O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 31
O Festival dos Coelhos! Mais alguém na Frienzone...


Notas iniciais do capítulo

Bom, marshmallows, estou tentando postar esse capítulo pela terceira vez... minha internet tá que é um buraco negro.
Bom, só um detalhe, fiz uma cirurgiazinha no braço ontem, estou costurada e com dores... Mas estou bem... u.u
Enfim, vamos ao capítulo.



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Sábado/3 de Maio

Eu sabia que não deveria ter vindo... Eu sabia.

Agora além de estar rodeada de gente me chamando de fofurinha, Dennis não está aqui... Não que eu me importe, mas se eu estou metida nisso ele também tem que estar!

– Ai, que fofa, Anna, podemos tirar umas fotos juntas pra minha revista! – Ellie chega, já com o traje chinês.

– Cara, você tá parecendo uma prostituta oriental... – sussurro.

– O que? Ah, não importa, as apresentações começam daqui a pouco e eu tenho que me preparar...

Ok, não posso sair da sala, que está cheia de gente arrumando mesas e a decoração...

– Mei! – Mandy me chama, já com o vestido de empregada com detalhes em vermelho vibrante, da mesma cor que os cabelos.

– Oi, Mandy! – falo, bom, faz um tempinho que não converso a sós com ela...

– Você viu o Gabriel? – ela pergunta, não sei se ela percebeu, mas ele é de outra classe. – Ah, deixa pra lá, você está muito fofa mesmo! Dá vontade de apertar! – ela ergue as mãos pra apertar as minhas bochechas.

– Não faça isso... Por favor – digo, colocando as mãos na frente das dela, não preciso ficar com manchas vermelhas agora, o que eu planejo fazer vai me deixar mil vezes mais vermelha do que as mãos de Mandy deixariam.

Bom, sei que estou de mau-humor hoje, mas não é pra menos! Assim que eu cheguei aqui, me enfiaram num uniforme cor de rosa ridículo e disseram que eu ia ter que ficar com ele hoje e amanhã! Além do estresse todo por causa do Dennis e suas besteiras sem limites. Se é assim sem nem mesmo falar com ele, imagine se estivéssemos nos falando!

Oooooi Anninha! – Hanna chega me abraçando por trás e me levantando pela cintura.

– Hanna, para com isso! – falo, bem séria, e ela me põe no chão. Eu me viro, (quem sabe, Dennis não está escondido atrás dela...? Ele não está...). – Cadê o seu pseudo-primo bipolar?

– Está se trocando, acha que só você tem uma fantasia surpresa? – ela ri. – Bem, foi preciso mais dois meninos levarem ele pro banheiro, mas até que foi divertido ver ele se zangar daquele jeito – ela olha pra cima, como se estivesse tendo um flashback.

– Tá... certo... – semicerro os olhos. A cada dia que passa, fico com medo de Hanna ser uma psicopata fugitiva... Nunca se sabe.

– Bom, tenho que me vestir, até mais, Anninha!

Ela sai do meu campo de visão, saltitando e cantarolando, como todas as Hannas do mundo costumam fazer.

– E aí, Anna? – escuto uma voz bem familiar e me viro.

– Ah... Oi... – Dennis está lá, com um terno preto, gravata listrada e um capuz com orelhinhas de coelho... Onde será que eu vi isso? – Que roupa é essa? – começo a rir.

– Não fui em quem escolheu... – ele diz, jogando o capuz para trás.

– Sinceramente, isso é ridículo, na verdade, você está ridículo! – falo, engasgando de tanto rir.

– Nem me diga isso, olhe só você... – ele puxa o capuz rosa com as orelhinhas de coelho pra cima da minha cabeça.

– Eu ainda mato quem deu essa ideia... – digo, colocando o capuz pra trás.

– Fui eu... – ele coça o nariz.

– Ah, então deixa quieto... – digo, ele me olha surpreso, e logo recebe um cascudo (tive que pular pra dar esse cascudo, mas valeu a pena).

