Even flow escrita por Miss Ann


Capítulo 7
I'll be waiting.


Notas iniciais do capítulo

OEEE. Cheguei. Eu disse que ia postar de madrugada e tô fazendo... Postando na madrugada do Japão, oras! u_u. Eu curti muito este capítulindo, mas lá no final, a gente conversa, as usual, ok?



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Kagami chegou mais cedo na padaria, adiantando tudo que deveria. Limpou a loja, enquanto assava os pães cuja massa havia descansado durante a noite. Depois, organizou a cozinha, onde Himuro encontrou-o às sete, na hora que deveriam abrir a padaria. Acompanhados de uma xícara de chá preto, atenderam aos clientes mais assíduos até o horário de pico.
— Tatsuya, preciso pedir dois favores a você. - o moreno arregalou os olhos, mas assentiu. Quando ouviu os pedidos, desatou a rir, contudo os atendeu — para alívio de Kagami.
Conseguiu sair cedo da padaria e foi resolver um dos seus objetivos do dia antes de atender a suas clientes da aula de culinária, à tarde. A maioria das que frequentavam estas aulas eram jovens que queriam agradar seus companheiros ou companheiras e estavam ali tentando aprender o básico da culinária, até mesmo porque Taiga não era um chef formado. Era apenas um amador na arte de cozinhar. Suas aulas, em média, duravam pouco menos de duas horas, mas hoje ele estava bastante desconcentrado, pensando noutras coisas, de tal modo que fazia algumas garotas rirem de seus pequenos desastres. Existiam algumas alunas que o desejavam, contudo ele não dava margem para elas, sendo bastante profissional.
Ao fim, estava cansado, mas saiu da aula com um sorriso. Passou no mercado e fez algumas ligações, enquanto retornava para casa. Assim que chegou, começou a preparar as coisas na cozinha.
Cortou algumas coisas, bateu outras até que por fim estava parcialmente pronto. Deixou que assasse e foi limpar a sujeira que havia feito, aproveitando para estender a limpeza para a sala apenas para disfarçar. A casa ficava bastante organizada durante a semana, então não teve muito trabalho, apenas espanar de um lado e passar o pano em outro. Arranjou um intervalo para tirar as coisas do forno e deixou-as esfriar, voltando a trabalhar na limpeza. Por fim, depois de tomar um banho e relaxar, vestiu uma calça de malha e colocou um avental: terminou o seu projeto na cozinha e achou que fez um bom trabalho com a decoração, o que o deixou sorridente. Na verdade, pensar naquilo estava o deixando bastante sorridente. Deixou aquilo de lado e preparou algumas outras coisas rápidas, sendo interrompido pelo barulho da campainha.
— Kuroko. - disse, assim que abriu a porta e avistou o baixinho com algumas sacolas. — Que bom que pôde vir.
— Kagami-kun, trouxe o que me pediu. - estendeu as sacolas para o ruivo, que avistou as batatinhas chips tamanho extra grande. — Precisa de alguma ajuda?
— Só vai atendendo a porta para eu terminar as coisas na cozinha.
— Claro. - foi um sorriso mínimo do azulado e Kagami afagou os cabelos dele, deixando-o na cozinha com o controle remoto e um copo de suco de uva. Aos poucos, foram chegando mais pessoas,
trazendo as coisas que ele havia pedido.
— Até que não ficou muito ruim, seu bastardo. - o ruivo avistou Murasakibara com seus mais de dois metros na porta da cozinha com seu arzinho de deboche. — Não melhor que os meus, claro.
— Concordo com você. - isso fez Murasakibara franzir o cenho. Irritar o ruivo era uma grande diversão, mas hoje ele não parecia estar no clima. — Tome. - estendeu algumas guloseimas doces para ele. — Obrigado por aceitar me ajudar hoje.
