O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 2
Dançando Loucamente com Travestis e Drag Queens


Notas iniciais do capítulo

Oi meus cogumelos – não-venenosos, é claro!
Bom, só queria pedir desculpas pras leitoras que eu não notifiquei sobre a nova versão – o Nyah! não deixou porque eu já tinha enviado muitas mensagens do mesmo jeito (essas “muitas” foram duas) então, desculpe não poder avisá-las.
Agradeço à Aquele Cupcacke por ser a primeira leitora (o primeiro review sempre é muito importante) e, desculpe se não notificarei o nome de quem comentou como no versão passada, sei que não precisa disso, podem acreditar que sempre responderei os reviews, porque vocês são especiais...
Espera, alguém leu até aqui? Então, não faz diferença eu dizer que, quando vou pra casa da minha avó, eu cavava um buraco e ficava enterrada na terra fria fingindo ser uma batata.
Bom, só quero dizer que, se tiver Sones lendo a fanfic vão gostar bastante... Aliás eu soube do bafafá que está tendo entre alguns Sones e alguns EXOtics soube o namoro da Taeng com o Baeking (sim, eu chamo ele do que eu quiser! Não dizer BaekHyun direito, e como não quero errar digo Baeking), eu não sou lá, uma fã de EXO (mas gosto do Kris) mas como sou Sone e minha Ultimate Bias é a Teião, eu fico feliz por eles... bom, eu não devia ter misturado tantos assuntos...
Bom, não se assustem, minha personalidade é estranha...
Boa leitura, meus cogumelos! (já percebeu que cogumelo tem uma pronúncia bem divertida de dizer?)



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Terça-Feira/14 de Janeiro

Rindo à toa... Há, há NÃO!

Loiza acabou de me ligar, ela e Katlyn vão se mudar. Minha vida é ÓTIMA! Mal começo a escrever um diário e minhas melhores amigas vão cruzar o Atlântico! (Bom, elas ganharam uma bolsa para um intercâmbio de seis meses em Londres, não posso impedi-las), só digo duas coisinhas: Quanta sorte (para elas, não pra mim, eu sou um pseudópode!).

Vou à casa da Loiza, preciso aproveitar o tempo que tenho.

A casa dela não é tão longe, posso fazer todo o caminho a pé, são três quadras, é bem melhor do que ir pra casa da Katlyn, são oito quadras.

– Oi, Lo – falo.

– Oi, oi, menina! – Kat aparece e abre o portão.

– Está aqui também?

– Não, não, isso é só um holograma – ela brinca.

– Hunf!

– Pode entrar, a Madame Lo está se vestindo, ela estava com uma catinga horrível de sovaco e resolveu tomar banho – Kat fala, e como Lo está bem trás dela, leva um peteleco.

– Ai!

– Oi, Annie!

Sim, ela me chama de Annie, ela acha que é uma mistura de Anna e Mei (com as vogais trocadas no “Mei”). Bom, falando um pouco mais das minhas amigas: Loiza tem os cabelos castanhos lisos e curtos, bem diferente de antes, quando nos conhecemos que os cabelos dela passavam do quadril, já Katlyn não mudou muito, os cabelos ruivos e ondulados continuam no meio das costas como sempre, ela tem sardas, mas não gosta e faz careta quando dizem que são fofas, Loiza odeia amarelo, mas, por ironia, a maioria das roupas e coisas que ela tem são amarelas.

– Vamos começar – Lo pega a jaqueta preta e o controle da TV.

– Ayo GG!

E foi isso, passamos a tarde toda ouvindo Girls Generation, repetimos I Got a Boy várias vezes, para o desespero de Kat que queria Beep Beep com todas as forças.

– Nossa! Já são quatro e meia – digo – eu vou pra casa antes que escureça.

– Vamos te deixar – Loiza larga o controle depois de uma performance maravilhosa de The Boys.

Vamos a pé, morrendo de rir dos outros, é estranho, quando eu passei aqui sozinha, mais cedo, não tinha nada de engraçado na velhinha de vestido roxo broxante que estava sentada na frente da casa, com um chinelo felpudo, rosa forte. Agora, com Loiza e Katlyn aqui, só de ver que ela parece uma berinjela estragada, me faz rir até a barriga doer.

– Ei, ei, olha só aquilo – Katlyn aponta para um garoto sentado na sarjeta, parece pensativo, está olhando uma poça? Isso foi demais, começamos a rir tanto que parecemos focas gritando.

