ao lado de seus familiares, ela sentiu um aperto no peito, deixou que as lágrimas rolassem pelo seu rosto, não sabia por quanto tempo ficou ali olhando para eles, falando com eles, mas estava muito feliz por vê-los e triste por não tê-los mais. Mas não podia ficar ali, tinha que encontrar o caminho para sua cama, com esforço desviou os olhos do rosto da mãe e sussurrou: Eu volto! Saindo do aposento.


 


            Que coisa incrível, um espelho que mostrou toda a família de Hermione? O que estava fazendo ali? Quem mandou a capa? E Flamel, aonde iriam conseguir pistas dele?


            Continue acompanhando...


 


           


           


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