Even flow escrita por Miss Ann


Capítulo 1
Unwell.


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha segunda fanfic de KnB e estou tensa, HAHA! Peço desculpas por eventuais erros ortográficos ou erros quanto a termos de origem nipônica.
Quanto a história, espero que curtam ela! Não é padrão, mas vai que cola!



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O salão de festas se encontrava cheio e animado, com vozes excitadas a todos os cantos em conversas escandalosas. Homens de smoking e gravatas de seda seguravam seus copos de bourbon, deixando seus olhares recaírem sobre as mulheres estonteantes que passavam com seus vestidos brilhantes e taças de champanhe. Os garçons desfilavam com suas bandejas de prata tentando manter o local abastecido com petiscos e bebidas, enquanto carregavam consigo vidraris que eram abandonadas em todos os lugares possíveis e até mesmo impossíveis.
— Se não morrermos de exaustão esta noite, eu juro que te mato. - resmungou Kagami Taiga, que depositava vários copos sobre a pia para que um auxiliar os lavasse e secasse.
— Então vou fingir que não vi você pegando o telefone daquela loira gostosona. - replicou Himuro, amigo de todas as horas. — Ganhando um dinheiro com a minha ajuda e ainda uma companhia para o fim da noite. - disse, como se lamentasse.
— Você não teria colhões de falar isso perto de Alex, não?
— Deixe nossa adorável mestra fora desta conversa, seu ingrato. E volte a trabalhar!