– Ai!

– Esse é o pior vestido que eu já vesti, pior que aquele do jantar! – digo, e é verdade, o vestido é cheio de babados, rendas, flores e é tudo rosa...

– Até que é fofinho... – ele ia terminar a provocação, mas alguém interrompe.

– Mas não estão lindos? O casal de coelhinhos... Bom, dizem que coelhos amam fazer filhotes, não é... Eles gostam muito de... – Ellie começa a tagarelar, mas Hanna foi a salvadora da pátria e tapou a boca dela.

Bom, depois disso, os sinos tocaram anunciando que iriam começar as avaliações de cada equipe. Então, as portas do nosso Café abrem.

Os jurados aparecem e eu falo:

– Bem vindos ao nosso Café! – tento falar igual aqueles caras de anime, mas as flores não apareceram.

– Espero que se divirtam bastante! – Dennis fala. Não pode ser! Vejo flores por todos os lugares!

Logo depois que os jurados entram, escrevem algo nas pranchetas e um dos nossos “mordomos” (por incrível que pareça, era o Felipe do Trio de Bocós) os leva até uma mesa e uma de nossas “empregadas” (Ellie, exibida como sempre) oferece o cardápio, enquanto Hanna aparece com água.

*

Depois de uma hora fazendo a mesma coisa para os convidados e desocupados que estão ali, eu estou completamente morta.

– Bem Vindo ao nosso caffff... – a voz falha... Não acredito que esse traste teve a cara de Pou de vir aqui depois de tudo que aprontou!

E é cara de Pou mesmo... Cara de pau é muito pouco! Tem que ser de Pou (que, pra mim, é uma espécie de cocô que você tem que alimentar, dar banho e comida).

– Bem Vindo! Espero que se divirta bastante! – Dennis diz as frases ensaiadas, sorrindo para encobrir minha cara tosca. Como ele pode ter esquecido?

Como ele poderia esquecer essa cara gorda?

Como ele poderia esquecer essa papada quíntupla por cima da gola da camisa engomada?

Como ele poderia esquecer essa pança de porco que mais parece ser do primo do Harry Potter, o Duda, do que de uma pessoa comum? (Acontece que nem o Duda, nem esse peste são pessoas comuns).

Como ele poderia esquecer esses braços gordos segurando esse rato esticado e imprestável que...

Matou a Mimi-chan! Sim, Pedro... Ou melhor...

– Olá, Bolota – sussurro entredentes.

Ah, Mimi, me perdoe, mas foi muita estupidez sua confundir essa doninha fresca com um rato. Pode até parecer um rato, mas é uma coisa nojenta e... comprida.

– Olá, olá, Anninha.

– Não me chame assim, saco de bosta fresca! – falo, ainda entredentes.

– Uma funcionária não trata os clientes assim... – ele sorriu, afofando ainda mais a cabeça minúscula daquela doninha murcha.

– Que seja, o seu rato ainda não morreu?

– Não é um rato... – falou da doninha e ele já fica louco, eu gosto disso. – É um furão, sua ignorante!

– Dennis, assuma daqui, vou dar um tratamento especial ao meu amigo Bolotinha... – murmuro.

– Não me chame...

– Senhor, não é permitido animais aqui. – Mandy o interrompe.

– Ah, é verdade! – falo, fingindo surpresa – Senhor, queira me dar sua doninha de estimação, cuidaremos dela com muito “carinho”... – faço aspas com os dedos.

– É um furão!

– Tanto faz, continua sendo um marsupial idiota!

– Você é uma marsupial idiota!

Até agora só estávamos discutindo aos sussurros, mas qualquer outro insulto ao bichinho dele, aposto que explodiria o lugar todo. Tudo ia se encher das entranhas de Bolota.

– E você é um gordo esnobe, sem amigos, que o máximo que conseguiu como companhia foi um rato-doninha-gambá! – digo, sussurrando.

