O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 14
Somos amigos? Uma excursão pela toca monstruosa


Notas iniciais do capítulo

Bom, marshmallows, o segundo capítulo do combo triplo está aqui.

Beijinhos da Tia Ho



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É um gato... Não de verdade, claro, um de pelúcia, um gato verde! Fofo! Lindo! E de pelúcia! Que vai durar para sempre!

– Você disse que queria um gato de pelúcia... – quem disse isso? Mutante, apareça! – Está aí! – ah, é só o Dennis.

– Dennis? Você fez isso? – falo, pegando o gato enorme.

– Eu tive uma ajudinha... – de repente aparecem mais duas pessoas atrás dele. Uma morena de cabelos ondulados e pretos, que eu reconheço como Lynn, uma loirinha, pequena de olhos extremamente verdes, conhecida como Kate ou, para mim, apenas cunhada. – Ah, minha tia ajudou a encontrar um gato verde, já que é sua cor preferida.

– Isso explica o barulho... – murmuro. – Espere um pouco, como... Como sabe que verde é minha cor preferida?

– Eu disse que Beatrice me contou várias coisas sobre você... – ele faz uma careta maliciosa.

Enquanto aperto o gato – que não pode medir menos que um metro de tão grande – fico pensando por que Dennis Chato Sakai fez isso. Fico num transe, como quando como pudim, mas acordo – como depois que o pudim acaba.

– E por que fez isso? – coloco o gato gigante dentro da cesta gigante.

– Isso...? – ele parece um pouco... Embaraçado?

– É, por que teve todo o trabalho de comprar um gato verde enorme – aponto para o gato, – enfeitar uma cesta enorme pra por o gato dentro e ainda colocar frufrus e tudo mais e tudo na cor verde, sendo que você não foi obrigado a fazer isso... – levando uma sobrancelha – ou foi?

– Eu... Bom, deu vontade... Você disse que... – ah, esquece, ele está TOTALMENTE embaraçado.

– Bela explicação, Sakai-san, eu não sei você, mas eu estou com sérias dúvidas de que estou sendo vítima de, quem sabe, chantagem... – falo, como uma advogada.

– Chantagem? Não estou pedindo nada em troca! – ele retruca.

– E é isso que me preocupa! – levanto o indicador. – Você poderá se revoltar e, consequentemente, me pedir diversas informações da vida privada de minha amiga Amandha Martins com a desculpa de que só me deu isso – aponto para o gato gigante – com esse propósito.

– Mas eu...

– Isso não vai rolar! Porque? Há! Porque eu sei disso tudo! – abandono completamente a pose de advogada durona e volto a ser a boboca de sempre.

– Eu não vou pedir nada disso... – ele está quase me chamando de maluca.

– Eu. Não. Acredito. Em. Você. – falo, com um olhar frio... Pelo menos essa é a minha intenção.

– Eu não quero saber mais coisas da Amandha! – ele está vermelho.

– Então por que? Ah, deixa pra lá... – quero perguntar por que ele está vermelho, por que me deu essas coisas, por que está sendo LEGAL COMIGO!

– Por que, o quê?

– Por que... está... por que, então... – não sai, tem alguma coisa na minha garganta, será um pedaço do miojo, mas eu nem comi ainda! – Lynn, oi! Tudo bem? Kate, Oi! Como vai o seu irmão? Não responda, por favor! Mas... Por quê?

E depois desse surto, entro no apartamento, batendo a porta com força.

– Agora meu miojo esfriou! – me sinto uma doida, idiota, mané e todos os outros nomes que já chamei Lukas... Pronto, me sinto um Lukas!

A coisa tá séria pra eu ter que me comparar ao meu irmão mais velho.

Enfim, essa é a coisa certa a fazer... Abro a porta e encontro Dennis com a cara mais confusa do mundo.

– Olha, foi mal, ainda quero isso, obrigada – falo, tentando ser gentil.

– Não existe pessoa mais estranha que você... – ele me olha estranho. – Anna. – ele fala meu nome estranho... Bom, agora que percebi, ele nunca falou Mei, nunca me chamou de Mei, nem ele, nem Ellie... Povinho estranho.