— Foi pela Yukicchin. - afirmou, mas pegou os doces e deixou Kagami a sós. Ele percebeu que tudo estava pronto e saiu da cozinha. Tomou outra ducha rápida apenas para limpar o suor e vestiu jeans e uma blusa de manga longa com capuz. Foi para a sala, encontrando Midorima e Takao, Murasakibara e Aomine, Himuro e Alex — que agora passava bastante tempo no Japão por causa do relacionamento com o mais novo. Junto a Kuroko, havia Hyuuga e Riko, atualmente casados e Izuki, que transimitiu o recado de Teppei — este estava doente e não poderia comparecer. Ele sorriu e entrou no meio da conversa, ouvindo atentamente os relatos de Midorima dos casos que pegava no hospital. Não demorou muito e o interfone tocou, de modo que ele atendeu e abriu o portão do hall para que Sakura entrasse. Ele olhou rápido no espelho, ajeitando os fios rebeldes e, quando campainha se fez presente, ele abriu a porta, encontrando a mulher parada com algumas sacolas.
— Kagami-kun.
— Sakura-kun. - os olhos da mulher brilharam diante do apelido, mas isso não foi nada perto da felicidade dela ao entrar no apartamento e encontrar todas aquelas pessoas reunidas.
— O que é isso? - disse, a voz fraquinha.
— Aniversários não devem passar em branco. Não é muita coisa, mas... - ela não o deixou que terminasse: apenas envolveu a cintura dele com os braços num laço apertado e umedeceu a blusa dele com suas lágrimas.
— Você não existe, Kagami-kun! - levantou o rosto, abrindo o sorriso mais sincero que conseguia e aquilo fez Kagami corar violentamente, assim como seu coração bater muito mais rápido. — Muito obrigada! Muito mesmo! - ele retribuiu o abraço, sentindo seu perfume cítrico invadir as narinas dele.
— Assim... Ainda quero parabenizar minha melhor amiga. Vou ter que bater no Kagami para isso? - o deboche de Aomine fez todos rirem.
— Cala a boca, Aho. - replicou a garota, secando a lágrima e rindo da cara que ele fez. Então se afastou do ruivo e pulou no colo do moreno, que lhe entregou um pequeno pacote que ela não abriu.
Cumprimentou todo mundo, recebendo suas lembranças.
— Sakura-kun, este são Riko Aida e Hyuuga Junpei. - apresentou os amigos dele. — Ela era técnica da Seirin na época que eu jogava e ele era nosso ala. - a garota os reverenciou de maneira delicada e recebeu seus votos com carinho tão grande que Riko não conseguiu deixar de gostar da garota. Sakura sentiu o mesmo, mas pôde perceber o olhar dela sobre a perna mecânica, porém decidiu não se incomodar com aquilo no momento. — Este é Himuro Tatsuya, meu melhor amigo. Você o conhece. - bateu pesadamente no ombro do amigo. — E a namorada dele, Garcia Alexandra, que foi minha mentora no basquete. - Himuro acenou a cabeça com educação, mas Alex se inclinou para frente diante da reverência dela e, mais ágil que Sakura, roubou um selinho da garota, que permaneceu parada no mesmo lugar. — Alex! - Kagami escondeu o rosto. Sakura, contrário ao que pensou, apenas gargalhou.
— Isso foi inesperado! - exclamou, estendendo um sorriso para Alex, enquanto esta ouvia os resmungos de Himuro e Kagami. — Prazer em conhecê-la... Alexandra?
Alex, only. I liked her, can we take?– questionou ao ruivo.
Shut up, Alex, she don't need to know how crazy you are.
— Guys, I can understand you, so, please, speak in Japanese: the rest of people will be thankful. - Kagami ficou desconcertado diante do inglês bonito dela, mesmo que ainda com o sotaque ao fundo. Tinha esquecido que ela morara fora. — Você fica lindo corado, Kagami. - os amigos começaram as zoações, principalmente Aomine e Takao, que se juntaram imitando a cena diversas vezes durante o passar da noite. Murasakibara e Sakura desenterraram um video-game do dono da casa e instalaram na TV, seprando alguns jogos de combate que levaram praticamente todo mundo a querer jogar — à exceção Kuroko, Alex e Izuki. Quando cansou, a aniversariante saiu do chão, deixando o controle para outro tomar posse e se sentou no sofá, servindo-se de batatinhas com molho. Alex ficou ao lado dela e começou a puxar assunto. Sakura não perdeu tempo: sabia que ela tinha sido uma jogadora famosa na WNBA e se aposentara prematuramente por causa de uma doença. Discutiram sobre a temporada de basquete americano e japonês, fazendo eventuais comparações sobre as diferenças de técnicas existentes em ambos os lados.