Mas algo estranho acontece, quando viramos a esquina, o menino de cabelos pretos, lisos me encara, eu diria que ele é oriental, se não fosse pelos olhos azuis.

.

.

.

– Ah, por que vocês têm que ir embora? – pergunto, depois de uma rodada de pudim.

–Ah, ainda faltam duas semanas – Kat diz – e são só seis meses, não é muito.

– E daí, eu queria ir também – murmuro.

– Ora, nós só vamos porque meu pai e o pai dela – aponta pra Kat – vão supervisionar a produção da empresa onde eles trabalham!

– Eu sei, mas...

– E seu pai tem uma empresa, ele não pode simplesmente ir também, aliás, a tia Lu nunca ia te deixar atravessar o Atlântico sem ela, você é um piolho de gente, miúda!

– Mas eu só estava dizendo que...

– Ora, Annie, sua birrenta! – ela faz bico, Loiza tem mania de fazer bico, ora quando está zangada, quando está pensando, quando faz os deveres da escola, provas, testes, até quando come!

– Ah, tá bom...

– Me dá mais pudim! Fiquei zangada e preciso de mais doce.

– Pudim chegando, senhorita!

– Me dá mais também! – Kat vem pra pegar mais pudim e esbarra na Lo, que esbarra em mim, que deixa o pudim cair da bancada... e cai no chão... se espatifa.

– Meu... pudim – falo.

– Não! – Loiza diz – Eu só queria... mais um pouco.

Nós duas olhamos pra Katlyn, que faz cara de cachorro abandonado, é difícil ficar brava com ela.

– A gente precisa ir – Loiza fala depois que limpamos o chão e arrumamos tudo – Se cuida Annie.

– Tchau.

– Que canseira – Lukas desce as escadas, ainda bem que ele não veio antes, Kat tem uma queda por ele, não sei como nem porque, só sei que ela tem uma queda por Lukas – Quem estava por aqui?

– Loiza e... Katlyn – ele arregala os olhos azuis, bom, ele sabe que Kat é doida por ele, mas é o seguinte, ela se transforma quando está perto dele, fica como louca, resumindo, ele tem medo dela.

– Elas já foram, certo?

– Já sim!

Quarta-Feira/15 de Janeiro

Bom, a primeira coisa que eu faço numa quarta-feira de manhã é descer as escadas e ir à cozinha, torcer para não ver o papelzinho na bancada... Mas ele está lá. Que droga! Aquele papelzinho quadrado que me irrita tanto: Lista de compras.

Bom, minha mãe trabalha pela manhã, nas quartas e sextas tem que ir ás sete, nos outros dias as dez, como ela é esperta, e a entrega de legumes, verduras e frutas frescas no supermercado é na quarta-feira, ela me manda lá antes que tudo acabe.

Sim, minha mãe é dessas. Ela diz que, fazer esse tipo de compras requer a delicadeza de uma mulher.

Eu não reclamo, pelo menos não mais.

Como não tenho mais escolha, subo as escadas para trocar o pijama por uma roupa decente e ir logo à feira, mas escuto uns barulhos vindos do quarto do Júnior, preciso ver o que é.

Vou de mansinho até a porta e escuto uma musiquinha fofa e acho estranho, abro a porta devagar e vejo o que está à direita, o computador está ligado e a música vem de lá, acho que conheço a música, pode ser que seja PONPONPON da Karyu Pamyu Pamyu, é uma música bem fofa... e chiclete.

Enfim, daqui dá pra ver o guarda-roupa e uma parte da cama, abro mais à porta e vejo o que está mais à esquerda...

QUÊ???

Não posso acreditar!

Bom, eu fiquei chocada, mas a cena era essa, Júnior estava na frente do espelho vestindo um vestido cheio de frufrus, rosinha, com babadinhos, lacinhos e mais coisinhas no diminuitivo, usava também uma peruca marrom, um pouco mais clara que meu próprio cabelo, lisa no comprimento com cachinhos nas pontas. Nos pés, tinham um sapato estilo boneca, tipo Mary-Jane, acho eu. E ele dançava a musiquinha. E para o meu espanto, estava fofo.

Como eu, a intrusa, sou curiosa demais, me aproximo.

– Ah! – digo, malditas meias, me fizeram escorregar e agora... Júnior está olhando para mim. Isso daria um belo final de capítulo de novela de TV.

– O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI SUA DOIDA SEM VIDA SOCIAL? – ele grita, quando se recupera do susto.

– O que VOCÊ está fazendo vestido DESSE jeito, moleque? – grito, no mesmo tom de voz, enfatizando as palavras “você” e “desse”.