Enfim, meu miojo esfriou, mundo cruel, meu gato gigante verde é incrível, serve de almofada e travesseiro, é muito útil! Como será que a tia dele conseguiu acha um gato verde desse tamanho? Não é todo dia que fabricam gatos verdes – eu acho que não, pelo menos não grandes desse jeito.

Terça-Feira/18 De Fevereiro

Saio do apartamento e assim que olho Dennis está saindo do AP dele também, ele me olha com desdém e passa reto por mim como se eu fizesse parte da soleira da porta.

Ando com ele até o elevador, ele continua calado.

– Olha, não sei por que estou fazendo isso, mas – decido falar, e assim que começo a porta do elevador abre e ele sai.

– Ei! – grito, ele dá passadas largas, ai como eu queria ter pernas longas! – Espera!

Afinal, porque eu me importo tanto? Não me importo, não! Sim, eu me importo, só não sei o motivo... Mas, bom ele parece estar chateado, zangando ou sei-lá-o-quê, só sei que eu me importo... Me sinto um cocô depois de não ter agradecido o tal “Presente de Boas Vindas ao Prédio” ou “Presente Pós-PseudoDepressão”.

É sério, ele tem todo o trabalho de me dar aquele troço – mesmo eu não pedindo nada, ele não tendo a obrigação de fazer isso ou o raio que o parta – e eu ainda dou um ataque daqueles... E o pior, nem agradeci... Eu não o conheço há, tipo, a vida toda, mas se tem uma coisa de que eu tenho certeza é que Dennis Sakai gosta de ouvir as palavrinhas de agradecimento ou desculpas.

Penso tanto nessas tolices que bato em algo sólido e quase vou ao chão, o que não acontece porque minha coordenação motora decide ser legal comigo hoje.

– Sei que a escola é por aqui, mas porque está andando atrás de mim? – ele fala, sério e frio.

Certamente, essa coisa em que colidi é nada mais, nada menos que Sakai-san, que obviamente está de costas pra mim.

– E ainda pergunta? – ele se vira, com uma sobrancelha arqueada. Ok, nem eu sei porque estou andando atrás dele, mas eu tenho bons argumentos.

– Tenho cara de vidente, por acaso?

– Puxa, se isso fosse em 3D teria doído bastante – falo, passando a mão na bochecha como se tivesse levando um tapa. Eu achei engraçado na primeira vez que ouvi isso, mas parece que, para Dennis, a piada já é velha.

– Mais alguma coisa? – pergunta impaciente.

– Bem, eu... Tá bom! Valeu por ter me dado aquele gato gigante, eu adorei e ele agora é meu travesseiro... Desculpa por ter surtado e – ele está sorrindo... – Quê?

De repente o sorriso se expande e começa a rir loucamente e o riso logo se transforma numa gargalhada histérica.

– O que? Pode me dizer o que tá acontecendo? – falo impaciente, eu poderia ir das poses frenéticas que ele está fazendo, mas estou tão confusa que... Ah, o que houve?

– A sua cara! – ele diz por entre as gargalhadas, o que não ajudou em nada, ainda estou confusa e agora, passando a mão no rosto para ver se tem algo de errado.

– O que tem a minha cara?

Ele passa o braço pelo meu ombro, ri mais um pouco, bom, ele parece um daqueles bebuns de bares que ficam dançando enquanto estão meio groles.

– Sua cara, ah – ele suspira, parando de rir – Sua cara está vermelha. Você fica ainda mais estranha assim! – ele ofega.

Ah, isso? Deve ter sido o sol... Vamos andando assim até a escola, ele com o braço em volta do meu ombro, rindo e, de vez em quando olhando minha cara que, segundo ele, ainda estava mais vermelha e ele começava a rir de novo... depois eu que sou a estranha.

Depois das aulas – eu disse que escreveria o que acontece na escola, mas nada acontece realmente – vou embora com o Dennis, que não estava mais rindo então ficou, ao menos, suportável.

– O que a Beatrice falou? – pergunto, preciso saber o que aquela morena de farmácia falou de vergonhoso.

– É segredo... – ele sorri.

– Qual é...

– Bia disse pra não contar, e eu respeito os mais velhos – ele ficou um pouco corado... Quê? Será que...

– Poderia ser que você deixou de gostar da Mandy e começou a gostar da Beatrice? – falo.

– Quê? – ele fica surpreso. – Você tem uma imaginação muito fértil!