– Você é uma pintora de rodapé idiota, que não passa de um metro e meio, tem pernas de saracura e quando vai comprar roupas tem de ir na sessão infantil pois todas as outras sessões são muito grandes pro seu corpo de sete anos mal desenvolvido, você não passa de uma anã que não tem o que fazer e fica se exibindo com esse nome ridículo! Anna Mei! Que tipo de nome é esse? Sua mãe foi pro cartório com náusea e na hora que vomitou o cara registrou seu nome?– Ele tinha se levantado, e estava falando tão alto que todos os nossos “clientes” e “funcionários” pararam o que estavam fazendo para olhar.

Esse povo ama treta.

– Creio que não deveria ser grosso com nossas funcionárias – percebo que Dennis está atrás de mim – Senhor, você vai ter que me desculpar, mas não pode sair fofocando sobre em que sessão de roupas os outros fazem compras, por acaso você faria as suas compras na sessão de obesidade? Senão, é melhor procura-la, essa camisa está tão apertada que, se seu rato caísse e o senhor fosse se abaixar pra pegá-lo, ela rasgaria toda.

Todos riram, todos menos Dennis, que apenas sorriu, eu, que estou atordoada demais, e Bolota, que está uma fera.

Eu simplesmente não aguento mais essa atmosfera...

Corro pro ginásio, lá tem várias pessoas (decepção), esqueci que iremos fazer uma demonstração do que estamos fazendo em sala... Somos a primeira equipe a se apresentar, mas isso só é amanhã, então, que seja...

*

Ah, aqui é bem mais calmo que aquela sala barulhenta idiota. Bem melhor do que ter que aturar o Pedro-Bolota... Aquela barata suja, nojenta e asquerosa.

Agora é só relaxar, nada nem ninguém podem me tirar a paz e o sossego que estou tendo agora...

– Sabia que ainda temos “clientes”?

Bom... quase ninguém.

– Pode me deixar em paz, seu coelho bipolar?!

– Tenho que ficar junto da minha parceira custe o que custar até que ela se acalme e volte ao trabalho... – ele diz, sentando ao meu lado.

– Mas o quê?

– Amandha me disse isso... Aliás, Hanna também disse... Depois foi a Lisanna que cuspiu isso na minha cara...

– O nome dela é Lianna! Como pode errar um nome tão simples?

– Bom, tanto faz... Elas me disseram isso, então eu só estou fazendo meu trabalho...

– Você não parece ter se importado em ficar perto nas últimas semanas... – sussurro.

– Hein? – ele fala, se aproximando. – Ah, falando em nomes nada comuns, eu nunca errei o seu.

– Você nunca me chamou de “Mei” – balanço os ombros.

– Seu nome é “Mei”?!! – ele se distancia de repente, visivelmente surpreso.

Fico em silêncio. Pode ser tosco, mas tem uma probabilidade grande dele só me chamar de Anna porque não lembra o segundo nome...

– Tô brincando! – ele diz, e eu fecho o punho.

Ele está pensando em algo... Deve estar pensando no que vai me dizer pra me animar. Que ótimo, um papo incentivador, alguma coisa motivadora e eu fico alegre rapidinho, depois voltamos para a sala, felizes da vida, para eu dar de cara com o Bolota e acontecer tudo de novo.

Isso não vai acontecer. Eu não vou deixar.

– Não fale nada. – digo e ele me olha estranho. – Não tente me animar nem nada, sem papo incentivador...

– Eu não ia falar nada. – ele pisca. – Meu plano é “ficar calado pra ver no que vai dar o silêncio obscuro” – ele abraça as pernas (que são bem longas) e olha o céu (que está laranja... bom, o sol está se pondo por trás dessas nuvens... que seja).

Aproveito e faço o mesmo.

– Sabe... – ele começa e eu viro o pescoço pra olhar pra ele. – sabia que, se eu for um pouco mais pra frente... – ele ainda está olhando pra cima – vai dar pra ver a sua calcinha?