– QUEM TE DEU PERMISSÃO PARA ENTRAR NO ME QUARTO, sua suricate – ele diz, cruzando os braços.

– Não mude de assunto! A mamãe sabe que você se veste de garota e fica dançando fofamente na frente do espelho ao som de musiquinhas fofas? – falo, e ele fica em silêncio.

– Pelo visto ela não sabe – digo e abro a porta, antes de sair eu me viro, faço aquelas caras de mal e falo – AINDA.

Saio contente e dou de cara com Lukas, que está vivendo sua vidinha, sem desconfiar de nada.

– Pra quê a pressa?

– Não é da sua conta, mocinho – falo, mas de repente mudo de ideia, posso ser muito má quando quero – Bom, já que insiste tanto, sabe o nosso imÃO JúniOR...

– Nãããããããão! – Júnior vem gritando, ainda vestido de garota, e tapa minha boca, eu sinto o gosto do tecido daquelas luvinhas cheias de frufru.

– Quem é essa garota? O que ela estava fazendo no quarto do Júnior?

Sim, Lukas é um idiota, e olha que ele acabou de concluir o ensino médio, é muito bom nos raciocínios de matemática, física, química e outras matérias que exigem cálculos, mas é péssimo nas ciências literárias e humanas.

– Ah, eu sou uma amiga dele, sabe – Júnior está usando a estupidez do Lukas ao seu favor! Está se aproveitando da franja da peruca que cobre parte do seu rosto e da sua voz de menina que ainda não está nas mudanças da puberdade.

– Nhac!

– Ai! Sua louca!

Eu mordi a mão dele, e enfim, mesmo engasgada com tanto frufru que parou na minha boca por causa das luvas, conto tudo para o Lukas que não acredita em nada, até que eu tiro a peruca do Júnior.

Ele fica de boca aberta e eu começo a cantar:

– Vou contar pra todo mundo-do, uma coisa-sa, que eu vi-vi-vi, vou contar-tar-tar até pra vizinha-nha, que o Júnior se veste de menini-inha! – canto na famosa melodia de “Atirei o pau no gato” enquanto danço uma dança estranha.

– O que? – Lukas fala, bom, ele não pensa muito. Aliás, sei que Lukas adora fofocar para a mamãe.

– E daí – o pestinha se manifesta – Você não pode fazer nada contra isso! Eu não sou gay, só gosto de fazer isso às vezes, não é como se eu fosse gravar e colocar no YouTube.

– Mas alguém pode ver você dançando e gravar... – Lukas diz.

– Eu não sou descuidado como você! – Júnior retruca. Nossa, acho que virei coadjuvante.

– O que quer dizer? – quase posso ver uma gota de suor descer pela testa enrugada de preocupação de Lukas.

– Disso aqui – ele pega o celular e coloca um vídeo, e mostra ao Lukas que fica apavorado.

– Me deixa ver – pego o celular que está tocando “Hush, Hush” naquela parte que sempre me lembra de Drag Queens e olho o visor – Mas o quê?

No vídeo está Lukas, vestido com um terno roxo horrível, dançando como uma Drag Queen!

– Vocês envergonham nossa família, sujaram o nome da família Sousa Albuquerque – digo de cabeça baixa, fingindo desapontamento – Ah, tem algo que possa me chantagear, do tipo, uma foto, um vídeo ou coisa assim?

– Não! – eles dizem quase ao mesmo tempo.

– Há! Vou contar para o papai-pai-pai e pra mamãe-mãe-mãe, o que eu vi-vi-vi, vou contar para as meninas-nas que o Lukas e o Júnior são duas belas bailari-inas! – começo a cantar novamente, e como estava sem tempo para ver as reações deles, corro para o meu quarto. Já perdi tempo demais.

Roupa decente? OK.

Cabelo decente? OK.

Vamos à minha bela aventura dinâmica.


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Notas finais do capítulo

O capítulo como já sabem é dividido em três ou quatro partes, só para relatar um dia... Enfim, o meu problema é que eu coloco muito assunto nas notas iniciais, daí eu não tenho o que falar nas notas finais, mas o caso é o seguinte, já que quase ninguém lê, eu vou viajar amanhã (sábado) e quem sabe eu poste outro capítulo quando eu estiver lá... Tipo, quem sabe... Digam se gostaram das mudanças que eu fiz... Não sei se ficou bom... mas, foi o que deu pra fazer... É isso, até o próximo capítulo!



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