Senk2 escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 4
Embolia


Notas iniciais do capítulo

Jane se recuperou bem do tiro, mas agora teria que enfrentar Samanta cara a cara e decidir se vai matá-la ou não.



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Jane começou a voltar ao normal aos poucos e seus olhos começaram a abrir devagar. Ela olhou para o lado devagar e viu Johnny dormindo de maneira desajeitada em uma poltrona, ela deu um sorriso singelo.

– Johnny? - ela disse devagar.

Johnny abriu os olhos rapidamente.

– Eu, o que? - ele se aproximou dela e pegou sua mão.

– Oi - Jane disse dando uma risadinha.

– Você está bem? - ele deu uma risadinha com ela.

– Estou ótima.

Johnny lhe deu um beijo na boca e eles se beijaram por um longo tempo. Jane começou a passar sua mão nos cabelos de Johnny, bem perto da nuca. O beijo dos dois foi ficando cada vez mais intenso até que Johnny subiu na cama de hospital ficando por cima de Jane. Jane começou a subir suas mãos por baixo da blusa de Johnny.

– Caham - um médico tossiu e ficou sem graça ao vê-los ali.

– Oh... olá doutor - disse Johnny descendo da cama como se nada tivesse acontecido.

– Como está nossa paciente? - ele perguntou se aproximando de Jane.

– Estou ótima - ela respondeu.

– Percebi.

Os três riram. O médico lhes deu alta e Jane se levantou com uma camisa de Johnny para sair do hospital. Eles não esperavam que ainda tivesse jornalistas na porta do hospital e se surpreenderam. Digamos que jane não estava propriamente vestida para ser fotografada e então, Johnny a abraçou de lado e Jane começou a se transformar em gelo para sair do meio de tantas perguntas e fotografias. Jane se separou de Johnny e saiu correndo fazendo uma plataforma de gelo que a ajudaria a subir e voltar para casa pelo ar. Johnny ficou em chamas e começou a segui-la. Eles chegaram no edifício pela varanda gigante.

– Jane! Você está bem, que bom - disse Sue levando a mão ao peito aliviada.

– Droga - disse Samanta baixinho em um canto.

– Então foi você, Samanta - disse Jane ficando de frente para a inimiga.

– Não acredito que está surpresa - disse Samanta com um sorriso.

– Não estou, nem um pouco. Quem mais tentaria me matar com um tiro por aqui?

Samanta sorriu.

– Espero que tenha sofrido, quase morrido...

– Se engana, não doeu, nem sofri - Jane mentiu para que Samanta se sentisse estúpida e desapontada e também para que ela não tentasse de novo.

– E agora será o seu fim Samanta - disse Johnny lançando uma bola de fogo nela.

Jane lançou gelo contra a bola de fogo, fazendo-a desaparecer.

– Jane! - Johnny ficou nervoso.

– Ainda não.

– Como não? Ela tentou matar você e ela não vai parar, você percebeu que ela não vai parar? - Johnny estava bem nervoso

– Ninguém sabe que foi ela, Johnny.

– Não acredito. Não acredito que não vai matá-la.

– Ainda não - disse Jane.

– Ela gosta de ver as pessoas sofrerem, não é mesmo Jane Scarlet?

Jane encarou com e Samanta sorria. Jane a pegou pelo braço de maneira violenta e a levou para o elevador. Jane bateu no botão do elevador. Johnny ficou sem entender o que se passava na cabeça de Jane, assim como todos os outros.

– Por que não me mata logo Jane Scarlet? - perguntou Samanta no elevador.

– Seria fácil demais. Não teria graça.

– Então você quer ter sua própria inimiga? É isso?

– Não. Não quero ser uma covarde que ataca pra matar quando a outra pessoa não pode se defender.

– Ui, querendo me dar lição de moral? Eu ainda vou matar você Jane Scarlet, de alguma forma. Covarde ou não.

Jane respirou fundo e deu um soco de gelo na cara de Samanta, o que fez seu maxilar quebrar. Ela gritou de dor.

– Me sinto bem melhor agora - disse Jane se ajeitando no elevador.

Samanta não conseguia falar, só cuspia sangue e o sangue que saiu no gelo de sua mão tinha desaparecido quando ela voltou ao normal. Na porta do edifício haviam muitos jornalistas, curiosos para saber o que havia acontecido com Frost. Ela então saiu na porta segurando Samanta e os flashes dispararam.

– Essa mulher foi quem atirou em mim, Samanta Mills. A garota que tem algo contra mim desde a faculdade e não consegue superar e viver normalmente.