Rindo, Kagami se afastou para encher sua bandeja com coisas que a cozinha dispensava e voltou a circular no salão cheio, servindo a todos com um sorriso cortês e certa formalidade. Ele poderia ser pobre, mas sua mãe tinha feito questão de ensinar todas as cortesias que os cavalheiros deveriam conhecer e ele as aplicava com habilidade. Em dado momento que caminhava pelo espaço, foi obrigado a desviar de uma pequena briga entre um bêbado e uma mulher (aparentemente, o bêbado estava assediando-a). Com um giro brusco, conseguiu até virar na direção que desejava, mas esbarrou em uma mulher que passava ao lado e, sem querer, derrubou a bandeja numa pessoa que não conseguiu reconhecer de imediato.
— Senhora, me desculpe! - disse, inclinando o tórax para frente como seus modos mandavam.
— Levante-se! - a voz da mulher soava quase como um rugido e ele se inclinou ainda mais. — Eu falei para levantar! - Kagami inspirou fundo e o fez. De cima, pôde ver a mulher caída no chão e suas roupas encharcadas com a mistura de bebidas. Sem querer, Kagami percebeu que ela era linda mesmo que seu penteado estivesse se desfazendo e suas roupas estivessem manchadas. Ela o olhava com uma expressão lívida que o deixou mais envergonhado. Estendeu a mão para ajudá-la, mas a mulher recusou. Ela pressionou o joelho direito com certa frustração. — Minecchin. - alguém ajudou-a a ficar em pé e Kagami percebeu que ela fez isso usando apenas esquerda. A direita ela apoiou no chão já quando estava em pé. — Obrigada. - agradeceu friamente a pessoa que a ajudou.
Quando Taiga olhou, surpreendeu-se ao encontrar Aomine Daiki em seus melhores trajes e olhando discretamente para ele por rabo de olho. Pedia desculpas num único olhar e então o ruivo soube que estava ferrado.
— Qual seu nome? - questionou a mulher, cruzando os braços abaixo dos seios.
— Kagami Taiga, senhora. - replicou. — Foi um acidente e eu peço minhas mais sinceras desculpas. - se inclinou novamente, em reverência.
— As porcarias das suas desculpas não limparão minha roupa. Eu tenho que fazer um discurso ainda hoje! - exclamou, apertando a ponte do nariz. — Vou fazer uma reclamação a gerência.
— Sim, senhora. - mais uma vez ele desculpou-se e se pôs a catar tudo que havia quebrado e colocado sobre a bandeja de aço. A mulher saiu, acompanhada de Aomine que olhava a cena com certa frustração e pena.
Depois de recolher todos os cacos, voltou a cozinha e pediu a uma das ajudantes que limpasse o chão, enquanto ele explicava a Himuro, que era o chefe do grupo de serviços de buffet, tudo que se passara no salão. Himuro avaliou a situação e pediu apenas que Kagami se mantivesse longe da mulher no decorrer do serviço. Precisava de todos pois a festa estava mais cheia que o previsto e toda ajuda era necessária. Taiga concordou e voltou a trabalhar. Sua cortesia já não era mais natural e sua cabeça estava longe. Enquanto servia no salão, o dono do evento se pronunciou e chamou um nome que ele havia escutado algumas vezes, mas não havia se interessado.
— Como convidada especial e principal doadora de fundos a nossa campanha temos a honra de pedir a Yukino Sakura, uma das jogadoras de basquete mais comentadas nesta temporada, para fazer o discurso principal deste evento. - uma salva de palmas ecoou pelo recinto. Kagami distribuiu as taças de champanhe pelas mesas antes de se virar e visualizar a convidada. Quase que a bandeja caiu novamente quando seus olhos rubis encontraram a mulher que havia sujado antes. Ela havia vestido sobre o macacão longo, um blazer fechado na altura do umbigo e seus cabelos, antes presos, agora caíam pelas costas e estavam com um efeito molhado. A maquiagem estava mais suave, porém ainda bonita. Yukino-san era, além de bela, elegante.
Era muita sorte de Kagami ter derrubado álcool justamente na convidada de honra.
Sakura começou a falar sobre os projetos e sobre as doações que estava recolhendo. A forma com que falava era calma e sua expressão pacífica era bem diferente da que se encontrava quando houve o acidente. Foi bem objetiva no discurso e, com delicadeza, ergueu a taça fazendo um brinde geral, antes de deixar o palco sob uma chuva de aplausos.
Não passou duas horas do discurso e todo o salão estava fechado e agora a equipe da limpeza fazia uma geral, enquanto o serviço de buffet recolhia todos os seus materiais. Num momento de descanso, Kagami ficou sentado numa das cadeiras no salão próximo a cozinha, observando o salão praticamente vazio.
— Oe, BaKagami! - um moreno de cabelos azuis curtos apareceu em sua frente.
— Ahomine! - comentou, em voz baixa, estendendo a mão para ele. — Quanto tempo. - se cumprimentaram. Aomine pegou uma cadeira e sentou-se ao lado dele.
— Se meteu numa confusão hoje, não? - disse, espichando o olhar para ele. — Por que está trabalhando com isso? - a pergunta era inevitável e Kagami sabia disso. Ele se recostou na cadeira e cruzou as pernas.
— Depois do ensino médio, resolvi não cursar faculdade. Fiz alguns cursos e trabalhei em alguns lugares, desde então, mas passei num concurso para Escola de Bombeiros no mês passado. Só que ainda tenho que fazer o treinamento por seis meses para estar apto ao cargo e, até lá, não vou receber praticamente nada. Por isso preciso fazer alguns bicos para me manter. Ajudo na padaria que Himuro tem e dou aulas de culinária aos fins de semana.
— Sabe que se tivesse seguido a carreira de jogador... - ambos assentiram num entendimento mútuo.
— Não me arrependo. Basquete é meu hobby apenas. - Daiki deu os ombros.
— Bom, se te deixa feliz, convenci Sakura que não fizesse a reclamação.
— Muito obrigado. - disse, aliviado. — Sua namorada é jogo duro.
— Ela é minha amiga apenas. E está passando por uns momentos difíceis. - ele pareceu ponderar um instante. — Se a conhecesse em outro momento, acharia ela uma versão feminina do Kise de tão irritante. - pareceu rir com o pensamento. Ingressaram numa conversa sobre os antigos companheiros de equipe e Kagami situou o moreno em algumas coisas. Ao fim da noite, estava se sentindo bem melhor consigo mesmo e, negando até a morte esse pensamento, gostou bastante de conversar com Aomine.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gente para ler essa bagaça até o final da minha insanidade. Beijo. :*



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