— Você é bastante inteligente. - elogiou Alex, ajeitando os óculos cor de rosa. — Sempre gostei dos seus passes de parábolas acentuadas. Impedia qualquer bloqueio.
— Obrigada. Esses passes eram difíceis de executar, mas garantiam bons pontos na partida.
— Cestas de três pontos são essenciais. - comentou Midorima, invadindo a conversa. — Por isso...
— Você era especializado neles. Todos sabem, Shin-chan, agora volta aqui para jogar. Estou apostando em você! - comentou Takao, piscando um olho para Sakura. Ela não se importava em ver o alto de cabelos verdes na conversa, mas era divertido vê-lo irritado.
— Mas...Sakura-chan, você pretende voltar a jogar? - Riko se aproximou do sofá, sentando no outro lado da aniversariante. — Sei que tudo é muito novo, mas pensou nessa possibilidade? - a garota de cabelos platinados suspirou e Kagami percebeu o pequeno desconforto dela diante do questionamento. Então, foi para cozinha e pegou o seu melhor trabalho, levando-o para a mesa de centro da sala em instantes. Com um assovio, chamou a atenção das pessoas e ele chamou Yukino com um aceno.
— Foi feito com muito carinho. Tudo isso. - comentou, baixinho, perto do ouvido dela, fazendo-a sorrir.
— Está lindo. - replicou, baixinho. Era um naked cake de três partes feito de massa branca, recheado com creme de mascarpone suave e rum, além das frutas vermelhas que se acomodavam sobre cada camada espessa de creme. Cantaram parabéns e ela cortou uma fatia enorme. Se virou para Kagami que estava atrás dela e estendeu o prato, aproveitando para sujá-lo com um pouco de creme. — Muito obrigada a todos que vieram e se deram ao trabalho de fazer tudo isso por mim. Eu não sei realmente o que dizer, principalmente ao cara que idealizou isso. Obrigada, Kagami-kun! Por todo o seu carinho e apoio! - disse, antes de cortar o restante das fatias, servindo-as ao amigos. Tiraram algumas fotos e, mesmo que Taiga fugisse, ela conseguiu segurá-lo num abraço para que Kuroko tirasse uma foto apenas dos dois.
Pouco mais de uma hora depois, o pessoal começou a dispersar, indo embora aos poucos deixando, por fim, apenas Kuroko, Kagami e Sakura, que começaram a arrumar a bagunça que haviam feito. O baixinho recolheu as vasilhas vazias e os pratos e Sakura os lavava, enquanto Kagami varria a casa para tirar os resquícios de salgadinhos perdidos pelo chão. Passou mais uma hora até a louça estar toda limpa, seca e guardada em seus devidos lugares; a sala voltar a estar organizada e limpa.
— Durmam aqui. - disse Kagami, olhando o relógio de parede. — Está tarde para ficar pela rua e não tem táxi a essa hora.
— Eu devia ter ido com Dai-chan. Estarei te atrapalhando? - ele balançou a cabeça negativa e sonolentamente. — Você está exausto, Kagami. Vá descansar.
— Kuroko, você sabe onde dormir, sim? - o baixinho assentiu, bocejando. — Você vem comigo. - levou a garota até o quarto principal e trocou as roupas de cama para algumas limpas, além de separar um cobertor e travesseiros limpos. Pegou para si o lençol e os travesseiros e se direcionou para a porta.
— Aonde você vai?
— Dormir na sala, oras.
— Mas, Kagami, esse é seu quarto! Eu durmo bem na sala. - ele negou. — Por favor, Kagami-kun, não quero incomodar ainda mais!
— Gosto da sua companhia. Só deite e descanse, viu? - a garota tentou roubar até o que o ruivo carregava, sem ser eficiente. Ele se inclinou sobre ela e depositou um beijo na testa. — Se quiser, pegue alguma blusa ou qualquer coisa no armário para ficar melhor.
— Por que tão gentil? - disse, agarrando a blusa dele. Os olhos rubros encontraram os violetas.
— Podemos discutir isso amanhã? Preciso realmente dormir. - ela afrouxou seus dedos e aceitou, vendo-o se afastar, encostando a porta do quarto. Como vestia uma roupa confortável, apenas trocou a blusa por uma das deles, sentindo o perfume amadeirado no tecido. Se encolheu na cama de Kagami e dormiu, quase sem perceber, embalada pelo cheiro dele em toda a sua volta.

