O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 5
A Primeira Zumbi do Apocalipse


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus marshmallows... (decidi chamar vcs de marshmallows, pq sim).
Bom, deve ser meio cara de pau da minha parte esquecer da promessa que eu fiz de postar pelo menos uma ou duas vezes por semana, mas não foi minha culpa, pensem, as aulas começaram na semana passada e só o que eu faço é estudar, derramei café no meu notebook e algumas letras não estão funcionando, então a fic está empacada do capítulo trinta e dois, vou escrever pelo PC do meu pai pra não atrasar, e prometo que quinta-feira já posto o próximo capítulo.
Bom, obrigada pela recomendação, amei... Amei muito!
Aproveitem...



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Céus? Que dia é hoje? Calendário, calendário, cadê você? Ah, já sei, agora podemos continuar com a história.

Quinta-Feira/16 de Janeiro

Bom, Lo e Kat vão vir aqui para irmos ao shopping... e eu não sei com que roupa eu vou. Bom, é que... eu vestiria qualquer roupa, mas Lo me mandou uma mensagem dizendo que eu devia me produzir. E agora?

Ah, e eu ainda estou brava com aquele garoto, o Sakai, esse garoto esnobe... Bom, fora isso, minha vida continua um mar de rosas...

– Mei, cheguei, olha que vestido lindo que eu comprei, pode usá-lo hoje, é lindo, e baratinho, achei naquela lojinha “Tutti Frutti” – sim, essa é minha mãe, quando começa a falar, não para, eu sou assim também.

O vestido é bem simples, branco, com mangas até o cotovelo e comprimento com meio palmo acima do joelho, gostei.

Me arrumo toda, faço uma trança, fica estranho, mas... ah, foi o que deu pra fazer!

Ponho até maquiagem! Tipo, lápis de olho no estilo gatinho, e foi minha mãe que fez, eu não gosto de lápis de olho, meu olho começa a arder, eu esqueço que estou de maquiagem e coço, então borra tudo.

Preciso ir, elas estão me chamando.

.

.

.

Estamos no shopping há meia hora, Kat está se maquiando no banheiro e eu estou olhando algumas revistas numa banquinha próxima com a Lo... Lo? Onde está a Lo?

Ai que droga! Me perdi da Loiza, esse lugar é muito grande pra mim...

Por estar atordoada ou por estar tonta de tanto rodar esbarro com tanta força em alguém na minha frente que caio sentada no chão.

– Ah, você está bem?

– Hum? Sim... – abro a boca, mas sinto o nariz estranho.

– Ah, tome isto – ele me dá um lenço branco, agora que ele está perto posso vê-lo com mais nitidez. É loiro, olhos verdes cintilantes com um brilho azulado – ou seria, olhos azuis cintilantes com um brilho esverdeado?

– Obrigada – falo, mas a voz sai estranha, então acho melhor ficar calada.

– É melhor colocar o lenço no nariz, tá manchando seu vestido – ele diz, olho para baixo e meu vestido está sujo de sangue. Quê?

– Sangue? Por quê???

– Acho que você esbarrou com muita força em mim – ele sorri – vamos, levante.

– Eu não posso receber ajuda de estranhos – digo.

– Ah, oi, sou Gabriel – ele sorri e estende a mão – qual o seu nome?

– Anna Mei – digo relutante.

– Viu? Agora não sou mais um estranho, levante.

Levanto com cuidado, segurando a mão dele, é macia... bem estranha para uma mãe masculina, mas eu gostei.

Ele esta me levando a uma farmácia. Me sinto cada vez mais longe da Lo e da Kat.

– Bom, ponha isso no nariz e espere parar de sangrar – a moça da farmácia diz.

– Tá, tá bom – eu não estou preocupada com meu nariz, estou preocupada com meu vestido novinho, antes branco, que agora parece de um zumbi, com o sangue secando, e mais sangue caindo – Ah, eu preciso ir agora, tchau!

Corro, nem sei por que estou correndo, só sei que prefiro não ficar perto daquele garoto lindo, enquanto pareço feia e desengonçada, garotos como ele merecem estar perto de garotas finas e recatadas, como eu estava antes do meu nariz ter o trabalho de sangrar.

– Ah, o que aconteceu com você? – viro e a garota ruiva está lá, com uma camisa escrita “Martin’s Candy”, é o nome da loja na minha frente, uma loja de doces.

– Eu, eu...

– Isso é sangue?

– É sim – ah, por que eu não corri três ou quatro metros a mais?

– Meu Deus! O que houve?

– Eu esbarrei num cara, daí... – meus olhos arregalam.

– Aí está você! Por que correu? – Gabriel vem correndo até nós. – Amandha?

– Gabriel? Conhece a Mei? – Como? Eles se conhecem também? Estamos numa cidade tão grande, por que todo mundo aqui se conhece?

– Acabei de conhecer.

– Ah, não me diga que foi você quem fez isso com a coitada! – ela fala e ele coça a cabeça, com ar culpado – Ora, Gabriel seu garoto desastrado!