– Não seja idiota... – empino o nariz, exatamente como Ellie faz. – Você, por acaso, acha que eu vou usar uma saia sem um calção por baixo? – arregaço minhas saias, mostrando o short de algodão marrom que uso, ele está contrastando bem com todo aquele rosinha claro.

– Você arregaçou as saias na minha frente... – ele sussurra pasmo, mas depois faz uma cara maliciosa, coçando o queixo com o dedo... – Tentador...

Como...? Bom, eu acho que já estou acostumada com essas piadinhas... Dennis é um caso perdido no meio da sociedade, agora eu me pergunto... Isso vai assumir a maior empresa de eletrônicos daqui alguns anos?

– Acha que devemos voltar? – pergunto, olhando o muro. Velho, cinza. De concreto.

Ele me olha, solta um risinho, e depois sorri (quase fechando os olhinhos) e levanta, puxa minha mão e eu levanto (tipo, puxou tão de repente que eu quase voei, mas... ah, esquece).

– Ah, aí estão vocês! – Hanna vem até nós, puxando Felipe (sim, o Felipe do Trio de Bocós).

– Sim, o que foi? – falo, ela está tão despreocupada... Não posso dizer o mesmo do Felipe, coitado.

– Bom, nada demais, fora que os jurados amaram nossa apresentação... – ela diz, apertando ainda mais a mão do Felipe, ele se torce, mas ela não solta.

Chegando na sala... Depois de colocar o primeiro pé a algazarra começou.

– O casal de coelhinhos estava procriando? – Ellie sussurra. E todo mundo sabe que, quando Ellie sussurra, todos ouvem.

– Ah, Ellie, vá pra casa e lave sua boca suja! – Mandy diz, rindo como todo mundo.

– Já estava indo mesmo! – Ellie bufa e balança os ombros. – Tchau, crianças, até amanhã. – ela bate no topo da minha cabeça.

– Então eu também vou! – corro pro banheiro e me visto, já estou saindo quando alguém me puxa pelo braço.

– Eu sei o que está acontecendo! – Hanna me puxa pra um canto qualquer.

– Bom, me explica, então...

– Olha, eu sei que eu vou ter que ir embora algum dia, e, bem... já que eu não tenho nenhuma chance...

– Chance de quê? Sequestrar pessoas? – ah, vá, um pouco de insolência não machuca ninguém.

– Quero que me responda uma coisa... – ela segura meu ombro.

– Tá bom...

– Somos amigas, Anna? Você me considera sua amiga?

Isso foi bem profundo, eu não diria que sou uma expert em amizades, tanto que só tive duas na minha vida toda até agora, mas acho que algumas coisas já mudaram bastante.

– Acho que sim... Sim, somos amigas! – dou o meu melhor sorriso pra animá-la.

– Então eu acho que posso te dizer... – ela suspira. – Eu tô na friendzone! – ela se abaixa e funga no meu ombro... Ah, essa camisa do Domo-kun era minha preferida.

Puxa! Ela também? Eu sei o quanto é ruim, mas, como se consola uma pessoa?

– Bom... Já que somos amigas... – e você está sujando minha blusa preferida de maquiagem – Me fala quem te deixou na friendzone. – falo, afagando a cabeça dela com um pouco mais de força do que o necessário.

Ela se afasta, limpando os olhos.

– É simplesmente a melhor pessoa que eu já conheci, eu não consigo me livrar disso! – ela volta a chorar. – Mas, mesmo assim, eu ainda quero que você e Dennis se acertem.

Como? Estávamos falando do garoto que colocou ela na friendzone, como o assunto virou tão bruscamente? Será que ela... e Dennis? Mas... gente, estou mais confusa ainda.

Ela segura meus ombros e se aproxima.

– Essa relação de amor-ódio que vocês tem é muito confusa, as vezes parecem como um casal, parece que se gostam mais que tudo, outras vezes parece que se odeiam, é muito doloroso ver isso... É verdade que Dennis é um banana, mas ela disse que te ama, no meio do shopping... Claro que pode ter sido efeito dos doces, mas... – ela murmura coisas ininteligíveis até que eu interrompo.