*

Sakura acordou poucas horas depois. Estava bastante descansada, apesar de ter dormido pouco e olhou o quarto ao seu redor, reconhecendo-o como do Kagami. Se lembrou da pequena comemoração surpresa que haviam feito e de todo o carinho e então abraçou o travesseiro dele, sorrindo feito boba. Não demorou muito mais tempo deitada: trocou a blusa do ruivo pela T-shirt que tinha ido, arrumou a cama e dobrou os edredons, além de abrir a janela e deixar o ar circular. Seu olhar se distraiu para uma parede onde haviam diversas fotos espalhadas. Iam desde dele sozinho até com os amigos que conhecera ontem. Tinha até mesmo uma com Aomine! Em algumas, havia uma mulher de cabelos ruivos tão intensos quanto os dele, assim como os olhos: provavelmente era sua mãe, mas não havia sinal de seu pai por ali.
Percebeu que talvez estivesse invadindo a privacidade do rapaz, então se afastou das fotos — mesmo que quisesse roubar uma daquelas de infância. Foi ao banheiro, onde lavou o rosto e escovou os dentes — vantagens de carregar uma necessaire com escova de dentes para onde quer que fosse. Prendeu os cabelos embaraçados num coque alto e saiu dali, parando na sala e vendo Kagami dormir, roncando baixinho, praticamente imóvel no sofá.
— Yukino-kun. - a presença de Kuroko atrás de si subitamente fez subir um arrepio de susto pela espinha de Sakura e ela cobriu a boca com as mãos. — Bom-dia.
— Por favor, da próxima vez, anuncie sua presença, Kurokocchin. - disse, pousando a mão sobre o peito e sentindo o coração bater acelerado. — Não sou mais atleta e meu coração não deve estar tão saudável. - ele deu um sorriso pequeno, mas que se espalhava em seus olhos. — Além disso... Bom dia. - a garota afagou os cabelos azuis do baixinho. Viu que ele estava arrumado já, assim como ela. — Está indo tão cedo?
— Tenho um compromisso às nove e como preciso passar em casa antes. - ele mexeu dentro da bolsa que carregava num ombro. — Tome. - era um pequeno embrulho ele estendia para ela, embrulhado com capricho.
— Obrigada, Kurokocchin, mas não precisava! - disse, se inclinando para dar um beijo na testa dele. Se despediram em voz baixa, apesar de Kuroko dizer que não era necessário, já que Kagami entrava num coma quando dormia e então ele foi embora.
Sakura observou mais uma vez o ruivo dormindo, antes de ir para cozinha. Olhou as coisas na sacola que havia trazido no dia anterior e soube o que preparar rapidamente. Arranjou uma frigideira e fez torradas francesas com alguns pães de forma que haviam na bancada de Kagami. Fritou bacons, fez ovos mexidos e preparou um café fresco com alguns grãos moídos que estavam dentro da sacola.
Enquanto arrumava os pratos sobre uma bandeja de maneira caprichosa, sentiu uma presença em suas costas e olhou de imediato, se deparando com Kagami.
— Fiz tanto barulho assim?
— Acordei com o cheiro de comida. - respondeu ele, se inclinando e roubando um dos bacons. — Café da manhã americano?
— É uma das poucas coisas que sei fazer com excelência. - ele sorriu.
— Esqueceu essas coisas na sala ontem. - estendeu os presentes que alguns haviam dado. — Esqueceu isso também. - estendeu uma rosa branca para ela e um embrulho pequenino, que corou ao pegá-los. Se entreolharam por segundos, antes de Sakura desviar para os presentes sobre a bancada.
— Vamos tomar café antes de abrir os presentes. - pediu. Não se incomodaram em sentar nem nada, comeram apenas em pé, jogando conversa fora.
— Estava uma delícia. Obrigado! - elogiou Kagami, depois de comer as torradas e os ovos. — Já tinha esquecido como o café americano é gostoso.
