Senk2 escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 3
O Atirador


Notas iniciais do capítulo

Saindo de um restaurante ao lado de Johnny, Jane acabou levando um tiro por trás que acabou atingindo seu coração. Johnny queria ficar e ajudá-la, mas Jane disse para que ele descobrisse quem era o atirador e que ela ficaria bem. Será que Johnny conseguirá alcançá-lo a tempo?



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Jane tentava se transformar em gelo e toda tentativa era falha, ela estava com dificuldades para respirar e sentia uma dor enorme a cada pequeno movimento que fazia. O vendedor de flores tentava deixá-la o mais confortável possível até a ambulância chegar. a ambulância teve dificuldade graças aos carros de emissoras de TV e viaturas praticamente inúteis, já que o atirador já tinha corrido para longe.

– Não vai dar tempo - Jane dizia ofegante.

– O quê? - perguntou o florista em pânico.

– Alguém tem que... tem que me... levar ao hospital - Jane sentia muita dor quando respirava e falava.

– Meredith - ele chamou a filha. - Pegue o carro e vamos levar a Frost para o hospital.

Meredith concordou com a cabeça e saiu correndo para os fundos do estabelecimento. O florista colocou Jane em seus braços e a carregou para dentro do estabelecimento. Os policiais finalmente foram úteis ao impedir a entrada dos jornalistas. O florista tentou ser o mais cuidadoso possível para que ela não sentisse mais dor. Ele a colocou no banco de trás do carro e Jane não conseguiu se manter sentada, com muita dor ela se deitou em todo o banco de trás, ela tentava amenizar a dor mas ela estava muito intensa.

– Vai Mereduth, vai! - disse o pai entrando no banco do carona e olhando preocupado para Jane.

Meredith começou a dirigir e por sorte nenhum repórter os seguiu, pois achavam que ela ainda estava dentro da floricultura. Meredith tentou ir o mais rápido que podia.

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Johnny saiu correndo atrás da pessoa encapuzada. A pessoa estava com uma blusa de moletom preto e andava com as mãos no bolso. Johnny concluiu que a pessoa não poderia ser profissional em matar pessoas, pois não sabia disfarçar muito bem. Ao perceber que estava sendo seguido, o atirador começou a correr mais rápido, tirando as mãos do bolso. Johnny correu atrás do atirador e ele se virou em um beco sem saída. Johnny gostou daquilo e o atirador, vendo que não tinha saída, tirou a arma do bolso e apontou para Johnny.

– Parado, ou vou atirar em você também - era uma voz disfarçada, podia se ver que o atirador estava tentando engrossá-la.

– Pode tentar - disse Johnny com um sorriso e andando em direção ao atirador.

O atirador deu um tiro, Johnny se transformou em fogo e a bala derreteu antes de chegar em sua pele. O atirador ficou assustado e Johnny continuou a se aproximar, quando o atirador ia dar outro tiro, Johnny pegou a arma e a derreteu, o atirador soltou a arma e se afastou. Johnny apagou seu fogo, pegou o atirador pelo braço e tirou o capuz.

– Samanta - Johnny confirmou.

– Oi Johnny - ela disse com um sorriso.

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Meredith finalmente chegara ao hospital. O florista saiu correndo do carro e entrou na emergência.

– Alguém! Por favor, ajudem! Frost está no carro! Ela foi baleada! - ele gritava.

Os médicos foram rápidos e pegaram uma maca. Jane fechou os olhos pra se concentrar em sua respiração, um médico foi pelo outro lado do carro e tocou em seu pescoço para sentir seu pulso, obviamente ela estava muito gelada. Jane abriu os olhos.

– Eu estou viva.... ainda - ela disse. - O frio.... é normal.

– Ótimo - disse o médico. - Teremos que te mover, pode doer um pouco.

Jane assentiu devagar e o médico começou a pegá-la para fora do carro. Jane tentou não gritar de dor, mas sua cara demonstrou toda a dor que estava sentindo naquele momento. Ela foi colocada na maca e levada para uma ala cirúrgica. Os médicos a viraram e viram o tiro em suas costas.

– A bala não atravessou, não é bom sinal - disse o médico.

– Provavelmente... está no meu... coração - Jane chorou ao dizer aquilo. - Eu não quero morrer.... por favor.

– Vamos fazer o possível Frost. Não deixaremos você morrer. Vamos levava para a sala de cirurgia, rápido!

Os médicos começaram a empurrá-la em direção à sala de cirurgia.

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Johnny chegou no edifício do Fantastic Five e jogou Samanta no centro da sala. com o punho da camisa queimado. Ela segurava o punho com dor.

– Johnny! - Sue se assustou ao vê-la.

– Essa vadia é a Samanta, essa vadia atirou na Jane - ele disse nervoso.

– Com muito prazer, só pra constar - disse Samanta rindo.

Johnny chutou seu tórax e ela caiu no chão com muita dor.

– Johnny! - sue chegou perto do irmão para segurá-lo.

– Você ouviu Sue, você ouviu! Ela atirou na Jane!

– E onde está a Jane? - perguntou Ben que chegara à sala.

Johnny ficou parado por alguns segundos, de tanto ódio ele havia esquecido de que a tinha deixado com um florista na rua.

– Morta, eu espero - disse Samanta com um sorriso doce.

– Cala a boca! - Johnny tentou bater nela de novo mas Sue o segurou.

– Johnny, vá ver como a Jane está, nós vigiamos ela - disse Sue.