– Fui eu quem...

– Vamos, Mei, eu vou te ajudar com esse nariz, tire esse algodão, isso só vai piorar se você não tomar cuidado. – Depois que ela coloca uma espécie de creme no algodão e coloca no meu nariz, ele para de sangrar quase instantaneamente.

– Annie! – escuto uma voz... Lo?

Loiza e Katlyn estão ambas vermelhas e ofegantes.

– Onde você foi? Procuramos em toda parte! – Lo percebe meu nariz – Ah, você foi atropelada?

– Não... Eu atropelei – digo, basicamente foi isso, já que fui eu quem praticamente se jogou por cima do garoto.

– Ah, vocês são amigas dela? – Amandha, pelo que eu sei esse é o nome dela, pergunta.

– Sim, a nossa Annie é muito desastrada, não sei o que teria acontecido se vocês não tivessem cuidado dela... – Lo fala, como pode ser assim?

– Ah, não tem problema! – ela diz.

– Vamos, garota, me diga o seu nome – Lo fala.

– Amandha – ela diz sorrindo, mas sei que está achando Lo uma pessoa muito estranha.

– Sobrenome?

– Martins, por quê?

– Preciso conversar com você – Loiza se afasta com a garota, abraçando o ombro dela.

Depois de um tempo, as duas voltam sorrindo como se fossem amigas de infância.

– Temos que ir, até logo – ela fala e me puxa, Katlyn parece estar igualmente confusa com tudo isso.

– MEUDEUSDOCÉU! – é essa a minha recepção, minha mãe grita, quando eu chego, na verdade, ela disse mais um “Mei! Deus do Céu!” – O que aconteceu contigo?

– Meu nariz...

– Já vi tudo, como pode isso?

– Magia?

– Já pra cama, Anna Mei – pelo visto ela não gostou da minha brincadeirinha.

Ok, mas, acho que mereço um banho.

Ah, estou correndo em um campo, com a brisa fria batendo no meu rosto, parece até que estou correndo em câmera lenta... Ah, EU ESTOU CORRENDO EM CÂMERA LENTA! Isso é demais! Ah, estou cercada de pandas fofinhos, coelhos fofinhos e gatos fofinhos, os pandas me abraçam, os coelhos pulam e os gatos passam as caudas no meu nariz. – ATCHIM!!!

– O quê? – já é de manhã? Vejo um enorme rabo branco com a ponta preta, bem em frente ao meu nariz.

Óbvio que era a Mimi. Minha linda gata siamesa é o luxo em forma de gata.

Ela já é bem velha já que era da minha mãe, nem sei direito quantos anos ela tem, mas ela já é uma gata idosa, mesmo assim, ela gosta de pular e passar a cauda no meu nariz pra eu acordar, antes ela fazia isso todos os dias, mas agora ela passa o dia todo dormindo, só faz isso quando tem vontade ou quer carinho.

Agora preciso saber que dia é hoje.

Sexta-Feira/17 de Janeiro

Agora sim, coloco Mimi no chão e ela se encolhe, vejo se ela já acabou de comer a ração.

– Mas, Mimi sempre come tudo... – vejo que ela deixou mais da metade.

Deve estar indisposta.

Desço as escadas e minha mãe está na cozinha, com um vestido bege e os cabelos esvoaçando – a janela estava aberta.

– Mei! Vamos, se vista! A família toda está vindo para cá!

– E por quê?

– Lívia faz quinze anos amanhã!

– E por que tem que ser aqui?

– Deixe de conversa e vá se trocar!

Bom, eu tenho uma família grande. Nem todos vão vir, mas suponho que estes virão:

Vó Ana, adivinha por que meu nome é Anna? Adivinharam? Ela é minha avó paterna, é super-animada e é muito jovem pra idade.

Vó Louise, mãe da minha mãe, minha mãe, como a mais nova, herdou o nome dela, só que mais simples... Luiza... Acho que é bem melhor assim.

Tio Louis, se diz Lúwis, mas todo mundo se acostumou com o Luiz mesmo. É irmão da minha mãe, a mulher dele se chama Catarina e eles têm SEIS FILHOS!

Rodrigo, vinte anos, filho do tio Louis.

Daniel e Rafael, dezesseis anos, gêmeos idênticos, filhos do tio Louis.

Lívia, ela faz quinze hoje, teremos festa? Ah, eu não gosto muito dela, filha do tio Louis.

Felipe, doze anos, filho do tio Louis.

Clara, dois anos, filha do tio Louis.

Tia Laís, é a segunda mais nova, depois da minha mãe, ela tem um filho só, se chama Kevin e é uma peste e só tem oito anos!

Tia Leila, é a mais velha, os dois filhos dela já tem mais de vinte. Nenhum deles vão vir.

Já meu pai, é o filho mais velho de três.

Tio Ferdinand, é o segundo mais velho, tem três filhos, já adultos.