– Frost, como se recuperou do tiro? - perguntou a repórter.

– Foi algo muito simples graças às minhas modificações no DNA, nada tão surpreendente os de fácil explicação.

Samanta ficava cada vez mais com ódio ao ver que ela tinha aumentado ainda mais a fama de Jane.

Samanta foi levada pela polícia e foi mantida presa e condenada à perpétua. Samanta não quis aceitar o tratamento de sua mandíbula, o que acabou concertando com a boca torta. A cada dia que passava na cadeia, ela planejava uma maneira diferente de matar Jane. Até que em uma noite, ela recebeu uma visita inesperada em sua cela solitária.

– Oi Samanta.

– Oi Johnny - ela conseguia falar mas sua boca estava torta. Ela riu. - Veio me matar?

– Vim.

– Jane Scarlet sabe disso?

– Não.

– Alguém sabe disso?

– Não.

Samanta se aproximou da grade e colocou a cara nela.

– Vai me queimar?

Johnny deu uma risada.

– Sabe Samanta, vocês veem todos esses músculos definidos, esse cabelo bem arrumado, esse meu jeito galã e se esquecessem de que sou formado em Ciências Biológicas e especializado no corpo humano e treinado para piloto espacial pela NASA. Não sou só beleza Samanta. Então digamos que... - Johnny enfiou uma seringa no pescoço de Samanta e injetou ar em sua veia - eu sei várias maneiras de te matar sem ninguém suspeitar de mim.

Johnny tirou a seringa do pescoço dela e ela o olhou com os olhos arregalados.

– Boa noite Samanta - disse Johnny indo embora.

Samanta começou a sentir falta de ar e segurou em seu pescoço. Samanta deitou no chão da cela, ela não esperava que morreria daquela forma, daquele jeito simples que ela sabia muito bem que ninguém culparia Johnny ou qualquer um do Fantastic Five, poderia muito bem ter sido alguma colega de cadeia, pois Samanta não era muito popular entre elas.

Samanta deitou no chão e ficou olhando para o teto e pela primeira vez pensou que teria sido melhor ter ficado em casa, com seu trabalho e suas colegas de trabalho e pensou que valeria a pena ter morrido ali se Jane Scarlet também tivesse morrido, mas tudo fora em vão.

Na manhã seguinte houve um tumulto grande em frente à porta de sua cela, os policiais pediram espaço e a encontraram morta, eles reportaram rapidamente e quando se fez uma biópsia, constataram que ela morreu por embolia. Foi a notícia do dia em todos os jornais.

– Embolia? - Jane assistia às notícias enrolada no cobertor completamente nua.

– Que coisa, não? - dizia Johnny enquanto beijava seus ombros e passava a mão pelo seu corpo.

– Mas... isso... Johnny - ela olhou para ele sem entender. Ela subiu nele para que ele parasse de distraí-la e ele olhou nos olhos dela. - Foi você, não foi?

– Foi - ele respondeu com um sorriso. - Vai me denunciar?

– Claro que não - Jane sorriu. - Ela sofreu?

– Com certeza. Aquilo com certeza fez ela se arrepender de cada ataque que ela nos fez.

Johnny se sentou e Jane sentou em seu colo de frente pra ele.

– Você é incrível, sabia? - Jane sorriu mordendo o lábio inferior e o pegou pela nuca.

– Eu sei - as mãos de Johnny foram subindo pelas costas de Jane.

– Eu te amo - ela disse.

– O quê? - Johnny deu um sorriso e ficou surpreso.

Jane tampou a boca rapidamente, ela não acreditava que havia dito que amava ele.

– Nada - ela respondeu.

– Nããão, você disse que me ama.

– Não disse nada.

– Disse sim - ele a jogou na cama, ficando por cima dela e prendendo suas mãos. - Confesse Jane Montgomery, confesse que disse que me ama.

– Não - ela ria. - Não vou dizer.

– Vamos, diga diga, diga - ele começou a fazer cócegas em seu pescoço com os dentes.

Jane ria muito alto e tentava fazer ele parar, mas o corpo dele era muito pesado e ele prendia suas mãos com força e quando ela estava rindo, ela ficava mais vulnerável.

– Eu te amo - ela disse rindo e ele parou as cócegas.

– O quê? - ele perguntou com um sorriso enorme.

Jane tentou parar o riso e olhou nos olhos dele.

– Eu te amo Johnny Storm.

Johnny sorriu e a beijou, soltando suas mãos e descendo as dele pelo corpo dela.


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