— Obrigada. - disse Sakura, sorrindo, antes de escolher um dos embrulhos sobre a mesa. Era o de Takao, que havia dado uma caderneta de anotações, cuja capa era feita de couro. — Uh, que bonito! - exclamou, ao analisá-lo. Depois abriu o de Kuroko, vendo os brincos de prata em forma de coruja, um dos seus animais preferidos. Como pegava no aleatório, pegou o de Aomine. — Nossa, ele se superou nesse! - era um broche de gato e era pesado de tal maneira que Sakura acreditava que fora feito em ouro branco. Os detalhes haviam sido esculpidos com precisão, incluindo olhos feitos de pedra violeta, deixando o trabalho num acabamento incrível. — Uau! - Kagami olhou os presentes abertos e sentiu uma pontada de vergonha que, quando ela pegou o dele, fez questão de roubar de seus dedos. — O que foi, Kagami-kun?
— Erm... - não sabia como dizer o que queria, corando em meio a seus pensamentos. — Não devia ter te dado isso de presente. - murmurou.
— Por que? - seu olhar era curioso. — Deixa logo eu ver isso, garoto!
— Porque... Bem, ele é barato em comparação a... - Sakura estava incrédula com o que ele disse e, sem perceber, deu um soco no braço dele. Não foi necessariamente forte, mas foi o suficiente para o ruivo se calar.
— Kagami, por favor, não repita isso. - sussurrou, fitando os olhos rubros. Kagami podia ver a chateação na expressão dela. — Eu não me importo se a pessoa gastou rios de fortuna com um presente. Se ela não tiver me dado com carinho, não será tão bom quanto aquele entregou com afeto para mim. Então não me negue seu presente, Kagami, principalmente porque você tem me apoiado nessa situação e por estar sendo um ótimo amigo e por... - inspirou profundamente e se interrompeu no meio da frase. — Posso?
— E pelo que, Sakura? - ela sorriu e esticou a mão para ele, que entregou o embrulho. Ela o desfez com cuidado e encontrou uma presilha de cabelo prateada, com pedras similares a pérolas na sua superfície. A garota soltou os cabelos do coque, deixando que caísse por suas costas e estendeu o prendedor para ele.
— Prende para mim? - Kagami separou uma mecha do cabelo prateado e enfiou a presilha ali. — Ficou bonito?
— Você sempre é bonita. - afirmou, sem tirar a mão dos cabelos dela. — E eu adoro a elegância das suas roupas e a maneira como se porta. Mas isso sempre parece me distanciar de você.
— Por que? - Yukino segurou a blusa dele novamente.
— O que você poderia olhar em mim, Sakura? Eu sou só um padeiro e...
— E um dos caras mais bonitos que já tive o prazer de conhecer. Seu coração é do tamanho do mundo, Kagami, e a sua educação é impressionante. Eu gosto da maneira como se veste e a maneira como sorri e parece iluminar tudo ao meu redor. Gosto de saber que, quando estamos no mesmo lugar, seu olhar não sai de mim. Gosto do jeito que fala sobre basquete e como isso me faz querer voltar a jogar. E a sua gentileza que me impressiona. - os dedos dela apertaram ainda mais a roupa a blusa dele e ela parecia ficar na ponta do pé. — Gosto quando você cozinha e fica tão entretido... E eu acho que eu realmente gosto de você! Então, por favor, não diga que é só um padeiro porque você não é. - seus olhos estavam marejados e seu rosto vermelho como um tomate.