– Ben, ela atirou na Jane, na nossa Jane, não deixa ela escapar, não deixa Ben, pela Jane - dizia Johnny.

– Pode deixar, cara. Ela não vai a lugar nenhum.

Ben a olhou com um olhar ameaçador e Samanta riu.

– Vadia - Johnny disse e saiu correndo para a varanda do apartamento para ir até algum hospital próximo da floricultura.

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Jane foi preparada e colocada na mesa de cirurgia de bruços, ela sentia uma dor maior ainda.

– Não vai anestesiá-la? - perguntou o médico ao anestesista.

– Já coloquei, duas vezes, mas parece que não fez efeito algum - disse o anestesista.

Eles se entreolharam assustados com a notícia. Jane não acreditou que a anestesia não pegava, mas fazia muito sentindo não pegar.

– É a temperatura.... do meu corpo. Sou muito fria, a anestesia não.... não faz efeito - Jane respirou fundo. - Façam. Façam a cirurgia.

– Mas... Frost, teremos que abrir você e as suas costelas.

– Ou vocês fazem, ou eu morro. Façam, eu aguento - Jane fechou os olhos com força. - Devo desmaiar em algum momento.

Os médicos se entreolharam com a insanidade daquela cirurgia.

– Façam! E ignorem meus gritos, por favor.

– Ok - disse o médico engolindo em seco. - Vamos começar.

Jane respirou fundo e segurou bem na ponta da maca. O médico começou a abri-la com um bisturi e Jane colocou seu rosto contra a maca e deu um grito muito alto. Assim que pararam de cortar ela tentou respirar um pouco, mas ogo em seguida foram mexer com suas costelas, ela gritou ainda mais, ela estava ansiosa pelo momento que iria desmaiar e não sentir nada daquilo, mas esse momento estava difícil de chagar e o pior momento foi o que abriram suas costelas para terem acesso ao coração. Jane gritou sem tapar a boca dessa vez.

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Johnny finalmente encontrara um hospital, ele apagou suas chamas e entrou.

– Oi, onde está a Frost? - ele perguntou para uma enfermeira e ela esava tentando fazer ele se acalmar. Ela está nesse hospital? Ela veio pra cá? - ele não parava de perguntar, até que finalmente escutou o grito de Jane, o grito de quando espaçaram suas costelas. - Jane? Jane!

Ele empurrou a enfermeira para o lado e foi correndo para onde os gritos dela vinham. Todos tentaram impedi-lo mas ele foi assim mesmo, empurrando todos que estavam na frente. Ele abriu a porta da sala de cirurgia e viu os médicos operando e Jane acordada, fritando e com muitas lágrimas em seus olhos.

– Jane? - os médicos olharam pra ele, menos o cirurgião principal que tirava a bala com cuidado.

– Johnny? Johnny! Johnny! - Jane o chamava e Johnny se aproximou dela, pegando sua mão, que ela apertou com dor.

– O que está acontecendo? Por que...?

– Não pega - ela gritou de dor.

– O que não pega? - ele fazia carinho nos cabelos dela e aguentava toda a força que ela fazia em sua mão de dor.

– A anestesia não funcionou nela - disse o anestesista. - O corpo dela é muito frio e tirou as funções da anestesia.

Johnny entendeu completamente a situação.

– Eu estou aqui Jane, do seu lado, ok?

– Ok - disse Jane chorando de dor.

– Consegui, aqui está a danada - disse o médico colocando a bala em um pote.

Assim que Jane ouviu aquilo, ela começou a se transformar em gelo e o médico viu seu coração virar gelo.

– Mas o que...? - ele ficou assustado.

– Tira o espaçador, tira, tira! - Johnny gritou ao médico ainda segurando a mão de Jane.

E o corpo de jane foi se transformando todo em gelo. Os médicos se afastaram e olharam surpresos, nunca viram Frost se transformar tão de perto. Jane foi fechando os olhos a medida que o gelo ia possuindo seu corpo e assim que ele foi todo consumido ela fechou os olhos e a parte que fora aberta pela cirurgia e furada pela bala, começou a se regenerar em gelo.

– Ela morreu? - ´perguntou o médico.

– Não - disse Johnny fazendo carinho no rosto de gelo de Jane. - Ela está ótima.

Jhonny sorriu, ele sentia os batimentos de Jane, ele conhecia muito bem as batidas dela em forma de gelo, pois ele já pedira a ela várias vezes para ouvir o coração dela bater como gelo, mais por curiosidade e para verificar se seus seios de gelo eram macios mesmo, e eram, mas naquele momento, ele percebeu que aquela brincadeira foi muito útil.

– Vamos levá-la para um quarto - disse o médico.

– Eu levo, só me mostrar onde posso colocá-la - disse Johnny se levantando e pegando ela no colo para levá-la.

O médico o guiou até um quarto e Johnny a deitou delicadamente na cama, lhe dando um beijo na testa de gelo.

– Não queremos nenhum repórter aqui, ok? - disse Johnny sem tirar os olhos de Jane.

– Sim, claro - disse o médico saindo do quarto e deixando-os sozinhos.

Johnny sorriu aliviado de vê-la viva, ela parecia dormir, descansando de todo aquele sofrimento e ele chorou, chorou de alegria por não tê-la perdido.

– Droga Jane - ele apoiou a testa dele na dela e começou a chorar - Droga... eu te amo pra caramba, sua idiota.


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