– Você não ficou vermelho, suponho que seja verdade, – falo e apresso o passo.

Nesse negócio de apressar o passo... caio... de cara no chão.

*

– Onde eu tô? – falo, tonta.

– Ryuu! Ela acordou! – fala uma voz fina e vejo de relance uma mulher saindo do quarto onde eu estava, o mesmo quarto que Dennis me mostrou ontem, o que era de Lynn.

– Finalmente! – ouço a voz de Dennis, meio abafada.

A mulher volta, é loira, tem olhos amendoados cor de âmbar. É, ela é a japonesa loira que eu vi na festa dos Sakai, pelo que eu sei ela é a tia que Dennis tanto fala.

– Não é alarme falso de novo? – Dennis grita de onde estiver. – Nas últimas três horas ela levantava e ficava resmungando... Está acordada agora, de verdade?

– Está sim! – a loira volta.

Levanto e vou até o espelho, pelo que posso ver estou descabelada, com terra na cara, uma marca vermelha na testa que está doendo, meu braço direito dói, mas o quê? Fui pra guerra e ninguém me avisou?

– O que aconteceu comigo?

– Bom, você caiu – a mulher diz – não sei da história toda.

– Meu olhos doem... Meu corpo todo dói.

– Vai ficar bem, eu enfaixei seu braço, mas não é nada muito sério, – ela olha o relógio de pulso – Puxa! Já são sete e meia, vou me vestir... Cuide do braço dela, Ryuu!

– Tá... – Dennis fala.

– Bom, você tem que descansar... É só uma torção, mas pode doer bastante se não tomar cuidado. – ela sai.

– Anna, – Dennis diz e eu percebo que ele está sem camisa, de novo? – Você fala quando dorme.

– Não falo nada! Você não tem camisa não?

– Tenho, mas eu gosto de ficar sem camisa quando estou em casa – ele fala, inocentemente.

– Vista algo! Por causa disse eu tive um sonho nada agradável! – foi agradável sim, mas ele pode interpretar mal se eu disse que o sonho foi bom, ele pode pensar que sonhei com ele e não com o Gabriel.

– Tudo bem... – ele sai e volta com uma camisa... Adivinha a cor? Verde.

Bufo e ele ri baixinho sentando na cama..

– Ryuu, – a mulher entra no quarto – Quando eu voltar trarei os papeis – ela pisca. – Estou indo.

– Tome cuidado – ele fala. Espera, que papéis... Ah, isso não interessa, eu estou num quarto, sozinha, com Dennis... Isso não faz diferença, estou com sono e... com fome.

– Tô com fome, – escoro na parede e sentando no tapete felpudo lilás.

– Não me admira, dormiu a tarde inteira! – ele pega uma bolsa de gelo e senta ao meu lado – Eu pedi uma pizza, não vai demorar.

Ele praticamente me bateu com essa bolsa de gelo, jogando-a na minha testa que doeu mais ainda, e percebo que tenho um galo enorme. Eu grito, claro! Cadê a delicadeza da galera, cadê?

– Como eu já falei, você não é nada delicado – falo, pegando a bolsa de gelo.

– Quando você parar de ser desastrada eu até posso pensar no assunto. – ele sempre tem uma resposta irônica melhor que as minhas... Mas dessa vez vai...

– Quando você deixar de se preocupar com a vida alheia eu até posso pensar em não ser mais desastrada. – Ok, admito a derrota, essa resposta não chegou nem perto da dele. Mas atingi meu objetivo.

– Tá bom, eu paro de me preocupar com a sua vida se você parar de tropeçar e cair na minha frente! – droga, essa é uma boa resposta!

– Não sei do que está falando... Aliás, não me lembro de nada, não pode me incriminar...

– Vai lembrar, você estava andando, tropeçou, caiu de cara no chão e comeu terra, ficou no chão, inconsciente, então, como sou legal, peguei você e trouxe para...

– Calma, calma... Não seria melhor ter me levado pro hospital ou na casa de alguma velha benzedeira? – interrompo, e parece que ele não gosta de ser interrompido.

Ele revira os olhos, e continua, ignorando meu comentário.

– Enfim, eu te trouxe pra médica mais próxima, Ai Fujiwara... Minha tia, irmã mais nova de minha mãe, nasceu em Kyoto em quatorze de dezembro de mil novecentos e noventa e cinco...

