Acordei na cama da enfermaria. Minha visão embaçado. Avistei Maxon a minha frente. Esperando acordar.

– America? - Maxon pergunto.

– Ah -resmunguei - Você é a última pessoa que eu gostaria de ver nesse momento.

– America, que sei que.... - Eu o interrompi antes mesmo de ele terminar a frase.

– Não tem como você explicar! - gritei - Você estava se esfregando com outra mulher! O que você quer que eu pense?

– Você não entendeu.. Eu.. - O interrompi de novo.

– Eu entendo perfeitamente Maxon, não tem tempo para mim e aproveita com outra mulher. Não sou o suficiente para você.

– Já chega America! - Maxon gritou - Não vou ficar escutando esses absurdos! Como você pode pensar isso? Você é minha! E sempre será. Você ainda não entendeu? Eu te amo America Singer Schreave.

As lágrimas ameaçaram cair. Não podia chorar agora. Ia parecer fraca. Não queria ser fraca agora. Não consegui evitar. Desabei em lágrimas. Não sei o que aconteceu. Não consegui evitar.

– America - Maxon começou - Quando acordar, Daphne irá te explicar tudo.

– E como saberei que não é mentira? - perguntei.

– Existem câmeras de segurança America - disse ele - elas não mentem.

♕ ♕ ♕

Daphne acordou. Todos estavam em cima dela. Guardas. Criadas. Maxon. Eu. Aspen.

– O que está acontecendo? - Sua voz soava tão irritante que eu daria um soco nela novamente.

– Trouxemos o os vídeos de segurança Daphne - Maxon respondeu - Veremos o que você causou.

Um dos guardas trouxe uma telinha de vidro, inserindo nela uma fita, que provavelmente é o vídeo. O vídeo passou, e realmente Maxon estava falando a verdade, e eu não acreditei. Mas que tipo de esposa eu sou?

– Vamos senhorita Daphne - Aspen disse pegando seu pulso.

– O quê? Para onde vão me levar?! - ela tentou se soltar, mas não deu certo. Ele era forte de mais.

– Você está presa por quase abuso com o rei de Iléa. - Daphne gritava, se contorcia, mas não conseguia se soltar.

Ela sai de nossa vista, mas gritava tão forte que ainda conseguíamos ouvir.

Me sentia pequena, com vontade de sumir. Maxon estava dizendo a verdade e não escutei. Me sinto idiota.

Senti duas mãos em minha cintura. Maxon. Virei em sua direção, suas mãos ainda em minha cintura.

– Maxon... Eu.. Não... Eu - não consegui falar, não tinha forças.

– Na póxima vez, confie em mim. Eu te amo, só não sei se você sabe disso.

– Vai ter próxima?

– Espero que não.

Maxon me puxou para mais perto de si. Nossos lábios se encontraram e Maxon me beijou profundamente. Tocava seus cabelos, sua bochecha, seu rosto, enquanto ele apertava minha cintura

– Eu te amo Maxon Schreave.

– Eu te amo America Singer.

♕ ♕ ♕

Andávamos pelo quintal enquanto observávamos as flores violetas. Sentamos em baixo de uma árvore.

– Veja! - Apontei para um grupo de passarinhos voando. Parece que Maxon não notou, estava ocupado de mais me apreciando.

– Você está perdendo - olhei para ele - é bem bonito.

– Desculpe - disse Maxon - estava observando uma coisa bem mais bonita.

– Sabe, as vezes você exagera de mais.

– Acho que você está enganada.

– Acho que não - beijei-o rapidamente.

Deitei em seu peito apreciando cada momento. Ele era quente, mas não o suficiente para aquecer o meu frio. Meus dentes estavam estalavam e eu tremia. Não queria estragar isso.

– Vamos entrar, você está tremendo - disse ele.

– Não! - gritei - não estrague o momento!

– O.K. - disse ele me entregando seu terno e colocando sobre minha cintura.

Estava tudo perfeito, até que o alarme de incêndio tocou.

– Fique aqui! - Maxon mandou.

Maxon caminhou três passos até que um segurança disse:

– ESCONDAM-SE! Rebeldes colocaram foto no porão!!

Maxon me olhou com cara de pânico.

– Venha America!

– MAXON NÃO VÁ LÁ!

– Esconda-se dentro do esconderijo!

Olhei para ele fui até ele e lhe dei um beijo . Peguei em sua mão, olhei fixamente em seus lindos olhos castanhos e corri até a maior árvore. Quando tinha 7 anos, meu pai me ensinou a escalar árvores para pegar frutas. Ele sempre me dizia para não subir sem proteção. Agora não dá mais. Tirei os saltos e escalei até o topo da árvore e aguardei lá, vendo Maxon se distanciar cada vez mais para o palácio.

Trinta minutos se passaram e nada de informações ou criados. Peguei um pedaço de pau e o afiei caso alguma coisa.

Avistei vários homens correndo até o outro lado do muro e saindo do castelo. Acho que todos se foram. Pulei da árvore e andei um pouquinho vendo se tinha perigo. Nada.

Fui a correndo ao palácio. Mas algo me impediu. Uma mão encontrou minha boca, e outra minhas pernas, algum homem me carregou e colocou um pano em meu nariz.

Apaguei.