Tia Fabrícia, é a mais nova, e não tem filhos, mas o marido dela se chama Tom... que ridículo.

Bom, com essa pequena apresentação já dá pra ter uma ideia de que mina casa ficou cheia. Como um ninja, pego meu toddynho e subo as escadas, indo direto para o quarto.

– Não é interessante uma menina ficar sozinha com duas coisas como vocês – falo, olhando para trás e me deparando com Daniel e Rafael.

– Não é interessante blábláblá, – Daniel diz, tentando imitar minha voz – Não entendemos essa sua língua de nerd.

– Vão embora, quero viver em paz – falo.

– Tudo bem – disseram em uníssono – mas depois não venha dizer que não avisamos – Rafael completa.

– Eu vou dizer, sim! Vocês não me avisaram nada, ainda... – Ah, eles já saíram.

CAMPAINHA TOCANDO! Epa! Dá pra ver a entrada daqui da minha janela.

NÃO CREIO!

– Deixa que eu abro! – saio em disparada em direção as escadas, quase caio, mas consigo chegar em segurança – Amandha! – que felicidade, ela é bem legal, embora eu não saiba como raios ela sabe onde eu moro, mas ela é simpática e bem-humorada. Eu já tinha percebido antes, mas, agora que o sol está no alto, os cabelos dela são tão ruivos que parecem que estão pegando fogo. Os olhos negros e brilhantes são meigos, e ela está usando uma faixa preta no cabelo Chanel de bico, sabe, mais curto atrás com a parte da frente mais longa, contrastando com o cabelo “Em Chamas”.

– Oi, Mei... – ela acena a mão na frente do meu rosto, parece que está me chamando há tempos – Bom, quero que fique com isso – ela mostra uma bandeja, ah, que amor! Tira a tampa que a cobre e posso ver os muitos cupcakes e docinhos que tem lá.

Estão todos me chamando.

Pego delicadamente pra ela não perceber meu desespero e agradeço.

– Ah – sorrio, dessa vez com vontade – Não precisava se incomodar.

– Bom, são pra vender na loja do meu pai, os sabores são novos e eu queria saber se são bons – ela sorri – Fui eu que fiz.

– Sério? – não me interesso no cozinheiro, apenas na comida.

– É, Loiza me deu seu endereço ontem, ela é muito legal...

– Eu sei – sorrio mais, ah Loiza, ela vai embora e quer me arrumar amigos... Até que não é má ideia, Amandha é bem gentil.

– Mei, não vai dizer quem é? – fala um dos gêmeos atrás de mim.

– Não, vocês não merecem conhecê-la! – Reviro os olhos pra eles – Não quer entrar? – Pergunto pra ela.

– Ah, não, eu só passei pra te entregar isso, desculpe, tenho que ajudar meu pai a fazer alguns bolos pra loja – ela diz – Mas quem abe a gente não pode sair hoje! Vou pro shopping com um pessoal... Quer ir?

– Eu... Eu posso? – meus olhos brilham.

Shopping! Com um pessoal? Eu já fiz isso ontem, mas eu fui com a Lo e com a Kat, somente. Mas elas estão tão ocupadas com as transferências, tendo que fazer os passaportes, fazer as malas, acho que não vão ter tempo pra mim, agora... Então...

– Pode sim! – ela pula – Meu irmão vai levar a gente, passo aqui às seis, pode?

– Quem mais vai? – Isso, na verdade, não me interessa nem um pouco...

– Um amigo, uma amiga e... ela disse que ia levar alguém...

– Ah, sei...

– Então, às seis?

– Às seis!

– Ótimo, me diga o que achou dos doces! Tchau!

– Tchau!

Ela sorri e sai correndo, os cabelos curtos balançando, espero que os vizinhos não pensem que ateei fogo na cabeça dela.

Fecho a porta, ainda segurando a bandeja, fazendo uns paços de danças meio tortos.

– Anna Mei, – minha mãe bate a mão na mesa, me assustando – Você disse que ia sair, mas não pediu minha permissão.

– Hãn? – quando ela começou a agir assim? – Hum, posso ir ao...

– Claro que pode!!! – ela pula – Eu fiquei com medo de você se sentir só depois que suas amigas se mudarem, então é ótimo que faça novas amizades!

– Mas parece que elas já se conhecem há muito tempo – um dos gêmeos fala, não prestei atenção.

– Ah, nos conhecemos ont... – paro de falar – Claro que sim! Não viu que somos bem íntimas?

– Eu acho ela um pouco estranha – Daniel fala.

– É, parece que atearam fogo na cabeça dela – digo antes de comer um salgadinho – Mas ela é legal, então fiquem quietos.


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Notas finais do capítulo

Como vocês já devem ter percebido, sim, eu troquei a conta, então todas as MP que algumas de vocês me mandaram se perderam do nada, então, quem tiver mandado o número pra fazer o grupo no WhatsApp, se quiser manda de novo pra essa nova conta... Eu ando meio atordoada, mas quinta-feira tem mais... Aguardem!



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