– Espera um pouco – interrompo de novo – Quantos anos sua tia tem?

– Como é?

– Deixa eu ver... – faço algumas contas e... – Vinte e oito? Aquela mulher que parece ter dezoito tem quase trinta? E é médica! Gente, que coisa... – ponho a mão na cara.

Ele levanta, sem paciência nenhuma.

– Por que não me deixou toda quebrada na rua? – falo e ele senta na cama.

– Não seria “delicado” – ele faz aspas com a mão.

– Desde quando se importa em ser “delicado”?

– É verdade, eu devia ter te deixado lá, par ser atropelada e devorada por cachorros famintos ou... – ele me olhe – por palhaços estrangeiros que só comem carne humana – Hãn? Isso me fez lembrar o filme que eu vi! Não, não gostei!

– Obrigada por ter me trazido! – fecho os olhos, ele ri mais ainda.

Hoje foi o dia em que Dennis Sakai mais riu.

– A pizza chegou, – ele fala indo buscar.

Comemos uma pizza média inteira, meu estomago pedia mais e mais...

Estava tão feliz algum tempo atrás, até que chegou a hora de trocar o curativo do meu pulso.

– Não precisa, amigo, meu braço tá ótimo! – digo, me encolhendo e escondendo o braço.

– Não sei se precisa, mas são ordens da dona da casa...

– Tá, e o que ela sabe? Ela é só uma mulher! – ele levanta e arqueia uma sobrancelha – formada em medicina...

– Isso mesmo, me deixa tirar!

– Não, ela é formada em medicina, você é formado em chaticiologia! – falo, – Eu mesma tiro isso.

Tirar esse troço é bem mais complicado do que eu pensei, primeiro, eu estou usando o braço podre, que é o esquerdo... Só o que ele faz bem é digitar e jogar... somente. Quando eu puxo o esparadrapo sinto uma dor insuportavelmente insuportável.

– Tá, seu idiota enrolado!

– O que eu fiz? – Dennis fala.

– Estou falando com o esparadrapo, Dennis, me dê um pouco de privacidade... – falo enquanto tento puxar aquilo delicadamente com os dentes.

– Quer que eu pegue uma tesoura?

– Ele pensa que eu preciso de uma tesoura, há – rio, falando com o meu pulso enfaixado – Não – volto-me para Dennis – Se eu não me livrar disso sozinha, meu orgulho vai ser ferido para sempre.

– Seu orgulho já foi ferido por ter caído na minha frente e ter me feito te carregar por aí numa tarde – ele fala... Puxa. – Além disso, você estava morrendo de medo de, não sei o que e veio dormir aqui, além da sua mãe te mandar vestir um vestidinho cheio de troços, ah e das suas amigas barulhentas fazendo barulho com você na rua, você não vai ferir seu orgulho, porque, na verdade, não tem mais orgulho pra ferir!

Essa foi forte, não consigo tirar o esparadrapo do braço e ainda tenho que aguentar uma chato tirando sarro da minha cara!

– Tudo bem, aqui – estendo meu braço, emburrada e ele tira o esparadrapo em segundos... Usando as duas mãos é fácil...

– Agora vou desenrolar, grita se acontecer alguma coisa – ele fala, sorrindo.

– Vai devagar... – fecho os olhos, agora a dor está sendo muito desagradável.

– Para de mexer o braço...

– Você vai puxar meus dedos! – falo, abrindo os olhos.

– E por que diabos eu faria isso?

– É divertido ver as pessoas sentirem dor...

– É divertido pra quem?

– Bom... para os sádicos... E... ah, você jogou aquela bolsa de gelo na minha cabeça com força, isso significa que você gosta de ver as pessoas sentindo dor!

– Mas... Ora, eu não vou puxar seus dedos...

– Vai sim, quando não se gosta da pessoa você quer fazê-la sentir dor... Muita dor – meu lado psicótico acorda! Socorro!

– Então... só é divertido se você não gostar da pessoa... – ele para, colocando a mão no queixo.

– Exatamente.

– E não é divertido se uma pessoa de quem você gosta estiver sentindo dor.

– Correto. – confirmo.

– Então suponhamos, que... Talvez, eu goste de você.