— Eu posso te interromper? - sussurrou ele, enfiando a mão nos cabelos dela só para alcançar sua nuca. Eles se entreolharam e estava tudo tão aberto entre ambos que não havia mais como negar que havia algo entre eles. Algum sentimento que os isolava do mundo apenas para ficarem naquele mundo que haviam criado. — É que eu constantemente me encontro à beira de tentar te beijar, mas eu não sabia se você corresponderia. - então se inclinou para ela. Seus lábios se tocaram, úmidos, e Sakura começou a mover os seus lentamente, enquanto suas mãos subiam até o pescoço dele, enlaçando-o mais próximo de si. O coração dela bateu descompassado em seu peito quando prendeu o lábio inferior dele entre seus dentes e o soltou devagarinho, incentivando-o a continuar. E Kagami assim o fez, invadindo-a, descobrindo sua boca quente e a maneira sensual que ela era capaz de beijá-lo. As unhas arranhavam sua nuca e ele descia sua mão livre para a cintura dela, apertando-a contra seu corpo, erguendo-a ainda mais na ponta dos pés, tentando devorá-la por inteiro, desde sua boca até sua alma. Não era capaz de se afastar muito por Sakura logo reclamava por outro beijo, mesmo que ofegante e desastrado e ainda o provocava com as mordidas em seus lábios, em sua língua e em seu queixo. E nesses pequenos momentos de afastamento, podia encontrar os olhos violetas tão escuros de desejo que ele mesmo sentia as pernas bambearem e ele foi tomado por tal força que a segurou pela cintura e a apoiou sobre o bancada da cozinha, se enfiando entre as pernas dela e envolvendo-a totalmente em seu abraço.
— Sakura. - sussurrou.
— Kagami. - completou ela, em meio aos beijos dele, sentindo os ligeiros puxões nos fios platinados.
— Taiga. - sugeriu, descendo os beijos pelo pescoço alvo da garota. — Me chame de Taiga. - mordeu a pontinha do queixo dela e sentiu os músculos de seu rosto repuxarem num sorriso. As mãos dela seguraram o rosto dele e o obrigaram a encará-la.
— Estamos avançando bastante. - seus lábios estava inchados das mordidas dele. — Mas acho que não estou preparada para dar outro passo. - ela tocou a perna mecânica e fechou os olhos. — Não é que eu não queira, entenda. Acredite, com essa pegada, é impossível não querer. - ambos riram, envergonhados. — Só que eu não quero chegar na hora e... Entende?
— Acho que foi a empolgação. - disse ele, apoiando as mãos sobre as coxas dela. — Me desculpe?
— Por me pegar de jeito? Mas nem pensar! - encostou a testa na dele e seus narizes se encontraram.
— Eu estou me apaixonando por você, Sakura. Então vamos fazer tudo direito, desde o início, sem pular etapas. Vamos ter um encontro? - a garota sorriu, envergonhada.
— É claro. - disse, tocando os lábios dele novamente.

Naquele momento, o beijo foi mais calmo e mais cálido. Foi um beijo que transmitia tudo que eles queria passar e não tinham palavras. E o coração deles palpitavam, cheios de alegria, por poderem compartilhar aquilo.

Acho que também estou me apaixonando por você, Taiga.


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Notas finais do capítulo

OE, everybody se pegando na cozinha, aê!1! Finalmente esse povo começou a se declarar. Tava na hora, minha gente! Enfim, eu achei o Kagami muito amorzinho nesse capítulo (e sexy. ele já pode me pegar na cozinha). Como sempre, à Ruki-chan pelos comentários lindos e lindos (mesmo que ela queira roubar o Aomine de mim, cofcofcof).
E para quem não sabe, essa história é um spin-off de outra história chamada "Miss Missing You, Kise". É um boys-love e, pra quem quiser conferir, é só entrar ali no meu perfil e dar uma bizoiada, né. Bom, chega de falar. Tá bom demais por hoje!
Beijo beijo e espero que curtam!



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