– Eu sinceramente não ligo pra isso. – falo, séria. – Ele disse que me ama porque quis, eu não o mandei fazer isso, e se ele me ama... Ama porque quer, eu também não obriguei ninguém a me amar... E se ele é um banana, problema dele – estou prestes a sair, mas me viro, olhando pra Hanna – Aliás, eu nunca gostei de banana mesmo.

Saio de lá, morrendo de vergonha e ligo pra minha mãe vir me buscar, enquanto espero, sento na calçada, em frente a escola, e não demora mundo pra eu ver um par de pernas longas cobertas por uma calça jeans de grife paradas na minha frente. As pernas se dobram e logo o rosto de Ellie fica na altura no meu. Ah não! Já é demais!

– Olha, se você veio aqui pra dizer que minha “relação amor-ódio” com Dennis é ridícula, pode ir saindo daqui! – falo, antes que ela tenta completar o papinho tosco da Hanna.

– Eu não ia dizer nada disso, sua tampinha! – ela senta do meu lado. – Mas eu ouvi sua conversa com a Hanna, e, mesmo ela sendo doida de pedra, eu percebi algumas coisas depois do que ela falou pra você...

– O que é que tem?

– Bom, ela quer que você e Dennis se acertem... Mas, qual é! Até um idiota perceberia que vocês não vão se acertar nunca! Isso não é um filme! Também não é um mangá shoujo! – ela fala.

– Andou praticando essa frase por quanto tempo? – não resisto e falo.

– Talvez uma ou duas semanas, mas isso não vem ao caso! O caso é, vocês vão morrer brigando, na mesma... a não ser que VOCÊ deixe de ser cabeça dura e... assuma.

– Eu vou embora! – levanto.

– Mas... – ela levanta junto.

– Olha, eu não gosto quando se metem na minha vida! Não quero saber do que pensam sobre mim ou se o que eu faço é ridículo!

– Ok, está bem, já entendi, estressadinha! Só mais uma coisa... Eu sei porque ele começou a ficar estranho com você... – Como? Como ela sabe? – Foi uma grande surpresa pra ele, você não ter lembrado o dia do aniversário dele...

O dia do aniversário? Ah, 20 de Março! Por isso eu tinha a sensação de estar esquecendo alguma coisa naquele dia...

Ah, mas como eu poderia saber? Ou... alguém já falou sobre isso comigo?

– Não me interessa. – murmuro. – Ele com certeza teve uma grande festa e milhares de pessoas chiques o presentearam com milhares de presentes chiques, não faz diferença se eu lembrei ou não.

– Se você diz... mas seria bom dar um presentinho... – Ellie murmura e sai rebolando de volta pro lugar de onde veio... Puxa vida, se ela continuar assim alguém pode estupra-la.

– Um presente... Não tenho tempo pra isso... – nem tempo, nem dinheiro... Agora entendo a frase “Tempo é dinheiro” já que não tenho nenhum dos dois.

*

– Mei, querida! Eu já estava indo te buscar! O que houve, filha? – minha mãe quase grita quando me vê suja, ofegante, suada, grudenta e sem voz ao chegar depois de correr da escola pra casa sem nem sequer parar pra respirar.

Bebo um copo d’água e recupero o fôlego.

– Me leva na casa da Beatrice... – ela me olha esquisito. – Por favor... – faço carinha do gato de botas... pelo menos tento.

– Ok, primeiro tome um banho e troque essa roupa...

– Meu Deus! Você foi atropelada? – Júnior entra na sala e me vê no estado de desespero.

– Fecha a matraca, moleque! – já sem paciência subo as escadas quase morrendo e tomo um banho rápido, só pra tirar os resíduos de lama que havia no meu corpo (sim, eu fui atropelada... por um triciclo de criança, mas é detalhe).

– Me leva pra casa da Beatrice! – era só isso que eu conseguia falar.


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