Ele está vermelho... E está com a mão na cabeça, Deve estar doente... Depois que percebo o que ele falou meu rosto esquenta...

– Quê? – falo. – Uma confissão?

– Não! – ele puxa o gaze com força, dói bastante e faço uma careta para não gritar. – Desculpe, não disse que gosto de você... Daquele jeito... De qualquer forma... – ele volta a atenção para o curativo.

– Seu rosto está vermelho, deve estar quente, vai precisar disso – jogo a bolsa de gelo na cabeça dele, que põe a mão na testa depois. Ahá, olho por olho, testa por testa!

– Não, não preciso disso, me deixe tirar o curativo.

– Promete que não vai puxar meus dedos só por diversão?

– Ninguém machucaria um amigo, certo?

– Não somos amigos! Você mesmo disse quando estávamos na rua e Mandy perguntou se você era meu amigo você quase gritou um “NÃO” bem grande...

Ele revira os olhos.

– Isso foi quando nos conhecemos, agora somos amigos, certo?

– Não nos conhecemos nem há um mês... – digo.

– Está blefando, nos conhecemos no dia quinze de Janeiro, hoje já são dezoito de Fevereiro.. – ele fala, enquanto desenrola o gaze.

– Um mês já se passou? Puxa... Mas, isso tudo não nos faz amiguinhos...

– Mas pra quem foi que você correu quando estava com medo de dormir sozinha? – ele pergunta, obviamente foi uma pergunta retórica já que eu murcho.

– Enfim, acabei! – ele mostra meu braço direito, com um novo curativo.

– Já? Nem doeu! – falo, analisando.

– Manter o paciente distraído ajuda, aprendi com a Ai. – ele diz, se levantando.

– Parece que eu já posso ir... – levanto.

– Ah, a Bia passou aqui, disse que vai trabalhar até tarde e depois vai pra casa de uma amiga, não volta pra casa hoje e já que você estava aqui, ela levou a chave...

– Por que... Ah, Beatrice! – sento de volta na cama, vou ter que passar a noite aqui? De novo?

– Deixa de ser chata, Anna, ficar aqui nem é tão ruim... Temos comida – Tá bom, por que ele chama a Beatrice de Bia e continua me chamando de Anna? Isso é triste!

– Vou bisbilhotar sua casa, então, não se irrite se uma ou duas coisas sumirem...

Primeiro vou para a porta de entrada onde começa a expedição, se eu tivesse uma câmera fotográfica de máxima resolução, tiraria várias fotos e postaria num blog que iria se chamar de: O que tem na toca de Dennis Sakai e Ai Fujiwara?

Vamos ver, a Sala de estar:, muito bem organizada, um sofá enorme, duas poltronas, uma TV de tela plana, LED ultra moderna, uns vasos com plantas artificiais nas paredes.

Agora, Cozinha: tem de tudo, batedeira, processador, liquidificador, tudo impecável, como aquelas cozinhas de programas de alimentos... Minha mãe teria inveja de uma cozinha dessas.

Sala de Jantar: Uma mesa pequena, mas muito chique, as cadeiras são acolchoadas e muito macias.

Quarto da Ai Fujiwara: Estou aqui sem permissão, mas ninguém precisa saber, é um quarto enorme, uma cama grande, um closet, uma TV de LED bem grande, e um montinho de roupa suja... É a única parte bagunçada do quarto. Uma montanha de lizo e roupa suja... Nada higiênica essa médica.

Banheiro da Ai: tem uma banheira de hidromassagem, um chuveiro elétrico lindo e enorme, sabonetes líquidos e alguns desinfetantes no armário da pia, além do vaso sanitário (aquilo é tão bonito que não posso simplesmente chamá-lo de privada).

Quarto de Dennis Sakai: Também estou aqui sem permissão, e ele provavelmente me mataria se me pegasse aqui, bom, tem uma cama grande, um guarda-roupas, é igual ao quarto de hóspedes – que seria da Lynn – só que as cores são azul e verde (sempre tem o verde), tem muitos livros aqui, eu posso ler alguns... Ótima distração, posso ficar aqui para sempre!

Dennis está me chamando, aposto que previu que eu entraria escondida no seu quarto e mexeria nas suas coisas... É hoje que ele me joga pela janela.


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